quarta-feira, 13 de abril de 2016

Uma reflexão sobre o Curriculo e Movimento do Distrito Federal


Os livros Parâmetros Curriculares Nacionais são instrumentos para auxiliar os professores na elaboração de projetos, Projeto político pedagógicos, na escolha dos livros a serem utilizados, auxilia na escolha dos materiais didáticos pedagógicos que cada professor vai utilizar ao planejar suas aulas, são parâmetros que podem ser adaptados de acordo com cada região brasileira, são flexíveis, pois cada realidade cultural é única dentre as diferentes tradições e costumes do povo brasileiro.
O Ministério da Educação e do Desporto almeja consolidar os Parâmetros para que cada escola possa pesquisa-lo e utiliza-lo como um comparativo de onde se quer chegar. Ele apontar metas de qualidade que servem para o professor perceber as necessidades de seus atuais alunos. Esses parâmetros são ícones objetivos que possibilita ao educador poder ajudar o aluno a enfrentar o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direitos e deveres. 
Existem temas que são relevantes e devem estar presentes em todas as escolas do Brasil independente da região são eles: o meio ambiente e a saúde em geral, consigo e com os outros, inclusive com os animais e com o Planeta. A sexualidade tema gerador que possibilita a inclusão da diversidade e diferenças dos indivíduos sociais que acaba por englobar as questões éticas relativas à igualdade de direitos, à dignidade do ser humano e à solidariedade.
O currículo em movimento que o Distrito Federal trabalha com ele também serve para auxiliar a formação e uma melhora da qualidade pedagógica dos docentes que no D.F. trabalham. É também um documento que serve de base para a construção dos planejamentos de ensino e de aula dos professores. No Distrito Federal para atender uma maioria de crianças assegurando-lhes o direito a educação básica foi dividida em ciclos e não mais em um regime seriado para separação das crianças nas turmas de aprendizagem, passando a acrescentar mais um ano a educação básica como obrigatória para as crianças que tem que estudar.
O currículo em movimento da educação básica nas series iniciais organiza as estratégias didático pedagógico afim de que estas sejam vivenciadas e o conhecimento advindo das experiências seja partilhado e utilizado por outros educadores.
Uma das propostas do Currículo é que os Conselhos de Classe sejam participativos com uma análise das aprendizagens dos alunos para que ocorra uma realimentação e assim uma reorganização da prática docente, que os educadores proporcionem uns aos outros uma formação continuada na escola e que a coordenação pedagógica seja um momento de trabalho coletivo.
A avaliação formativa foi adotada como concepção e prática norteadora para toda a Educação Básica. Este modelo avaliativo onde são utilizados diferentes instrumentos e procedimentos que demonstram como esta acontecendo a aprendizagem ou não dos alunos. Possibilita  que o docente perceba no decorrer da realização das atividades se o discente esta progredindo, transformando aqueles conceitos em algo internamente compreensível transformando conceitos e atitudes, formando princípios e valores.
O currículo atualmente contempla as questões de nossa sociedade quando trata a aprendizagem das crianças como um processo de interação entre discente e docente, onde este precisa compreender como seu aluno aprende e propor estratégias diferenciadas onde ele ira aprender onde estiver dentro ou fora da escola. O professor deve refletir constantemente quanto a sua prática pedagógica buscando melhora-la através da formação profissional. Desta forma as crianças vão pensar aprender e produzir novas ideias respeitando a diversidade existente na sociedade vigente.  O papel do professor é o de mediador e interventor de ações pedagógicas fazendo com  o aluno várias estratégias, o que farão ambos crescerem juntos. Quando o aluno aprende significa que ele ira transformar construir, registrar e argumentar os conhecimentos adquiridos e compreendidos e transformados sobre determinada área do saber. É preciso ver o estudante como principal agente e autor da própria aprendizagem.
 Afirmar que existe uma maneira correta de abordar os conteúdos em sala de aula é uma atitude precipitada e limitadora. O educador deve procurar exercer seu papel de mediador favorecendo a problematização das questões sociais vivenciadas de forma contextualizada. Deve propor aos estudantes situações que os façam pensar e buscar soluções particulares, porem buscando o bem de todos, fazendo com que haja uma valorização da cultura. O educador vai proporcionar dinâmicas em sala de aula que desenvolvam a autonomia, gerada por adquirir novas experiências e saber lidar com elas e de novos conhecimentos que desenvolvam o senso critico , que saiba registrar em sua memória as ideias formuladas e advindas das tradições, tornando-se sujeito de sua própria aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brasil. Parâmetros curriculares nacionais : matemática /Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília :MEC/SEF, 1997.142p.


TINÉ, Sandra Zita Silva CURRÍCULO EM MOVIMENTO  PARA EDUCAÇÃO BÁSICA ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS

ORIENTADOR EDUCACIONAL


1.1 A Orientação Educacional e o Papel do Orientador Educacional na Interação Escola e Família.
A maioria dos ambientes escolares precisa de um conciliador, de uma pessoa que compreenda os anseios de todos os personagens envolvidos no processo de ensino e de aprendizagem dos alunos, esta pessoa é o Orientador educacional (OE). O tema desta pesquisa Orientação Educacional: relacionamento família e escola. Busca atingir o objetivo de Compreender a importância do papel do Orientador Educacional na interação escola, família.
É necessário perceber a importância do papel do Orientador Educacional na interação escola e família; Conduziu-se o trabalho a fim de Identificar as estratégias utilizadas pelo O. E. no ato de formar este relacionamento. Vai  descrever o papel profissional e relatar sua participação na construção do relacionamento da família na escola.
No desenvolvimento deste trabalho foi encontrado muitas características e atitudes que o Orientador educacional deve ter, para exercer sua função. “[...] o envolvimento do orientador com vários campos do saber e desviando o olhar do aluno problema para a análise e a reflexão sobre o ambiente social. Para que assuma o papel de mediador” (FERREIRA, 2013,p.31). Desta forma ele vai ajudar a melhorar a educação dos alunos e auxiliar o professor no ato de ensinar. Houve vários momentos de leitura de vários autores e estudiosos, que faziam com que a pesquisadora questionasse: Se realmente os profissionais da escola compreendem a importância do orientador que está ali presente. Avaliações, observações e as experiências vivenciais foram fatores para que se conseguisse concluir o trabalho com veracidade.
A pesquisa primeiramente foi bibliográfica, para coletar material sobre o tema, e para que se pudesse escrever com conhecimento e embasamento teórico de teóricos e estudantes como a própria aluna. Houve conversas informais com profissionais da escola, não somente professores, pois o O.E. não trabalha somente com eles e sim com todos os participantes que puderam dedicar um pouco de seu tempo a pesquisadora. Busca-se o melhor para o ensino, que este trabalho possa apresentar e despertar nos leitores mais do que conhecimento, mas também um novo comportamento diante do O.E. Apresentou uma redação objetiva, impessoal, clara e concisa. Algumas vezes foi até difícil escolher quem citar ou  não ser prolixa, devido ao fato de existir uma quantidade de material midiático impresso e virtual, como escreve Severino (2002, p.133):
A internet, rede mundial de computadores, tornou-se uma indispensável fonte de pesquisa para os diversos campos de conhecimento. Isso porque
representa hoje um extraordinário acervo de dados que está colocado à disposição de todos os interessados, e que pode ser acessado com extrema
facilidade por todos eles, graças a sofisticação dos atuais recursos infor-macionais e comunicacionais acessíveis no mundo inteiro.
 Espera-se que a análise realizada possa por meio dos objetivos atingidos, fazer com que se consiga perceber a importância do Orientador Educacional na construção e harmonização do relacionamento entre a escola e a família.
1.2  Questão Problema:
Qual a importância do Orientador Educacional na Interação, no relacionamento entre a família e a escola dos alunos?
1.3 Justificativa:
A escolha da presente pesquisa sobre o tema a relação entre Orientador Educacional, escola e família é interessante por ser um assunto que trata de um profissional que ocupa uma posição especial dentro do processo educativo.
O Orientador Educacional é um agente importantíssimo neste contexto. Na escola, participa da equipe gestora ajudando na organização e realização de propostas pedagógicas, em parceria com os professores o Orientador ajuda a compreender o comportamento dos estudantes para agir de maneira adequada em relação a eles, atua também como uma ponte entre escola e comunidade, entendendo sua realidade, ouvindo o que ela tem a dizer e abrindo um diálogo entre suas expectativas e o planejamento escolar. Em relação aos alunos, o Orientador Educacional acompanha de uma forma especial, compreende o desenvolvimento cognitivo do aluno, sua afetividade, emoções, sentimentos, valores.
A partir das considerações acima, esse trabalho tem como objetivo apresentar a importância do papel do Orientador Educacional no âmbito escolar, pois muitas vezes a sociedade não tem conhecimento da sua função dentro da escola, nem mesmo a importância que esse profissional tem para o desenvolvimento do aluno no processo educativo.
1.4 Objetivos
1.4.1 Objetivo Geral:
Compreender o papel do Orientador Educacional na interação escola, família.
1.4.2 Objetivos específicos:
Conceituar e caracterizar a Orientação Educacional;
Identificar o papel do Orientador Educacional na interação escola, família; 
Identificar as estratégias utilizadas pelo Orientador Educacional na construção da relação escola, família;
Descrever o papel do Orientador Educacional na relação escola, família













