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Literatura
Infantil: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo
de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental.
Monografia
aprovada como requisito parcial para a conclusão do curso de pedagogia da faculdade
projeção de XXXXXXX-XX, pela seguinte banca examinadora:
Presidente da
Banca: Professor M. SC. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Professor
Convidado: Professor M. SC.
sacolinha da leitura
uma boa forma da família participar do processo para que o aluno tenha gosto, apreço por ler.
uma boa forma da família participar do processo para que o aluno tenha gosto, apreço por ler.
Dedico este trabalho a minha
mãe XXXX, meu XXXX, MINHA FILHA xXXXX
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por te me proporcionado sabedoria e
paciência, minha mãeXXX, a meu esposo XXXXX , que me motivou a não
desistir, minha filho Artur,. As
minhas queridas amigas xxxxxxxxx. Agradeço,
em especial, o Professor Me. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, por ter tido
paciência e, sobretudo sabedoria e poder ter acrescentado nessa etapa mais
importante da minha vida.
"É necessário ter uma sociedade leitora, para que a criança seja
leitora". (Campos de Queirós)
RESUMO
O tema do trabalho de pesquisa em questão é:
A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de
crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo :
Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo
cognitivo da criança. Especificando: O histórico da infância. A compreensão de
como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura
infantil. E propõe –se também :Analisar
como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de
aprendizagem. E por fim de Analisar se é possível desenvolver o gosto pela
leitura, por meio da literatura infantil. Adquirir o prazer em ler,
desenvolvendo assim diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo
que for aprender na escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura
infantil é de muito cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, é uma ferramenta facilitadora para a aprendizagem;
desenvolve a coordenação motora e o cognitivo; facilita a aquisição de
habilidades e, além de tudo, ajuda no processo de ensino e aprendizagem.
Palavras-
chaves: Literatura.
Leitura. Desenvolvimento Cognitivo.
ABSTRACT
The
theme of the research in question is: The importance of children's literature
for the cognitive development of children from 2nd year of teaching elementary
school. Aims to: Understand how children's literature can help in the cognitive
process of the child. Specifying: The history of childhood. The understanding
of how the cognitive development of children through children's literature. And
it is also proposed: Analyze how children's literature contributes to the
development of the learning process. And finally to analyze whether it is
possible to develop a love of reading through children's literature. Acquire
pleasure in reading, developing various skills that facilitate learning in all
that is learning in school. The moment you will work with children's literature
is very careful in the choice of the material offered to these children, is an
enabling tool for learning; develops motor coordination and cognitive;
facilitates the acquisition of skills and, above all, help in the teaching and
learning process.
Keywords: Literature. Reading. Cognitive Development.
SUMÁRIO
1. Introdução............................................................................................... 09
1.1. A importância da literatura
para o desenvolvimento cognitivo de crianças
no segundo ano do Ensino
Fundamental.................................................... 09
1.2. Questão
problema................................................................................. 10
1.3.
Justificativa........................................................................................... 10
1.4. Objetivos............................................................................................... 11
1.4.1. Objetivo
geral..................................................................................... 11
1.4.2. Objetivo específicos........................................................................... 11
2. Referencial Teórico................................................................................ 12
2.1
O Histórico da infância...................................................................12
2.2
O Surgimento da literatura infantil................................................19
2.3
A importância da literatura infantil para o aprendizado................24
2.4.
A contribuição da literatura infantil para o desenvolvimento
Cognitivo............................................................................................27
2.5
Despertando o gosto pela leitura por meio da literatura infantil..31
3. Metodologia............................................................................................. 35
3.1. Sobre a pesquisa.....................................................................................
35
3.2 Análise de dados....................................................................................
35
4. Considerações Finais............................................................................... 42
5. Referências Bibliográficas...................................................................... 43
1
INTRODUÇÃO
1.1 A importância da literatura infantil
para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino
fundamental.
A literatura infantil “é uma comunicação histórica(localizada no
empo e no espaço) entre um locutor ou um escritor-adulto(emissor)e um
destinatário criança”(COELHO, 2000,p.30) ela ensina aos alunos a viajar em
aventuras e lugares desconhecidos por elas, agrega uma aprendizagem cognitiva,
desenvolve a criatividade, imaginação, comportamento ético e a sociabilidade.
O tema do trabalho de pesquisa em questão é: A
importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças
do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo : Compreender de
que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da
criança. Especificando:O histórico da infância. A compreensão de como se da o
desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil. E propõe –se também :Analisar como a
literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de
aprendizagem. E por fim:Analisar se é possível desenvolver o gosto pela
leitura, por meio da literatura infantil.
Adquirir o prazer em ler, desenvolvendo assim
diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo que for aprender na
escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura infantil é de muito
cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, a metodologia
empregada e deve-se preocupar em como
avaliar se realmente a leitura esta sendo desenvolvida, como escreve Cagliari
(2007,p.169): “Além de ter um valor técnico para a alfabetização, a leitura é
ainda uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização,
que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e
de estudar”.
Mas a
aprendizagem tem seus dois lados a de dentro para fora e a aprendizagem que é
proporcionado pelo meio externo, dessa maneira, a ênfase dada ao processo de
aprendizagem e à construção do pensamento através das relações que o aluno
mantém com as outras pessoas é que remete a uma aprendizagem significativa da
leitura para o próprio aluno. A aprendizagem de dentro para fora é quando o
aluno tem s sede do conhecimento que observa tudo e conversa com todos sobre
suas dúvidas e assim vão construindo um vocabulário, adquirindo um rol de
informações que serão utilizadas conforme forem lendo textos para ela e a
aprendizagem de fora onde é construída formalmente dentro da escola por meio de
um trabalho árduo do professor diariamente. Antunes (2003, p.70),escreve sobre
a leitura e suas atividades:
A atividade da
leitura favorece, num primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação
do leitor. Na verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas idéias, novos
conceitos, novos dados, novas e deferentes informações acerca das coisas, das
pessoas, dos acontecimentos, do mundo em geral.
É
importante que a escola considere que como seres sociais seus alunos só
aprendem em comunhão por meio da troca de dados, e devem deixar assim de
desejar alunos com uma aprendizagem igualitária e parar de propor sempre
processos de aquisição do conhecimento individualistas, afinal o estimulo para
a leitura da literatura ocorre através
da motivação de compreender como os outros pensam, e por meio das informações
do que é lido colocar o imaginário para funcionar, este aluno vai aprender
naturalmente primeiramente aprende a falar a linguagem do grupo em que vive
depois pro intermédio da troca de experiências percebe-se que o sucesso da
criança na aprendizagem da leitura e da escrita depende do seu amadurecimento
fisiológico, emocional, neurológico, intelectual e social que só é adquirido
por causa do momento de leituras coletivas em grupos menores.
São os professores que devem se preocupar em
como ocorre o processo de construção da leitura e determinar o que a literatura
vai proporcionar a seus alunos. Desenvolver com eles atividades que desenvolvam
seu repertório assim terá um desenvolvimento na capacidade
de comunicação, está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e
para a vida, para desenvolver a criatividade, criticidade e imaginação.
1.2
Questão
Problema
De
que forma a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da
criança do 2° ano do ensino fundamental?
1.3
Justificativa
Escolha deste tema se surgiu diante da
necessidade da acadêmica formanda em pedagogia de estudar e pesquisar se o uso
de textos literários e livros traduzidos da literatura realmente contribuem
para o desenvolvimento de alunos do segundo ano do Ensino Fundamental. Diante
desta necessidade de compreender me propôs a verificar como era esta
contribuição e como ela se realiza atualmente nas salas de aula, pois
acredita-se que todos os pontos de vista devem ser ouvidos ate chegar a um
senso comum entre todas as partes que compõe este trabalho de educar utilizando
a literatura como ferramenta.
1.4
Objetivos
1.4.1
Objetivo Geral:
Compreender
de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da
criança.
1.4.2
Objetivos específicos:
Conhecer o histórico da
infância.
Compreender como se da o
desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.
Analisar como a literatura
infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem.
Analisar se é possível desenvolver o
gosto pela leitura, por meio da literatura infantil.
2.0
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O HISTÓRICO DA INFÂNCIA
O conceito de infância pode ser dito como uma
questão de tamanho, idade, comportamento, aqueles que são pequenos, que ainda
vão crescer, que tem uma comunicação primitiva a ser construída. De acordo com Oliveira (2002 p. 44) infância
significa:
O termo infância (in-fans) tem o sentido de não
fala . Pode-se, com base nisso, perguntar: a que período da vida humana ele se
referia? Caso seja aos primeiros meses de vida, quando a criança ainda não
adquiriu a língua de seu grupo cultural, é preciso lembrar que, desde o
nascimento, já começam a ser construídos sistemas de comunicação entre o bebê e
seu entorno social por meio de choros, sorrisos, gestos, etc. Vale dizer que a
tentativa de comunicar-se, ou seja, de falar, é muito precoce. Infância
refere-se, então, aos primeiros anos de vida.
A história da infância segundo Philippe Aries(1981) “e
através de pesquisas no campo da história, filosofia, psicologia, sociologia,
biologia, antropologia, arqueologia, entre outros” (ROCHA,2002, p.54) surgiu a
discussão de como uma criança era vista e tratada na infância, foi tornou
possível a mistura de diferentes olhares de vários autores, que contribuíram
para compreender o que é infância e como trabalhar e educar uma criança.
Philippe
Aries foi um pai dos estudos por a ter interesse em pesquisar sobre a história
da infância, a partir de estudos realizados por ele. “Por meio de varias
fontes, como a iconografia religiosa e leiga, cartas, diários de família,
dossiês familiares, registros de batismos e inscrições em túmulos”(ROCHA,2002,p.53)
Por meio de estudos realizados por Aries(1981),
até por volta do século XII a arte medieval desconhecia a infância e não
tentava representá-la. Não havia lugar neste mundo para a infância, talvez por
se tratar de um período de transição, que era rapidamente ultrapassado, cujas
lembranças também não duravam a serem perdidas, caso superasse a fase da grande
mortalidade. Segundo o autor os familiares não tinham ressentimento quando uma
criança vinha a óbito, pois ainda não havia o sentimento de amor materno, sendo
que as famílias eram apenas social e não exerciam seu lado sentimental. Como
relata Motta&Da Silva(2011,p.38) sobre A infância do ponto de vista de
Ariés:
Durante o
século XVII houve uma mudança do pensamento, um novo hábito surgia entre a
burguesia, em que o termo infância se aproxima ao sentido moderno. “A ideia de
infância estava ligada a ideia de dependência” (ARIÈS, 1981, p. 42). Isso
significava que a criança deixava de sê-la quando esta dispensava cuidados de
sobrevida.
A história da criança, contada por Aries(1981 IN:SILVA,2011),
destaca que as crianças foram tratadas como miniatura de adultos: na sua
maneira de vestir-se, na participação em festas e danças. Os adultos tratavam
as crianças sem discriminações do que ela podia ou não ouvir ou saber, o
vocabulário adulto era utilizado, não havendo distinção. Realizavam
brincadeiras grosseiras sem preocupar-se com a fragilidade do corpo infantil
ainda em desenvolvimento. Todos os tipos de assuntos eram discutidos na sua
frente do pequeno adulto até mesmo os de cunho sexual, os mini-adultos também
tinham a participação em jogos sexuais. Isto acontecia porque os adultos não
conseguiam visualizar a criança como um ser de existência inocente, frágil e
com pureza, não conseguiam perceber as crianças como seres em desenvolvimento
psicológico e moral
Desde muito cedo a criança já fazia parte do
mundo adulto. Após supridas as necessidades físicas como: andar, ter nascido os
dentes, comunicar-se a criança era inserida na sociedade de adultos juntamente
com os adolescente. Apenas o seu tamanho os distinguia dos adultos. As obras de
artes que os retratavam não expressavam nenhuma diferença facial e corporal mostrava
a criança semelhante ao adulto. A história da infância nos
mostra a possibilidade para refletir sobre a maneira em que entendemos e
lidamos com a criança atualmente. De
acordo com Rocha (2002; p. 52)a infância deve ser:
Nessa expectativa, a fase da infância seria
marcada pela ausência da fala e de um conjunto de ações esperadas, considerados
como manifestações irracionais. Deste modo a infância se contrapõe à vida
adulta. Os comportamentos racionais eram considerados apenas dos seres adultos.
Apenas o adulto era quem pensava, raciocinava, agia e tinha capacidade para
alterar o mundo não sendo possível tal capacidade destinada às crianças, além
do que a transição da vida infantil para a vida adulta era tida com uma fase de
superação.
A pesquisa de Aries(1981) aponta que a idade da
vida humana[AC1] , foi representada
por várias formas cronológicas que eram baseadas por muitas mudanças sociais,
econômicas e politicas durante cada período. Utilizados várias representações
temporais que levavam em conta: elementos da natureza, estudos dos astros,
crenças populares, fenômenos naturais e sobrenaturais. Como
cita Leontiev (1978,p.272. In : MELLO(2007,p.87-88))sobre como a criança
aprende:
As
aquisições do desenvolvimento histórico das aptidões humanas não são
simplesmente dadas aos homens nos fenômenos objetivos da cultura material e
espiritual que os encarnam, mas estão aí apenas postas. Destes resultados, para
fazer deles as suas aptidões “os órgãos da sua individualidade”, a criança, o
ser humano, deve entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante
através doutros homens, isto é, num processo de comunicação com eles. Assim a
criança aprende a atividade adequada. Pela sua função, este processo é,
portanto, um processo de educação.
Por volta do
século XIII exibiu-se um sentimento maior em relação à criança, mas ainda assim
não eram representadas por uma característica ou expressão particular.
No período de grandes transformações
históricas, especificamente, do século XII ao XVII, a infância tomou diferentes
conotações dentro do imaginário do homem em todos os aspectos sociais,
culturais, políticos e econômicos, de acordo com cada período histórico. A
criança nesta época era vista como substituível, caso morresse teriam outros
filhos, como se aquele não fizesse falta por não ser forte o suficiente para
sobreviver era tratado como: ser produtivo, mão de obra barata, que tinha uma
função utilitária para a sociedade, pois a partir dos sete anos de idade era
inserida na vida adulta e tornava-se útil na economia familiar, realizando
tarefas, imitando seus pais e suas mães, acompanhando-os em seus ofícios,
cumprindo, assim, seu papel de provedor da família como todos os outros membros
da família.
Naquela época, as criança eram educadas por
pessoas que não faziam parte da família como: as parteiras, babás, amas de
leite, entre outros. Tudo era natural até que os pequenos fossem cuidados por
outras famílias que os iriam educar, quando faziam sete anos retornavam a sua
família de origem para ser inserida na vida familiar e no trabalho. Como relata
Rocha(2002, p.55):
Dessa forma, as
crianças eram submetidas e preparadas para suas funções dentro da organização
social. O desenvolvimento das suas capacidades se dá a partir das relações que
mantêm com os mais velhos. Portanto, percebe-se uma distância da idade adulta e
da infância em perspectiva cronológica e de desenvolvimento biológico, pois a
infância é retratada pelas afinidades que o adulto estabelece com a criança, ou
seja, tudo era permitido, realizado e discutido na sua presença.
Diante desta nova perspectiva evolutiva
cronológica as mudanças de tratamento, ideais e vislumbramento dos cuidados com
a criança só ocorreram mais tarde, “no século XVII, com a interferência dos
poderes públicos e com a preocupação da Igreja em não aceitar passivamente o
infanticídio, antes secretamente tolerado.”(ROCHA, 2002, p.55) Preservar e
cuidar das crianças seria um trabalho realizado exclusivamente pelas mulheres,
no caso, as amas e parteiras, que agiriam como protetoras das pequenas crianças
incapazes de comunicar-se e alimentar-se sozinhas, criando uma nova concepção
sobre a manutenção da vida infantil, afim de evitar a morte de um agora
considerado membro da família.
Assim começam a surgir medidas para salvar as
crianças. As condições de higiene tratamento foram melhoradas passou a existir
uma preocupação preocupação com a saúde das crianças, e depois de ter tanto
trabalho com a criação, fez com que os pais não aceitassem perdê-las com
naturalidade mesmo se possuíssem outros filhos.
No século XIV, devido ao grande movimento
religioso cristã, surge a criança mística ou criança anjo. A comparação dos
traços infantis com de representantes de Deus, fez com que houvesse uma
valorização da figura infantil.
Um novo
estereotipo de criança surgem entre os séculos XIII e XIV com a aparência nas obras literárias e de arte
mais semelhante as retratadas pelo sentimento moderno. “Surge então o anjo
representado sobre a aparência de um rapaz muito jovem, adolescente”(ARIES,
1981, p.41). Diante deste novo olhar crianças que eram educadas para ajudar nas
missas. Os auxiliares ‘coroinhas’ eram
os meninos que possuíam características físicas com formas e traços mais
redondos e graciosos, como de anjos e querubins.
Surgiu ainda
um segundo estereotipo de criança que seria o modelo representativo de todas as
crianças pequenas da história da arte: o “Menino Jesus ou Nossa Senhora menina.
Representação de Jesus em pé co;m uma camisa quase transparente com os braços
em torno do pescoço aninhado ao colo com o rosto colado ao dela.” (ARIES, 1981,
p.42) A imagem da virgem Maria com seu filho representando uma figura materna
de amor, cuidado e zelo por seu fruto foi outra idéia que idealizou várias
outras obras, como cita Aries(1981,p.41):
No
século XIII, a virgem Maria inspirou outras cenas familiares. Havia cenas de
família em que os pais estão cercados por seus filhos. Por exemplo: num retrato
da família de Moisés, o marido e a mulher dão as mãos enquanto as crianças que
os cercam estendem a mão para a mãe. Esses casos, porém, eram raros. O
sentimento encantador da tenra infância permaneceu limitado ao menino Jesus ate
o século XIV, quando a arte italiana contribuiu para desenvolvê-lo e
expandi-lo. Um terceiro tipo de criança
apareceu na fase gótica. O menino Jesus quase nunca era representado despido. O
menino Jesus aparecia como as outras crianças de sua idade, ou seja, enrolado
em cueiros ou vestido com uma camisa ou uma camisola. Ele só se desnudaria no
final da Idade Média. As crianças que representavam personagens bíblicos
estavam sempre vestidas.
Ainda segundo Aries(1981), os tipos medievais
de crianças evoluíram durante os séculos XIV e XV. O anjo-adolescente, indicado
no século XIII influencia ainda a pintura religiosa do século XV, mas o tema da
infância sagrada continua se diversificando e se ampliando. Àquele grupo
formado por Jesus e Maria o artista daria importância maior aos aspectos
graciosos, ternos e ingênuos da primeira infância (a criança procurando o seio
da mãe ou preparando-se para beijá-la ou acaricia-la, por exemplo).
Com o passar do tempo e devido aos novos
ideais políticos e sociais, a infância religiosa deixou de se limitar a seguir a mesma infância que a de Jesus, já
que os tempos e as situação. Com o passar dos tempos vão surgindo novos
exemplos, como escreve Aries(1981,p.41):
Surge,
então, em primeiro lugar a infância da Virgem, que inspirou ao menos dois temas
novos e frequentes: o tema do nascimento da Virgem e o tema da educação da
Virgem. Depois, surgiram as outras infâncias santas: a de São João, o
companheiro de jogos do menino Jesus, a de São Tiago, e a dos filhos das
mulheres santas. Ainda nos assuntos representados nas obras de arte,
multiplicam-se cenas de crianças onde se procura reunir os mesmos conjuntos o
grupo dessas crianças santas, com ou sem suas mães.
Surge
na literatura uma representação do que viria a ser as estórias infantis, ocorre
no século XIV um florescimento de histórias de crianças nas lendas e contos
pios. Essas características se mantiveram até o século XVII, que todos podem
acompanhar: na pintura, na tapeçaria e na escultura, com traços de representação
religiosa da infância e dos traços maternais da mãe de Jesus idolatrados pela
igreja vigente.
finalmente destacar-se numa representação
leiga nos séculos XV e XVI. Não era ainda a representação da criança sozinha.
A representação da criança mística, aos
poucos, vai se transformando, assim como as relações familiares. A mudança
cultural, influenciada por todas as transformações sociais, políticas e
econômicas que a sociedade vem sofrendo, aponta para mudanças no interior da
família e das relações estabelecidas entre pais e filhos.
A criança passou a ser educada pela própria
família o que gerou nos pais um sentimento de apego onde a criança era tratado
com mais cuidado, preocupação como um ser mais limitado que não deve ser
exposto a tudo. Esse momento foi marcado por estes dois sentimentos: paparicação e apego,
como cita Rocha(2002, p.56):
A paparicação seria
um sentimento despertado pela beleza, ingenuidade e graciosidade da criança. E
isto fez com que os adultos se aproximassem cada vez mais dos filhos. Assim, os
gracejos das crianças eram mostrados a outros adultos, fazendo da criança uma
espécie de distração, tornando-se, bichinhos de estimação.,
A
paparicação é um sentimento despertado pelo filho nos pais fazendo com que ele
tenha prazer em realizar atividades que contribuem para a criação do seu filho
assim como som seu bem estar, o pequeno passa a ser visto como um bibelô,
bonito e gracioso. Sugere também a preocupação de como cuidar deste presente
frágil e delicado que exige tanta atenção. Como cita ARIÈS (1981, p. 68):
Por essa necessidade
de manter uma pessoa provida de tanta beleza e graça, surgem medidas para
salvá-la e garantir sua sobrevivência. As condições de higiene foram melhoradas
e a preocupação com a saúde das crianças fez com os pais não aceitassem perder
seus filhos com naturalidade e, os que perdiam, aceitavam como sendo a vontade
de Deus, segundo a orientação religiosa da época.
Este sentimento de apego e proteção
primeiramente internalizado nas mulheres, não era compartilhado por todas as
pessoas, algumas ficavam irritadas com a nova forma de tratar as crianças.
Principalmente aqueles que julgavam que crianças eram mão de obra barata e não
questionadora, que as utilizavam como mucamas e serviçais.
Atualmente a infância é vista como uma fase
de aprendizagem de transformação e amadurecimento advindos das experiências. Tem
–se um momento de desenvolvimento cognitivo, intelectual, de sua coordenação
motora ampla e fina, do desenvolvimento da memória auditiva e visual e do
raciocínio lógico.
2.2.
O SURGIMENTO DA LITERATURA INFANTIL
A
literatura é considerada uma arte que usa as palavras para que o artista
expresse sua arte, é capaz de mudar o modo de ver o mundo de viver neste mundo
por meio da literatura unem –se pessoas em épocas, décadas diferentes, das mais
diversas culturas e idiomas. Como De Menezes & Ramos(2009,p.18) escreve:
Na literatura, que é arte pelas palavras, a
criação não vem do nada, mas, no que quer que ela se apóie, será original no
modo novo, no arranjo diferente das palavras, na invenção, na transgressão, na
quebra de clichês, no ponto de vista exclusivo que determinará um efeito único,
especial, um estilo próprio e inconfundível. Uma obra de arte literária tem
como objetivo o belo e como objeto a ficção, o fantástico, num outro universo
modificado, imaginário, feito de conotações, de elementos de sugestão, de
recriação, de plurissignificações, de estímulos à fantasia, ao lúdico, ao jogo
transformador da co-autoria de múltiplas leituras divergentes e maravilhosas
Conceituar literatura se faz necessário para
que seja internalizado que a literatura tem um forte poder social, político e
econômico. Onde pessoas que são detentoras do conhecimento são capazes de
emitir opinião, criticar e racionalizar soluções dos problemas vivenciados por
ela e pela sociedade em que vive. O escritor literário e o leitor sofre um
processo de mutação na sua capacidade de dialogar, de rever situações e agir de
forma diferente e analítica.
“Entre 1660 e 1880 houve mudanças
significativas na prática de criação das crianças. Tudo acontece entre a alta
burguesia e os profissionais liberais. Desenvolve-se um modelo familiar voltado
para os filhos;” (SCHARF, 2000, p.22) Onde a mãe passa a ter um novo papel o de
dominante do lar e de suas proles,
passando a acolher, zelar, cuidar, ensinar as tarefas do lar/domésticas. A
partir deste momento a mulher tinha que saber ler e escrever, para anotar
receitas e ensinar as suas filhas. Um outro fator é a educação religiosa que
deveria obrigatoriamente ser ensinada independente do gênero neste caso.
A literatura
infantil surgiu inicialmente em meados
do século XVIII, quando a burguesia teve sua ascensão. “O
compromisso da literatura infantil com o ensinamento caracterizou o gênero
desde o seu surgimento na Europa no século XVIII, quando o texto era usado como
pretexto, recurso didático e veículo de propaganda das idéias das classes
burguesas.”(ALBINO,2012,p.12).