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CAPÍTULO II: REFERENCIAL TEÓRICO
2. A Orientação Educacional

A orientação educacional não é dizer ao professor o que fazer, ditar ou comandar professores nas escolas. A orientação é um serviço prestado a comunidade escolar, agregando escola e família na busca da aprendizagem e formação integral do educando. O serviço de orientação é necessário na orientação de estratégias educativas para alunos que precisam de um atendimento especial.  O Decreto nº 72.846 de 1973 assegura sua profissão em todos os âmbitos:
Art. 5º A Profissão de Orientador Educacional, observadas as condições previstas neste regulamento, se exerce na órbita pública ou privada, por meio de planejamento, coordenação, supervisão, execução, aconselhamento e acompanhamento relativos às atividades de orientação educacional, bem como por meio de estudos, pesquisas, análises, pareceres compreendidos no seu campo profissional. (BRASIL,1973, s.n)
Muitos orientadores compreendem que o seu trabalho não é só em sala reservada, mas na escola como um todo. Nos ambientes escolares está buscando realizar observações, acompanhar crianças que estão nas dependências da escola, como por exemplo no horário do intervalo “recreio”, nos passeios, entre outros momentos em que os alunos e docentes estão presentes, realizando a construção cognitiva, intelectual e social.
Quando um orientador chega em uma escola ele irá implantar o Serviço de Orientação ao Estudante (SOE) que faz uma sondagem da demanda de alunos que precisam deste serviço. Investigara quais são os interesses, habilidades que os alunos possuem.  Como é um serviço prestado também a comunidade escolar irá pesquisar e coletar dados para caracterizar as necessidades básicas da comunidade em torno da escola. Todas as atividades do orientador são em prol da formação da cidadania ética e moral dos alunos, de acordo com Abelin & Siqueira (1989, p. 14):
A orientação educacional embasada nos princípios norteadores da vida humana é instrumento de dinamização do currículo da escola  através de atividades sistematizadas, de tal maneira que dá condições para formar homens realizados e capazes de atuar positivamente no mundo do amanhã.
Abelin & Siqueira (1989) colocam o orientador como um instrumento articulador e comunicativo, inserido e vivente da escola em que atua. É o observador do currículo escolar e de sua aplicabilidade pedagógica no intuito de prepara os alunos para um futuro com homens de bens que são eles, descreve o orientador como um estudioso e modificador do contexto de vida da criança ou adolescente por meio da educação que recebe na escola.
Schimidt (1942) escreve em seu livro que o termo orientação educacional tinha a denominação de orientação para os estudos. No Brasil esse nome tinha uma concepção inicial de orientação com caráter psicológico, terapêutico e corretivo. Contudo no ambiente escolar era uma orientação de cunho pedagógico ou psicológico. (GRINSPUN, 2006)
A Lei 5.564, de 21/12/68 legisla sobre a função de orientação educacional declarando como tem que ser onde e em que situação acontece como foi escrita em que situação acontece, como foi escrita em 1968 o ensino infantil dito é o  ensino fundamental atualmente, como escreve Pascoal, Honorato, Albuquerque (2008) sobre o primeiro artigo da referida lei:

Art. 1º A Orientação Educacional se destina a assistir ao educando, individualmente ou em grupo, no âmbito das escolas e sistemas escolares de nível médio e primário, visando o desenvolvimento integral e harmonioso de sua personalidade, ordenando e integrando os elementos que exercem influência em sua formação e preparando-o para o exercício das opções básicas (PASCOAL, HONORATO, ALBUQUERQUE, 2008, p. 104)
Os autores descrevem a postura de muitos orientadores atualmente, que buscam ser harmoniosos no trato com os alunos, professores, administrativos e família. Porventura muitos orientadores parecem estar sempre felizes, sorrindo dentro de um contexto que a seriedade grita para ser usada, alguns pintam um mundo cor de rosa (utópico) que os pais acham que perderam tempo indo a reunião com eles. Deste modo Loffredi (1986, p.47) conceitua:
 [...] eu diria que a Orientação Educacional seria uma atividade, tal como a didática, que faz parte do programa escolar, programa esse que se preocupa com os conteúdos que são realmente significativos para o aluno. Significativos e valiosos; seriam conteúdos que dariam ao aluno s possibilidade de negociação, para não dizer de reivindicação; seriam conteúdos que dariam ao aluno a possibilidade de negociação, para não dizer de reivindicar; seriam os instrumentos de luta pelos seus direitos de justiça; [...] o orientador educacional pode ter muita preparação técnica e uma consciência angelicamente ingênua, pois então não vale nada na escola. (LOFFREDI, 1986 In. NEVES, 1986. P.47).                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
Salienta-se que para Loffredi (1986) a orientação deve se preocupar mais no que é significativo e necessário que é como o aluno aprende. Todavia que cada aluno na escola compreenda os conteúdos ensinados desenvolvendo conceitos: ético, morais e políticos conscientes de seus direitos sabendo reivindicar, a lutar pelo que acha ser certo. É possível que em alguns casos os orientadores participem ativamente nas reuniões de planejamento e em outros assumam uma postura mais distante dando mais liberdade aos educadores no ensinar.
Para outros estudiosos e autores, como Henri Chabassus a orientação se enquadra melhor a um aconselhamento profissional com o aluno, para ele o orientador ira “Lidar com as personalidades, buscar empregos para os orientandos, previne evasões escolares, melhora o rendimento, pacifica pais, aconselha sobre cursos e profissões, enfim, mistura todas essas tarefas.”(LOFFREDI Apud. NEVES, 1986. p.61)  é uma visão de orientação onde somente adolescentes possuem a presença do orientador. O que não é verdade na década que nos encontramos, pois toda escola deve ter um orientador presente.
Segundo Talaveira (2004, p.5) a orientação educacional é mais um serviço de auxilio a escolha de cursos, como conceitua o autor:        
Orientação Educacional: auxiliar pessoas a selecionar cursos, elaborar planos educacionais, superar dificuldades de aprendizagem, e se preparar para cursos pós-secundários (universitários ou tecnológicos) ou inserção no mercado de trabalho. A orientação é frequentemente realizada em grandes grupos, em contraste com o aconselhamento que é mais frequentemente realizado individualmente ou com pequenos grupos.
Talaveira (2004) tem uma visão da orientação como conselheira para alunos do ensino médio. Pois alguns ainda se sentem confusos na escolha da profissão, de como vão entrar no mercado competitivo de trabalho. O profissional de educação que atua como orientador deve ter em mente por meio de pesquisas e estudos já realizados as competências exigidas básicas do mercado de trabalho.



2.2 A Caracterização da Orientação Educacional no Ambiente Escolar



A orientação educacional compreende algumas funções e atribuições que caracterizam e diferenciam o O.E. do professor e pedagogo presente nas escolas.  Existem papeis que estão relacionados à função de orientador, como ser critico-criativo, onde o O.E. realiza um critica a uma situação afim de propor que o aluno ou turma repense seus conceitos e valores éticos.
Ele realizar o feedback, onde interpreta o que acontece dentro da escola para a turma e dentro da sala para cada individuo da mesma. Tem a característica sócio terapeuta que trabalha interpretando como as pessoas da turma veem o grupo como um todo e de como as situações problemáticas ou não interferem na convivência e socialização do grupo.
 A postura de mediador vai auxiliando e conduzindo os grupos a uma conversação para resolução de conflitos, tem a postura de interlocutor neutro e pacifico.  Além disso  há a característica de facilitador do desenvolvimento conduz a conversa, realiza dinâmicas para que possa haver troca de opiniões e se chegue a uma solução. E por último o orientador com o papel de avaliador que elabora uma lista de habilidades que precisam ser desenvolvidas para que o grupo prospere. (LOFFREDI, 1986. In. NEVES,1986, p.56).
A orientação educacional deve perceber o aluno como membro de sua turma, pois a partir do momento que ele ingressa na mesma, ele passa a “sofrer influencia do outro sobre sua formação e a vida em grupo é um dos enfoques prioritários que ele passa a ter” (FOLDEBER, 1984, p. 31) a criança ou adolescente amadurece aprendendo a conviver com o outro, e imprescindível que o O.E. proporcione a todos um clima positivo na instituição escolar para que a aprendizagem acontece.
 “O papel do orientador educacional como um dos agentes transformadores da realidade educacional, que deverá atuar sobre os problemas emergentes desta realidade.” (KAWASHITA, 1986, Apud. NEVES, 1986, p.62)  Outro ponto importante é a observação o olhar que o orientador deve ter, olhar no todo e em cada um do grupo afim de perceber as reais necessidades dos alunos para que no momento de conflitos ele possa agir e até antever o problema agindo assim com um caráter preventivo.
Para atender a demanda curricular o orientador deve aproveitar a liberdade de organização pedagógica e administrativa como escreve Abelin & Siqueira (1989, p.33):
[...] é evidente a necessidade da presença do SOE juntamente com os professores para sondar, acompanhar e orientar os desejos e necessidades dos alunos, pais e comunidade, prevendo a colocação adequada de novas modalidades de experiências no currículo escolar que venham possibilitar a realização pessoal do educando e atender ao mercado de trabalho local e regional.

O O.E. deve buscar constantemente se atualizar, visto que é função dele colaborar ativamente na construção do  currículo, para que este atenda as exigências do ensino didático, pedagógico e social. Acompanhando de perto os alunos nas suas escolhas, com a iniciação do autoconhecimento e de ajustamento pessoal. É bom que conheça os programas sociais e de assistência ao educando e família que estão em situação de risco, evasão escolar, bolsas de estudo, doenças, situação psicológica dos responsáveis, são aspectos que devem ser cuidados com atenção e prontidão, respeitando a idade e o nível socioeconômico de cada indivíduo. (ABELIN & SIQUEIRA, 1989, p.32).
O orientador tem uma característica muito marcante a de aconselhamento, que são planos realizados em cooperação com a comunidades escolar e a família individual de cada aluno, nestes planos devem estar incluídos:

“[...] ao aluno - suas experiências, afazeres, atividades extra escolares, sua saúde, situação econômica, suas habilidades, aptidões, interesses e planos para o futuro; a família – o  que deseja para o futuro do filho?; o professor – sua opinião quanto a capacidade do aluno; o médico, o psicólogo – diagnostico de saúde física e mental do aluno; o assistente social – as condições ambientais e socioeconômicas  da família; a comunidade – os planos e metas do país, as ofertas do mercado de trabalho, os tipos de mão de obra necessários a comunidade” (ABELIN & SIQUEIRA, 1989, p.43)

O aconselhamento as vezes tem caráter terapêutico, contudo ocorre mais quando o orientador faz a intervenção com caráter psicológico o que não é sua função.  Ele deve é “Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a outros especialistas aqueles que exigirem assistência especial”. (BRASIL, 1973, p.2). o O.E. vai auxiliar a todos na busca do se conhecer, se ajudar, a pensar com uma capacidade produtiva e visão do futuro. Ensinando a arte do pensar bem, refletir sore seus ator e responsabilizar –se diante da sociedade em que vive, por meio de um currículo com veracidade e que atenda as reais necessidades  dos alunos, colocando cada problema e personagem do contexto escolar no seu devido lugar.


2.3 Função e o Papel da Escola


 A função da escola é muito discutida, por incrível que pareça, muitos dizem: - A função da escola é educar, ensinar matemática, português. Mas qual será o real papel da escola?  Bueno (2011, p. 5) diz que: “a função de formação dos sujeitos, o que a transformou em espaço social privilegiado de convivência e em ponto de referência fundamental para a constituição das identidades de seus alunos.” coloca a escola como um lugar de cultura, de cidadania, de socialização, onde se conhece as regras da sociedade.
Hoje em dia é obrigatório que as escolas elaborem um Projeto Politico Pedagógico (PPP) e nele vai ser estabelecido as estratégias administrativas e pedagógicas que a escola deve realizar dentro da comunidade e com os profissionais que compõem a estrutura escolar. Ele funciona como um “definidor das relações da escola com a comunidade a quem vai atender, explicita o que se vai fazer, porque se vai fazer, para que se vai fazer, para quem se vai fazer e como se vai fazer”.(ARANHA, 2004, p.10) para elabora-lo é necessário muita reflexão, participação de todos que compõem a comunidade escolar, que compreende: docentes, discentes, orientadores, administrativos, direção, coordenação, supervisão, pais e responsáveis, entre outros.
O Orientador educacional dentro da escola é um articulador verbal de todos os personagens envolvidos no processo educativo dos alunos, buscando construir um ser humano mais sensível às dificuldades alheias, agindo com justiça. Ele vai preparar os profissionais de educação que trabalham com os alunos a pensar em como esta a vida desta criança, das relações de contradição, ou de conflitos em que vivem lá fora e que reflete dentro da escola.
Deve-se reconhecer o papel social da escola diante do desenvolvimento de processos educativos, sistematização e socialização da cultura das gerações anteriores, transcrevendo uma nova realidade, refletindo sobre os erros do passado para a construção de um novo presente.  De acordo com Read (2001), a educação das escolas busca harmonizar o grupo social em que a escola esta inserido com seus membros:
Pressupõe-se, portanto, que o objetivo geral da educação seja propiciar o crescimento do que é individual em cada ser humano, ao mesmo tempo em que harmoniza a individualidade assim desenvolvida com a unidade orgânica do grupo social ao qual o indivíduo pertence. Desta forma, percebe-se que a educação informal de uma pessoa será definida pelo ambiente em que ela vive, ou seja, trata-se de uma herança cultural. (READ, 2001, p.9. Apud. BIEDSDORF, 2011, p.2).