E surge assim uma educação popular é claro que
era diferente: a educação de um burguês, para a de um nobre os livros que eram
apresentados para uma classe popular eram lendas, contos folclóricos, histórias
que iriam transmitir a eles a condição de dominação, de serem submissos e
conformados com esta condição. Que de acordo com Paço(2009,p.12) até mesmo o
que se lia era de acordo com a classe
social:
Existiam no século XVIII, duas realidades. A
criança da nobreza, orientada por preceptores, lia geralmente os grandes
clássicos, enquanto a criança das classes desprivilegiadas lia ou ouvia as
histórias de cavalaria, de aventuras. As lendas e contos folclóricos formavam
uma literatura de cordel de grande interesse das classes populares.
Outro fator importante neste momento é a
mudança de visão do educando adulto, da criança e do jovem, Como escreve De Menezes &Ramos(2006,
p.19):
Até o século XVIII, não se falava em
literatura infantil, livros escritos para crianças, dedicados ao público
infantil. As crianças liam o mesmo livro que os adultos, na medida em que o
conseguiam. As das classes privilegiadas liam especialmente os clássicos, e as
outras mais ouviam do que liam os livros de cavalaria, de aventuras, lendas e
contos folclóricos.
Os primeiros
autores foram “Perrault” e depois os “irmão Grimm”, “ Anderson, Mark Twain, Charles Dickens que foram transcritos e adaptados várias
vezes para uma linguagem mais pueril e infantilizada. Com inicio da
popularização dos livros que descreviam aventuras a família foi adquirindo uma
relação de afetividade e proteção com os pequenos o que fez surgir os serões
onde pessoas se reuniam em volta de fogueiras para ler as estórias e dialogar
reflexivamente sobre as aventuras que haviam lido. Muitos autores não queriam
escrever para crianças por acharem que seriam considerados inferiores ou bobos
por utilizarem uma linguagem mais simples e escreverem contos ou fábulas para
expressarem e educarem por meio da moral e da criticidade como cita De Menezes; Ramos(2006,p.26):
O
próprio Perrault, que recolheu e deu forma literária a 11 contos, entre eles,
Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, As duas fadas, Joãozinho e Maria, Pele de
Asno, Riquete de Crista, Gata Borralheira, Os desejos de Griselda, achou que
para um membro da Academia, não ficaria bem escrever histórias folclóricas.
Assim, usou um nome falso para assinar o livro que o tornou mundialmente famoso
e que se chamou Contos da Mamãe Gansa.
A literatura infantil no Brasil surgiu primeiramente como traduções de
obras portuguesas, que foram trazidas pelos colonizadores do Brasil onde acabou-se
herdando estes conteúdos literários. A literatura infantil brasileira tem um
grande pai que é Monteiro Lobato, com personagens fictícios que comprovam uma
grande imaginação e valorização da cultura folclórica brasileira. Tem caráter
de questionamento de problemas nacionais e mundiais.
O “livro
de Lobato, A menina do narizinho arrebitado, é considerado o primeiro livro de
literatura infantil brasileira. Foi publicado em 1921”(De Menezes;
Ramos,2006,p.22) onde escreve com uma
linguagem que atrai a criança por ser simples e pura como uma criança e ser
atrativa por representar algo possível de acontecer, uma aventura que quem ler
imagina e se identifica com a personagem e local da estória .
Muitos Escritores e escritos da literatura infantil
antigos são lidos e relidos por várias gerações. Os livros e personagens presentes na literatura infantil são inesquecíveis principalmente por trazerem lembranças,
sonhos, desejos é isto que um livro literário pode desperta em uma criança a
criatividade. Ler é uma forma de viajar, de ir a lugares que você não conhece e
viver aventuras sem sair do sofá.
Autores europeus como Júlio Verne, Jonathan Sufeft, Daniel Defoe,
contribuíram maciçamente para a construção do literário infantil e para formar
grandes escritores brasileiros como: Erico Veríssimo, Jorge Amado, Carlos Drumond de Andrade e
lendo a essa declaração deles que
podemos perceber o quanto a literatura na infância faz diferença quando o homem
de torna o adulto, o escritor.
Deve-se
observar quais textos são mais adequados para crianças, assim como o tipo de
educação que aquele ser vai receber a
metodologia para um adulto não é a mesma para uma criança pois cada um tem sua
vivencia, há influencia de outros meios de comunicação como a televisão , as
musicas, a cultura teatral, as festas de
comemorações, vídeos games que retiram a vontade de ler já que existe um
brinquedo , um lazer que não exige muito de sua capacidade intelectual. Como
relata DE Menezes e Ramos(2006,p.30):
O professor uruguaio Jesualdo, em seu “A
literatura infantil” faz, de início, a advertência: “Todas as recomendações que
se possam fazer aos escritores sobre como escrever para as crianças serão
sempre poucas”. E Leni Werneck Dornelles, uma especialista no assunto, mostra
que, ao contrário do que muita gente pensa, escrever para o leitor infantil é
tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil escrever para a criança. Ela
é muito exigente, muito mais do que se possa imaginar. Gosta de encontrar nos
livros situações de suspense, conflitos, emoções fortes, mas detesta a pieguice
e rejeita os livros em que o autor se dirige ao leitor como se este fosse uma
criança idiota esquecendo-se de sua dignidade”.
A
literatura infantil tem personagens que servem de exemplos, são diversos
heroínas e heróis que estão na luta em defesa dos fracos e oprimidos. A maioria
dos leitores de literatura infantil esta atrás de histórias que os levem a
mundos que eles desconhecem, mas são capazes de imaginar, quando leem a
descrição do autor. A literatura para crianças pode não ser das mais fáceis de
criar mas, com certeza é a mais gratificante.
“No final do século XIX, vários
elementos convergem para formar a imagem do Brasil como um país em processo de
modernização”(ALBINO,2012,p.4) os textos e livros começavam a informar, a ter
mais liberdade conforme os novos ideais de abolição da escravatura , e mudança
de paisagem rural em urbana e principalmente a de valorização da instituição
escolar e consequentemente a dos livros como ferramenta educacional. Como
escreve Albino(2012, p.):
[...] começam a configurar a existência
de um virtual público consumidor de produtos culturais, o saber obtido por meio
da leitura passa a deter grande importância no emergente modelo social que se
impõe, fazendo com que a escola exerça um papel fundamental para a
transformação de uma sociedade rural em urbana. Como elementos auxiliares nesse
processo, os livros infantis e escolares são dois gêneros que saem fortalecidos
das várias campanhas de alfabetização deflagradas e lideradas, nessa época, por
intelectuais, políticos e educadores, abrindo espaço, nas letras brasileiras,
para um tipo de produção didática e literária
dirigida especificamente ao público
infantil.
Dentro
deste contexto emergencial de valorização da cultura brasileira e da valorização
do pensamento pedagógico de educação que passou a ser alfabetizar, surge a
necessidade de produção de um maior quantitativo de livros literários
principalmente para crianças. Realizaram adaptações de textos europeus, criaram
e reescreveram contos e fábulas com uma linguagem brasileira e com cenários e
personagens com perfil nacional.
“O período que corresponde às décadas
de 40 a 60, denominado terceira fase de evolução da literatura infantil no
Brasil, é marcado pela fertilidade literária, representada principalmente pela
profissionalização dos autores”,[...] (ALBINO,2012, p.8)as editoras também
focaram na captação e venda de livros literários voltados para o público
infantil.
Nas décadas de 60 a 80 a literatura
infantil popular, que estava com um caráter negativo e repetitivo não presando
pela qualidade, herança das décadas anteriores, assume uma nova roupagem que
propõe a qualificação dos textos literários
para as crianças, conforme Albino(2012,p.10) escreve:
Entre os aspectos que caracterizam essa
produção estão: uma nova maneira de compor personagens; enredos que incorporam
a temática urbana, propondo uma fusão entre o social e o individual; a
valorização da linguagem oral, fazendo com que o discurso deixe de ser modelar;
e o espessamento do texto infantil enquanto discurso literário, abrindo-lhe a
possibilidade de auto-referenciar-
se ao incluir procedimentos
metalingüísticos e intertextuais como a fragmentação da narrativa, a
participação do leitor e o rompimento da linearidade por meio da utilização do
fluxo da consciência.
Os
novos livros para a crianças possuíam personagens, que são compostos e que são
parecidos com as imagens que eles imaginam, executam ações, transmitem valores
que possibilitam a criança ser modelada dentro de uma consciência patriota e
coletiva. Apresentam uma narrativa em que o leitor possa fazer um relato depois
do que leu.
A
partir do ano de 2000 algumas autoras destacaram-se mais como: “Ana Maria
Machado que começou a escrever para o público infantil quase por acaso, Ruth
Rocha sempre esteve com o olhar voltado para esse gênero literário, fez da
criança e seus desejos a razão da sua escrita.”(PAÇO,2009,p.15). Outros autores
se destacam como Ziraldo com o Menino Maluquinho e os quadrinhos de Mauricio de
Sousa, que buscam trabalhar e construir estórias que o professor , os pais
possam utiliza-los como ferramenta lúdica, capaz de desenvolver a criatividade,
a percepção e o discernimento moral.
2.3 A IMPORTÂNCIA DA
LITERATURA INFANTIL PARA O APRENDIZADO
A
literatura infantil como o próprio nome diz são textos, estórias criadas para o
publico infantil. São estórias que influenciam no processo de ensino
aprendizagem ou que simplesmente há a leitura por lazer, mas ambas devem ser
realizadas por prazer. A leitura para aprender é :
Uma leitura fantástica e poética é antes de
tudo e indissociavelmente fonte de maravilhamento e de reflexão pessoal, fonte
de espírito crítico, porque toda descoberta de beleza nos faz exigentes e,
pois, mais críticos diante do mundo.(HELD,1980,p.207)
Utiliza-se musicalidade em alguns textos,
personagens coloridos, com características peculiares que fazem com que a
criança reflita sobre a problemática apresentada. Cada texto, cada estória é
elaborada para que a imaginação da criança flua, crie asas, “porque quebra
clichês e estereótipos, porque é essa recriação que desbloqueia e fertiliza o
imaginário pessoal do leitor, é que é indispensável para a construção de uma
criança que, amanhã, saiba inventar o homem” (.HELD, 1980,p.207)
Um livro de literatura infantil deve ter uma
linguagem simples, sem termos chulos, palavrões, sem beneficiar valores
negativos e antissociais.
A obra
literária recorta o real, sintetiza-o e interpreta-o através do ponto de vista
do narrador ou do poeta. Sendo assim, manifesta, através do fictício e da
fantasia, um saber sobre o mundo e oferece ao leitor um padrão para
interpretá-lo. Veículo do patrimônio cultural da humanidade, a literatura se
caracteriza, a cada obra, pela proposição de novos conceitos que provocam uma
subversão do já estabelecido.( CADEMARTORI, 1985, p. 23)
Neste século, a Literatura Infantil em alguns lugares e
geralmente é considerada pelo adulto um gênero secundário não como prioridade e
auxiliador no processo de aquisição da leitura e de aculturação de um povo é
nivelada a um brinquedo um objeto de
lazer utilizada para entretenimento). A valorização e a mudança do ponto de vista
de que pode e deve ser utilizada como uma ferramenta formadora de consciência
no universo cultural das sociedades e como recurso para o crescimento emocional
é bem recente. Os primeiros textos para crianças foram escritos por pedagogos e
professoras com o desejo de educar, como escreve Zilberman(1998, p.13):
E até hoje, a
literatura infantil permanece como uma colônia da pedagogia, o que lhe causa
grandes prejuízos: não é aceita como arte por ter uma finalidade pragmática e a
presença deste objetivo didáticofaz com que ela participe de uma atividade
comprometida com a dominação da criança.
As situações dramáticas e de perigo, tão comuns na
Literatura Infantil, proporciona que se trabalhe o aspecto psicológico da
criança, mostrando que existe soluções
de pelo menos amenizar ou de solucionar
as situações apresentadas na literatura possibilitando a formação de cidadãos
capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente, critica
e democrática.
A criança aprende
a ler com livros de literatura, aprende a escrever e torna-se criativa na
construção da representação daquela estória e do que ela representa para o
leitor.
Para escrever para crianças há diversas observações que
devem ser respeitadas. Escrever para elas é complexo, pois deve colocar nos
textos aventura, suspense e tudo que retenha a sua atenção, como escreve De
Menezes & Ramos(2006, p.30):
escrever
para o leitor infantil é tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil
escrever para a criança. Ela é muito exigente, muito mais do que se possa
imaginar. Gosta de encontrar nos livros situações de suspense, conflitos,
emoções fortes, mas detesta a pieguice e rejeita os livros em que o autor se
dirige ao leitor como se este fosse uma criança idiota esquecendo-se de sua
dignidade”.
Quando se vai ler para uma criança que ainda não realiza
a tradução dos símbolos linguísticos deve-se usar várias entonações na voz para
que elas identifiquem as mudanças de personagens, inclusive percebam que há um
narrador e os outros participantes-personagens da estória. Quando estória só
possui imagens deve instigar que ela imagine o que o personagem esta falando,
qual a lógica da estória, em que tempo ela ocorre, faz uso da memória visual e
auditiva, respeito a opinião do próximo.
“A produção literária para os já alfabetizados, com certo
domínio da leitura, é muito ampla e diversificada. Nela podemos citar autores
como Sylvia Orthof, com suas obras A limpeza de Teresa, Uxa, ora
fada, ora bruxa, Maria vai às compras”(RODRIGUES et.Al, 2013,p.8) existe
em maior quantidade poisos educadores podem utilizar tanto a com símbolos
gráficos onde ele mesmo lê, faz suas indagações e propõe diversas formas de interpretar a
estória.
Diferentes habilidades são desenvolvidas e
aperfeiçoadas por meio da literatura, como a linguagem, oralidade, a ampliação
do vocabulário e incentivando a criatividade e a vivência do mundo da fantasia.
A linguagem é a habilidade que a crianças
mais desenvolve por meio dos textos literários, ela consegue fazer uma
interlocução com o adulto, proporciona também um contato com a linguagem
escrita, apresentando diariamente à norma-padrão da língua portuguesa.
No ato de ler, contar, recontar e ouvir
histórias proporcionam a criança diferentes formas de falar, viver, pensar e
agir, além de uma gama de valores, costumes e comportamentos das diversas
culturas existente no Brasil e no mundo. Estas produções literárias muitas
vezes trazem ao leitor hábitos transmitidos de geração para geração, como
mitos, lendas, cordéis e crônicas do
passado e do presente.
2.4. A CONTRIBUIÇÃO DA
LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO.
Para
melhor compreender qual a contribuição que a literatura propicia ao
desenvolvimento cognitivo faz-se necessário compreender o que é o aspecto
cognitivo de um ser humano, no caso de uma criança. O desenvolvimento cognitivo ocorre pela aprendizagem que é representada pela mudança de comportamento, ideias
e valores onde cada ser muda suas relações com aquilo que antes era
desconhecido e agora tornar- se um objeto conhecido, as vezes necessários ou
até de prazer como a aprendizagem da leitura e escrita. Como cita Gomes
&Ghedin(2010, p.2):
Piaget
preocupou-se em saber como nasce a inteligência da criança, afirmando que a
inteligência é algo que se modifica, ou seja, gradativamente a criança vai
utilizando sua inteligência, mesmo que seja sensório-motora, para adaptar-se ao
meio e chegar então num momento em que passa da inteligência prática para uma
inteligência propriamente dita quando já consegue elaborar hipóteses e resolver
situações problemas sem a necessária presença de objetos concretos.
Piaget
foi um grande estudioso e pesquisador que proporcionou que os seres
compreendessem melhor como cada ser humano aprende e se desenvolve em todos os
aspectos cognitivo, psicológico, emocional e social. Como escreve Santana (2006,p3)
sobre o ponto de vista de Piaget sobre desenvolvimento de estruturas cognitivas:
Em seu desenvolvimento, a criança
constrói vários e diferenciados
esquemas que tendem a formar
combinações, dando origem às estruturas cognitivas, que traduzem uma
forma particular de equilíbrio na interação do indivíduo com o ambiente.
Na perspectiva piagetiana, a linguagem apenas favorece a interiorização das
ações quando as estruturas já estão elaboradas, possibilitando a assimilação de
informações verbais que estejam consoantes com o nível de elaboração das
mesmas.
A
mudança de referencial gerada pelas atividades, livros e pessoas do convívio da
criança, possibilitam que ela desenvolva uma adaptação do que já sabe e do
desconhecido um saber lidar com a situação, como o ato de aprender a falar se
comunicar e ser capaz de expressar o que sente e o diferente falar que é
reproduzir informações que o meio ambiente em que vive fornce.
O
“conhecimento não é algo acabado e estável, mas está em constante transformação
pelo sujeito por meio da sua ação constrói conhecimentos indispensáveis na sua
adaptação ao meio.” (GOMES &GHEDIN,2010, p.2)neste momento encontra-se o
desenvolvimento cognitivo, que é proporcionado pela literatura que desenvolve
na criança diversos aspectos como a aprendizagem linguística, a formação do
caráter, a inteligência intelectual, o discernimento, a moral e a cultura de um
povo. Quando se lê que a literatura
“tornou-se um dos campos em que estão sendo semeados valores, que sem dúvida,
integrarão a nova mentalidade futura”(COELHO,2000,p.19), refere-se ao
desenvolvimento cognitivo de cada criança que lê e aprende a ler em livros e
textos com personagens coloridos e narrativas diversificadas.
A
literatura infantil é vista como uma mensagem emitida por um adulto e recebida
por uma criança, buscando uma linguagem que ambos possam expressar o que sente
diante das aventuras situacionais apresentadas nos textos e imagens que compõe o livro infantil como aborda
Coelho(2000,p.31):
[...] o
livro infantil é entendido como uma “mensagem” (comunicação) entre um autor
adulto (o que possui experiência do real) e um leitor-criança (o que deve
adquirir tal experiência), o ato de ler(ou de ouvir), pelo qual se completa o
fenômeno literário, se transforma em um ato de aprendizagem.
Percebe-se
que Coelho(2000) vislumbra, nesta escrita, a literatura como um ato de
aprendizagem cultural onde os conhecimentos adquiridos, são os transmitidos de
gerações anteriores. Enquanto a literatura também trabalha outros aspectos do
desenvolvimento infantil com a consciência fonológica, a memória visual e
auditiva e acima de tudo o imaginário, a capacidade criativa de cada individuo
enquanto leitor ou ouvinte.
Coelho(2000)
escreve também que para que exista uma relação efetiva de aprendizagem por meio
da literatura é necessário que o texto ofertado para a criança respeite a idade
cronológica da dela possibilitando uma leitura que conduza ao universo cheio de
aventuras e fantasias que são os textos literários. Por isso escreve Coelho (2000,p.32):
Embora
a evolução biopsíquica das crianças, pré-adolescentes e adolescentes divirja de
uns para outros(dependendo dos muitos fatores que se conjulgam no processo de
desenvolvimento individual), a natureza e a sequencia de cada estágio são
iguais para todos conforme o prova a psicologia experimental. Assim, a inclusão
do leitor em determinada “categoria” depende não apenas de sua faixa etária mas
principalmente da inter-relação entre sua idade cronológica, nível de
amadurecimento biopsíquico-afetivo-intelectual e grau ou nível de conhecimento/domínio
do mecanismo da leitura.
A faixa etária da criança é um fator
primordial para desenvolver o cognitivo de uma criança pois os textos ofertados
devem atrair e só desencadeia curiosidade textos com imagens de preferencia bem
coloridas, personagens alegres e malvados, um enredo que tenha suspense,
ficção, aventura, e ate uma pitadinha de romance, próprios para a idade tipo a
expressão ‘E eles viveram felizes para sempre’.
Cada
idade requer uma atenção especial na escolha do livro e como o leitor vai
lê-lo. Na primeira infância dos 15 meses aos 3 anos, é uma fase que buscam
conhecer como falar, construindo o conceito de nome e objeto. “O importante,
nessa fase, é essencial a atuação do adulto, manipulando e nomeando os
brinquedos ou desenhos; inventando situações bem simples que os relacionem
afetivamente com a criança, etc.”(COELHO,2000, p.33).
Na segunda infância fase em que se inicia a
percepção do próprio ser, apresenta um comportamento egocêntrico com aguçada
utilização dos sentidos, crescente interesse pela comunicação verbal e aquela
fase que fala muito como se tivesse descobrindo que pode falar sendo que tudo
que será apresentado para ela deve ser significativo. “Os livros adequados a
essa fase devem propor vivências radicadas no cotidiano familiar à criança e
apresentar determinadas características estilísticas” (COELHO,2000, p.33).
Na
terceira fase tem-se o leitor iniciante, a partir dos 6 anos onde passa a ser
um aluno que esta aprendendo a ler e escrever, já reconhece, símbolos
linguísticos, e esta no inicio do
processo de socialização, o adulto é o agente estímulos que vai levar o pequeno
leitor a decodificar os sinais gráficos da escrita, “a imagens ainda predominam
sobre o texto” (COELHO,2000, p.35).
Na
quarta fase que mais interessa a esta pesquisa é a do leitor em processo a
partir dos 8 anos de idade, fase em que a criança já domina a leitura,
amplia-se seu interesse pelas coisas a sua volta, desenvolvendo o pensamento
lógico com o auxilio de objetos concretos e possibilitando já realizar
operações mentais simples. O adulo agora
tem outro papel o de motivar, “como aplainador de possíveis dificuldades
e, evidentemente, como provocador de atividades pós-leitura” (COELHO,2000,
p.36).Utilização de imagens misturadas aos textos ainda são importantes e
aguçam o interessa como as estórias em quadrinhos
Na
quinta fase tem –se o leitor fluente a partir dos dez anos onde já domina a
leitura e compreende o mundo do livro, onde este deve propor reflexão,
confronto de ideias e pensamento
hipotético e dedutivo. “ As potencialidades afetivas se mesclam com uma nova
sensação de poder interior; a da inteligência, do pensamento formal, reflexivo.
É a fase da pré-adolescência” (COELHO,2000, p.37)
O
último leitor é o critico que apresenta normalmente a idade de 12 e 13 anos e
mais idade onde já possui uma maturação na capacidade de refletir e emitir uma
opinião utilizando a agilização da escrita para produzir outros textos. Proporcionar aos adolescentes um convívio com
os textos literários para que percebam outras realidades, possui também um
caráter informativo para que eles busquem a melhor parte da vida a da
comunicação, socialização, solidariedade e sustentabilidades nos dias atuais.
2.5. DESPERTANDO O GOSTO
PELA LEITURA POR MEIO DA LITERATURA INFANTIL.
A
leitura é uma atividade que o sujeito começa a desenvolver desde criança,
quando entra em contato com o meio e com as pessoas que convive. A primeira
leitura que um bebezinho faz é a do sorriso de todos que vão visitá-lo, depois
vem a da mamadeira quando a vê já diz : ‘dedera’ ou mamadeira, mais tarde ao
ver certas embalagens de refrigerante, de Nescau ele já o chama pelo nome é a
chamada leitura incidental, então neste momento acende a reflexão por que essas
crianças estão com tanta dificuldade em aprender a ler se já fazem a leitura do
mundo, a única coisa que a escola faz é apresentar a eles símbolos que são
utilizados por todos para se comunicar a distancia, para deixar guardado ideias
dos nossos antepassados.
O processo de leitura se
desenvolve a partir da construção intelectual, ou seja, a criança vai
construindo a sua leitura de símbolos e significados e como vai representá-los
que é de acordo com as hipóteses formuladas a partir de sua leitura, como
escreve CAGLIARI, (1995, p.149): Ler é
uma atividade extremamente complexa e envolve problemas não só semânticos,
culturais, ideológicos, filosóficos, mas até fonéticos”. O ato de desenvolver
a leitura e a escrita no segundo ano do ensino fundamental implica em pensar
como essas crianças vieram para a escola, qual bagagem cultural, vocabular e de
linguagem este aluno possui, muitos que estão entrando no Ensino Fundamental
com o é o caso dos meninos e meninas do 2º ano, que já frequentavam a escola
passando pela educação infantil e de crianças que nunca entraram em uma sala de
aula.
A leitura é um processo de tradução do signo para o significado
das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos
mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem
e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco
mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras
como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida
das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido
através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada
um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas
experiências de vida anteriores e do rol
vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu
nascimento até a idade atual.
A aquisição da
capacidade de ler exige da criança uma maturação da capacidade de se comunicar,
de expressar com palavras o que sente, de conhecer o nome dos objetos e
solicita-los pelo nome depende intimamente do vocabular vivencial daquela
criança. Como escreve Cagliari (2007,p.158):
A leitura oral, falada ou ouvida,
processa-se foneticamente de maneira
semelhante à percepção auditiva da fala. A leitura visual, falada ou
silenciosa, além de pôr em funcionamento o mesmo mecanismo de percepção
auditiva da fala para a decodificação de texto, precisa por em ação os
mecanismos de decifração da escrita
No momento de
decifrar a escrita a criança deve estar preparada para que sua memória acuse o
som de cada sílaba que ele visualizar. No caso das imagens ele deve primeiro
reconhecer, dentro de sua linguagem vocabular cultural o que é o objeto, o nome
e depois falar e assim traduzir os fonemas em letras.
Para desenvolver o
gosto por ler o professor deve levar em conta o ritmo de aprendizagem de cada aluno,
uns aprendem mais devagar outros aprendem mais rápido, mas por ser uma série
dedicada a aprendizagem tanto da leitura e da escrita as atividades realizadas
pelo professor devem tornar possível essa aprendizagem. Antunes (2003,
p.70),escreve sobre a leitura e suas atividades:
A atividade da leitura favorece, num
primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Na
verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas ideias, novos conceitos, novos
dados, novas e diferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos
acontecimentos, do mundo em geral.
Quando se apresenta
um livro a uma criança com imagens coloridas, elas ficam surpresas com as
imagens com esta novidade, perguntam, querem desenhar igual e percebe-se que há
uma sequência dos fatos da estória, isto possibilita ao aluno uma reflexão do
comportamento dos personagens, o que eles fariam se fosse com eles, como
resolveriam a situação, trabalha com o emocional pois as crianças se colocam no
lugar dos personagens e as vezes até estão passando pela mesma situação do
personagem da estória.
É no saber o significado da palavra é que se consuma o ato de
ler, é na interpretação do mundo e na capacidade de comunicação que a leitura
se contempla, como escreve Silva4 (2010, p.01):
Num sentido amplo, o ato de ler corresponde
ao processo de apreensão da realidade, que cerca o indivíduo, através da
interpretação das variadas linguagens, tais como uma charge ou os sinais
empregados na comunicação com surdo-mudo. Portanto, o ato de ler não diz
respeito à apreensão da realidade somente através da leitura de um texto.
Ler significa consumar o ato de se comunicar, de informar ao
outro algo, de expressar sentimentos, como a linguagem de libras, as placas de
trânsito que em sua maioria não tem palavras, mas sim imagens, que são
significativas para aquele individuo.
Existe a leitura de imagens e a leitura de letras, a leitura das
imagens tem apresentado uma valorização em maior no que diz ao interesse de uma
criança, pois assistir um vídeo é uma forma mais atraente, pois são cheios de
cores, sons que despertam no individuo mais interesse de para e prestar atenção
e ainda aprender com este tipo de leitura. Já a leitura de letras em livros e
textos permite que o leitor imagine o que os livros estão descrevendo onde tudo
é criando pela sua mente. “O ideal seria poder manter a experiência da leitura
dos textos escritos e a experiência da leitura das imagens dos filmes e da
televisão.”(CAGLIARI, 2007,p.149)
Como a criança vai ler e sua afinidade com o lápis e o papel no
processo de registrar depende do meio social em que vive, e de como as pessoas
que ela convive apresentam interesse por ler e escrever. Cada criança tem seu
tempo para conseguir aprender, identificar e decodificar os símbolos e letras,
elas vão formando conceitos, sobre o que é cada nome que ela decodifica e
associa aos objetos conhecidos do seu vocabulário vivencial. Como esta escrito
no
REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL, (1998, p. 128).
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças
em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma
faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou
seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas
sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar
A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de
estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha
curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo,
procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e
seguir o exemplo.
Sabe-se que a leitura é uma forma de lazer mental. “Ocorre com
formas passivas de lazer, a leitura exige um grau maior de consciência e
atenção, uma participação efetiva do recebedor leitor”(CUNHA, 2003,p.47), A
escola deve assumir o papel de incentivadora da criatividade, criticidade,
consciente e produtivo por meio da
literatura. Sobretudo para professores o livro tem uma relevância enorme pois
ele faz parte do instrumentário do profissional que vai ensinar a ler e fazer
com que seu aluno evolua no processo de produção textual.
Outro fator importante para que o aluno aprecie a leitura da
literatura é que nunca seu professor deve tratar o momento como uma obrigação
ou chateação fazendo caretas, alterando a voz e não utilizando os textos lidos
com alguma dinâmica ou jogo, essa é uma forma de dar valor ao que foi lido.
Permitir que os alunos escolhessem o que vão ler é outra forma
de fazer com que o pequeno leitor deseje ler. Quando o livro escolhido torna-se
detestável deve oportunizar a criança que ela escolha outro, ressalta-se que
esta é a última opção depois das que eles devem sempre concluir o que começaram,
faze-lo perceber que deve haver algo de bom na estória que esta lendo.
Questiona-los sobre como ele acha que vai ser o final, fazer um jogo que para
joga-lo ele precisar ler o livro todo. Trabalhar com atividades lúdicas. Como
escreve Cunha(2003, p.77):
Isto, do ponto de vista da literatura
infantil, quer dizer que as mensagens por ela veiculadas devem ser instigantes
a ponto de desafiar o leitor, propor –lhe problemas cujas soluções dependeriam
de sua habilidade em jogar, de sua capacidade criativa para dar respostas a
situações novas, de suas idiossincrasias.
O prazer de ler e envolver-se neste processo de imaginação,
solução, e realidade é proporcional ao desafio que o jogo lhe proponha. Os
livros infantis auxiliam as crianças na compreensão de valores éticos, sociais
e morais, pode-se observar que nos contos há uma separação de bem e mal, feia e
bonita, fada e bruxa, tudo isso auxilia os alunos na construção do seu
referencial de valores do que é certo ou errado.
3.0 METODOLOGIA
3.1
Sobre a Pesquisa
O presente trabalho
desenvolveu-se por meio da pesquisa descritiva que se “observam, registram,
analisam classificam e interpretam os fatos, sem que o pesquisador lhes faça
qualquer interferência. Assim o pesquisador estuda os fenômenos do mundo físico
e humano, mas não os manipula” Prestes (2007, p.26). Por outro lado existiu o
caráter de pesquisa de campo no momento da aplicação dos questionários e a observação no momento de coleta de dados.
Coletou-se
informações sobre o assunto.
Os questionários aplicados aos objetos da pesquisa que são os docentes, foram
adequados a proposta do que é um questionário como escreve Gil(2006), define
questionário como “um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo
pesquisado”(p.114). A acadêmica optou por utilizar o questionário por ser um
instrumento de coleta de dados mais rápido, que garante o anonimato e por ser menos oneroso.
3.2 Análise e Coleta De Dados
No primeiro momento,
o estudo se desenvolveu a partir de técnica de observação, onde recorrer a
conhecimentos e experiências de amigos e isto auxiliaram no processo de
compreensão e interpretação do que se está estudando.
Assim
as vantagens oferecidas pela pesquisa qualitativa oferecem no âmbito da
educação permite conhecer a realidade numa dimensão que o fator humano se
apresenta na escola. A coleta de dados foi significativa para o desenvolvimento
deste trabalho, quando através desta obtivemos respostas para nossas dúvidas e
questionamentos acerca da importância dos livros literários presentes na
escola, dentro da sala de aula.
A
escola em questão é uma instituição Pública, localizada em Brasília-DF
constituída por uma direção, dois coordenadores e 10 professores com 220 alunos
nos dois turnos. A amostragem pesquisada consiste de 8 professores e 18 alunos ;que
compõe a turma de 2º ano da referente escola.
No
questionário aplicado com o professor foram feitas perguntas que possibilitasse
uma análise da contribuição da literatura na aprendizagem e como ela é
articulada dentro deste contexto didático pedagógico.
A
primeira pergunta foi questionado se o professor concorda que a literatura
infantil contribui para o desenvolvimento cognitivo da criança?
Das professoras consultadas 25%(2) responderam
que Quase sempre a literatura contribui para o desenvolvimento cognitivo de uma
criança, mas em sua maioria 75%(6) dizem que Sempre acreditam que é possível desenvolver uma aprendizagem
cognitiva de uma criança. Cada criança tem seu tempo para conseguir aprender, identificar
e decodificar os símbolos e letras, elas vão formando conceitos, sobre o que é
cada nome que ela decodifica e associa aos objetos conhecidos do seu
vocabulário vivencial. Como esta escrito no REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL(1998, p. 128):
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças
em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma
faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou
seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas
sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar
A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de
estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha
curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo,
procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e
seguir o exemplo. A criança só ira desenvolver-se emocionalmente,
intelectualmente se houver prazer e familiarização dos objetos que oportunizam
essa internalização de conhecimentos e no caso o objeto são os livros e textos
literários.
Na segunda pergunta se o
professor concorda que a literatura infantil contribui para o processo de
aprendizagem, 25% (2) responderam Quase sempre, e 75% (6) responderam que Sempre,
e compreende a importância da literatura no ato de ensinar. “A escola que não lê muito para seus alunos e não
lhes dá chance de ler muito está fadada ao insucesso, e não sabe aproveitar o
melhor que tem para oferecer a seus alunos.”¹(CAGLIARI,2007, p.150) a leitura é
uma ferramenta muito forte para que qualquer aluno se desenvolva o aluno que é
capaz de traduzir as palavras, frases e textos interpretando-os e dando vida a
essas palavras, vivenciando a cultura de um povo.Toda escola deve dar ênfase a
leitura de livros aos alunos para que estes se encantam e descubram o que mais
lhe interessa e assim começar a formar seu senso critico tendo capacidade de
opinar e defender sua opinião.
Na
terceira pergunta se realmente acreditam ser possível desenvolver o gosto pela
leitura por meio da literatura infantil, 25%(2) responderam que Quase sempre a
literatura é uma grande aliada e 75%(6) responderam que Sempre a literatura
desenvolve o gosto pela leitura. A leitura é um processo de tradução do signo para o significado
das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos
mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem
e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco
mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras
como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida
das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido
através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada
um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas
experiências de vida anteriores e do rol
vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu
nascimento até a idade atual.
Na
coleta de dados realizada com os 18 alunos foi realizada para compreender qual
o efeito e que tipo de estórias e estilos literários eles mais apreciam e
buscam com prazer, assim como possibilitar novas formas de trabalhar os textos
que não os atraem.
Quando
questionados sobre o fato de ao ler uma história ele consegue se imaginar nela, já que a literatura retrata um pouco do real e um pouco do imaginário
dos que escrevem e dos que leem como escreve Coutinho (1978, p. 9, IN: SILVA,
2009, p.140) sobre concepção de literatura e sua criação:
A Literatura, como toda arte, é uma
transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e
retransmitida através da língua para as fôrmas que são os gêneros e com os
quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida,
autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio.
Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e
adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra
natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela
história ou pelo social.
“A
literatura infantil leva a criança à descoberta do mundo, onde sonhos e
realidade se incorporam, onde a realidade e a fantasia estão intimamente
ligadas, fazendo a criança viajar, descobrir e atuar num mundo mágico; podendo
modificar a realidade seja ela boa ou ruim”.(PAÇO, 2009,p.12). Dos
alunos pesquisados 44,5%(8) As vezes conseguem ler e concentrar-se a ponto de
sentir-se integrado ao texto; somente 5,5% (1) Quase sempre conseguem, a melhor
parte é que a escola esta fazendo um bom trabalho com os textos literários pois
50%( 9) Sempre conseguem adentrar no mundo da fantasia e como escreve Coutinho(1978) conseguem vivenciar uma ficção
e analisar qual a moral desta estória e utiliza-la na vida real.
Nas perguntas 2- Que tipo de história você mais gosta de
ler? E na pergunta 3 Você gosta de ler gibi? Dos
alunos entrevistados 50%(9) gostam de Histórias em quadrinhos e os outros 50% (
9 ) preferem outros estilos literários. Em relação a gostar de gibi 94,44%(17)
dizem que Sim e 5,56%(1) Não apreciam optando por outros estilos.
É importante que o aluno saiba que os diversos
estilos literários são bons e agradáveis e que eles mesmo podem converter o que
ele não gosta de ler no que ele gosta de ler como contar uma fábula em
quadrinhos, o melhor é conhecer o que lhe atrai para ler com escreve Paço
(2009,p.10):
O
trabalho com literatura infantil tem como possibilidade de resultado a formação
de leitores/escritores competente. Tem como objetivo formar alguém que
compreenda aquilo que lê; que consiga transmitir aos outros os elementos de uma
história através das ilustrações; que possa transformar um texto numa narrativa
prazerosa a quem ouve; que possa aprender a ler o que não está escrito; que
saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que possa imaginar e
criar.
Na
quarta questão questiona-se o ponto de vista do aluno em relação a leitura da
professora nas aulas e se ele vê a
professora como uma pessoa que gosta de ler histórias na hora da aula. E vezes
elas ela costumam ler para eles durante a semana.
Dos alunos questionados 5.55%(1 ) dizem que a professora Nunca ler ou 5,55%(1 )As vezes lê , e 5,55% (
1) dizem que ela Quase sempre lê mas a maioria 83,33 (15 )afirma que a educadora Sempre lê, o que
comprova o gostar e a valorização da literatura infantil. Em relação a
quantidade de vezes que lê durante a semana. Se o professor é leitor ele ensina
seus alunos a terem amor pelo ato de ler como escreva Silva(1988, p. 13):
o que o professor lê? Que acesso tem o
professor aos livros de sua área de conhecimento? Quantas visitas faz o
professor às bibliotecas, às livrarias? Quantos livros o professor tem
condições de adquirir, visando o incremento do ensino e o seu crescimento como
pessoa? Que tempo sobra afinal, para a busca e a leitura de textos? E a
biblioteca escolar-existe e está funcionando realmente?
Dos questionados 11,11% (2 ) dizem que a professora lê quase todos os
dias, enquanto 88,88%(16) dos alunos afirmam que a professora lê na sala todos
os dias da semana. Além de criar o habito da leitura, ler diariamente é um
fator diferencial a leitura diária para os alunos como Silva(1998, p. 30). diz que,
ensinar
a ler criticamente significa, antes de mais nada, dinamizar situações em que o
aluno perceba, com objetividade, os dois lados de uma mesma moeda ou, se
quiser, os múltiplos lugares ideológico-discursivos que orientam as vozes dos
escritores nos seus textos.
Os
textos e livros literários a serem lidos devem ser analisados para que possam
desenvolver nos alunos a capacidade de discernir entre o bom e o ruim e do que
é certo e errado. É necessário ter exemplos também em casa, com escreve
Paço(2009,p.17):
Com a criança não é diferente, alguma delas
ouvem histórias desde o ventre materno, quando suas mães falam para elas ou com
elas, fazer histórias, ouvir histórias ou escrevê-las humaniza a criança e nos
humaniza também. Vai nos tornando cidadãos modificadores ou autores da cultura
e mergulhados nesta cultura, surgem transformações cada dia mais rápido numa
velocidade imensurável.
Os
alunos foram questionados se costumam ler e ouvir historias em casa, para
verificar se o processo de incentivo da leitura esta indo além dos muros da
escola. Das respostas 11,11%(2) responderam As vezes, e 27,77%( 5 ) disseram Quase
sempre e sua grande maioria 61,11%( 11) responderam que Sempre.
Por
meio da pesquisa realizada pode-se verificar que os professores compreendem a
importância da literatura dentro do ambiente escolar e fora dele. Utilizam
diversas estratégias para que seja desenvolvido aspectos intelectuais,
cognitivos, de aprendizagem e incentivo da leitura para compreensão e
propagação das culturas existentes no mundo. A maioria das crianças conseguem
ler e viajar dentro do livro infantil a ponto de sentir-se um personagem e
visualizar todo o enredo do livro e mais reconhecem os estilos literários que
apreciam e gostam, e aprendendo com
prazer sobre seu povo e sobre si, com conhecimentos éticos, morais e
democráticos da vida cotidiana e da historia do povo brasileiro.
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pesquisar sobre a literatura
foi muito importante por permitir perceber a importância da literatura no
processo de leitura e escrita dos alunos, onde quem não lê pouco escreve, ou
não sabe fazer textos claros, objetivos e mais importante com amor e criatividade.
Por meio da pesquisa na escola pode-se
perceber que tanto professores quanto alunos reconhecem que a leitura de textos
literários é importante. Que possibilita ao aluno ter uma aprendizagem com o
desenvolvimento cognitivo, intelectual, emocional e psicológico.
As professoras conseguem incentivar seus
alunos a ler, a buscar os diversos gêneros literários existentes, elaboram
atividades para que possa haver um feeldback do conteúdo ensinado e conseguem
perceber o desenvolvimento da oralidade e da socialização por meio da
literatura, onde há heróis e malfeitores a serem combatidos e o maior deles é a
ignorância do consumismo, que pode ser lido, apesar de não mencionado no
trabalho em questão. Pode-se perceber que os livros literários atualmente são
lidos por influencia da mídia de comunicação.
Ficou evidente que professores e pais que
leem conseguem incentivar a criança a leitura, onde o habito e o exemplo é
visto no cotidiano influencia positivamente os pequenos leitores. Afirmo que há
uma necessidade de adaptação dos livros a nova realidade, pois muitos livros
que os órgão competentes enviam e compram para as escolas não atraem e nem se
adequam as séries indicadas e a grade curricular de ensino. Deixo ainda uma
nova questão para a próxima pesquisa: Que livros literários são interessantes
para todas as idades e por quê?
5.0 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1.
ALBINO, Lia C.
P. A literatura infantil no Brasil:
origem, tendências e ensino. 2012. DISPONIVEL EM: Iesp rn.com.br/ftpiesp/Disciplinas%20PROISEP/M%F3dulo%205/LITERATURA%20INFANTO-JUVENIL/Texto%202%20-%20literatura_infantil
2.
Antunes, Irandé. Aula De Português
Encontro & Interação.São Paulo:Parábola Editorial, 2003 (Série Aula).
3.
ARIES,
Philippe. História Social da Criança e da Família. Flasksman de Dora (Trad.). Segunda edição. Copyright –by
:LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, RJ.1981.
Disponivem em: http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdf
acessado em 23/5/2014 as 23:00
4.
BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial
curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
5.
BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial
curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
6.
CADEMARTORI Lígia. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 23.
7.
CAGLIARI, L. C. Alfabetização & Lingüística.
14ª Reimp. Ed. São Paulo: Scipione, 2007.
8.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria e prática.18
ed.São Paulo: Ática,1999
9.
DE MELO
SANTANA, Suely; ROAZZI, Antonio; MARIA DAS GRAÇAS, B. B. Paradigmas do
desenvolvimento cognitivo: uma breve retrospectiva. Estudos de psicologia, v. 11,
n. 1, p. 71-78, 2006.
10. DE
MENEZES, Mindé Badauy e RAMOS, Wilsa Maria.(Org.) versão original do
Proformação. – Brasília: MEC. Secretariade Educação Básica. Secretaria de
Educação a Distância, Livro de estudo: Módulo IV 2006.116p. (Coleção
PROINFANTIL;Unidade 5)
11. GOMES, Ruth Cristina Soares; GHEDIN, Evandro. O
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA VISÃO DE JEAN PIAGET E SUAS IMPLICAÇÕES A EDUCAÇÃO
CIENTÍFICA.2010. Disponivel em http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1092-2.pdf acessado em:3/6/2014.
12. HELD,
Jacqueline. O imaginário no poder.
As crianças e a literatura fantástica. São Paulo: Summus, 1980.
13. MOTTA,
Xênia Fróes da. DA SILVA, Renato. Um
olhar possível sobre a infância. Revista Eletrônica do Instituto de
Humanidades ISSN-1678-3182 Número XXXV 2011 -ww.unigranrio.br
14. OLIVEIRA,
Zilma de Moraes Ramos (Org.). Educação
infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
15. PIAGET, Jean. Desenvolvimento e aprendizagem. Studying teaching, 1971.
16. RICARDI,
Geise Cristina Lubas. O contexto
pedagógico de CEINFS de campo grande/ms: um olha
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Literatura
Infantil: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo
de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental.
Monografia
aprovada como requisito parcial para a conclusão do curso de pedagogia da faculdade
projeção de XXXXXXX-XX, pela seguinte banca examinadora:
Presidente da
Banca: Professor M. SC. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Professor
Convidado: Professor M. SC.
Sobradinho-DF,
___ de _______2014.
Dedico este trabalho a minha
mãe Dalva, meu esposo Fernando, ma petit
enfant Sophia.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por te me proporcionado sabedoria e
paciência, minha mãe Dalva a meu esposo Fernando , que me motivou a não
desistir, minha filha Sophia,. As
minhas queridas amigas Valéria Lucia, Marcia. Agradeço,
em especial, o Professor Me. Antonio
Cezar Brito, por ter tido
paciência e, sobretudo sabedoria e poder ter acrescentado nessa etapa mais
importante da minha vida.
"É necessário ter uma sociedade leitora, para que a criança seja
leitora". (Campos de Queirós)
RESUMO
O tema do trabalho de pesquisa em questão é:
A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de
crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo :
Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo
cognitivo da criança. Especificando: O histórico da infância. A compreensão de
como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura
infantil. E propõe –se também :Analisar
como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de
aprendizagem. E por fim de Analisar se é possível desenvolver o gosto pela
leitura, por meio da literatura infantil. Adquirir o prazer em ler,
desenvolvendo assim diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo
que for aprender na escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura
infantil é de muito cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, é uma ferramenta facilitadora para a aprendizagem;
desenvolve a coordenação motora e o cognitivo; facilita a aquisição de
habilidades e, além de tudo, ajuda no processo de ensino e aprendizagem.
Palavras-
chaves: Literatura.
Leitura. Desenvolvimento Cognitivo.
ABSTRACT
The
theme of the research in question is: The importance of children's literature
for the cognitive development of children from 2nd year of teaching elementary
school. Aims to: Understand how children's literature can help in the cognitive
process of the child. Specifying: The history of childhood. The understanding
of how the cognitive development of children through children's literature. And
it is also proposed: Analyze how children's literature contributes to the
development of the learning process. And finally to analyze whether it is
possible to develop a love of reading through children's literature. Acquire
pleasure in reading, developing various skills that facilitate learning in all
that is learning in school. The moment you will work with children's literature
is very careful in the choice of the material offered to these children, is an
enabling tool for learning; develops motor coordination and cognitive;
facilitates the acquisition of skills and, above all, help in the teaching and
learning process.
Keywords: Literature. Reading. Cognitive Development.
SUMÁRIO
1. Introdução............................................................................................... 09
1.1. A importância da literatura
para o desenvolvimento cognitivo de crianças
no segundo ano do Ensino
Fundamental.................................................... 09
1.2. Questão
problema................................................................................. 10
1.3.
Justificativa........................................................................................... 10
1.4. Objetivos............................................................................................... 11
1.4.1. Objetivo
geral..................................................................................... 11
1.4.2. Objetivo específicos........................................................................... 11
2. Referencial Teórico................................................................................ 12
2.1
O Histórico da infância...................................................................12
2.2
O Surgimento da literatura infantil................................................19
2.3
A importância da literatura infantil para o aprendizado................24
2.4.
A contribuição da literatura infantil para o desenvolvimento
Cognitivo............................................................................................27
2.5
Despertando o gosto pela leitura por meio da literatura infantil..31
3. Metodologia............................................................................................. 35
3.1. Sobre a pesquisa.....................................................................................
35
3.2 Análise de dados....................................................................................
35
4. Considerações Finais............................................................................... 42
5. Referências Bibliográficas...................................................................... 43
1
INTRODUÇÃO
1.1 A importância da literatura infantil
para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino
fundamental.
A literatura infantil “é uma comunicação histórica(localizada no
empo e no espaço) entre um locutor ou um escritor-adulto(emissor)e um
destinatário criança”(COELHO, 2000,p.30) ela ensina aos alunos a viajar em
aventuras e lugares desconhecidos por elas, agrega uma aprendizagem cognitiva,
desenvolve a criatividade, imaginação, comportamento ético e a sociabilidade.
O tema do trabalho de pesquisa em questão é: A
importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças
do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo : Compreender de
que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da
criança. Especificando:O histórico da infância. A compresnsão de como se da o
desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil. E propõe –se também :Analisar como a
literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de
aprendizagem. E por fim:Analisar se é possível desenvolver o gosto pela
leitura, por meio da literatura infantil.