 A criança vai ser conduzida pela escola a conviver em todos os grupos sociais respeitando as normas, leis, todas as estruturas sociais básicas da formação humana. A escola é uma criação do homem que forma sujeitos históricos, capazes de construir seu conhecimento.
Outra parte importante da escola é a direção que compõe o corpo administrativo, responsáveis por gerir a escola e por todas as diretrizes educacionais serem cumpridas. É constituído por: diretor, diretor adjunto, supervisor administrativo, supervisor pedagógico, orientador educacional, pedagoga, secretários. Segundo Aranha (2004) tem a seguinte função:

A direção de uma escola precisa ser dinâmica, comprometida e motivadora para a participação de todos os atores sociais. Ela necessita saber delegar poderes e estimular a autonomia, valorizando a atuação e a produção de cada um. Ela precisa ser uma figura presente, ponto de referência da personalidade e missão da escola. Precisa, também, ser respeitosa nas relações interpessoais, inclusive
nas ocasiões em que tem que promover ajustes no percurso de cada agente.


A direção tem a função administrativa, mas também pedagógica na intenção de construir uma escola que todos almejam, problematizando, articulando os diversos segmentos que a compõe. Ela realiza uma busca de uma gestão democrática visando os processos políticos pedagógicos na construção de uma Instituição escolar bem estruturada e participativa.


 2.4  Breve Histórico da Orientação Educacional e a Legislação.


A orientação educacional é uma atividade que já existe há muito tempo desde que a humanidade aprendeu a viver em sociedade, mas não somente em sociedades letradas mas sim diante de uma percepção mais primitiva como em aldeias, onde a educação é ensinar as regras sociais, culturais e morais daquele povo.
Para a regulamentação da profissão de orientador educacional as leis foram ao longo dos anos sendo alteradas começou com a Lei nº 5564 de 1968, depois foi regulamentada pelo Decreto nº 72846 de 1973 que regulamentaram as atribuições do O.E. em seu artigo 8º,  transcritas por Giacaglia & Penteado (1997):
f) Sistematizar o processo de intercâmbio das informações necessárias ao conhecimento global do educando.
g) Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a outros especialistas aqueles que exigirem assistência especial.
h) Coordenar o acompanhamento pós-escolar.
i) Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação Educacional, satisfeitas as exigências da legislação específica do ensino.
j) Supervisionar estágios na área da Orientação Educacional.
l) Emitir pareceres sobre matéria concernente à Orientação Educacional. (GIACAGLIA & PENTEADO, 1997, p.4)

Uma das ações desenvolvidas pelo orientador será a de articular uma  transformação dos docentes trazendo  para as reuniões pedagógicas à participação direta e comprometida de alguns profissionais da educação, como psicopedagogos, mestres, psicólogos, fonoaudiólogos, todos que possam auxiliar o trabalho dos educadores.
Todavia quando se pensa em sociedades organizadas compreende o inicio da profissão por volta de 1930 nos Estado Unidos da América (USA), a meu ver por causa da industrialização, onde educar jovens para o trabalho se fazia necessário esse foi o momento para se conduzir por meio do aconselhamento os jovens não ricos a trabalharem e não estudarem. No Brasil ocorreu uma década depois em 1940, o orientador era um conselheiro dos adolescentes auxiliando-os a optar por uma profissão. “a primeira menção a cargos de orientador nas escolas estaduais se deu pelo Decreto n. 17.698, de 1947, referente às Escolas Técnicas e Industriais”. (HONORATO, PASCOAL, ALBUQUERQUE, 2008, p.3) Essa função era ocupada por técnicos de educação, pois não havia cursos específicos de orientação educacional.  “As Leis Orgânicas do Ensino referentes ao período de 1942 a 1946 fazem alusão à Orientação Educacional.” (HONORATO, PASCOAL, ALBUQUERQUE, 2008, p.3)
 A partir de 1958 a sociedade Paulista já contava com 5 faculdades que “ministravam o curso superior de orientação educacional, tendo sido, o primeiro deles, o curso criado pela PUC-Campinas, em 1945”. (HONORATO, PASCOAL, ALBUQUERQUE, 2008, p.3-4) Diante da especificidade do ensino o Ministério da Educação e Cultura regularizou em caráter provisório a função e o exercício e registro dos Orientadores educacionais com a “Portaria n. 105, de março de 1958, tendo ela permanecido provisória até 1961, quando a LDB 4.024 veio regulamentar a formação do Orientador Educacional.” (HONORATO, PASCOAL, ALBUQUERQUE, 2008, p.3-4)
De acordo com Grinspun (1994) a orientação educacional sempre esteve vinculada a educação como um pedaço menor agregado, desenvolvendo seu trabalho baseado nas tendências pedagógicas vigentes da época e do local. Entretanto viu o papel do orientador como conselheiro a inicialmente com objetivos psicológicos sendo claro e legitimo na execução.  Porventura do inicio da década de 70 houve uma mudança de enfoque que passou a ter um foco sociológico na educação, que foi consumado com a “obrigatoriedade da orientação educacional, nas escolas de 1º e 2º graus, conforme determina o art. 10 da Lei nº 5692/71, sem a legitimidade de seus objetivos e propósitos por parte dos educadores [...] (GRINSPUN, 1994, p.12)
Com a Lei nº 5.564 de 1968 que prevê o exercício da profissão de orientador educacional.  Entretanto a Lei que  agilizou a “ruptura da posição tradicional do orientador foi, sem duvida  a Lei 5.692”(LOFFREDI, 1986, in NEVES, 1986, p.46) de 1971 que previa a universalização do trabalho do orientador em seu artigo 10 “Será instituída obrigatoriamente a Orientação Educacional, incluindo aconselhamento vocacional, em cooperação com os professores, a família e a comunidade (BRASIL, 1971, s.n.).  salienta-se a fala de Loffredi(1986) onde escreve que por ser obrigatória um orientador tinha que trabalhar em várias escolas com um modelo de orientação que tornava o trabalho sem condições de ser realizado, além disso ainda tinha que em cada escola realizar “a sondagem de aptidão, a preparação para o trabalho eram metas a serem atingidas. O orientador assumiu o modelo legal e levou alguns anos, antes de contestá-lo” ”(LOFFREDI, 1986, in NEVES, 1986, p.44).
Balestro (2005) escreve que os O.E perderam uma grande oportunidade de mostrarem mais força dentro do contexto escolar e de fazerem exigências quanto a sua profissionalização enquanto direitos e deveres do O.E. complementa a autora dizendo que “os orientadores educacionais deixaram a banda passar sem dar a sua contribuição, isto é, sem fazer parte dela. Eles ficaram em cima do muro e calados”. (BALESTRO, 2005, p. 19 Apud. HONORATO, PASCOAL, ALBUQUERQUE, 2008, p.47) por causa desta ausência de voz, em 1980 a Orientação Educacional passou a ser questionada quanto a sua funcionalidade e necessidade na escola. Conforme Honorato, Pascoal, Albuquerque (2008, p.47):

Por tais motivos, a Orientação Educacional começa a ser questionada a partir de 1980. Assim, os pressupostos teóricos começam a ser repensados e rediscutidos. O orientador começa a participar de todos os momentos da escola, discutindo questões curriculares, como objetivos, procedimentos, critérios de avaliação, metodologias de ensino, demonstrando sua preocupação com os alunos e o processo de aprendizagem. Os cursos de reciclagem que foram oferecidos aos orientadores contribuíram para que a discussão fosse mais ampla, envolvendo as práticas, os valores que a norteavam, a realidade dos alunos, assim como o mundo do trabalho.

 Este questionamento mencionado pelos autores fez com que os O.E. acordassem e fossem demonstrar seu valor e real motivo de sua existência enquanto profissional presente no ambiente escolar, exigindo um profissional que satisfizesse as necessidade sócio educativas de cada escola e comunidade.
A nova Lei nº 7.044 de 1982, altera alguns pontos das leis anteriores onde o enforque dantes voltado para a função filosófica e sociológica agora direciona-se  para a qualificação no ensino Médio, preocupa-se em conduzir o aluno a escolha de sua real vocação como esta presente no art. 4 da referida Lei. Comentada por Folberg (1984, p.61)

 Art.4 Os currículos do ensino de 1º e 2º graus terão um núcleo comum, obrigatório em âmbito nacional, e uma parte diversificada para atender, conforme as necessidades e possibilidades concretas, às peculiaridades locais, aos planos dos estabelecimentos de ensino e às diferenças individuais dos alunos.
§ 1º - A preparação para o trabalho, como elemento de formação integral do aluno, será obrigatória no ensino de 1º e 2º graus e constará dos planos curriculares dos estabelecimentos de ensino.
§ 2º - À preparação para o trabalho, no ensino de 2º grau, poderá ensejar habilitação profissional, a critério do estabelecimento de ensino.