Adquirir o prazer em ler, desenvolvendo assim
diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo que for aprender na
escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura infantil é de muito
cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, a metodologia
empregada e deve-se preocupar em como
avaliar se realmente a leitura esta sendo desenvolvida, como escreve Cagliari
(2007,p.169): “Além de ter um valor técnico para a alfabetização, a leitura é
ainda uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização,
que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e
de estudar”.
Mas a
aprendizagem tem seus dois lados a de dentro para fora e a aprendizagem que é
proporcionado pelo meio externo, dessa maneira, a ênfase dada ao processo de
aprendizagem e à construção do pensamento através das relações que o aluno
mantém com as outras pessoas é que remete a uma aprendizagem significativa da
leitura para o próprio aluno. A aprendizagem de dentro para fora é quando o
aluno tem s sede do conhecimento que observa tudo e conversa com todos sobre
suas dúvidas e assim vão construindo um vocabulário, adquirindo um rol de
informações que serão utilizadas conforme forem lendo textos para ela e a
aprendizagem de fora onde é construída formalmente dentro da escola por meio de
um trabalho árduo do professor diariamente. Antunes (2003, p.70),escreve sobre
a leitura e suas atividades:
A atividade da
leitura favorece, num primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação
do leitor. Na verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas idéias, novos
conceitos, novos dados, novas e deferentes informações acerca das coisas, das
pessoas, dos acontecimentos, do mundo em geral.
É
importante que a escola considere que como seres sociais seus alunos só
aprendem em comunhão por meio da troca de dados, e devem deixar assim de
desejar alunos com uma aprendizagem igualitária e parar de propor sempre
processos de aquisição do conhecimento individualistas, afinal o estimulo para
a leitura da literatura ocorre através
da motivação de compreender como os outros pensam, e por meio das informações
do que é lido colocar o imaginário para funcionar, este aluno vai aprender
naturalmente primeiramente aprende a falar a linguagem do grupo em que vive
depois pro intermédio da troca de experiências percebe-se que o sucesso da
criança na aprendizagem da leitura e da escrita depende do seu amadurecimento
fisiológico, emocional, neurológico, intelectual e social que só é adquirido
por causa do momento de leituras coletivas em grupos menores.
São os professores que devem se preocupar em
como ocorre o processo de construção da leitura e determinar o que a literatura
vai proporcionar a seus alunos. Desenvolver com eles atividades que desenvolvam
seu repertório assim terá um desenvolvimento na capacidade
de comunicação, está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e
para a vida, para desenvolver a criatividade, criticidade e imaginação.
1.2
Questão
Problema
De
que forma a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da
criança do 2° ano do ensino fundamental?
1.3
Justificativa
Escolha deste tema se surgiu diante da
necessidade da acadêmica formanda em pedagogia de estudar e pesquisar se o uso
de textos literários e livros traduzidos da literatura realmente contribuem
para o desenvolvimento de alunos do segundo ano do Ensino Fundamental. Diante
desta necessidade de compreender me propôs a verificar como era esta
contribuição e como ela se realiza atualmente nas salas de aula, pois
acredita-se que todos os pontos de vista devem ser ouvidos ate chegar a um
senso comum entre todas as partes que compõe este trabalho de educar utilizando
a literatura como ferramenta.
1.4
Objetivos
1.4.1
Objetivo Geral:
Compreender
de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da
criança.
1.4.2
Objetivos específicos:
Conhecer o histórico da
infância.
Compreender como se da o
desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.
Analisar como a literatura
infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem.
Analisar se é possível desenvolver o
gosto pela leitura, por meio da literatura infantil.
2.0
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O HISTÓRICO DA INFÂNCIA
O conceito de infância pode ser dito como uma
questão de tamanho, idade, comportamento, aqueles que são pequenos, que ainda
vão crescer, que tem uma comunicação primitiva a ser construída. De acordo com Oliveira (2002 p. 44) infância
significa:
O termo infância (in-fans) tem o sentido de não
fala . Pode-se, com base nisso, perguntar: a que período da vida humana ele se
referia? Caso seja aos primeiros meses de vida, quando a criança ainda não
adquiriu a língua de seu grupo cultural, é preciso lembrar que, desde o
nascimento, já começam a ser construídos sistemas de comunicação entre o bebê e
seu entorno social por meio de choros, sorrisos, gestos, etc. Vale dizer que a
tentativa de comunicar-se, ou seja, de falar, é muito precoce. Infância
refere-se, então, aos primeiros anos de vida.
A história da infância segundo Philippe Aries(1981) “e
através de pesquisas no campo da história, filosofia, psicologia, sociologia,
biologia, antropologia, arqueologia, entre outros” (ROCHA,2002, p.54) surgiu a
discussão de como uma criança era vista e tratada na infância, foi tornou
possível a mistura de diferentes olhares de vários autores, que contribuíram
para compreender o que é infância e como trabalhar e educar uma criança.
Philippe
Aries foi um pai dos estudos por a ter interesse em pesquisar sobre a história
da infância, a partir de estudos realizados por ele. “Por meio de varias
fontes, como a iconografia religiosa e leiga, cartas, diários de família,
dossiês familiares, registros de batismos e inscrições em túmulos”(ROCHA,2002,p.53)
Por meio de estudos realizados por Aries(1981),
até por volta do século XII a arte medieval desconhecia a infância e não
tentava representá-la. Não havia lugar neste mundo para a infância, talvez por
se tratar de um período de transição, que era rapidamente ultrapassado, cujas
lembranças também não duravam a serem perdidas, caso superasse a fase da grande
mortalidade. Segundo o autor os familiares não tinham ressentimento quando uma
criança vinha a óbito, pois ainda não havia o sentimento de amor materno, sendo
que as famílias eram apenas social e não exerciam seu lado sentimental. Como
relata Motta&Da Silva(2011,p.38) sobre A infância do ponto de vista de
Ariés:
Durante o
século XVII houve uma mudança do pensamento, um novo hábito surgia entre a
burguesia, em que o termo infância se aproxima ao sentido moderno. “A ideia de
infância estava ligada a ideia de dependência” (ARIÈS, 1981, p. 42). Isso
significava que a criança deixava de sê-la quando esta dispensava cuidados de
sobrevida.
A história da criança, contada por Aries(1981 IN:SILVA,2011),
destaca que as crianças foram tratadas como miniatura de adultos: na sua
maneira de vestir-se, na participação em festas e danças. Os adultos tratavam
as crianças sem discriminações do que ela podia ou não ouvir ou saber, o
vocabulário adulto era utilizado, não havendo distinção. Realizavam
brincadeiras grosseiras sem preocupar-se com a fragilidade do corpo infantil
ainda em desenvolvimento. Todos os tipos de assuntos eram discutidos na sua
frente do pequeno adulto até mesmo os de cunho sexual, os mini-adultos também
tinham a participação em jogos sexuais. Isto acontecia porque os adultos não
conseguiam visualizar a criança como um ser de existência inocente, frágil e
com pureza, não conseguiam perceber as crianças como seres em desenvolvimento
psicológico e moral
Desde muito cedo a criança já fazia parte do
mundo adulto. Após supridas as necessidades físicas como: andar, ter nascido os
dentes, comunicar-se a criança era inserida na sociedade de adultos juntamente
com os adolescente. Apenas o seu tamanho os distinguia dos adultos. As obras de
artes que os retratavam não expressavam nenhuma diferença facial e corporal mostrava
a criança semelhante ao adulto. A história da infância nos
mostra a possibilidade para refletir sobre a maneira em que entendemos e
lidamos com a criança atualmente. De
acordo com Rocha (2002; p. 52)a infância deve ser:
Nessa expectativa, a fase da infância seria
marcada pela ausência da fala e de um conjunto de ações esperadas, considerados
como manifestações irracionais. Deste modo a infância se contrapõe à vida
adulta. Os comportamentos racionais eram considerados apenas dos seres adultos.
Apenas o adulto era quem pensava, raciocinava, agia e tinha capacidade para
alterar o mundo não sendo possível tal capacidade destinada às crianças, além
do que a transição da vida infantil para a vida adulta era tida com uma fase de
superação.
A pesquisa de Aries(1981) aponta que a idade da
vida humana[AC1] , foi representada
por várias formas cronológicas que eram baseadas por muitas mudanças sociais,
econômicas e politicas durante cada período. Utilizados várias representações
temporais que levavam em conta: elementos da natureza, estudos dos astros,
crenças populares, fenômenos naturais e sobrenaturais. Como
cita Leontiev (1978,p.272. In : MELLO(2007,p.87-88))sobre como a criança
aprende:
As
aquisições do desenvolvimento histórico das aptidões humanas não são
simplesmente dadas aos homens nos fenômenos objetivos da cultura material e
espiritual que os encarnam, mas estão aí apenas postas. Destes resultados, para
fazer deles as suas aptidões “os órgãos da sua individualidade”, a criança, o
ser humano, deve entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante
através doutros homens, isto é, num processo de comunicação com eles. Assim a
criança aprende a atividade adequada. Pela sua função, este processo é,
portanto, um processo de educação.
Por volta do
século XIII exibiu-se um sentimento maior em relação à criança, mas ainda assim
não eram representadas por uma característica ou expressão particular.
No período de grandes transformações
históricas, especificamente, do século XII ao XVII, a infância tomou diferentes
conotações dentro do imaginário do homem em todos os aspectos sociais,
culturais, políticos e econômicos, de acordo com cada período histórico. A
criança nesta época era vista como substituível, caso morresse teriam outros
filhos, como se aquele não fizesse falta por não ser forte o suficiente para
sobreviver era tratado como: ser produtivo, mão de obra barata, que tinha uma
função utilitária para a sociedade, pois a partir dos sete anos de idade era
inserida na vida adulta e tornava-se útil na economia familiar, realizando
tarefas, imitando seus pais e suas mães, acompanhando-os em seus ofícios,
cumprindo, assim, seu papel de provedor da família como todos os outros membros
da família.
Naquela época, as criança eram educadas por
pessoas que não faziam parte da família como: as parteiras, babás, amas de
leite, entre outros. Tudo era natural até que os pequenos fossem cuidados por
outras famílias que os iriam educar, quando faziam sete anos retornavam a sua
família de origem para ser inserida na vida familiar e no trabalho. Como relata
Rocha(2002, p.55):
Dessa forma, as
crianças eram submetidas e preparadas para suas funções dentro da organização
social. O desenvolvimento das suas capacidades se dá a partir das relações que
mantêm com os mais velhos. Portanto, percebe-se uma distância da idade adulta e
da infância em perspectiva cronológica e de desenvolvimento biológico, pois a
infância é retratada pelas afinidades que o adulto estabelece com a criança, ou
seja, tudo era permitido, realizado e discutido na sua presença.
Diante desta nova perspectiva evolutiva
cronológica as mudanças de tratamento, ideais e vislumbramento dos cuidados com
a criança só ocorreram mais tarde, “no século XVII, com a interferência dos
poderes públicos e com a preocupação da Igreja em não aceitar passivamente o
infanticídio, antes secretamente tolerado.”(ROCHA, 2002, p.55) Preservar e
cuidar das crianças seria um trabalho realizado exclusivamente pelas mulheres,
no caso, as amas e parteiras, que agiriam como protetoras das pequenas crianças
incapazes de comunicar-se e alimentar-se sozinhas, criando uma nova concepção
sobre a manutenção da vida infantil, afim de evitar a morte de um agora
considerado membro da família.
Assim começam a surgir medidas para salvar as
crianças. As condições de higiene tratamento foram melhoradas passou a existir
uma preocupação preocupação com a saúde das crianças, e depois de ter tanto
trabalho com a criação, fez com que os pais não aceitassem perdê-las com
naturalidade mesmo se possuíssem outros filhos.
No século XIV, devido ao grande movimento
religioso cristã, surge a criança mística ou criança anjo. A comparação dos
traços infantis com de representantes de Deus, fez com que houvesse uma
valorização da figura infantil.
Um novo
estereotipo de criança surgem entre os séculos XIII e XIV com a aparência nas obras literárias e de arte
mais semelhante as retratadas pelo sentimento moderno. “Surge então o anjo
representado sobre a aparência de um rapaz muito jovem, adolescente”(ARIES,
1981, p.41). Diante deste novo olhar crianças que eram educadas para ajudar nas
missas. Os auxiliares ‘coroinhas’ eram
os meninos que possuíam características físicas com formas e traços mais
redondos e graciosos, como de anjos e querubins.
Surgiu ainda
um segundo estereotipo de criança que seria o modelo representativo de todas as
crianças pequenas da história da arte: o “Menino Jesus ou Nossa Senhora menina.
Representação de Jesus em pé co;m uma camisa quase transparente com os braços
em torno do pescoço aninhado ao colo com o rosto colado ao dela.” (ARIES, 1981,
p.42) A imagem da virgem Maria com seu filho representando uma figura materna
de amor, cuidado e zelo por seu fruto foi outra idéia que idealizou várias
outras obras, como cita Aries(1981,p.41):
No
século XIII, a virgem Maria inspirou outras cenas familiares. Havia cenas de
família em que os pais estão cercados por seus filhos. Por exemplo: num retrato
da família de Moisés, o marido e a mulher dão as mãos enquanto as crianças que
os cercam estendem a mão para a mãe. Esses casos, porém, eram raros. O
sentimento encantador da tenra infância permaneceu limitado ao menino Jesus ate
o século XIV, quando a arte italiana contribuiu para desenvolvê-lo e
expandi-lo. Um terceiro tipo de criança
apareceu na fase gótica. O menino Jesus quase nunca era representado despido. O
menino Jesus aparecia como as outras crianças de sua idade, ou seja, enrolado
em cueiros ou vestido com uma camisa ou uma camisola. Ele só se desnudaria no
final da Idade Média. As crianças que representavam personagens bíblicos
estavam sempre vestidas.
Ainda segundo Aries(1981), os tipos medievais
de crianças evoluíram durante os séculos XIV e XV. O anjo-adolescente, indicado
no século XIII influencia ainda a pintura religiosa do século XV, mas o tema da
infância sagrada continua se diversificando e se ampliando. Àquele grupo
formado por Jesus e Maria o artista daria importância maior aos aspectos
graciosos, ternos e ingênuos da primeira infância (a criança procurando o seio
da mãe ou preparando-se para beijá-la ou acaricia-la, por exemplo).
Com o passar do tempo e devido aos novos
ideais políticos e sociais, a infância religiosa deixou de se limitar a seguir a mesma infância que a de Jesus, já
que os tempos e as situação. Com o passar dos tempos vão surgindo novos
exemplos, como escreve Aries(1981,p.41):
Surge,
então, em primeiro lugar a infância da Virgem, que inspirou ao menos dois temas
novos e frequentes: o tema do nascimento da Virgem e o tema da educação da
Virgem. Depois, surgiram as outras infâncias santas: a de São João, o
companheiro de jogos do menino Jesus, a de São Tiago, e a dos filhos das
mulheres santas. Ainda nos assuntos representados nas obras de arte,
multiplicam-se cenas de crianças onde se procura reunir os mesmos conjuntos o
grupo dessas crianças santas, com ou sem suas mães.
Surge
na literatura uma representação do que viria a ser as estórias infantis, ocorre
no século XIV um florescimento de histórias de crianças nas lendas e contos
pios. Essas características se mantiveram até o século XVII, que todos podem
acompanhar: na pintura, na tapeçaria e na escultura, com traços de representação
religiosa da infância e dos traços maternais da mãe de Jesus idolatrados pela
igreja vigente.
finalmente destacar-se numa representação
leiga nos séculos XV e XVI. Não era ainda a representação da criança sozinha.
A representação da criança mística, aos
poucos, vai se transformando, assim como as relações familiares. A mudança
cultural, influenciada por todas as transformações sociais, políticas e
econômicas que a sociedade vem sofrendo, aponta para mudanças no interior da
família e das relações estabelecidas entre pais e filhos.
A criança passou a ser educada pela própria
família o que gerou nos pais um sentimento de apego onde a criança era tratado
com mais cuidado, preocupação como um ser mais limitado que não deve ser
exposto a tudo. Esse momento foi marcado por estes dois sentimentos: paparicação e apego,
como cita Rocha(2002, p.56):
A paparicação seria
um sentimento despertado pela beleza, ingenuidade e graciosidade da criança. E
isto fez com que os adultos se aproximassem cada vez mais dos filhos. Assim, os
gracejos das crianças eram mostrados a outros adultos, fazendo da criança uma
espécie de distração, tornando-se, bichinhos de estimação.,
A
paparicação é um sentimento despertado pelo filho nos pais fazendo com que ele
tenha prazer em realizar atividades que contribuem para a criação do seu filho
assim como som seu bem estar, o pequeno passa a ser visto como um bibelô,
bonito e gracioso. Sugere também a preocupação de como cuidar deste presente
frágil e delicado que exige tanta atenção. Como cita ARIÈS (1981, p. 68):
Por essa necessidade
de manter uma pessoa provida de tanta beleza e graça, surgem medidas para
salvá-la e garantir sua sobrevivência. As condições de higiene foram melhoradas
e a preocupação com a saúde das crianças fez com os pais não aceitassem perder
seus filhos com naturalidade e, os que perdiam, aceitavam como sendo a vontade
de Deus, segundo a orientação religiosa da época.
Este sentimento de apego e proteção
primeiramente internalizado nas mulheres, não era compartilhado por todas as
pessoas, algumas ficavam irritadas com a nova forma de tratar as crianças.
Principalmente aqueles que julgavam que crianças eram mão de obra barata e não
questionadora, que as utilizavam como mucamas e serviçais.
Atualmente a infância é vista como uma fase
de aprendizagem de transformação e amadurecimento advindos das experiências. Tem
–se um momento de desenvolvimento cognitivo, intelectual, de sua coordenação
motora ampla e fina, do desenvolvimento da memória auditiva e visual e do
raciocínio lógico.
2.2.
O SURGIMENTO DA LITERATURA INFANTIL
A
literatura é considerada uma arte que usa as palavras para que o artista
expresse sua arte, é capaz de mudar o modo de ver o mundo de viver neste mundo
por meio da literatura unem –se pessoas em épocas, décadas diferentes, das mais
diversas culturas e idiomas. Como De Menezes & Ramos(2009,p.18) escreve:
Na literatura, que é arte pelas palavras, a
criação não vem do nada, mas, no que quer que ela se apóie, será original no
modo novo, no arranjo diferente das palavras, na invenção, na transgressão, na
quebra de clichês, no ponto de vista exclusivo que determinará um efeito único,
especial, um estilo próprio e inconfundível. Uma obra de arte literária tem
como objetivo o belo e como objeto a ficção, o fantástico, num outro universo
modificado, imaginário, feito de conotações, de elementos de sugestão, de
recriação, de plurissignificações, de estímulos à fantasia, ao lúdico, ao jogo
transformador da co-autoria de múltiplas leituras divergentes e maravilhosas
Conceituar literatura se faz necessário para
que seja internalizado que a literatura tem um forte poder social, político e
econômico. Onde pessoas que são detentoras do conhecimento são capazes de
emitir opinião, criticar e racionalizar soluções dos problemas vivenciados por
ela e pela sociedade em que vive. O escritor literário e o leitor sofre um
processo de mutação na sua capacidade de dialogar, de rever situações e agir de
forma diferente e analítica.
“Entre 1660 e 1880 houve mudanças
significativas na prática de criação das crianças. Tudo acontece entre a alta
burguesia e os profissionais liberais. Desenvolve-se um modelo familiar voltado
para os filhos;” (SCHARF, 2000, p.22) Onde a mãe passa a ter um novo papel o de
dominante do lar e de suas proles,
passando a acolher, zelar, cuidar, ensinar as tarefas do lar/domésticas. A
partir deste momento a mulher tinha que saber ler e escrever, para anotar
receitas e ensinar as suas filhas. Um outro fator é a educação religiosa que
deveria obrigatoriamente ser ensinada independente do gênero neste caso.
A literatura
infantil surgiu inicialmente em meados
do século XVIII, quando a burguesia teve sua ascensão. “O
compromisso da literatura infantil com o ensinamento caracterizou o gênero
desde o seu surgimento na Europa no século XVIII, quando o texto era usado como
pretexto, recurso didático e veículo de propaganda das idéias das classes
burguesas.”(ALBINO,2012,p.12).
E surge assim uma educação popular é claro que
era diferente: a educação de um burguês, para a de um nobre os livros que eram
apresentados para uma classe popular eram lendas, contos folclóricos, histórias
que iriam transmitir a eles a condição de dominação, de serem submissos e
conformados com esta condição. Que de acordo com Paço(2009,p.12) até mesmo o
que se lia era de acordo com a classe
social:
Existiam no século XVIII, duas realidades. A
criança da nobreza, orientada por preceptores, lia geralmente os grandes
clássicos, enquanto a criança das classes desprivilegiadas lia ou ouvia as
histórias de cavalaria, de aventuras. As lendas e contos folclóricos formavam
uma literatura de cordel de grande interesse das classes populares.
Outro fator importante neste momento é a
mudança de visão do educando adulto, da criança e do jovem, Como escreve De Menezes &Ramos(2006,
p.19):
Até o século XVIII, não se falava em
literatura infantil, livros escritos para crianças, dedicados ao público
infantil. As crianças liam o mesmo livro que os adultos, na medida em que o
conseguiam. As das classes privilegiadas liam especialmente os clássicos, e as
outras mais ouviam do que liam os livros de cavalaria, de aventuras, lendas e
contos folclóricos.
Os primeiros
autores foram “Perrault” e depois os “irmão Grimm”, “ Anderson, Mark Twain, Charles Dickens que foram transcritos e adaptados várias
vezes para uma linguagem mais pueril e infantilizada. Com inicio da
popularização dos livros que descreviam aventuras a família foi adquirindo uma
relação de afetividade e proteção com os pequenos o que fez surgir os serões
onde pessoas se reuniam em volta de fogueiras para ler as estórias e dialogar
reflexivamente sobre as aventuras que haviam lido. Muitos autores não queriam
escrever para crianças por acharem que seriam considerados inferiores ou bobos
por utilizarem uma linguagem mais simples e escreverem contos ou fábulas para
expressarem e educarem por meio da moral e da criticidade como cita De Menezes; Ramos(2006,p.26):
O
próprio Perrault, que recolheu e deu forma literária a 11 contos, entre eles,
Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, As duas fadas, Joãozinho e Maria, Pele de
Asno, Riquete de Crista, Gata Borralheira, Os desejos de Griselda, achou que
para um membro da Academia, não ficaria bem escrever histórias folclóricas.
Assim, usou um nome falso para assinar o livro que o tornou mundialmente famoso
e que se chamou Contos da Mamãe Gansa.
A literatura infantil no Brasil surgiu primeiramente como traduções de
obras portuguesas, que foram trazidas pelos colonizadores do Brasil onde acabou-se
herdando estes conteúdos literários. A literatura infantil brasileira tem um
grande pai que é Monteiro Lobato, com personagens fictícios que comprovam uma
grande imaginação e valorização da cultura folclórica brasileira. Tem caráter
de questionamento de problemas nacionais e mundiais.
O “livro
de Lobato, A menina do narizinho arrebitado, é considerado o primeiro livro de
literatura infantil brasileira. Foi publicado em 1921”(De Menezes;
Ramos,2006,p.22) onde escreve com uma
linguagem que atrai a criança por ser simples e pura como uma criança e ser
atrativa por representar algo possível de acontecer, uma aventura que quem ler
imagina e se identifica com a personagem e local da estória .
Muitos Escritores e escritos da literatura infantil
antigos são lidos e relidos por várias gerações. Os livros e personagens presentes na literatura infantil são inesquecíveis principalmente por trazerem lembranças,
sonhos, desejos é isto que um livro literário pode desperta em uma criança a
criatividade. Ler é uma forma de viajar, de ir a lugares que você não conhece e
viver aventuras sem sair do sofá.
Autores europeus como Júlio Verne, Jonathan Sufeft, Daniel Defoe,
contribuíram maciçamente para a construção do literário infantil e para formar
grandes escritores brasileiros como: Erico Veríssimo, Jorge Amado, Carlos Drumond de Andrade e
lendo a essa declaração deles que
podemos perceber o quanto a literatura na infância faz diferença quando o homem
de torna o adulto, o escritor.
Deve-se
observar quais textos são mais adequados para crianças, assim como o tipo de
educação que aquele ser vai receber a
metodologia para um adulto não é a mesma para uma criança pois cada um tem sua
vivencia, há influencia de outros meios de comunicação como a televisão , as
musicas, a cultura teatral, as festas de
comemorações, vídeos games que retiram a vontade de ler já que existe um
brinquedo , um lazer que não exige muito de sua capacidade intelectual. Como
relata DE Menezes e Ramos(2006,p.30):
O professor uruguaio Jesualdo, em seu “A
literatura infantil” faz, de início, a advertência: “Todas as recomendações que
se possam fazer aos escritores sobre como escrever para as crianças serão
sempre poucas”. E Leni Werneck Dornelles, uma especialista no assunto, mostra
que, ao contrário do que muita gente pensa, escrever para o leitor infantil é
tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil escrever para a criança. Ela
é muito exigente, muito mais do que se possa imaginar. Gosta de encontrar nos
livros situações de suspense, conflitos, emoções fortes, mas detesta a pieguice
e rejeita os livros em que o autor se dirige ao leitor como se este fosse uma
criança idiota esquecendo-se de sua dignidade”.
A
literatura infantil tem personagens que servem de exemplos, são diversos
heroínas e heróis que estão na luta em defesa dos fracos e oprimidos. A maioria
dos leitores de literatura infantil esta atrás de histórias que os levem a
mundos que eles desconhecem, mas são capazes de imaginar, quando leem a
descrição do autor. A literatura para crianças pode não ser das mais fáceis de
criar mas, com certeza é a mais gratificante.
“No final do século XIX, vários
elementos convergem para formar a imagem do Brasil como um país em processo de
modernização”(ALBINO,2012,p.4) os textos e livros começavam a informar, a ter
mais liberdade conforme os novos ideais de abolição da escravatura , e mudança
de paisagem rural em urbana e principalmente a de valorização da instituição
escolar e consequentemente a dos livros como ferramenta educacional. Como
escreve Albino(2012, p.):
[...] começam a configurar a existência
de um virtual público consumidor de produtos culturais, o saber obtido por meio
da leitura passa a deter grande importância no emergente modelo social que se
impõe, fazendo com que a escola exerça um papel fundamental para a
transformação de uma sociedade rural em urbana. Como elementos auxiliares nesse
processo, os livros infantis e escolares são dois gêneros que saem fortalecidos
das várias campanhas de alfabetização deflagradas e lideradas, nessa época, por
intelectuais, políticos e educadores, abrindo espaço, nas letras brasileiras,
para um tipo de produção didática e literária
dirigida especificamente ao público
infantil.
Dentro
deste contexto emergencial de valorização da cultura brasileira e da valorização
do pensamento pedagógico de educação que passou a ser alfabetizar, surge a
necessidade de produção de um maior quantitativo de livros literários
principalmente para crianças. Realizaram adaptações de textos europeus, criaram
e reescreveram contos e fábulas com uma linguagem brasileira e com cenários e
personagens com perfil nacional.
“O período que corresponde às décadas
de 40 a 60, denominado terceira fase de evolução da literatura infantil no
Brasil, é marcado pela fertilidade literária, representada principalmente pela
profissionalização dos autores”,[...] (ALBINO,2012, p.8)as editoras também
focaram na captação e venda de livros literários voltados para o público
infantil.
Nas décadas de 60 a 80 a literatura
infantil popular, que estava com um caráter negativo e repetitivo não presando
pela qualidade, herança das décadas anteriores, assume uma nova roupagem que
propõe a qualificação dos textos literários
para as crianças, conforme Albino(2012,p.10) escreve:
Entre os aspectos que caracterizam essa
produção estão: uma nova maneira de compor personagens; enredos que incorporam
a temática urbana, propondo uma fusão entre o social e o individual; a
valorização da linguagem oral, fazendo com que o discurso deixe de ser modelar;
e o espessamento do texto infantil enquanto discurso literário, abrindo-lhe a
possibilidade de auto-referenciar-
se ao incluir procedimentos
metalingüísticos e intertextuais como a fragmentação da narrativa, a
participação do leitor e o rompimento da linearidade por meio da utilização do
fluxo da consciência.
Os
novos livros para a crianças possuíam personagens, que são compostos e que são
parecidos com as imagens que eles imaginam, executam ações, transmitem valores
que possibilitam a criança ser modelada dentro de uma consciência patriota e
coletiva. Apresentam uma narrativa em que o leitor possa fazer um relato depois
do que leu.
A
partir do ano de 2000 algumas autoras destacaram-se mais como: “Ana Maria
Machado que começou a escrever para o público infantil quase por acaso, Ruth
Rocha sempre esteve com o olhar voltado para esse gênero literário, fez da
criança e seus desejos a razão da sua escrita.”(PAÇO,2009,p.15). Outros autores
se destacam como Ziraldo com o Menino Maluquinho e os quadrinhos de Mauricio de
Sousa, que buscam trabalhar e construir estórias que o professor , os pais
possam utiliza-los como ferramenta lúdica, capaz de desenvolver a criatividade,
a percepção e o discernimento moral.
2.3 A IMPORTÂNCIA DA
LITERATURA INFANTIL PARA O APRENDIZADO
A
literatura infantil como o próprio nome diz são textos, estórias criadas para o
publico infantil. São estórias que influenciam no processo de ensino
aprendizagem ou que simplesmente há a leitura por lazer, mas ambas devem ser
realizadas por prazer. A leitura para aprender é :
Uma leitura fantástica e poética é antes de
tudo e indissociavelmente fonte de maravilhamento e de reflexão pessoal, fonte
de espírito crítico, porque toda descoberta de beleza nos faz exigentes e,
pois, mais críticos diante do mundo.(HELD,1980,p.207)
Utiliza-se musicalidade em alguns textos,
personagens coloridos, com características peculiares que fazem com que a
criança reflita sobre a problemática apresentada. Cada texto, cada estória é
elaborada para que a imaginação da criança flua, crie asas, “porque quebra
clichês e estereótipos, porque é essa recriação que desbloqueia e fertiliza o
imaginário pessoal do leitor, é que é indispensável para a construção de uma
criança que, amanhã, saiba inventar o homem” (.HELD, 1980,p.207)
Um livro de literatura infantil deve ter uma
linguagem simples, sem termos chulos, palavrões, sem beneficiar valores
negativos e antissociais.
A obra
literária recorta o real, sintetiza-o e interpreta-o através do ponto de vista
do narrador ou do poeta. Sendo assim, manifesta, através do fictício e da
fantasia, um saber sobre o mundo e oferece ao leitor um padrão para
interpretá-lo. Veículo do patrimônio cultural da humanidade, a literatura se
caracteriza, a cada obra, pela proposição de novos conceitos que provocam uma
subversão do já estabelecido.( CADEMARTORI, 1985, p. 23)
Neste século, a Literatura Infantil em alguns lugares e
geralmente é considerada pelo adulto um gênero secundário não como prioridade e
auxiliador no processo de aquisição da leitura e de aculturação de um povo é
nivelada a um brinquedo um objeto de
lazer utilizada para entretenimento). A valorização e a mudança do ponto de vista
de que pode e deve ser utilizada como uma ferramenta formadora de consciência
no universo cultural das sociedades e como recurso para o crescimento emocional
é bem recente. Os primeiros textos para crianças foram escritos por pedagogos e
professoras com o desejo de educar, como escreve Zilberman(1998, p.13):
E até hoje, a
literatura infantil permanece como uma colônia da pedagogia, o que lhe causa
grandes prejuízos: não é aceita como arte por ter uma finalidade pragmática e a
presença deste objetivo didáticofaz com que ela participe de uma atividade
comprometida com a dominação da criança.
As situações dramáticas e de perigo, tão comuns na
Literatura Infantil, proporciona que se trabalhe o aspecto psicológico da
criança, mostrando que existe soluções
de pelo menos amenizar ou de solucionar
as situações apresentadas na literatura possibilitando a formação de cidadãos
capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente, critica
e democrática.
A criança aprende
a ler com livros de literatura, aprende a escrever e torna-se criativa na
construção da representação daquela estória e do que ela representa para o
leitor.
Para escrever para crianças há diversas observações que
devem ser respeitadas. Escrever para elas é complexo, pois deve colocar nos
textos aventura, suspense e tudo que retenha a sua atenção, como escreve De
Menezes & Ramos(2006, p.30):
escrever
para o leitor infantil é tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil
escrever para a criança. Ela é muito exigente, muito mais do que se possa
imaginar. Gosta de encontrar nos livros situações de suspense, conflitos,
emoções fortes, mas detesta a pieguice e rejeita os livros em que o autor se
dirige ao leitor como se este fosse uma criança idiota esquecendo-se de sua
dignidade”.
Quando se vai ler para uma criança que ainda não realiza
a tradução dos símbolos linguísticos deve-se usar várias entonações na voz para
que elas identifiquem as mudanças de personagens, inclusive percebam que há um
narrador e os outros participantes-personagens da estória. Quando estória só
possui imagens deve instigar que ela imagine o que o personagem esta falando,
qual a lógica da estória, em que tempo ela ocorre, faz uso da memória visual e
auditiva, respeito a opinião do próximo.
“A produção literária para os já alfabetizados, com certo
domínio da leitura, é muito ampla e diversificada. Nela podemos citar autores
como Sylvia Orthof, com suas obras A limpeza de Teresa, Uxa, ora
fada, ora bruxa, Maria vai às compras”(RODRIGUES et.Al, 2013,p.8) existe
em maior quantidade poisos educadores podem utilizar tanto a com símbolos
gráficos onde ele mesmo lê, faz suas indagações e propõe diversas formas de interpretar a
estória.
Diferentes habilidades são desenvolvidas e
aperfeiçoadas por meio da literatura, como a linguagem, oralidade, a ampliação
do vocabulário e incentivando a criatividade e a vivência do mundo da fantasia.
A linguagem é a habilidade que a crianças
mais desenvolve por meio dos textos literários, ela consegue fazer uma
interlocução com o adulto, proporciona também um contato com a linguagem
escrita, apresentando diariamente à norma-padrão da língua portuguesa.
No ato de ler, contar, recontar e ouvir
histórias proporcionam a criança diferentes formas de falar, viver, pensar e
agir, além de uma gama de valores, costumes e comportamentos das diversas
culturas existente no Brasil e no mundo. Estas produções literárias muitas
vezes trazem ao leitor hábitos transmitidos de geração para geração, como
mitos, lendas, cordéis e crônicas do
passado e do presente.
2.4. A CONTRIBUIÇÃO DA
LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO.
Para
melhor compreender qual a contribuição que a literatura propicia ao
desenvolvimento cognitivo faz-se necessário compreender o que é o aspecto
cognitivo de um ser humano, no caso de uma criança. O desenvolvimento cognitivo
se da pela aprendizagem que é representada pela mudança de comportamento, ideias
e valores onde cada ser muda suas relações com aquilo que antes era
desconhecido e agora tornar- se um objeto conhecido, as vezes necessários ou
até de prazer como a aprendizagem da leitura e escrita. Como cita Gomes
&Ghedin(2010, p.2):
Piaget
preocupou-se em saber como nasce a inteligência da criança, afirmando que a
inteligência é algo que se modifica, ou seja, gradativamente a criança vai
utilizando sua inteligência, mesmo que seja sensório-motora, para adaptar-se ao
meio e chegar então num momento em que passa da inteligência prática para uma
inteligência propriamente dita quando já consegue elaborar hipóteses e resolver
situações problemas sem a necessária presença de objetos concretos.
Piaget
foi um grande estudioso e pesquisador que proporcionou que os seres
compreendessem melhor como cada ser humano aprende e se desenvolve em todos os
aspectos cognitivo, psicológico, emocional e social. Como escreve Santana (2006,p3)
sobre o ponto de vista de Piaget sobre desenvolvimento de estruturas cognitivas:
Em seu desenvolvimento, a criança
constrói vários e diferenciados
esquemas que tendem a formar
combinações, dando origem às estruturas cognitivas, que traduzem uma
forma particular de equilíbrio na interação do indivíduo com o ambiente.
Na perspectiva piagetiana, a linguagem apenas favorece a interiorização das
ações quando as estruturas já estão elaboradas, possibilitando a assimilação de
informações verbais que estejam consoantes com o nível de elaboração das
mesmas.
A
mudança de referencial gerada pelas atividades, livros e pessoas do convívio da
criança, possibilitam que ela desenvolva uma adaptação do que já sabe e do
desconhecido um saber lidar com a situação, como o ato de aprender a falar se
comunicar e ser capaz de expressar o que sente e o diferente falar que é
reproduzir informações que o meio ambiente em que vive fornce.
O
“conhecimento não é algo acabado e estável, mas está em constante transformação
pelo sujeito por meio da sua ação constrói conhecimentos indispensáveis na sua
adaptação ao meio.” (GOMES &GHEDIN,2010, p.2)neste momento encontra-se o
desenvolvimento cognitivo, que é proporcionado pela literatura que desenvolve
na criança diversos aspectos como a aprendizagem linguística, a formação do
caráter, a inteligência intelectual, o discernimento, a moral e a cultura de um
povo. Quando se lê que a literatura
“tornou-se um dos campos em que estão sendo semeados valores, que sem dúvida,
integrarão a nova mentalidade futura”(COELHO,2000,p.19), refere-se ao
desenvolvimento cognitivo de cada criança que lê e aprende a ler em livros e
textos com personagens coloridos e narrativas diversificadas.
A
literatura infantil é vista como uma mensagem emitida por um adulto e recebida
por uma criança, buscando uma linguagem que ambos possam expressar o que sente
diante das aventuras situacionais apresentadas nos textos e imagens que compõe o livro infantil como aborda
Coelho(2000,p.31):
[...] o
livro infantil é entendido como uma “mensagem” (comunicação) entre um autor
adulto (o que possui experiência do real) e um leitor-criança (o que deve
adquirir tal experiência), o ato de ler(ou de ouvir), pelo qual se completa o
fenômeno literário, se transforma em um ato de aprendizagem.
Percebe-se
que Coelho(2000) vislumbra, nesta escrita, a literatura como um ato de
aprendizagem cultural onde os conhecimentos adquiridos, são os transmitidos de
gerações anteriores. Enquanto a literatura também trabalha outros aspectos do
desenvolvimento infantil com a consciência fonológica, a memória visual e
auditiva e acima de tudo o imaginário, a capacidade criativa de cada individuo
enquanto leitor ou ouvinte.
Coelho(2000)
escreve também que para que exista uma relação efetiva de aprendizagem por meio
da literatura é necessário que o texto ofertado para a criança respeite a idade
cronológica da dela possibilitando uma leitura que conduza ao universo cheio de
aventuras e fantasias que são os textos literários. Por isso escreve Coelho (2000,p.32):
Embora
a evolução biopsíquica das crianças, pré-adolescentes e adolescentes divirja de
uns para outros(dependendo dos muitos fatores que se conjulgam no processo de
desenvolvimento individual), a natureza e a sequencia de cada estágio são
iguais para todos conforme o prova a psicologia experimental. Assim, a inclusão
do leitor em determinada “categoria” depende não apenas de sua faixa etária mas
principalmente da inter-relação entre sua idade cronológica, nível de
amadurecimento biopsíquico-afetivo-intelectual e grau ou nível de conhecimento/domínio
do mecanismo da leitura.
A faixa etária da criança é um fator
primordial para desenvolver o cognitivo de uma criança pois os textos ofertados
devem atrair e só desencadeia curiosidade textos com imagens de preferencia bem
coloridas, personagens alegres e malvados, um enredo que tenha suspense,
ficção, aventura, e ate uma pitadinha de romance, próprios para a idade tipo a
expressão ‘E eles viveram felizes para sempre’.
Cada
idade requer uma atenção especial na escolha do livro e como o leitor vai
lê-lo. Na primeira infância dos 15 meses aos 3 anos, é uma fase que buscam
conhecer como falar, construindo o conceito de nome e objeto. “O importante,
nessa fase, é essencial a atuação do adulto, manipulando e nomeando os
brinquedos ou desenhos; inventando situações bem simples que os relacionem
afetivamente com a criança, etc.”(COELHO,2000, p.33).
Na segunda infância fase em que se inicia a
percepção do próprio ser, apresenta um comportamento egocêntrico com aguçada
utilização dos sentidos, crescente interesse pela comunicação verbal e aquela
fase que fala muito como se tivesse descobrindo que pode falar sendo que tudo
que será apresentado para ela deve ser significativo. “Os livros adequados a
essa fase devem propor vivências radicadas no cotidiano familiar à criança e
apresentar determinadas características estilísticas” (COELHO,2000, p.33).
Na
terceira fase tem-se o leitor iniciante, a partir dos 6 anos onde passa a ser
um aluno que esta aprendendo a ler e escrever, já reconhece, símbolos
linguísticos, e esta no inicio do
processo de socialização, o adulto é o agente estímulos que vai levar o pequeno
leitor a decodificar os sinais gráficos da escrita, “a imagens ainda predominam
sobre o texto” (COELHO,2000, p.35).
Na
quarta fase que mais interessa a esta pesquisa é a do leitor em processo a
partir dos 8 anos de idade, fase em que a criança já domina a leitura,
amplia-se seu interesse pelas coisas a sua volta, desenvolvendo o pensamento
lógico com o auxilio de objetos concretos e possibilitando já realizar
operações mentais simples. O adulo agora
tem outro papel o de motivar, “como aplainador de possíveis dificuldades
e, evidentemente, como provocador de atividades pós-leitura” (COELHO,2000,
p.36).Utilização de imagens misturadas aos textos ainda são importantes e
aguçam o interessa como as estórias em quadrinhos
Na
quinta fase tem –se o leitor fluente a partir dos dez anos onde já domina a
leitura e compreende o mundo do livro, onde este deve propor reflexão,
confronto de ideias e pensamento
hipotético e dedutivo. “ As potencialidades afetivas se mesclam com uma nova
sensação de poder interior; a da inteligência, do pensamento formal, reflexivo.
É a fase da pré-adolescência” (COELHO,2000, p.37)
O
último leitor é o critico que apresenta normalmente a idade de 12 e 13 anos e
mais idade onde já possui uma maturação na capacidade de refletir e emitir uma
opinião utilizando a agilização da escrita para produzir outros textos. Proporcionar aos adolescentes um convívio com
os textos literários para que percebam outras realidades, possui também um
caráter informativo para que eles busquem a melhor parte da vida a da
comunicação, socialização, solidariedade e sustentabilidades nos dias atuais.
2.5. DESPERTANDO O GOSTO
PELA LEITURA POR MEIO DA LITERATURA INFANTIL.
A
leitura é uma atividade que o sujeito começa a desenvolver desde criança,
quando entra em contato com o meio e com as pessoas que convive. A primeira
leitura que um bebezinho faz é a do sorriso de todos que vão visitá-lo, depois
vem a da mamadeira quando a vê já diz : ‘dedera’ ou mamadeira, mais tarde ao
ver certas embalagens de refrigerante, de Nescau ele já o chama pelo nome é a
chamada leitura incidental, então neste momento acende a reflexão por que essas
crianças estão com tanta dificuldade em aprender a ler se já fazem a leitura do
mundo, a única coisa que a escola faz é apresentar a eles símbolos que são
utilizados por todos para se comunicar a distancia, para deixar guardado ideias
dos nossos antepassados.
O processo de leitura se
desenvolve a partir da construção intelectual, ou seja, a criança vai
construindo a sua leitura de símbolos e significados e como vai representá-los
que é de acordo com as hipóteses formuladas a partir de sua leitura, como
escreve CAGLIARI, (1995, p.149): Ler é
uma atividade extremamente complexa e envolve problemas não só semânticos,
culturais, ideológicos, filosóficos, mas até fonéticos”. O ato de desenvolver
a leitura e a escrita no segundo ano do ensino fundamental implica em pensar
como essas crianças vieram para a escola, qual bagagem cultural, vocabular e de
linguagem este aluno possui, muitos que estão entrando no Ensino Fundamental
com o é o caso dos meninos e meninas do 2º ano, que já frequentavam a escola
passando pela educação infantil e de crianças que nunca entraram em uma sala de
aula.
A leitura é um processo de tradução do signo para o significado
das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos
mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem
e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco
mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras
como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida
das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido
através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada
um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas
experiências de vida anteriores e do rol
vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu
nascimento até a idade atual.
A aquisição da
capacidade de ler exige da criança uma maturação da capacidade de se comunicar,
de expressar com palavras o que sente, de conhecer o nome dos objetos e
solicita-los pelo nome depende intimamente do vocabular vivencial daquela
criança. Como escreve Cagliari (2007,p.158):
A leitura oral, falada ou ouvida,
processa-se foneticamente de maneira
semelhante à percepção auditiva da fala. A leitura visual, falada ou
silenciosa, além de pôr em funcionamento o mesmo mecanismo de percepção
auditiva da fala para a decodificação de texto, precisa por em ação os
mecanismos de decifração da escrita
No momento de
decifrar a escrita a criança deve estar preparada para que sua memória acuse o
som de cada sílaba que ele visualizar. No caso das imagens ele deve primeiro
reconhecer, dentro de sua linguagem vocabular cultural o que é o objeto, o nome
e depois falar e assim traduzir os fonemas em letras.
Para desenvolver o
gosto por ler o professor deve levar em conta o ritmo de aprendizagem de cada aluno,
uns aprendem mais devagar outros aprendem mais rápido, mas por ser uma série
dedicada a aprendizagem tanto da leitura e da escrita as atividades realizadas
pelo professor devem tornar possível essa aprendizagem. Antunes (2003,
p.70),escreve sobre a leitura e suas atividades:
A atividade da leitura favorece, num
primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Na
verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas ideias, novos conceitos, novos
dados, novas e diferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos
acontecimentos, do mundo em geral.
Quando se apresenta
um livro a uma criança com imagens coloridas, elas ficam surpresas com as
imagens com esta novidade, perguntam, querem desenhar igual e percebe-se que há
uma sequência dos fatos da estória, isto possibilita ao aluno uma reflexão do
comportamento dos personagens, o que eles fariam se fosse com eles, como
resolveriam a situação, trabalha com o emocional pois as crianças se colocam no
lugar dos personagens e as vezes até estão passando pela mesma situação do
personagem da estória.
É no saber o significado da palavra é que se consuma o ato de
ler, é na interpretação do mundo e na capacidade de comunicação que a leitura
se contempla, como escreve Silva4 (2010, p.01):
Num sentido amplo, o ato de ler corresponde
ao processo de apreensão da realidade, que cerca o indivíduo, através da
interpretação das variadas linguagens, tais como uma charge ou os sinais
empregados na comunicação com surdo-mudo. Portanto, o ato de ler não diz
respeito à apreensão da realidade somente através da leitura de um texto.
Ler significa consumar o ato de se comunicar, de informar ao
outro algo, de expressar sentimentos, como a linguagem de libras, as placas de
trânsito que em sua maioria não tem palavras, mas sim imagens, que são
significativas para aquele individuo.
Existe a leitura de imagens e a leitura de letras, a leitura das
imagens tem apresentado uma valorização em maior no que diz ao interesse de uma
criança, pois assistir um vídeo é uma forma mais atraente, pois são cheios de
cores, sons que despertam no individuo mais interesse de para e prestar atenção
e ainda aprender com este tipo de leitura. Já a leitura de letras em livros e
textos permite que o leitor imagine o que os livros estão descrevendo onde tudo
é criando pela sua mente. “O ideal seria poder manter a experiência da leitura
dos textos escritos e a experiência da leitura das imagens dos filmes e da
televisão.”(CAGLIARI, 2007,p.149)
Como a criança vai ler e sua afinidade com o lápis e o papel no
processo de registrar depende do meio social em que vive, e de como as pessoas
que ela convive apresentam interesse por ler e escrever. Cada criança tem seu
tempo para conseguir aprender, identificar e decodificar os símbolos e letras,
elas vão formando conceitos, sobre o que é cada nome que ela decodifica e
associa aos objetos conhecidos do seu vocabulário vivencial. Como esta escrito
no
REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL, (1998, p. 128).
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças
em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma
faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou
seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas
sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar
A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de
estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha
curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo,
procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e
seguir o exemplo.
Sabe-se que a leitura é uma forma de lazer mental. “Ocorre com
formas passivas de lazer, a leitura exige um grau maior de consciência e
atenção, uma participação efetiva do recebedor leitor”(CUNHA, 2003,p.47), A
escola deve assumir o papel de incentivadora da criatividade, criticidade,
consciente e produtivo por meio da
literatura. Sobretudo para professores o livro tem uma relevância enorme pois
ele faz parte do instrumentário do profissional que vai ensinar a ler e fazer
com que seu aluno evolua no processo de produção textual.
Outro fator importante para que o aluno aprecie a leitura da
literatura é que nunca seu professor deve tratar o momento como uma obrigação
ou chateação fazendo caretas, alterando a voz e não utilizando os textos lidos
com alguma dinâmica ou jogo, essa é uma forma de dar valor ao que foi lido.