Todavia esta alteração não fere as leis e decretos anteriores, alias mantem pressuposto de que se educa para que os alunos sejam cidadãos de bem com valores éticos morais e preparados para o mundo do trabalho, assumindo assim a decisão que tiveram por aquela ou outra profissão.
Atualmente a O.E é caracterizada por envolver-se mais com o aluno, família, educadores e escola de forma pedagógica, buscando mediar conflitos e divergências, exclusão, está voltado a resolver mais os problemas sociais que estão ou mexem com todos os participantes da comunidade escolar. Ele esta mais “comprometido com a formação da cidadania dos alunos, considerando, em especial, o caráter da formação da subjetividade.”(GRINSPUN, 1994, p.31) existe um auxilio individual quando necessário mas o trabalho é mais coletivo buscando formar cidadãos críticos capazes de tomar decisões e atuarem corretamente na sociedade.



2.5 A Relação da Orientação Educacional e a Comunidade Escolar.


O Orientador Educacional (O.E) dentro da escola atua na equipe de gestão, mas tem caráter pedagógico, pois trabalha diretamente com os alunos e com suas famílias. Busca auxiliar o discente a desenvolver-se, a conhecer seu interior, como é, do que gosta, compreendendo como deve se comportar no ambiente escolar. “o papel do orientador educacional deve ser o de mediador entre o aluno, as situações de caráter didático-pedagógico e as situações socioculturais.” (PASCOAL, HONORATO, ALBURQUERQUE, 2010, p. 103) Ele deve realizar uma ponte entre o aluno e o restante da comunidade escolar, incluindo família e professores. Apesar de exercer o aconselhamento o O.E. não deve atuar como um psicólogo, pois ele não é um.
 A presença do Orientador é obrigatória, assegurada em lei nº 5.692/1971 em seu “Art. 10. Será instituída obrigatoriamente a Orientação Educacional, incluindo aconselhamento vocacional, em cooperação com os professores, a família e a comunidade”.(BRASIL, 1971,p.30). Mas a luta dos O.E é constante visto que existem escolas com muitos alunos, por exemplo 500 mil alunos e somente um orientador isto sobrecarrega um trabalho que é em sua maioria individual e diversificado.
Uma das funções do orientador é auxiliar os alunos com dificuldade em se comportar dentro da sala de aula, agindo de forma inadequada, o orientador vai realizar uma intervenção com o aluno e as vezes com a família que pode ser um fator gerador  do comportamento do aluno.   Primeira atitude de um orientador é a de aconselhamento para que o aluno realize “a  autorreflexão para esclarecer autoconceitos, identificar opções, tomar decisões e resolver dificuldades”.(TALAVERA, 2004, p.5).
 O O.E. realiza em seu local de trabalho uma parceria com os docentes  para obter informações que o faça compreender o comportamento do docente e agir de forma a buscar como ajudar esse estudante a relacionar-se consigo, com os outros.  Ele é um profissional multifuncional que atua na escola dentro e fora, pois suas ações repercutem na mudança de comportamento de pais, alunos e profissionais da educação. Villon (1994) em sua concepção escreve que o trabalho do orientador educacional deve:
[...] ser o de propiciar a aproximação entre a escola e a comunidade, desvelando os papéis e a influência que diversas instituições, tais como clubes, indústrias, comércios locais, associações, clubes, etc. exercem na comunidade. Preconiza a liberdade de extrapolar o espaço escolar indo rumo à comunidade escolar. A autora evidencia, desta forma, que o campo de atuação do orientador educacional não se limita à microestrutura escolar.(VILLON, 1994, Apud. PASCOAL, HONORATO, ALBURQUERQUE, 2010, p. 106)
Na escola o O.E. vai participar na organização e realização da proposta pedagógica;  será um elo entre escola e com a comunidade, buscando orientar, ouvir e dialogar com pais e responsáveis, sobre o ponto mais importante da escola o aluno.
Apesar de o O.E. ser um profissional formado em pedagogia habitualmente ele não é como o professor que está voltado para o processo de ensino aprendizagem, que vai atender ao currículo em movimento, aos Parâmetros Curriculares Nacionais(PCN). O Orientador tem um currículo a seguir, pois esta preocupado com a formação dos educandos, com os valores, atitudes, sentimentos, comportamento, socialização do aluno, o que influi consideravelmente no processo de aprendizagem, afinal sem estes alinhados não se consegue aprender. Segundo Giacaglia & Penteado (1997) é atribuído ao O.E.:
a) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional em nível de:
1 - Escola;
2 - Comunidade.
b) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação Educacional dos órgãos do Serviço Público Federal, Municipal e Autárquico; das Sociedades de Economia Mista Empresas Estatais, Paraestatais e Privadas.
c) Coordenar a orientação vocacional do educando, incorporando-o ao processo educativo global.
d) Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando.
e) Coordenar o processo de informação educacional e profissional com vista à orientação vocacional.[...] (GIACAGLIA & PENTEADO,1997, p.4)

Dantes os orientadores eram pessoas apagadas, pelo cansaço de uma luta muito grande, “hoje no Distrito Federal (DF), encontram-se em um momento de possível fortalecimento e renovação, pois que há cerca de 700 orientadores atuando nas escolas públicas.” (FERREIRA, 2013, p.16) Onde fazem um trabalho de aconselhamento, acompanhamento de alunos com dificuldades para se comportar, trabalha também no sentido de mediador da socialização e aceitação  e tratamento das relações sociais dos Portadores de Necessidades Especiais(PNE) garantindo que eles sejam encaminhados aos profissionais que precisam como psicólogos, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, neurologistas, auxiliando os pais na busca destes profissionais. Também interfere diretamente quando o aluno esta em situação de risco.
O orientador participante propõe palestras, sessão de estudos; seminários; oficinas de produção; troca de experiências; e produção escrita buscando um trabalho integrado na elaboração de atividades baseadas na coletividade, no trabalho em equipe, desta forma ira proporcionar um ambiente que prevalecerá a confiança e o desenvolvimento intelectual de cada membro da comunidade escolar.
 Realiza a proposta de uma construção, elaboração e efetivação de um projeto que deve buscar constantemente o autoconhecimento e para desenvolver habilidades, onde durante a confecção deste projeto, no ato de processo cada um vai perceber em si novas habilidades que desconheciam e assim passarão a perceber que o orientador é seu companheiro..
Quanto ao planejamento o orientador deve fazer um individual  e outro em grupo que será o da escola e este vai requerer conhecimento da realidade na qual se encontra a escola e que se detecte  problemas com o coletivo. As  respostas e soluções as diversas questões problematizadas do cotidiano escolar vai ocorrer nas reuniões pedagógicas por meio de reflexões dos conteúdos e da própria autorreflexão, o educador-orientador ira atuar com uma postura verdadeiramente comprometida com a transformação educacional e social dos educadores que trabalham com ele .
Aos poucos ele vai construindo uma metodologia que deve proporcionar uma crescente comunicação, em clima de confiança, com registro da troca de experiências de diferentes grupos de educadores, em diferentes espaços educacionais. Na reunião, uma sugestão ao formador ou coordenador pedagógico é que utilize com os professores, as mesmas dinâmicas e os mesmos objetivos que deveriam ser trabalhados com os alunos destes. Como escreve Oliveira (2011, p.5):
Atualmente seu papel já precisa responder o ato de planejar, coordenar, orientar, dialogar, auxiliar, estudar, discutir as problemáticas presentes no dia-a-dia e,  inda, buscar junto ao coletivo os temas para a formação dentro do interior da escola, em perder de vista, a política de educação, onde a escola está inserida.
Outra sugestão de estratégias de trabalho é a de a reflexão a partir da observação e registro que fundamentada na reflexão problematizada sobre a prática a partir de observações do real e de registros sistematizadores destas. O que favorece a leitura reflexiva, a autonomia compreensiva e de intervenção do sujeito que observa e escreve sobre seu fazer pedagógico. Também é de competência do O.E., segundo Giacaglia & Penteado (1997):
Art. 9º Compete, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes atribuições:
a) Participar no processo de identificação das características básicas da comunidade;
b) Participar no processo de caracterização da clientela escolar;
c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno da escola;
d) Participar na composição caracterização e acompanhamento de turmas e grupos;
e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos;
f) Participar do processo de encaminhamento dos alunos estagiários;
g) Participar no processo de integração escola-família-comunidade;
h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional. (GIACAGLIA & PENTEADO, 1997, p.4)