Permitir que os alunos escolhessem o que vão ler é outra forma
de fazer com que o pequeno leitor deseje ler. Quando o livro escolhido torna-se
detestável deve oportunizar a criança que ela escolha outro, ressalta-se que
esta é a última opção depois das que eles devem sempre concluir o que começaram,
faze-lo perceber que deve haver algo de bom na estória que esta lendo.
Questiona-los sobre como ele acha que vai ser o final, fazer um jogo que para
joga-lo ele precisar ler o livro todo. Trabalhar com atividades lúdicas. Como
escreve Cunha(2003, p.77):
Isto, do ponto de vista da literatura
infantil, quer dizer que as mensagens por ela veiculadas devem ser instigantes
a ponto de desafiar o leitor, propor –lhe problemas cujas soluções dependeriam
de sua habilidade em jogar, de sua capacidade criativa para dar respostas a
situações novas, de suas idiossincrasias.
O prazer de ler e envolver-se neste processo de imaginação,
solução, e realidade é proporcional ao desafio que o jogo lhe proponha. Os
livros infantis auxiliam as crianças na compreensão de valores éticos, sociais
e morais, pode-se observar que nos contos há uma separação de bem e mal, feia e
bonita, fada e bruxa, tudo isso auxilia os alunos na construção do seu
referencial de valores do que é certo ou errado.
3.0 METODOLOGIA
3.1
Sobre a Pesquisa
O presente trabalho
desenvolveu-se por meio da pesquisa descritiva que se “observam, registram,
analisam classificam e interpretam os fatos, sem que o pesquisador lhes faça
qualquer interferência. Assim o pesquisador estuda os fenômenos do mundo físico
e humano, mas não os manipula” Prestes (2007, p.26). Por outro lado existiu o
caráter de pesquisa de campo no momento da aplicação dos questionários e a observação no momento de coleta de dados.
Coletou-se
informações sobre o assunto.
Os questionários aplicados aos objetos da pesquisa que são os docentes, foram
adequados a proposta do que é um questionário como escreve Gil(2006), define
questionário como “um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo
pesquisado”(p.114). A acadêmica optou por utilizar o questionário por ser um
instrumento de coleta de dados mais rápido, que garante o anonimato e por ser menos oneroso.
3.2 Análise e Coleta De Dados
No primeiro momento,
o estudo se desenvolveu a partir de técnica de observação, onde recorrer a
conhecimentos e experiências de amigos e isto auxiliaram no processo de
compreensão e interpretação do que se está estudando.
Assim
as vantagens oferecidas pela pesquisa qualitativa oferecem no âmbito da
educação permite conhecer a realidade numa dimensão que o fator humano se
apresenta na escola. A coleta de dados foi significativa para o desenvolvimento
deste trabalho, quando através desta obtivemos respostas para nossas dúvidas e
questionamentos acerca da importância dos livros literários presentes na
escola, dentro da sala de aula.
A
escola em questão é uma instituição Pública, localizada em Brasília-DF
constituída por uma direção, dois coordenadores e 10 professores com 220 alunos
nos dois turnos. A amostragem pesquisada consiste de 8 professores e 18 alunos ;que
compõe a turma de 2º ano da referente escola.
No
questionário aplicado com o professor foram feitas perguntas que possibilitasse
uma análise da contribuição da literatura na aprendizagem e como ela é
articulada dentro deste contexto didático pedagógico.
A
primeira pergunta foi questionado se o professor concorda que a literatura
infantil contribui para o desenvolvimento cognitivo da criança? Conforme
GRÁFICO A (abaixo)
FONTE: ISLÂNDIA EM ESCOLA CLASSE NO PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
Das professoras consultadas 25%(2) responderam
que Quase sempre a literatura contribui para o desenvolvimento cognitivo de uma
criança, mas em sua maioria 75%(6) dizem que Sempre acreditam que é possível desenvolver uma aprendizagem
cognitiva de uma criança. Cada criança tem seu tempo para conseguir aprender, identificar
e decodificar os símbolos e letras, elas vão formando conceitos, sobre o que é
cada nome que ela decodifica e associa aos objetos conhecidos do seu
vocabulário vivencial. Como esta escrito no REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL(1998, p. 128):
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças
em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma
faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou
seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas
sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar
A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de
estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha
curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo,
procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e
seguir o exemplo. A criança só ira desenvolver-se emocionalmente,
intelectualmente se houver prazer e familiarização dos objetos que oportunizam
essa internalização de conhecimentos e no caso o objeto são os livros e textos
literários.
Na segunda pergunta se o
professor concorda que a literatura infantil contribui para o processo de
aprendizagem, 25% (2) responderam Quase sempre, e 75% (6) responderam que Sempre,
e compreende a importância da literatura no ato de ensinar. “A escola que não lê muito para seus alunos e não
lhes dá chance de ler muito está fadada ao insucesso, e não sabe aproveitar o
melhor que tem para oferecer a seus alunos.”¹(CAGLIARI,2007, p.150) a leitura é
uma ferramenta muito forte para que qualquer aluno se desenvolva o aluno que é
capaz de traduzir as palavras, frases e textos interpretando-os e dando vida a
essas palavras, vivenciando a cultura de um povo.Toda escola deve dar ênfase a
leitura de livros aos alunos para que estes se encantam e descubram o que mais
lhe interessa e assim começar a formar seu senso critico tendo capacidade de
opinar e defender sua opinião.
Na
terceira pergunta se realmente acreditam ser possível desenvolver o gosto pela
leitura por meio da literatura infantil, 25%(2) responderam que Quase sempre a
literatura é uma grande aliada e 75%(6) responderam que Sempre a literatura
desenvolve o gosto pela leitura. A leitura é um processo de tradução do signo para o significado
das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos
mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem
e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco
mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras
como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida
das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido
através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada
um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas
experiências de vida anteriores e do rol
vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu
nascimento até a idade atual.
Na
coleta de dados realizada com os 18 alunos foi realizada para compreender qual
o efeito e que tipo de estórias e estilos literários eles mais apreciam e
buscam com prazer, assim como possibilitar novas formas de trabalhar os textos
que não os atraem.
Quando
questionados sobre o fato de ao ler uma história ele consegue se imaginar nela, já que a literatura retrata um pouco do real e um pouco do imaginário
dos que escrevem e dos que leem como escreve Coutinho (1978, p. 9, IN: SILVA,
2009, p.140) sobre concepção de literatura e sua criação:
A Literatura, como toda arte, é uma
transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e
retransmitida através da língua para as fôrmas que são os gêneros e com os
quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida,
autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio.
Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e
adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra
natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela
história ou pelo social.
FONTE: ISLÂNDIA EM ESCOLA CLASSE NO PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
“A
literatura infantil leva a criança à descoberta do mundo, onde sonhos e
realidade se incorporam, onde a realidade e a fantasia estão intimamente
ligadas, fazendo a criança viajar, descobrir e atuar num mundo mágico; podendo
modificar a realidade seja ela boa ou ruim”.(PAÇO, 2009,p.12). Dos
alunos pesquisados 44,5%(8) As vezes conseguem ler e concentrar-se a ponto de
sentir-se integrado ao texto; somente 5,5% (1) Quase sempre conseguem, a melhor
parte é que a escola esta fazendo um bom trabalho com os textos literários pois
50%( 9) Sempre conseguem adentrar no mundo da fantasia e como escreve Coutinho(1978) conseguem vivenciar uma ficção
e analisar qual a moral desta estória e utiliza-la na vida real.
Nas perguntas 2- Que tipo de história você mais gosta de
ler? E na pergunta 3 Você gosta de ler gibi? GRÁFICO 03(abaixo)
FONTE: ISLÂNDIA EM ESCOLA CLASSE NO
PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
Dos
alunos entrevistados 50%(9) gostam de Histórias em quadrinhos e os outros 50% (
9 ) preferem outros estilos literários. Em relação a gostar de gibi 94,44%(17)
dizem que Sim e 5,56%(1) Não apreciam optando por outros estilos.
É importante que o aluno saiba que os diversos
estilos literários são bons e agradáveis e que eles mesmo podem converter o que
ele não gosta de ler no que ele gosta de ler como contar uma fábula em
quadrinhos, o melhor é conhecer o que lhe atrai para ler com escreve Paço
(2009,p.10):
O
trabalho com literatura infantil tem como possibilidade de resultado a formação
de leitores/escritores competente. Tem como objetivo formar alguém que
compreenda aquilo que lê; que consiga transmitir aos outros os elementos de uma
história através das ilustrações; que possa transformar um texto numa narrativa
prazerosa a quem ouve; que possa aprender a ler o que não está escrito; que
saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que possa imaginar e
criar.
Na
quarta questão questiona-se o ponto de vista do aluno em relação a leitura da
professora nas aulas e se ele vê a
professora como uma pessoa que gosta de ler histórias na hora da aula. E vezes
elas ela costumam ler para eles durante a semana.
FONTE: ISLÂNDIA EM ESCOLA CLASSE NO
PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
Dos alunos questionados 5.55%(1 ) dizem que a professora Nunca ler ou 5,55%(1 )As vezes lê , e 5,55% (
1) dizem que ela Quase sempre lê mas a maioria 83,33 (15 )afirma que a educadora Sempre lê, o que
comprova o gostar e a valorização da literatura infantil. Em relação a
quantidade de vezes que lê durante a semana. Se o professor é leitor ele ensina
seus alunos a terem amor pelo ato de ler como escreva Silva(1988, p. 13):
o que o professor lê? Que acesso tem o
professor aos livros de sua área de conhecimento? Quantas visitas faz o
professor às bibliotecas, às livrarias? Quantos livros o professor tem
condições de adquirir, visando o incremento do ensino e o seu crescimento como
pessoa? Que tempo sobra afinal, para a busca e a leitura de textos? E a
biblioteca escolar-existe e está funcionando realmente?
Dos questionados 11,11% (2 ) dizem que a professora lê quase todos os
dias, enquanto 88,88%(16) dos alunos afirmam que a professora lê na sala todos
os dias da semana. Além de criar o habito da leitura, ler diariamente é um
fator diferencial a leitura diária para os alunos como Silva(1998, p. 30). diz que,
ensinar
a ler criticamente significa, antes de mais nada, dinamizar situações em que o
aluno perceba, com objetividade, os dois lados de uma mesma moeda ou, se
quiser, os múltiplos lugares ideológico-discursivos que orientam as vozes dos
escritores nos seus textos.
Os
textos e livros literários a serem lidos devem ser analisados para que possam
desenvolver nos alunos a capacidade de discernir entre o bom e o ruim e do que
é certo e errado. É necessário ter exemplos também em casa, com escreve
Paço(2009,p.17):
Com a criança não é diferente, alguma delas
ouvem histórias desde o ventre materno, quando suas mães falam para elas ou com
elas, fazer histórias, ouvir histórias ou escrevê-las humaniza a criança e nos
humaniza também. Vai nos tornando cidadãos modificadores ou autores da cultura
e mergulhados nesta cultura, surgem transformações cada dia mais rápido numa
velocidade imensurável.
Os
alunos foram questionados se costumam ler e ouvir historias em casa, para
verificar se o processo de incentivo da leitura esta indo além dos muros da
escola. Das respostas 11,11%(2) responderam As vezes, e 27,77%( 5 ) disseram Quase
sempre e sua grande maioria 61,11%( 11) responderam que Sempre.
Por
meio da pesquisa realizada pode-se verificar que os professores compreendem a
importância da literatura dentro do ambiente escolar e fora dele. Utilizam
diversas estratégias para que seja desenvolvido aspectos intelectuais,
cognitivos, de aprendizagem e incentivo da leitura para compreensão e
propagação das culturas existentes no mundo. A maioria das crianças conseguem
ler e viajar dentro do livro infantil a ponto de sentir-se um personagem e
visualizar todo o enredo do livro e mais reconhecem os estilos literários que
apreciam e gostam, e aprendendo com
prazer sobre seu povo e sobre si, com conhecimentos éticos, morais e
democráticos da vida cotidiana e da historia do povo brasileiro.
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pesquisar sobre a literatura
foi muito importante por permitir perceber a importância da literatura no
processo de leitura e escrita dos alunos, onde quem não lê pouco escreve, ou
não sabe fazer textos claros, objetivos e mais importante com amor e criatividade.
Por meio da pesquisa na escola pode-se
perceber que tanto professores quanto alunos reconhecem que a leitura de textos
literários é importante. Que possibilita ao aluno ter uma aprendizagem com o
desenvolvimento cognitivo, intelectual, emocional e psicológico.
As professoras conseguem incentivar seus
alunos a ler, a buscar os diversos gêneros literários existentes, elaboram
atividades para que possa haver um feeldback do conteúdo ensinado e conseguem
perceber o desenvolvimento da oralidade e da socialização por meio da
literatura, onde há heróis e malfeitores a serem combatidos e o maior deles é a
ignorância do consumismo, que pode ser lido, apesar de não mencionado no
trabalho em questão. Pode-se perceber que os livros literários atualmente são
lidos por influencia da mídia de comunicação.
Ficou evidente que professores e pais que
leem conseguem incentivar a criança a leitura, onde o habito e o exemplo é
visto no cotidiano influencia positivamente os pequenos leitores. Afirmo que há
uma necessidade de adaptação dos livros a nova realidade, pois muitos livros
que os órgão competentes enviam e compram para as escolas não atraem e nem se
adequam as séries indicadas e a grade curricular de ensino. Deixo ainda uma
nova questão para a próxima pesquisa: Que livros literários são interessantes
para todas as idades e por quê?
5.0 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1.
ALBINO, Lia C.
P. A literatura infantil no Brasil:
origem, tendências e ensino. 2012. DISPONIVEL EM: Iesp rn.com.br/ftpiesp/Disciplinas%20PROISEP/M%F3dulo%205/LITERATURA%20INFANTO-JUVENIL/Texto%202%20-%20literatura_infantil
2.
Antunes, Irandé. Aula De Português
Encontro & Interação.São Paulo:Parábola Editorial, 2003 (Série Aula).
3.
ARIES,
Philippe. História Social da Criança e da Família. Flasksman de Dora (Trad.). Segunda edição. Copyright –by
:LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, RJ.1981.
Disponivem em: http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdf
acessado em 23/5/2014 as 23:00
4.
BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial
curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
5.
BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial
curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
6.
CADEMARTORI Lígia. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 23.
7.
CAGLIARI, L. C. Alfabetização & Lingüística.
14ª Reimp. Ed. São Paulo: Scipione, 2007.
8.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria e prática.18
ed.São Paulo: Ática,1999
9.
DE MELO
SANTANA, Suely; ROAZZI, Antonio; MARIA DAS GRAÇAS, B. B. Paradigmas do
desenvolvimento cognitivo: uma breve retrospectiva. Estudos de psicologia, v. 11,
n. 1, p. 71-78, 2006.
10. DE
MENEZES, Mindé Badauy e RAMOS, Wilsa Maria.(Org.) versão original do
Proformação. – Brasília: MEC. Secretariade Educação Básica. Secretaria de
Educação a Distância, Livro de estudo: Módulo IV 2006.116p. (Coleção
PROINFANTIL;Unidade 5)
11. GOMES, Ruth Cristina Soares; GHEDIN, Evandro. O
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA VISÃO DE JEAN PIAGET E SUAS IMPLICAÇÕES A EDUCAÇÃO
CIENTÍFICA.2010. Disponivel em http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1092-2.pdf acessado em:3/6/2014.
12. HELD,
Jacqueline. O imaginário no poder.
As crianças e a literatura fantástica. São Paulo: Summus, 1980.
13. MOTTA,
Xênia Fróes da. DA SILVA, Renato. Um
olhar possível sobre a infância. Revista Eletrônica do Instituto de
Humanidades ISSN-1678-3182 Número XXXV 2011 -ww.unigranrio.br
14. OLIVEIRA,
Zilma de Moraes Ramos (Org.). Educação
infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
15. PIAGET, Jean. Desenvolvimento e aprendizagem. Studying teaching, 1971.
16. RICARDI,
Geise Cristina Lubas. O contexto
pedagógico de CEINFS de campo grande/ms: um olhar sobre a atuação das
profissionais de educação infantil [Dissertação-Mestrado]UCDB:2008.DISPONÍVEL
EM: http://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/8068-o-contexto-pedagogico-de-ceinfs-de-campo-grande-ms-um-olhar-sobre-a-atuacao-das-profissionais-de-educacao-infantil.pdf
ACESSADO EM 12/05/2014 AS 00:03
17. ROCHA,
Rita de Cássia Luiz da. História da
infância: reflexões acerca de algumas concepções correntes UNICENTRO,
Guarapuava-Paraná v. 3 no 2 p. 51-63 jul/dez. 2002
18. SCHARF,
Rosetenair Feijá. A ESCOLA E A LEITURA:
Prática Pedagógica da Leitura e Produção Textual [dissertação- mestrado]
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Tubarão – SC, 31/08/2000
19. SILVA,
Ezequiel Theodoro
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Literatura
Infantil: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo
de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental.
Monografia
aprovada como requisito parcial para a conclusão do curso de pedagogia da faculdade
projeção de XXXXXXX-XX, pela seguinte banca examinadora:
Presidente da
Banca: Professor M. SC. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Professor
Convidado: Professor M. SC.
Sobradinho-DF,
___ de _______2014.
Dedico este trabalho a minha
mãe Dalva, meu esposo Fernando, ma petit
enfant Sophia.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus por te me proporcionado sabedoria e
paciência, minha mãe Dalva a meu esposo Fernando , que me motivou a não
desistir, minha filha Sophia,. As
minhas queridas amigas Valéria Lucia, Marcia. Agradeço,
em especial, o Professor Me. Antonio
Cezar Brito, por ter tido
paciência e, sobretudo sabedoria e poder ter acrescentado nessa etapa mais
importante da minha vida.
"É necessário ter uma sociedade leitora, para que a criança seja
leitora". (Campos de Queirós)
RESUMO
O tema do trabalho de pesquisa em questão é:
A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de
crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo :
Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo
cognitivo da criança. Especificando: O histórico da infância. A compreensão de
como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura
infantil. E propõe –se também :Analisar
como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de
aprendizagem. E por fim de Analisar se é possível desenvolver o gosto pela
leitura, por meio da literatura infantil. Adquirir o prazer em ler,
desenvolvendo assim diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo
que for aprender na escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura
infantil é de muito cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, é uma ferramenta facilitadora para a aprendizagem;
desenvolve a coordenação motora e o cognitivo; facilita a aquisição de
habilidades e, além de tudo, ajuda no processo de ensino e aprendizagem.
Palavras-
chaves: Literatura.
Leitura. Desenvolvimento Cognitivo.
ABSTRACT
The
theme of the research in question is: The importance of children's literature
for the cognitive development of children from 2nd year of teaching elementary
school. Aims to: Understand how children's literature can help in the cognitive
process of the child. Specifying: The history of childhood. The understanding
of how the cognitive development of children through children's literature. And
it is also proposed: Analyze how children's literature contributes to the
development of the learning process. And finally to analyze whether it is
possible to develop a love of reading through children's literature. Acquire
pleasure in reading, developing various skills that facilitate learning in all
that is learning in school. The moment you will work with children's literature
is very careful in the choice of the material offered to these children, is an
enabling tool for learning; develops motor coordination and cognitive;
facilitates the acquisition of skills and, above all, help in the teaching and
learning process.
Keywords: Literature. Reading. Cognitive Development.
SUMÁRIO
1. Introdução............................................................................................... 09
1.1. A importância da literatura
para o desenvolvimento cognitivo de crianças
no segundo ano do Ensino
Fundamental.................................................... 09
1.2. Questão
problema................................................................................. 10
1.3.
Justificativa........................................................................................... 10
1.4. Objetivos............................................................................................... 11
1.4.1. Objetivo
geral..................................................................................... 11
1.4.2. Objetivo específicos........................................................................... 11
2. Referencial Teórico................................................................................ 12
2.1
O Histórico da infância...................................................................12
2.2
O Surgimento da literatura infantil................................................19
2.3
A importância da literatura infantil para o aprendizado................24
2.4.
A contribuição da literatura infantil para o desenvolvimento
Cognitivo............................................................................................27
2.5
Despertando o gosto pela leitura por meio da literatura infantil..31
3. Metodologia............................................................................................. 35
3.1. Sobre a pesquisa.....................................................................................
35
3.2 Análise de dados....................................................................................
35
4. Considerações Finais............................................................................... 42
5. Referências Bibliográficas...................................................................... 43
1
INTRODUÇÃO
1.1 A importância da literatura infantil
para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino
fundamental.
A literatura infantil “é uma comunicação histórica(localizada no
empo e no espaço) entre um locutor ou um escritor-adulto(emissor)e um
destinatário criança”(COELHO, 2000,p.30) ela ensina aos alunos a viajar em
aventuras e lugares desconhecidos por elas, agrega uma aprendizagem cognitiva,
desenvolve a criatividade, imaginação, comportamento ético e a sociabilidade.
O tema do trabalho de pesquisa em questão é: A
importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças
do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo : Compreender de
que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da
criança. Especificando:O histórico da infância. A compresnsão de como se da o
desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil. E propõe –se também :Analisar como a
literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de
aprendizagem. E por fim:Analisar se é possível desenvolver o gosto pela
leitura, por meio da literatura infantil.
Adquirir o prazer em ler, desenvolvendo assim
diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo que for aprender na
escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura infantil é de muito
cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, a metodologia
empregada e deve-se preocupar em como
avaliar se realmente a leitura esta sendo desenvolvida, como escreve Cagliari
(2007,p.169): “Além de ter um valor técnico para a alfabetização, a leitura é
ainda uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização,
que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e
de estudar”.
Mas a
aprendizagem tem seus dois lados a de dentro para fora e a aprendizagem que é
proporcionado pelo meio externo, dessa maneira, a ênfase dada ao processo de
aprendizagem e à construção do pensamento através das relações que o aluno
mantém com as outras pessoas é que remete a uma aprendizagem significativa da
leitura para o próprio aluno. A aprendizagem de dentro para fora é quando o
aluno tem s sede do conhecimento que observa tudo e conversa com todos sobre
suas dúvidas e assim vão construindo um vocabulário, adquirindo um rol de
informações que serão utilizadas conforme forem lendo textos para ela e a
aprendizagem de fora onde é construída formalmente dentro da escola por meio de
um trabalho árduo do professor diariamente. Antunes (2003, p.70),escreve sobre
a leitura e suas atividades:
A atividade da
leitura favorece, num primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação
do leitor. Na verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas idéias, novos
conceitos, novos dados, novas e deferentes informações acerca das coisas, das
pessoas, dos acontecimentos, do mundo em geral.
É
importante que a escola considere que como seres sociais seus alunos só
aprendem em comunhão por meio da troca de dados, e devem deixar assim de
desejar alunos com uma aprendizagem igualitária e parar de propor sempre
processos de aquisição do conhecimento individualistas, afinal o estimulo para
a leitura da literatura ocorre através
da motivação de compreender como os outros pensam, e por meio das informações
do que é lido colocar o imaginário para funcionar, este aluno vai aprender
naturalmente primeiramente aprende a falar a linguagem do grupo em que vive
depois pro intermédio da troca de experiências percebe-se que o sucesso da
criança na aprendizagem da leitura e da escrita depende do seu amadurecimento
fisiológico, emocional, neurológico, intelectual e social que só é adquirido
por causa do momento de leituras coletivas em grupos menores.
São os professores que devem se preocupar em
como ocorre o processo de construção da leitura e determinar o que a literatura
vai proporcionar a seus alunos. Desenvolver com eles atividades que desenvolvam
seu repertório assim terá um desenvolvimento na capacidade
de comunicação, está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e
para a vida, para desenvolver a criatividade, criticidade e imaginação.
1.2
Questão
Problema
De
que forma a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da
criança do 2° ano do ensino fundamental?
1.3
Justificativa
Escolha deste tema se surgiu diante da
necessidade da acadêmica formanda em pedagogia de estudar e pesquisar se o uso
de textos literários e livros traduzidos da literatura realmente contribuem
para o desenvolvimento de alunos do segundo ano do Ensino Fundamental. Diante
desta necessidade de compreender me propôs a verificar como era esta
contribuição e como ela se realiza atualmente nas salas de aula, pois
acredita-se que todos os pontos de vista devem ser ouvidos ate chegar a um
senso comum entre todas as partes que compõe este trabalho de educar utilizando
a literatura como ferramenta.
1.4
Objetivos
1.4.1
Objetivo Geral:
Compreender
de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da
criança.
1.4.2
Objetivos específicos:
Conhecer o histórico da
infância.
Compreender como se da o
desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.
Analisar como a literatura
infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem.
Analisar se é possível desenvolver o
gosto pela leitura, por meio da literatura infantil.
2.0
REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 O HISTÓRICO DA INFÂNCIA
O conceito de infância pode ser dito como uma
questão de tamanho, idade, comportamento, aqueles que são pequenos, que ainda
vão crescer, que tem uma comunicação primitiva a ser construída. De acordo com Oliveira (2002 p. 44) infância
significa:
O termo infância (in-fans) tem o sentido de não
fala . Pode-se, com base nisso, perguntar: a que período da vida humana ele se
referia? Caso seja aos primeiros meses de vida, quando a criança ainda não
adquiriu a língua de seu grupo cultural, é preciso lembrar que, desde o
nascimento, já começam a ser construídos sistemas de comunicação entre o bebê e
seu entorno social por meio de choros, sorrisos, gestos, etc. Vale dizer que a
tentativa de comunicar-se, ou seja, de falar, é muito precoce. Infância
refere-se, então, aos primeiros anos de vida.
A história da infância segundo Philippe Aries(1981) “e
através de pesquisas no campo da história, filosofia, psicologia, sociologia,
biologia, antropologia, arqueologia, entre outros” (ROCHA,2002, p.54) surgiu a
discussão de como uma criança era vista e tratada na infância, foi tornou
possível a mistura de diferentes olhares de vários autores, que contribuíram
para compreender o que é infância e como trabalhar e educar uma criança.
Philippe
Aries foi um pai dos estudos por a ter interesse em pesquisar sobre a história
da infância, a partir de estudos realizados por ele. “Por meio de varias
fontes, como a iconografia religiosa e leiga, cartas, diários de família,
dossiês familiares, registros de batismos e inscrições em túmulos”(ROCHA,2002,p.53)
Por meio de estudos realizados por Aries(1981),
até por volta do século XII a arte medieval desconhecia a infância e não
tentava representá-la. Não havia lugar neste mundo para a infância, talvez por
se tratar de um período de transição, que era rapidamente ultrapassado, cujas
lembranças também não duravam a serem perdidas, caso superasse a fase da grande
mortalidade. Segundo o autor os familiares não tinham ressentimento quando uma
criança vinha a óbito, pois ainda não havia o sentimento de amor materno, sendo
que as famílias eram apenas social e não exerciam seu lado sentimental. Como
relata Motta&Da Silva(2011,p.38) sobre A infância do ponto de vista de
Ariés:
Durante o
século XVII houve uma mudança do pensamento, um novo hábito surgia entre a
burguesia, em que o termo infância se aproxima ao sentido moderno. “A ideia de
infância estava ligada a ideia de dependência” (ARIÈS, 1981, p. 42). Isso
significava que a criança deixava de sê-la quando esta dispensava cuidados de
sobrevida.
A história da criança, contada por Aries(1981 IN:SILVA,2011),
destaca que as crianças foram tratadas como miniatura de adultos: na sua
maneira de vestir-se, na participação em festas e danças. Os adultos tratavam
as crianças sem discriminações do que ela podia ou não ouvir ou saber, o
vocabulário adulto era utilizado, não havendo distinção. Realizavam
brincadeiras grosseiras sem preocupar-se com a fragilidade do corpo infantil
ainda em desenvolvimento. Todos os tipos de assuntos eram discutidos na sua
frente do pequeno adulto até mesmo os de cunho sexual, os mini-adultos também
tinham a participação em jogos sexuais. Isto acontecia porque os adultos não
conseguiam visualizar a criança como um ser de existência inocente, frágil e
com pureza, não conseguiam perceber as crianças como seres em desenvolvimento
psicológico e moral
Desde muito cedo a criança já fazia parte do
mundo adulto. Após supridas as necessidades físicas como: andar, ter nascido os
dentes, comunicar-se a criança era inserida na sociedade de adultos juntamente
com os adolescente. Apenas o seu tamanho os distinguia dos adultos. As obras de
artes que os retratavam não expressavam nenhuma diferença facial e corporal mostrava
a criança semelhante ao adulto. A história da infância nos
mostra a possibilidade para refletir sobre a maneira em que entendemos e
lidamos com a criança atualmente. De
acordo com Rocha (2002; p. 52)a infância deve ser:
Nessa expectativa, a fase da infância seria
marcada pela ausência da fala e de um conjunto de ações esperadas, considerados
como manifestações irracionais. Deste modo a infância se contrapõe à vida
adulta. Os comportamentos racionais eram considerados apenas dos seres adultos.
Apenas o adulto era quem pensava, raciocinava, agia e tinha capacidade para
alterar o mundo não sendo possível tal capacidade destinada às crianças, além
do que a transição da vida infantil para a vida adulta era tida com uma fase de
superação.
A pesquisa de Aries(1981) aponta que a idade da
vida humana[AC1] , foi representada
por várias formas cronológicas que eram baseadas por muitas mudanças sociais,
econômicas e politicas durante cada período. Utilizados várias representações
temporais que levavam em conta: elementos da natureza, estudos dos astros,
crenças populares, fenômenos naturais e sobrenaturais. Como
cita Leontiev (1978,p.272. In : MELLO(2007,p.87-88))sobre como a criança
aprende:
As
aquisições do desenvolvimento histórico das aptidões humanas não são
simplesmente dadas aos homens nos fenômenos objetivos da cultura material e
espiritual que os encarnam, mas estão aí apenas postas. Destes resultados, para
fazer deles as suas aptidões “os órgãos da sua individualidade”, a criança, o
ser humano, deve entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante
através doutros homens, isto é, num processo de comunicação com eles. Assim a
criança aprende a atividade adequada. Pela sua função, este processo é,
portanto, um processo de educação.
Por volta do
século XIII exibiu-se um sentimento maior em relação à criança, mas ainda assim
não eram representadas por uma característica ou expressão particular.
No período de grandes transformações
históricas, especificamente, do século XII ao XVII, a infância tomou diferentes
conotações dentro do imaginário do homem em todos os aspectos sociais,
culturais, políticos e econômicos, de acordo com cada período histórico. A
criança nesta época era vista como substituível, caso morresse teriam outros
filhos, como se aquele não fizesse falta por não ser forte o suficiente para
sobreviver era tratado como: ser produtivo, mão de obra barata, que tinha uma
função utilitária para a sociedade, pois a partir dos sete anos de idade era
inserida na vida adulta e tornava-se útil na economia familiar, realizando
tarefas, imitando seus pais e suas mães, acompanhando-os em seus ofícios,
cumprindo, assim, seu papel de provedor da família como todos os outros membros
da família.
Naquela época, as criança eram educadas por
pessoas que não faziam parte da família como: as parteiras, babás, amas de
leite, entre outros. Tudo era natural até que os pequenos fossem cuidados por
outras famílias que os iriam educar, quando faziam sete anos retornavam a sua
família de origem para ser inserida na vida familiar e no trabalho. Como relata
Rocha(2002, p.55):
Dessa forma, as
crianças eram submetidas e preparadas para suas funções dentro da organização
social. O desenvolvimento das suas capacidades se dá a partir das relações que
mantêm com os mais velhos. Portanto, percebe-se uma distância da idade adulta e
da infância em perspectiva cronológica e de desenvolvimento biológico, pois a
infância é retratada pelas afinidades que o adulto estabelece com a criança, ou
seja, tudo era permitido, realizado e discutido na sua presença.
Diante desta nova perspectiva evolutiva
cronológica as mudanças de tratamento, ideais e vislumbramento dos cuidados com
a criança só ocorreram mais tarde, “no século XVII, com a interferência dos
poderes públicos e com a preocupação da Igreja em não aceitar passivamente o
infanticídio, antes secretamente tolerado.”(ROCHA, 2002, p.55) Preservar e
cuidar das crianças seria um trabalho realizado exclusivamente pelas mulheres,
no caso, as amas e parteiras, que agiriam como protetoras das pequenas crianças
incapazes de comunicar-se e alimentar-se sozinhas, criando uma nova concepção
sobre a manutenção da vida infantil, afim de evitar a morte de um agora
considerado membro da família.
Assim começam a surgir medidas para salvar as
crianças. As condições de higiene tratamento foram melhoradas passou a existir
uma preocupação preocupação com a saúde das crianças, e depois de ter tanto
trabalho com a criação, fez com que os pais não aceitassem perdê-las com
naturalidade mesmo se possuíssem outros filhos.
No século XIV, devido ao grande movimento
religioso cristã, surge a criança mística ou criança anjo. A comparação dos
traços infantis com de representantes de Deus, fez com que houvesse uma
valorização da figura infantil.
Um novo
estereotipo de criança surgem entre os séculos XIII e XIV com a aparência nas obras literárias e de arte
mais semelhante as retratadas pelo sentimento moderno. “Surge então o anjo
representado sobre a aparência de um rapaz muito jovem, adolescente”(ARIES,
1981, p.41). Diante deste novo olhar crianças que eram educadas para ajudar nas
missas. Os auxiliares ‘coroinhas’ eram
os meninos que possuíam características físicas com formas e traços mais
redondos e graciosos, como de anjos e querubins.
Surgiu ainda
um segundo estereotipo de criança que seria o modelo representativo de todas as
crianças pequenas da história da arte: o “Menino Jesus ou Nossa Senhora menina.
Representação de Jesus em pé co;m uma camisa quase transparente com os braços
em torno do pescoço aninhado ao colo com o rosto colado ao dela.” (ARIES, 1981,
p.42) A imagem da virgem Maria com seu filho representando uma figura materna
de amor, cuidado e zelo por seu fruto foi outra idéia que idealizou várias
outras obras, como cita Aries(1981,p.41):
No
século XIII, a virgem Maria inspirou outras cenas familiares. Havia cenas de
família em que os pais estão cercados por seus filhos. Por exemplo: num retrato
da família de Moisés, o marido e a mulher dão as mãos enquanto as crianças que
os cercam estendem a mão para a mãe. Esses casos, porém, eram raros. O
sentimento encantador da tenra infância permaneceu limitado ao menino Jesus ate
o século XIV, quando a arte italiana contribuiu para desenvolvê-lo e
expandi-lo. Um terceiro tipo de criança
apareceu na fase gótica. O menino Jesus quase nunca era representado despido. O
menino Jesus aparecia como as outras crianças de sua idade, ou seja, enrolado
em cueiros ou vestido com uma camisa ou uma camisola. Ele só se desnudaria no
final da Idade Média. As crianças que representavam personagens bíblicos
estavam sempre vestidas.
Ainda segundo Aries(1981), os tipos medievais
de crianças evoluíram durante os séculos XIV e XV. O anjo-adolescente, indicado
no século XIII influencia ainda a pintura religiosa do século XV, mas o tema da
infância sagrada continua se diversificando e se ampliando. Àquele grupo
formado por Jesus e Maria o artista daria importância maior aos aspectos
graciosos, ternos e ingênuos da primeira infância (a criança procurando o seio
da mãe ou preparando-se para beijá-la ou acaricia-la, por exemplo).
Com o passar do tempo e devido aos novos
ideais políticos e sociais, a infância religiosa deixou de se limitar a seguir a mesma infância que a de Jesus, já
que os tempos e as situação. Com o passar dos tempos vão surgindo novos
exemplos, como escreve Aries(1981,p.41):
Surge,
então, em primeiro lugar a infância da Virgem, que inspirou ao menos dois temas
novos e frequentes: o tema do nascimento da Virgem e o tema da educação da
Virgem. Depois, surgiram as outras infâncias santas: a de São João, o
companheiro de jogos do menino Jesus, a de São Tiago, e a dos filhos das
mulheres santas. Ainda nos assuntos representados nas obras de arte,
multiplicam-se cenas de crianças onde se procura reunir os mesmos conjuntos o
grupo dessas crianças santas, com ou sem suas mães.
Surge
na literatura uma representação do que viria a ser as estórias infantis, ocorre
no século XIV um florescimento de histórias de crianças nas lendas e contos
pios. Essas características se mantiveram até o século XVII, que todos podem
acompanhar: na pintura, na tapeçaria e na escultura, com traços de representação
religiosa da infância e dos traços maternais da mãe de Jesus idolatrados pela
igreja vigente.
finalmente destacar-se numa representação
leiga nos séculos XV e XVI. Não era ainda a representação da criança sozinha.
A representação da criança mística, aos
poucos, vai se transformando, assim como as relações familiares. A mudança
cultural, influenciada por todas as transformações sociais, políticas e
econômicas que a sociedade vem sofrendo, aponta para mudanças no interior da
família e das relações estabelecidas entre pais e filhos.
A criança passou a ser educada pela própria
família o que gerou nos pais um sentimento de apego onde a criança era tratado
com mais cuidado, preocupação como um ser mais limitado que não deve ser
exposto a tudo. Esse momento foi marcado por estes dois sentimentos: paparicação e apego,
como cita Rocha(2002, p.56):
A paparicação seria
um sentimento despertado pela beleza, ingenuidade e graciosidade da criança. E
isto fez com que os adultos se aproximassem cada vez mais dos filhos. Assim, os
gracejos das crianças eram mostrados a outros adultos, fazendo da criança uma
espécie de distração, tornando-se, bichinhos de estimação.,
A
paparicação é um sentimento despertado pelo filho nos pais fazendo com que ele
tenha prazer em realizar atividades que contribuem para a criação do seu filho
assim como som seu bem estar, o pequeno passa a ser visto como um bibelô,
bonito e gracioso. Sugere também a preocupação de como cuidar deste presente
frágil e delicado que exige tanta atenção. Como cita ARIÈS (1981, p. 68):
Por essa necessidade
de manter uma pessoa provida de tanta beleza e graça, surgem medidas para
salvá-la e garantir sua sobrevivência. As condições de higiene foram melhoradas
e a preocupação com a saúde das crianças fez com os pais não aceitassem perder
seus filhos com naturalidade e, os que perdiam, aceitavam como sendo a vontade
de Deus, segundo a orientação religiosa da época.
Este sentimento de apego e proteção
primeiramente internalizado nas mulheres, não era compartilhado por todas as
pessoas, algumas ficavam irritadas com a nova forma de tratar as crianças.
Principalmente aqueles que julgavam que crianças eram mão de obra barata e não
questionadora, que as utilizavam como mucamas e serviçais.
Atualmente a infância é vista como uma fase
de aprendizagem de transformação e amadurecimento advindos das experiências. Tem
–se um momento de desenvolvimento cognitivo, intelectual, de sua coordenação
motora ampla e fina, do desenvolvimento da memória auditiva e visual e do
raciocínio lógico.
2.2.
O SURGIMENTO DA LITERATURA INFANTIL
A
literatura é considerada uma arte que usa as palavras para que o artista
expresse sua arte, é capaz de mudar o modo de ver o mundo de viver neste mundo
por meio da literatura unem –se pessoas em épocas, décadas diferentes, das mais
diversas culturas e idiomas. Como De Menezes & Ramos(2009,p.18) escreve:
Na literatura, que é arte pelas palavras, a
criação não vem do nada, mas, no que quer que ela se apóie, será original no
modo novo, no arranjo diferente das palavras, na invenção, na transgressão, na
quebra de clichês, no ponto de vista exclusivo que determinará um efeito único,
especial, um estilo próprio e inconfundível. Uma obra de arte literária tem
como objetivo o belo e como objeto a ficção, o fantástico, num outro universo
modificado, imaginário, feito de conotações, de elementos de sugestão, de
recriação, de plurissignificações, de estímulos à fantasia, ao lúdico, ao jogo
transformador da co-autoria de múltiplas leituras divergentes e maravilhosas
Conceituar literatura se faz necessário para
que seja internalizado que a literatura tem um forte poder social, político e
econômico. Onde pessoas que são detentoras do conhecimento são capazes de
emitir opinião, criticar e racionalizar soluções dos problemas vivenciados por
ela e pela sociedade em que vive. O escritor literário e o leitor sofre um
processo de mutação na sua capacidade de dialogar, de rever situações e agir de
forma diferente e analítica.
“Entre 1660 e 1880 houve mudanças
significativas na prática de criação das crianças. Tudo acontece entre a alta
burguesia e os profissionais liberais. Desenvolve-se um modelo familiar voltado
para os filhos;” (SCHARF, 2000, p.22) Onde a mãe passa a ter um novo papel o de
dominante do lar e de suas proles,
passando a acolher, zelar, cuidar, ensinar as tarefas do lar/domésticas. A
partir deste momento a mulher tinha que saber ler e escrever, para anotar
receitas e ensinar as suas filhas. Um outro fator é a educação religiosa que
deveria obrigatoriamente ser ensinada independente do gênero neste caso.
A literatura
infantil surgiu inicialmente em meados
do século XVIII, quando a burguesia teve sua ascensão. “O
compromisso da literatura infantil com o ensinamento caracterizou o gênero
desde o seu surgimento na Europa no século XVIII, quando o texto era usado como
pretexto, recurso didático e veículo de propaganda das idéias das classes
burguesas.”(ALBINO,2012,p.12).
E surge assim uma educação popular é claro que
era diferente: a educação de um burguês, para a de um nobre os livros que eram
apresentados para uma classe popular eram lendas, contos folclóricos, histórias
que iriam transmitir a eles a condição de dominação, de serem submissos e
conformados com esta condição. Que de acordo com Paço(2009,p.12) até mesmo o
que se lia era de acordo com a classe
social:
Existiam no século XVIII, duas realidades. A
criança da nobreza, orientada por preceptores, lia geralmente os grandes
clássicos, enquanto a criança das classes desprivilegiadas lia ou ouvia as
histórias de cavalaria, de aventuras. As lendas e contos folclóricos formavam
uma literatura de cordel de grande interesse das classes populares.
Outro fator importante neste momento é a
mudança de visão do educando adulto, da criança e do jovem, Como escreve De Menezes &Ramos(2006,
p.19):
Até o século XVIII, não se falava em
literatura infantil, livros escritos para crianças, dedicados ao público
infantil. As crianças liam o mesmo livro que os adultos, na medida em que o
conseguiam. As das classes privilegiadas liam especialmente os clássicos, e as
outras mais ouviam do que liam os livros de cavalaria, de aventuras, lendas e
contos folclóricos.
Os primeiros
autores foram “Perrault” e depois os “irmão Grimm”, “ Anderson, Mark Twain, Charles Dickens que foram transcritos e adaptados várias
vezes para uma linguagem mais pueril e infantilizada. Com inicio da
popularização dos livros que descreviam aventuras a família foi adquirindo uma
relação de afetividade e proteção com os pequenos o que fez surgir os serões
onde pessoas se reuniam em volta de fogueiras para ler as estórias e dialogar
reflexivamente sobre as aventuras que haviam lido. Muitos autores não queriam
escrever para crianças por acharem que seriam considerados inferiores ou bobos
por utilizarem uma linguagem mais simples e escreverem contos ou fábulas para
expressarem e educarem por meio da moral e da criticidade como cita De Menezes; Ramos(2006,p.26):
O
próprio Perrault, que recolheu e deu forma literária a 11 contos, entre eles,
Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, As duas fadas, Joãozinho e Maria, Pele de
Asno, Riquete de Crista, Gata Borralheira, Os desejos de Griselda, achou que
para um membro da Academia, não ficaria bem escrever histórias folclóricas.
Assim, usou um nome falso para assinar o livro que o tornou mundialmente famoso
e que se chamou Contos da Mamãe Gansa.
A literatura infantil no Brasil surgiu primeiramente como traduções de
obras portuguesas, que foram trazidas pelos colonizadores do Brasil onde acabou-se
herdando estes conteúdos literários. A literatura infantil brasileira tem um
grande pai que é Monteiro Lobato, com personagens fictícios que comprovam uma
grande imaginação e valorização da cultura folclórica brasileira. Tem caráter
de questionamento de problemas nacionais e mundiais.
O “livro
de Lobato, A menina do narizinho arrebitado, é considerado o primeiro livro de
literatura infantil brasileira. Foi publicado em 1921”(De Menezes;
Ramos,2006,p.22) onde escreve com uma
linguagem que atrai a criança por ser simples e pura como uma criança e ser
atrativa por representar algo possível de acontecer, uma aventura que quem ler
imagina e se identifica com a personagem e local da estória .
Muitos Escritores e escritos da literatura infantil
antigos são lidos e relidos por várias gerações. Os livros e personagens presentes na literatura infantil são inesquecíveis principalmente por trazerem lembranças,
sonhos, desejos é isto que um livro literário pode desperta em uma criança a
criatividade. Ler é uma forma de viajar, de ir a lugares que você não conhece e
viver aventuras sem sair do sofá.
Autores europeus como Júlio Verne, Jonathan Sufeft, Daniel Defoe,
contribuíram maciçamente para a construção do literário infantil e para formar
grandes escritores brasileiros como: Erico Veríssimo, Jorge Amado, Carlos Drumond de Andrade e
lendo a essa declaração deles que
podemos perceber o quanto a literatura na infância faz diferença quando o homem
de torna o adulto, o escritor.
Deve-se
observar quais textos são mais adequados para crianças, assim como o tipo de
educação que aquele ser vai receber a
metodologia para um adulto não é a mesma para uma criança pois cada um tem sua
vivencia, há influencia de outros meios de comunicação como a televisão , as
musicas, a cultura teatral, as festas de
comemorações, vídeos games que retiram a vontade de ler já que existe um
brinquedo , um lazer que não exige muito de sua capacidade intelectual. Como
relata DE Menezes e Ramos(2006,p.30):
O professor uruguaio Jesualdo, em seu “A
literatura infantil” faz, de início, a advertência: “Todas as recomendações que
se possam fazer aos escritores sobre como escrever para as crianças serão
sempre poucas”. E Leni Werneck Dornelles, uma especialista no assunto, mostra
que, ao contrário do que muita gente pensa, escrever para o leitor infantil é
tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil escrever para a criança. Ela
é muito exigente, muito mais do que se possa imaginar. Gosta de encontrar nos
livros situações de suspense, conflitos, emoções fortes, mas detesta a pieguice
e rejeita os livros em que o autor se dirige ao leitor como se este fosse uma
criança idiota esquecendo-se de sua dignidade”.
A
literatura infantil tem personagens que servem de exemplos, são diversos
heroínas e heróis que estão na luta em defesa dos fracos e oprimidos. A maioria
dos leitores de literatura infantil esta atrás de histórias que os levem a
mundos que eles desconhecem, mas são capazes de imaginar, quando leem a
descrição do autor. A literatura para crianças pode não ser das mais fáceis de
criar mas, com certeza é a mais gratificante.
“No final do século XIX, vários
elementos convergem para formar a imagem do Brasil como um país em processo de
modernização”(ALBINO,2012,p.4) os textos e livros começavam a informar, a ter
mais liberdade conforme os novos ideais de abolição da escravatura , e mudança
de paisagem rural em urbana e principalmente a de valorização da instituição
escolar e consequentemente a dos livros como ferramenta educacional. Como
escreve Albino(2012, p.):
[...] começam a configurar a existência
de um virtual público consumidor de produtos culturais, o saber obtido por meio
da leitura passa a deter grande importância no emergente modelo social que se
impõe, fazendo com que a escola exerça um papel fundamental para a
transformação de uma sociedade rural em urbana. Como elementos auxiliares nesse
processo, os livros infantis e escolares são dois gêneros que saem fortalecidos
das várias campanhas de alfabetização deflagradas e lideradas, nessa época, por
intelectuais, políticos e educadores, abrindo espaço, nas letras brasileiras,
para um tipo de produção didática e literária
dirigida especificamente ao público
infantil.
Dentro
deste contexto emergencial de valorização da cultura brasileira e da valorização
do pensamento pedagógico de educação que passou a ser alfabetizar, surge a
necessidade de produção de um maior quantitativo de livros literários
principalmente para crianças. Realizaram adaptações de textos europeus, criaram
e reescreveram contos e fábulas com uma linguagem brasileira e com cenários e
personagens com perfil nacional.
“O período que corresponde às décadas
de 40 a 60, denominado terceira fase de evolução da literatura infantil no
Brasil, é marcado pela fertilidade literária, representada principalmente pela
profissionalização dos autores”,[...] (ALBINO,2012, p.8)as editoras também
focaram na captação e venda de livros literários voltados para o público
infantil.
Nas décadas de 60 a 80 a literatura
infantil popular, que estava com um caráter negativo e repetitivo não presando
pela qualidade, herança das décadas anteriores, assume uma nova roupagem que
propõe a qualificação dos textos literários
para as crianças, conforme Albino(2012,p.10) escreve:
Entre os aspectos que caracterizam essa
produção estão: uma nova maneira de compor personagens; enredos que incorporam
a temática urbana, propondo uma fusão entre o social e o individual; a
valorização da linguagem oral, fazendo com que o discurso deixe de ser modelar;
e o espessamento do texto infantil enquanto discurso literário, abrindo-lhe a
possibilidade de auto-referenciar-
se ao incluir procedimentos
metalingüísticos e intertextuais como a fragmentação da narrativa, a
participação do leitor e o rompimento da linearidade por meio da utilização do
fluxo da consciência.