A organização dos momentos de reflexão merece ser analisada e repensada, devido a queixas de professores e coordenadores sobre as dinâmicas desses encontros.  Para Organizar o tempo os orientadores podem Concentrar todo o grupo de professores em um momento comum, onde cada um tem que participar por horas seguidas. Quando o orientador tem por objetivo: Desenvolver habilidades nas dimensões pessoais que são  importantes para o desempenho do professor, ele propõe uma rotina com Abertura da reunião com o coordenador apresentando a pauta do dia e orientando a dinâmica de trabalho; desenvolvendo uma dinâmica adequada ao tema;  deve planejar as dinâmica a serem desenvolvidas com alunos e prevê o momento de avaliação. É importante Desenvolver a percepção de si e do outro, a comunicação e a criatividade.


2.6 A Orientação Educacional nos Anos Iniciais (1º ao 4º ano) do Ensino Fundamental.


Normalmente a função do Orientador Educacional é de aconselhamento, voltado para auxiliar o docente na descoberta de sua vocação. Porem o papel exercido pelo orientador no Ensino fundamental é o de comunicador, auxiliador, mediador, costuma preocupar-se com as dificuldades do processo ensino-aprendizagem. Preocupa-se com o aluno, como ele aprende? Com a professora, como ela ensina? E em que condições físicas, psicológicas, e cognitivas ele aprende? O O.E. atuante nesta fase do ensino deve sempre procurar realizar é conhecer toda a comunidade escolar e em que ambiente o aluno, principalmente os indisciplinados, vivem. Segundo Ferreira (2013) caracteriza o papel do O.E. com crianças:
A orientação oferecida aos orientadores sugere que este deverá manter um elo comunicativo com os alunos, toda a comunidade escolar, famílias e comunidade extraescolar. Para isso são exigidas capacidades para: discutir o currículo, ter conhecimento acerca do processo ensino-aprendizagem, colaborar com a melhoria desse processo, analisar criticamente a realidade social, política e econômica do país e da comunidade local e fundamentar cientificamente sua prática, buscando novas teorias. (FERREIRA, 2013, p.32)

A atuação deste O.E. no Ensino Fundamental  primeiramente vai conhecer o currículo , depois ser participar da construção do PPP, conhecendo os projetos, e as necessidades da comunidade em que trabalha, observando como as crianças são conduzidas para a aprendizagem.
Na sua atuação com a comunidade, vai realizar reuniões a fim de mapear situações ou indivíduos com problemas.  Vai procurar resolver questões de relacionamento, existentes entre a escola com a família. Criando uma atmosfera de harmonia entre todos levando em conta o contexto social e as influencias sob o processo de aprendizagem. “tem como objetivo orientar o aluno no conhecimento pessoal e do ambiente sociocultural onde está inserido, a fim de que este tome decisões acertadas e reflexivas mediante ao seu desenvolvimento pessoal e social” (GIACAGLIA; PENTEADO, 2006, Apud. BARBOSA, 2011, p.62)
O orientador educacional deve elaborar um plano de orientação, onde vai planejar as atividades que serão desenvolvidas, com cada grupo que compõe a comunidade escolar. Por exemplo com os alunos, após feito um combinado com os professores –Observar em sala de aula, nas horas livres, propondo atividades de auto conhecimento e sociograma, trabalhar com pequenos grupo e até individualmente se assim fizer necessário, Vai averiguar a sociabilidade e o respeito a diversidade racial e a inclusão de Portadores de Necessidades Especiais(PNE).(CARVALHO Apud. GRINSPUN, 2003, p.38-39).

O trabalho com os professores é o de assessoramento, as atividades que forem propostas devem estar relacionadas de acordo com o conteúdo que a professora esta trabalhando, fazer a avalição de desempenho, remanejar alunos, realizar dinâmicas que possibilite que os educadores realizem em sala atividades que visem os estudos e aprofundar as relações interpessoais. Com os pais irá realizar entrevistas com todos os responsáveis de uma sala ou individuais, realizar rodas de conversa, grupos de discussão, analisar o desempenho com os pais. (CARVALHO Apud. GRINSPUN, 2003)
O O.E. as vezes funciona como um elemento de apoio, fornecendo material. Pode provocar a exploração de gostos, conscientização do autoconceito; vai desenvolver hábitos de estudo e leitura; Vai entrosar as turmas , tem o intuito de tornar a escola um ambiente social, fazendo com que os alunos consigam interagir independente do seu nível-sócio-econômico-cultural. Realiza atividades que os façam agir com cooperação e respeito às diferenças.










Capítulo II: Pesquisa de Campo
3.1 Caracterização do Espaço Pesquisado.
O Centro Educacional é uma escola particular/privada localizada na  Cidade de Brasília, DF, onde os índices de violência, tráfico de drogas não são vistos com frequência no bairro. Os moradores e estudantes da escola tem o nível socioeconômico elevado. Inaugurada em 01 de junho de 1981. Seu Horário de funcionamento é Matutino das 07: 30 às 12: 00 horas e  Vespertino das 13:30 às 18: 00 horas.
Possui 22 salas de aula. Dependências e serviços existentes na escola,  Diretoria, Secretaria, Sala dos Professores, Sala de Coordenação da Educação Infantil, Sala de Coordenação do Ensino Fundamental – Séries Iniciais, Computadores ligados a internet para atividades administrativas, Computadores ligados ä internet para uso dos professores, Piscina, Berçário, Cozinha, Cantina, Refeitório,  Depósito de alimentos, Almoxarifado, Parque Infantil, Quadra de Esporte Coberta. Todas as partes dos aspectos físicos da escola encontram–se em condições excelentes. A escola está ligada a internet, para uso administrativo e do laboratório de informática.
A escola Possui Conselho escolar que funciona com a presença dos membros em reuniões. Onde juntam as equipes Pedagógica e administrativa da escola e são apresentadas sugestões, criticas e também realizam o acompanhamento de trabalho feito.
 A escola possui Conselho de Classe as suas principais atribuições: no processo de avaliação dos alunos, que consiste em Analisar o rendimento escolar de cada aluno. Avalia a turma de alunos nos aspectos de aproveitamento escolar. Identifica os alunos que necessitam de acompanhamento especial .
Quanto aos Recursos Humanos (RH): Possui um Total de 184 funcionários; com 58 professores em exercício.  Os professores da Educação básica são selecionados por meio de um processo seletivo pela direção da escola e RH, para analisar os currículos é avaliado experiência em sala de aula e outros requisitos. Os professores são todos graduados, alguns com especializações. Não há Plano de Carreira sistemático destinado aos professores.  O horário para coordenação pedagógica é uma vez por semana os professores se reúnem junto a coordenação pedagógica, para elaborar novos projetos para a melhoria e o aprendizado dos alunos.
 A atualização/capacitação do docente é feita no inicio do ano letivo e no retorno do recesso de julho, é feito a semana pedagógica onde a escola capacita os docentes, por meio de palestras, atividades voltada para aprisionar seus  conhecimentos.
Os professores são avaliados pela Coordenação/Gestão da Escola bimestralmente, por meio de Acompanhamento dos resultados dos alunos, intervenção feitas para melhor aproveitamento pedagógico.
A escolha da Diretora da escola é por Indicação, e competência. A escolha da equipe da direção da escola é feita por  meio de promoção. As principais atribuições da Diretora da escola é o de Orientador, coordena, dirige e supervisiona as atividades didáticas – pedagógicas. Representa a escola em atos públicos, convoca e presidir reuniões, analisa e assina documentos, elabora, fixa anualmente o calendário escolar e promove sua divulgação. As principais dificuldades vivenciadas pela direção da escola são Com a equipe, devido alguns funcionários querem sair da empresa e por isso não trabalha direito. Identificação das Necessidades de alunos, professores, funcionários e pais. A escola tem um inspetor e assistente de coordenação, faz este trabalho de monitorar e auxiliar os alunos no bom andamento da escola.
Com os seguintes Níveis e Modalidades de Ensino Educação infantil, Creche, Pré-escola, Ensino Fundamental – Sérias Iniciais de 1º ao 5º ano.  Ensino Fundamental – Séries Finais  de 6º ao 8º ano. Possui respectivamente nas modalidade/nível de ensino da Educação Infantil: 354 alunos; Ensino Fundamental – Séries Iniciais: 210 alunos; Ensino Fundamental – Séries Finais 48 alunos.
O comportamento dos alunos dentro e fora da sala de aula (disciplina, linguagem, brincadeiras, relações interpessoais, sexualidade, violência, drogas, etc) é um bom comportamento, existem brigas entres eles porém através de uma boa conversar eles resolvem tudo. A interação dos alunos é muito boa também brincam juntos, compartilha brinquedos apesar de serem pequenos estão em processo de desenvolvimento da autonomia, percepção do eu, e de desenvolvimento das relações sociais. O aluno é avaliado bimestralmente, através de provas parciais e provas bimestrais que envolve o conteúdo trabalhado no bimestre.
As estratégias a escola adota para prestar atendimento a alunos que apresentam dificuldades no processo de aprendizagem por meio de avaliações diferenciadas e utilizando sendo necessário um acompanhante para auxiliar o aluno.        
Quanto a Organização administrativa A escola possui Regimento Escolar que está aprovado pela Secretaria de Educação, no dia  08 de setembro de 2009. Além do Regimento Escolar há outros regulamentos que a escola possui para sistematizar as atividades administrativas e pedagógicas desenvolvidas, como a: Ênfase no cumprimento de horário, participação de reuniões coletivas, entre outras.
A direção e Coordenação pedagógica elaboraram o Projeto Político Pedagógico. Em relação aos interesses dos alunos e com o contexto externo a escola esta dentro do PPP: Oferecer um ensino de excelência e qualidade. Preparar o aluno para pratica sadia. Oferecer condições para que o aluno atinja o desenvolvimento possível e necessário ao seu desempenho numa etapa de aprendizagem, está sendo implementada pelo gestor ou equipe gestora através do planejamento semanal e da realização de projeto.
A escola desenvolve projetos pedagógicos envolvendo alunos, professores e a comunidade em geral para trabalha os temas transversais com os temas: alimentação saudável, famílias e valores para a vida entre outros.
O serviço de Orientação Coordena o processo de interesses, aptidões e habilidades do Educando. Participa do processo de avalição e recuperação dos alunos. Participa do processo de integração Escola-Família-Comunidade. Participa na composição, caracterização e acompanhamento das turmas e dos grupos.

3.2 Metodologia

O trabalho realizado é uma pesquisa científica de cunho qualitativo a fim de atingir os objetivos propostos. A pesquisa de campo é “um procedimento formal com método de pensamento reflexivo que requer um tratamento científico e se constitui no caminho para se conhecer a realidade ou para descobrir verdades parciais. (MARCONI &LAKATOS, 2001, p. 43)”.
O método escolhido delimita “os instrumentos básicos que ordenam de início o pensamento em sistemas, traçam de modo ordenado a forma de proceder do cientista ao longo de um percurso para alcançar um objetivo preestabelecido”. (SOUZA, 2011, p.13)
 Primeiramente foi realizada uma busca de materiais impressos, virtuais que fazem uma reflexão, ou contenham informações pertinentes sobre o assunto. Muitos estudiosos foram pesquisados para embasar o trabalho, como em uma pesquisa bibliográfica. Após a construção do referencial teórico a autora percebeu a necessidade de aplicar um questionário para coletar dados reais sobre a orientação educacional dentro do contexto escolar e como é o trabalho do Orientador educacional com o trato da família, escola e alunos, que precisam do seu serviço.
Foi aplicado um questionário para o Orientador da escola e para alguns professores, respectivamente 6(seis) que responderam, o pedido e a entrega do instrumento foi feito a todos os professores da escola mas somente seis tiveram a boa vontade de responder.
Após recebido os questionários, chegou o momento de analisar os dados coletados.


3.3 A Orientação Educacional na Prática Escolar


O questionário de Orientador Educacional (O.E.) foi aplicado a uma orientadora de 34 anos que trabalha como O.E. há 6 anos, sua formação é pedagogia e pós-graduação em Orientação Educacional. Compreende que seu papel dentro da escola é zelar pela formação dos alunos como cidadãos. Busca ajudar e auxiliar os professores a compreender os comportamentos das crianças e cuidar das relações com a comunidade.
Realiza atividades de orientação dos alunos para que consigam desenvolver-se como pessoa. Participa ativamente da construção do Projeto Politico Pedagógico da escola. Auxilia os professores na solução de  problemas de alunos que estão com dificuldades de aprendizagem. Executa a mediação de conflitos entre alunos, funcionários e comunidade.
Seu trabalho com as famílias compreende atividades como rodas de conversa; reuniões com toda a equipe que trabalha com as crianças diretamente no desenvolvimento da aprendizagem para que sejam traçadas estratégias que possibilitem aos alunos com dificuldade conseguir aprender e interagir com todos da escola. Devido ao trabalho constante de atividades com as famílias há uma participação ativa das mesmas na escola.
As estratégias utilizadas para solucionar problemas de indisciplina na escola possuem um caráter preventivo. Após a análise dos dados dos questionários pode perceber a demanda e o perfil da comunidade. Por isso foi desenvolvido atividades que habituam os alunos, professores a estudarem e conseguirem organizar-se por meio do estabelecer rotinas. Desenvolve trabalhos de integração entre a família e a escola, trazendo a comunidade escolar para dentro da escola.
 A orientadora participa das reuniões com os professores, com a direção e com os pais quando julga necessário dar um suporte diferenciado a professora no momento da reunião. Na abertura da pauta das reuniões no momento que a direção fala leva propostas, dinâmicas para mediar situações de conflitos que possam existir e para proporcionar a solução de algo que estiver acontecendo naquele momento, dialogando sobre o assunto.
De acordo com os dados de identificação respondidos sobre os professores pesquisados. A idade dos mesmos esta compreendida entre 24 a 40(vinte e quatro a quarenta) anos. Somente um professor dos cinco possui o sexo masculino. Quanto ao tempo em que atuam como professor compreende entre 3 a 19(três a dezenove) anos de magistério. Em sua maioria 4(quatro) professores possuem formação somente em pedagogia. Um professor tem formação em matemática com complementação em magistério superior e outra é formada em pedagogia e administração. A formação dos professores é muito importante levando em conta que o trabalho é realizado com crianças, onde o curso de pedagogia oferece em seu currículo a educação para crianças com prioridade.
O papel do orientador é trabalhar com a formação continuada. Deve lidar com alunos que estão com comportamento inadequado, com a indisciplina. Agindo como mediador e conciliador dos conflitos de funcionários, alunos, direção, pais em função de uma escola harmônica para que ocorra a aprendizagem dos alunos. Deve estar presente na construção do Projeto Politico Pedagógico da escola auxiliando no atendimento das demandas e do perfil da comunidade na qual a escola esta inserida. Vai orientar professores, pais e alunos para que compreendam as regras, normas e a estrutura organizacional da escola.
A forma como a orientação pode auxiliar nas atividades  dos professores é orientando com estratégias para trabalhar com o aluno. Deve apresentar condutas que o professor de possuir em sala de aula para solucionar problemas de conflitos entre os alunos, indisciplina, procurando descobrir os motivos da não aprendizagem dos alunos e do comportamento inadequado. Pode conversar com os pais  auxiliando-os na busca de especialistas quando necessário.
  Quando solicitaram a presença do orientador para solucionar problemas, todos os professores perceberam algumas estratégias que o Orientador educacional utilizou para que houvesse a interação entre a escola e família. A O.E. primeiramente conversa com a criança, depois fez uma reunião com os pais, conversas individuais com professores, alunos e pais, reunião coletiva, rodas de conversa, dinâmicas e entrevistas, buscou conhecer a realidade do aluno e família. Interviu com conversas coletivas com os alunos, contou estórias que fizeram eles refletirem por meio de questionamentos feitos pela O.E. ela é constantemente presente nas reuniões, planejamentos, e decisões que são tomadas na escola democraticamente.
Os professores desenvolvem ações que ajudam o processo de trazer a família para participarem do processo de ensino desenvolvido na escola. Participam das propostas que a O.E., estão presentes na roda de conversa, na coleta de dados dos questionários socioeconômico e pesquisa familiar. Busca estratégias juntamente com a Orientadora para desenvolver a aprendizagem da sua turma. Conversa com os pais na hora da saída e de coordenação. Comunicam-se com os pais a todo tempo em reuniões, culminância de projetos. Relata os problemas em tempo hábil.



Capitulo III:  Análise de dados


4.1 A Orientação Educacional e a Relação Família Escola na Pratica


Os questionários aplicados aos professores e a orientadora foi um instrumento de ação e reflexão que a relevância do orientador no ponto de vista do professor que é atendido quando solicita o auxilio do O.E.
A orientação pedagógica direcionada aos professores aborda uma série de estratégias indicadas pela orientadora para auxiliá-los no ensino de crianças que estão apresentando dificuldade para aprender.  Desta forma conseguem resgatar no aluno o desejo de aprender  e a confiança que pode contar com o apoio e ajuda do orientador.
Os atendimentos individuais ou coletivos realizados pelo orientados, conseguiram atingir a sua missão, que é a compreensão da vida e do ambiente em que a criança vive fora da escola, proporcionando uma mudança de comportamento da escola frente as atitudes do aluno e da família que sabe, conhece e reconhece o papel da escola como agente educadora de conhecimentos, percebe por meio da orientação realizada que deve educar seu filho com valores éticos e morais a fim de transforma-lo em um cidadão.
O orientador compreende seu papel  na articulação da formação continuada. No trato com alunos que estão com comportamento inadequado, com a indisciplina. Age como um mediador e conciliador dos conflitos de funcionários, alunos, direção, pais construindo e reconstruindo com toda a comunidade escolar um local de aprendizagem para todos. Auxilia como conselheiro na vida do educando apara que  ele consiga interagir com o contexto social em que se encontra.
Nas reuniões a O.E. fala levando propostas, dinâmicas que proporcionam a resolução de conflitos externos e internos, que possam existir. Esta sempre levando o aluno, os pais e a escola a refletir em como ajudar o aluno com problemas comportamentais e de aprendizagem. Consegue fazer um elo para proporcionar a solução dos problemas encontrados, por meio do dialogo sobre o assunto.

5. Considerações Finais

Por meio desta pesquisa e produção textual cientifica pode-se compreender a importância do papel do Orientador Educacional na interação escola, família, pois é ele o elo, o barbante que amarra a escola e a família no atendimento e busca do bem estar do aluno.  A importância do papel do Orientador Educacional na interação escola, família está no momento em que ele redimensiona suas ações no espaço escolar com um olhar mais singular sobre cada aluno que exige maior atenção. Buscando a satisfação das necessidades do discente para conseguir aprender.
Foi necessário identificar as estratégias utilizadas pelo Orientador Educacional na formação da relação escola, família para que se pudesse compreender as ações interventivas para que consiga resolver as situações conflituosas que ocorrem com o aprendente e prejudicam a sua concentração, motivação para aprender.
O papel do Orientador Educacional na relação escola e família funcionam como um pedagogo-psicólogo que age com o intuito de adequar as necessidades individuais dos alunos ao meio social em que vive com profissionais de educação e família. Promove uma integração dos elementos por meio de experiências vivenciais. Preocupa-se com os conteúdos de ensino e com Como o aluno aprende. Vai atuar e interagir reflexivamente e em conjunto com toda a equipe escolar. O contexto de algumas escolas parece limitador diante de  tantas possibilidades de autonomia e da realização de um trabalho com a participação  efetiva de uma equipe unida, o que é um fator  importante.
O Orientador apresenta técnicas, desafios cognitivos ao corpo docente e busca auxilia-los na busca de solucionar as situações problemáticas, mas sempre valorizando o conhecimento cientifico e de cada individuo sobre si mesmo. Vai  motivando  a todos para novos desafios.
A importância da participação da família na escola é percebida quando o Orientador a faz perceber o quanto eles são importantes e são exemplos para a formação de valores éticos, morais para a criança. Os pais são os modelos dos filhos que segue-os exemplos que demostram, sejam eles negativos ou positivos. Vale esclarecer que a família é quem educa e deve trabalhar juntamente com o corpo docente na busca de solucionar problemas dos seus filhos.













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ANEXOS

















ANEXO 01
QUESTIONÁRIO ORIENTADOR EDUCACIONAL
Identificação

1) Idade:_­­­­­­­­­­­_____.

Sexo: Feminino( )                          Masculino: ( )

Tempo que atua como Orientador Educacional:_________________

Formação:­­­________________________

2) Qual é o papel do  Orientador Educacional dentro da escola?

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
___________________________________________________________________

3) Quais atividades você realiza?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________  

4) Você desenvolve atividades com as famílias?

Sim(  )                           Não (  )


5) De que forma as famílias atuam junto a escolas?
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
6) Na sua escola de atuação existe a participação ativa da família? 
Sim ( )                 Não (  )

7) Caso seja não a resposta o que faz para mudar esse quadro?
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8) Quais são as estratégias que utiliza para solucionar problemas de indisciplina na escola?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

9) Você participa das reuniões:
Com os pais(  )   Com os professores  Com a direção (  )

10) Para essas reuniões, costuma levar alguma proposta, ideia a ser trabalhada com os presentes para diagnosticar problemas que ocorrem no ambiente escolar? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________


















ANEXO 02
QUESTIONÁRIO PROFESSOR
Identificação

1) Idade:_­­­­­­­­­­­_____.

Sexo: Feminino( )                          Masculino: ( )

Tempo que atua como Professor:_________________

Formação:­­­________________________

2) Na sua opinião qual deve ser o papel do Orientador Educacional dentro da escola?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

3) De que forma a orientação pode auxiliar suas atividades?

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5) Já solicitou a presença do orientador para solucionar algum problema:
Sim (   )                 Não (  )
6) Quais estratégias você percebeu que a Orientador(a) da sua escola utiliza para que ocorra a interação escola e  família?
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6) Que ações você desenvolve que ajudam nesse processo de trazer a família para participar do processo de ensino desenvolvido?

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