Os
novos livros para a crianças possuíam personagens, que são compostos e que são
parecidos com as imagens que eles imaginam, executam ações, transmitem valores
que possibilitam a criança ser modelada dentro de uma consciência patriota e
coletiva. Apresentam uma narrativa em que o leitor possa fazer um relato depois
do que leu.
A
partir do ano de 2000 algumas autoras destacaram-se mais como: “Ana Maria
Machado que começou a escrever para o público infantil quase por acaso, Ruth
Rocha sempre esteve com o olhar voltado para esse gênero literário, fez da
criança e seus desejos a razão da sua escrita.”(PAÇO,2009,p.15). Outros autores
se destacam como Ziraldo com o Menino Maluquinho e os quadrinhos de Mauricio de
Sousa, que buscam trabalhar e construir estórias que o professor , os pais
possam utiliza-los como ferramenta lúdica, capaz de desenvolver a criatividade,
a percepção e o discernimento moral.
2.3 A IMPORTÂNCIA DA
LITERATURA INFANTIL PARA O APRENDIZADO
A
literatura infantil como o próprio nome diz são textos, estórias criadas para o
publico infantil. São estórias que influenciam no processo de ensino
aprendizagem ou que simplesmente há a leitura por lazer, mas ambas devem ser
realizadas por prazer. A leitura para aprender é :
Uma leitura fantástica e poética é antes de
tudo e indissociavelmente fonte de maravilhamento e de reflexão pessoal, fonte
de espírito crítico, porque toda descoberta de beleza nos faz exigentes e,
pois, mais críticos diante do mundo.(HELD,1980,p.207)
Utiliza-se musicalidade em alguns textos,
personagens coloridos, com características peculiares que fazem com que a
criança reflita sobre a problemática apresentada. Cada texto, cada estória é
elaborada para que a imaginação da criança flua, crie asas, “porque quebra
clichês e estereótipos, porque é essa recriação que desbloqueia e fertiliza o
imaginário pessoal do leitor, é que é indispensável para a construção de uma
criança que, amanhã, saiba inventar o homem” (.HELD, 1980,p.207)
Um livro de literatura infantil deve ter uma
linguagem simples, sem termos chulos, palavrões, sem beneficiar valores
negativos e antissociais.
A obra
literária recorta o real, sintetiza-o e interpreta-o através do ponto de vista
do narrador ou do poeta. Sendo assim, manifesta, através do fictício e da
fantasia, um saber sobre o mundo e oferece ao leitor um padrão para
interpretá-lo. Veículo do patrimônio cultural da humanidade, a literatura se
caracteriza, a cada obra, pela proposição de novos conceitos que provocam uma
subversão do já estabelecido.( CADEMARTORI, 1985, p. 23)
Neste século, a Literatura Infantil em alguns lugares e
geralmente é considerada pelo adulto um gênero secundário não como prioridade e
auxiliador no processo de aquisição da leitura e de aculturação de um povo é
nivelada a um brinquedo um objeto de
lazer utilizada para entretenimento). A valorização e a mudança do ponto de vista
de que pode e deve ser utilizada como uma ferramenta formadora de consciência
no universo cultural das sociedades e como recurso para o crescimento emocional
é bem recente. Os primeiros textos para crianças foram escritos por pedagogos e
professoras com o desejo de educar, como escreve Zilberman(1998, p.13):
E até hoje, a
literatura infantil permanece como uma colônia da pedagogia, o que lhe causa
grandes prejuízos: não é aceita como arte por ter uma finalidade pragmática e a
presença deste objetivo didáticofaz com que ela participe de uma atividade
comprometida com a dominação da criança.
As situações dramáticas e de perigo, tão comuns na
Literatura Infantil, proporciona que se trabalhe o aspecto psicológico da
criança, mostrando que existe soluções
de pelo menos amenizar ou de solucionar
as situações apresentadas na literatura possibilitando a formação de cidadãos
capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente, critica
e democrática.
A criança aprende
a ler com livros de literatura, aprende a escrever e torna-se criativa na
construção da representação daquela estória e do que ela representa para o
leitor.
Para escrever para crianças há diversas observações que
devem ser respeitadas. Escrever para elas é complexo, pois deve colocar nos
textos aventura, suspense e tudo que retenha a sua atenção, como escreve De
Menezes & Ramos(2006, p.30):
escrever
para o leitor infantil é tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil
escrever para a criança. Ela é muito exigente, muito mais do que se possa
imaginar. Gosta de encontrar nos livros situações de suspense, conflitos,
emoções fortes, mas detesta a pieguice e rejeita os livros em que o autor se
dirige ao leitor como se este fosse uma criança idiota esquecendo-se de sua
dignidade”.
Quando se vai ler para uma criança que ainda não realiza
a tradução dos símbolos linguísticos deve-se usar várias entonações na voz para
que elas identifiquem as mudanças de personagens, inclusive percebam que há um
narrador e os outros participantes-personagens da estória. Quando estória só
possui imagens deve instigar que ela imagine o que o personagem esta falando,
qual a lógica da estória, em que tempo ela ocorre, faz uso da memória visual e
auditiva, respeito a opinião do próximo.
“A produção literária para os já alfabetizados, com certo
domínio da leitura, é muito ampla e diversificada. Nela podemos citar autores
como Sylvia Orthof, com suas obras A limpeza de Teresa, Uxa, ora
fada, ora bruxa, Maria vai às compras”(RODRIGUES et.Al, 2013,p.8) existe
em maior quantidade poisos educadores podem utilizar tanto a com símbolos
gráficos onde ele mesmo lê, faz suas indagações e propõe diversas formas de interpretar a
estória.
Diferentes habilidades são desenvolvidas e
aperfeiçoadas por meio da literatura, como a linguagem, oralidade, a ampliação
do vocabulário e incentivando a criatividade e a vivência do mundo da fantasia.
A linguagem é a habilidade que a crianças
mais desenvolve por meio dos textos literários, ela consegue fazer uma
interlocução com o adulto, proporciona também um contato com a linguagem
escrita, apresentando diariamente à norma-padrão da língua portuguesa.
No ato de ler, contar, recontar e ouvir
histórias proporcionam a criança diferentes formas de falar, viver, pensar e
agir, além de uma gama de valores, costumes e comportamentos das diversas
culturas existente no Brasil e no mundo. Estas produções literárias muitas
vezes trazem ao leitor hábitos transmitidos de geração para geração, como
mitos, lendas, cordéis e crônicas do
passado e do presente.
2.4. A CONTRIBUIÇÃO DA
LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO.
Para
melhor compreender qual a contribuição que a literatura propicia ao
desenvolvimento cognitivo faz-se necessário compreender o que é o aspecto
cognitivo de um ser humano, no caso de uma criança. O desenvolvimento cognitivo
se da pela aprendizagem que é representada pela mudança de comportamento, ideias
e valores onde cada ser muda suas relações com aquilo que antes era
desconhecido e agora tornar- se um objeto conhecido, as vezes necessários ou
até de prazer como a aprendizagem da leitura e escrita. Como cita Gomes
&Ghedin(2010, p.2):
Piaget
preocupou-se em saber como nasce a inteligência da criança, afirmando que a
inteligência é algo que se modifica, ou seja, gradativamente a criança vai
utilizando sua inteligência, mesmo que seja sensório-motora, para adaptar-se ao
meio e chegar então num momento em que passa da inteligência prática para uma
inteligência propriamente dita quando já consegue elaborar hipóteses e resolver
situações problemas sem a necessária presença de objetos concretos.
Piaget
foi um grande estudioso e pesquisador que proporcionou que os seres
compreendessem melhor como cada ser humano aprende e se desenvolve em todos os
aspectos cognitivo, psicológico, emocional e social. Como escreve Santana (2006,p3)
sobre o ponto de vista de Piaget sobre desenvolvimento de estruturas cognitivas:
Em seu desenvolvimento, a criança
constrói vários e diferenciados
esquemas que tendem a formar
combinações, dando origem às estruturas cognitivas, que traduzem uma
forma particular de equilíbrio na interação do indivíduo com o ambiente.
Na perspectiva piagetiana, a linguagem apenas favorece a interiorização das
ações quando as estruturas já estão elaboradas, possibilitando a assimilação de
informações verbais que estejam consoantes com o nível de elaboração das
mesmas.
A
mudança de referencial gerada pelas atividades, livros e pessoas do convívio da
criança, possibilitam que ela desenvolva uma adaptação do que já sabe e do
desconhecido um saber lidar com a situação, como o ato de aprender a falar se
comunicar e ser capaz de expressar o que sente e o diferente falar que é
reproduzir informações que o meio ambiente em que vive fornce.
O
“conhecimento não é algo acabado e estável, mas está em constante transformação
pelo sujeito por meio da sua ação constrói conhecimentos indispensáveis na sua
adaptação ao meio.” (GOMES &GHEDIN,2010, p.2)neste momento encontra-se o
desenvolvimento cognitivo, que é proporcionado pela literatura que desenvolve
na criança diversos aspectos como a aprendizagem linguística, a formação do
caráter, a inteligência intelectual, o discernimento, a moral e a cultura de um
povo. Quando se lê que a literatura
“tornou-se um dos campos em que estão sendo semeados valores, que sem dúvida,
integrarão a nova mentalidade futura”(COELHO,2000,p.19), refere-se ao
desenvolvimento cognitivo de cada criança que lê e aprende a ler em livros e
textos com personagens coloridos e narrativas diversificadas.
A
literatura infantil é vista como uma mensagem emitida por um adulto e recebida
por uma criança, buscando uma linguagem que ambos possam expressar o que sente
diante das aventuras situacionais apresentadas nos textos e imagens que compõe o livro infantil como aborda
Coelho(2000,p.31):
[...] o
livro infantil é entendido como uma “mensagem” (comunicação) entre um autor
adulto (o que possui experiência do real) e um leitor-criança (o que deve
adquirir tal experiência), o ato de ler(ou de ouvir), pelo qual se completa o
fenômeno literário, se transforma em um ato de aprendizagem.
Percebe-se
que Coelho(2000) vislumbra, nesta escrita, a literatura como um ato de
aprendizagem cultural onde os conhecimentos adquiridos, são os transmitidos de
gerações anteriores. Enquanto a literatura também trabalha outros aspectos do
desenvolvimento infantil com a consciência fonológica, a memória visual e
auditiva e acima de tudo o imaginário, a capacidade criativa de cada individuo
enquanto leitor ou ouvinte.
Coelho(2000)
escreve também que para que exista uma relação efetiva de aprendizagem por meio
da literatura é necessário que o texto ofertado para a criança respeite a idade
cronológica da dela possibilitando uma leitura que conduza ao universo cheio de
aventuras e fantasias que são os textos literários. Por isso escreve Coelho (2000,p.32):
Embora
a evolução biopsíquica das crianças, pré-adolescentes e adolescentes divirja de
uns para outros(dependendo dos muitos fatores que se conjulgam no processo de
desenvolvimento individual), a natureza e a sequencia de cada estágio são
iguais para todos conforme o prova a psicologia experimental. Assim, a inclusão
do leitor em determinada “categoria” depende não apenas de sua faixa etária mas
principalmente da inter-relação entre sua idade cronológica, nível de
amadurecimento biopsíquico-afetivo-intelectual e grau ou nível de conhecimento/domínio
do mecanismo da leitura.
A faixa etária da criança é um fator
primordial para desenvolver o cognitivo de uma criança pois os textos ofertados
devem atrair e só desencadeia curiosidade textos com imagens de preferencia bem
coloridas, personagens alegres e malvados, um enredo que tenha suspense,
ficção, aventura, e ate uma pitadinha de romance, próprios para a idade tipo a
expressão ‘E eles viveram felizes para sempre’.
Cada
idade requer uma atenção especial na escolha do livro e como o leitor vai
lê-lo. Na primeira infância dos 15 meses aos 3 anos, é uma fase que buscam
conhecer como falar, construindo o conceito de nome e objeto. “O importante,
nessa fase, é essencial a atuação do adulto, manipulando e nomeando os
brinquedos ou desenhos; inventando situações bem simples que os relacionem
afetivamente com a criança, etc.”(COELHO,2000, p.33).
Na segunda infância fase em que se inicia a
percepção do próprio ser, apresenta um comportamento egocêntrico com aguçada
utilização dos sentidos, crescente interesse pela comunicação verbal e aquela
fase que fala muito como se tivesse descobrindo que pode falar sendo que tudo
que será apresentado para ela deve ser significativo. “Os livros adequados a
essa fase devem propor vivências radicadas no cotidiano familiar à criança e
apresentar determinadas características estilísticas” (COELHO,2000, p.33).
Na
terceira fase tem-se o leitor iniciante, a partir dos 6 anos onde passa a ser
um aluno que esta aprendendo a ler e escrever, já reconhece, símbolos
linguísticos, e esta no inicio do
processo de socialização, o adulto é o agente estímulos que vai levar o pequeno
leitor a decodificar os sinais gráficos da escrita, “a imagens ainda predominam
sobre o texto” (COELHO,2000, p.35).
Na
quarta fase que mais interessa a esta pesquisa é a do leitor em processo a
partir dos 8 anos de idade, fase em que a criança já domina a leitura,
amplia-se seu interesse pelas coisas a sua volta, desenvolvendo o pensamento
lógico com o auxilio de objetos concretos e possibilitando já realizar
operações mentais simples. O adulo agora
tem outro papel o de motivar, “como aplainador de possíveis dificuldades
e, evidentemente, como provocador de atividades pós-leitura” (COELHO,2000,
p.36).Utilização de imagens misturadas aos textos ainda são importantes e
aguçam o interessa como as estórias em quadrinhos
Na
quinta fase tem –se o leitor fluente a partir dos dez anos onde já domina a
leitura e compreende o mundo do livro, onde este deve propor reflexão,
confronto de ideias e pensamento
hipotético e dedutivo. “ As potencialidades afetivas se mesclam com uma nova
sensação de poder interior; a da inteligência, do pensamento formal, reflexivo.
É a fase da pré-adolescência” (COELHO,2000, p.37)
O
último leitor é o critico que apresenta normalmente a idade de 12 e 13 anos e
mais idade onde já possui uma maturação na capacidade de refletir e emitir uma
opinião utilizando a agilização da escrita para produzir outros textos. Proporcionar aos adolescentes um convívio com
os textos literários para que percebam outras realidades, possui também um
caráter informativo para que eles busquem a melhor parte da vida a da
comunicação, socialização, solidariedade e sustentabilidades nos dias atuais.
2.5. DESPERTANDO O GOSTO
PELA LEITURA POR MEIO DA LITERATURA INFANTIL.
A
leitura é uma atividade que o sujeito começa a desenvolver desde criança,
quando entra em contato com o meio e com as pessoas que convive. A primeira
leitura que um bebezinho faz é a do sorriso de todos que vão visitá-lo, depois
vem a da mamadeira quando a vê já diz : ‘dedera’ ou mamadeira, mais tarde ao
ver certas embalagens de refrigerante, de Nescau ele já o chama pelo nome é a
chamada leitura incidental, então neste momento acende a reflexão por que essas
crianças estão com tanta dificuldade em aprender a ler se já fazem a leitura do
mundo, a única coisa que a escola faz é apresentar a eles símbolos que são
utilizados por todos para se comunicar a distancia, para deixar guardado ideias
dos nossos antepassados.
O processo de leitura se
desenvolve a partir da construção intelectual, ou seja, a criança vai
construindo a sua leitura de símbolos e significados e como vai representá-los
que é de acordo com as hipóteses formuladas a partir de sua leitura, como
escreve CAGLIARI, (1995, p.149): Ler é
uma atividade extremamente complexa e envolve problemas não só semânticos,
culturais, ideológicos, filosóficos, mas até fonéticos”. O ato de desenvolver
a leitura e a escrita no segundo ano do ensino fundamental implica em pensar
como essas crianças vieram para a escola, qual bagagem cultural, vocabular e de
linguagem este aluno possui, muitos que estão entrando no Ensino Fundamental
com o é o caso dos meninos e meninas do 2º ano, que já frequentavam a escola
passando pela educação infantil e de crianças que nunca entraram em uma sala de
aula.
A leitura é um processo de tradução do signo para o significado
das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos
mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem
e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco
mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras
como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida
das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido
através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada
um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas
experiências de vida anteriores e do rol
vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu
nascimento até a idade atual.
A aquisição da
capacidade de ler exige da criança uma maturação da capacidade de se comunicar,
de expressar com palavras o que sente, de conhecer o nome dos objetos e
solicita-los pelo nome depende intimamente do vocabular vivencial daquela
criança. Como escreve Cagliari (2007,p.158):
A leitura oral, falada ou ouvida,
processa-se foneticamente de maneira
semelhante à percepção auditiva da fala. A leitura visual, falada ou
silenciosa, além de pôr em funcionamento o mesmo mecanismo de percepção
auditiva da fala para a decodificação de texto, precisa por em ação os
mecanismos de decifração da escrita
No momento de
decifrar a escrita a criança deve estar preparada para que sua memória acuse o
som de cada sílaba que ele visualizar. No caso das imagens ele deve primeiro
reconhecer, dentro de sua linguagem vocabular cultural o que é o objeto, o nome
e depois falar e assim traduzir os fonemas em letras.
Para desenvolver o
gosto por ler o professor deve levar em conta o ritmo de aprendizagem de cada aluno,
uns aprendem mais devagar outros aprendem mais rápido, mas por ser uma série
dedicada a aprendizagem tanto da leitura e da escrita as atividades realizadas
pelo professor devem tornar possível essa aprendizagem. Antunes (2003,
p.70),escreve sobre a leitura e suas atividades:
A atividade da leitura favorece, num
primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Na
verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas ideias, novos conceitos, novos
dados, novas e diferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos
acontecimentos, do mundo em geral.
Quando se apresenta
um livro a uma criança com imagens coloridas, elas ficam surpresas com as
imagens com esta novidade, perguntam, querem desenhar igual e percebe-se que há
uma sequência dos fatos da estória, isto possibilita ao aluno uma reflexão do
comportamento dos personagens, o que eles fariam se fosse com eles, como
resolveriam a situação, trabalha com o emocional pois as crianças se colocam no
lugar dos personagens e as vezes até estão passando pela mesma situação do
personagem da estória.
É no saber o significado da palavra é que se consuma o ato de
ler, é na interpretação do mundo e na capacidade de comunicação que a leitura
se contempla, como escreve Silva4 (2010, p.01):
Num sentido amplo, o ato de ler corresponde
ao processo de apreensão da realidade, que cerca o indivíduo, através da
interpretação das variadas linguagens, tais como uma charge ou os sinais
empregados na comunicação com surdo-mudo. Portanto, o ato de ler não diz
respeito à apreensão da realidade somente através da leitura de um texto.
Ler significa consumar o ato de se comunicar, de informar ao
outro algo, de expressar sentimentos, como a linguagem de libras, as placas de
trânsito que em sua maioria não tem palavras, mas sim imagens, que são
significativas para aquele individuo.
Existe a leitura de imagens e a leitura de letras, a leitura das
imagens tem apresentado uma valorização em maior no que diz ao interesse de uma
criança, pois assistir um vídeo é uma forma mais atraente, pois são cheios de
cores, sons que despertam no individuo mais interesse de para e prestar atenção
e ainda aprender com este tipo de leitura. Já a leitura de letras em livros e
textos permite que o leitor imagine o que os livros estão descrevendo onde tudo
é criando pela sua mente. “O ideal seria poder manter a experiência da leitura
dos textos escritos e a experiência da leitura das imagens dos filmes e da
televisão.”(CAGLIARI, 2007,p.149)
Como a criança vai ler e sua afinidade com o lápis e o papel no
processo de registrar depende do meio social em que vive, e de como as pessoas
que ela convive apresentam interesse por ler e escrever. Cada criança tem seu
tempo para conseguir aprender, identificar e decodificar os símbolos e letras,
elas vão formando conceitos, sobre o que é cada nome que ela decodifica e
associa aos objetos conhecidos do seu vocabulário vivencial. Como esta escrito
no
REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL, (1998, p. 128).
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças
em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma
faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou
seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas
sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar
A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de
estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha
curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo,
procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e
seguir o exemplo.
Sabe-se que a leitura é uma forma de lazer mental. “Ocorre com
formas passivas de lazer, a leitura exige um grau maior de consciência e
atenção, uma participação efetiva do recebedor leitor”(CUNHA, 2003,p.47), A
escola deve assumir o papel de incentivadora da criatividade, criticidade,
consciente e produtivo por meio da
literatura. Sobretudo para professores o livro tem uma relevância enorme pois
ele faz parte do instrumentário do profissional que vai ensinar a ler e fazer
com que seu aluno evolua no processo de produção textual.
Outro fator importante para que o aluno aprecie a leitura da
literatura é que nunca seu professor deve tratar o momento como uma obrigação
ou chateação fazendo caretas, alterando a voz e não utilizando os textos lidos
com alguma dinâmica ou jogo, essa é uma forma de dar valor ao que foi lido.
Permitir que os alunos escolhessem o que vão ler é outra forma
de fazer com que o pequeno leitor deseje ler. Quando o livro escolhido torna-se
detestável deve oportunizar a criança que ela escolha outro, ressalta-se que
esta é a última opção depois das que eles devem sempre concluir o que começaram,
faze-lo perceber que deve haver algo de bom na estória que esta lendo.
Questiona-los sobre como ele acha que vai ser o final, fazer um jogo que para
joga-lo ele precisar ler o livro todo. Trabalhar com atividades lúdicas. Como
escreve Cunha(2003, p.77):
Isto, do ponto de vista da literatura
infantil, quer dizer que as mensagens por ela veiculadas devem ser instigantes
a ponto de desafiar o leitor, propor –lhe problemas cujas soluções dependeriam
de sua habilidade em jogar, de sua capacidade criativa para dar respostas a
situações novas, de suas idiossincrasias.
O prazer de ler e envolver-se neste processo de imaginação,
solução, e realidade é proporcional ao desafio que o jogo lhe proponha. Os
livros infantis auxiliam as crianças na compreensão de valores éticos, sociais
e morais, pode-se observar que nos contos há uma separação de bem e mal, feia e
bonita, fada e bruxa, tudo isso auxilia os alunos na construção do seu
referencial de valores do que é certo ou errado.
3.0 METODOLOGIA
3.1
Sobre a Pesquisa
O presente trabalho
desenvolveu-se por meio da pesquisa descritiva que se “observam, registram,
analisam classificam e interpretam os fatos, sem que o pesquisador lhes faça
qualquer interferência. Assim o pesquisador estuda os fenômenos do mundo físico
e humano, mas não os manipula” Prestes (2007, p.26). Por outro lado existiu o
caráter de pesquisa de campo no momento da aplicação dos questionários e a observação no momento de coleta de dados.
Coletou-se
informações sobre o assunto.
Os questionários aplicados aos objetos da pesquisa que são os docentes, foram
adequados a proposta do que é um questionário como escreve Gil(2006), define
questionário como “um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo
pesquisado”(p.114). A acadêmica optou por utilizar o questionário por ser um
instrumento de coleta de dados mais rápido, que garante o anonimato e por ser menos oneroso.
3.2 Análise e Coleta De Dados
No primeiro momento,
o estudo se desenvolveu a partir de técnica de observação, onde recorrer a
conhecimentos e experiências de amigos e isto auxiliaram no processo de
compreensão e interpretação do que se está estudando.
Assim
as vantagens oferecidas pela pesquisa qualitativa oferecem no âmbito da
educação permite conhecer a realidade numa dimensão que o fator humano se
apresenta na escola. A coleta de dados foi significativa para o desenvolvimento
deste trabalho, quando através desta obtivemos respostas para nossas dúvidas e
questionamentos acerca da importância dos livros literários presentes na
escola, dentro da sala de aula.
A
escola em questão é uma instituição Pública, localizada em Brasília-DF
constituída por uma direção, dois coordenadores e 10 professores com 220 alunos
nos dois turnos. A amostragem pesquisada consiste de 8 professores e 18 alunos ;que
compõe a turma de 2º ano da referente escola.
No
questionário aplicado com o professor foram feitas perguntas que possibilitasse
uma análise da contribuição da literatura na aprendizagem e como ela é
articulada dentro deste contexto didático pedagógico.
A
primeira pergunta foi questionado se o professor concorda que a literatura
infantil contribui para o desenvolvimento cognitivo da criança? Conforme
GRÁFICO A (abaixo)
FONTE: ISLÂNDIA EM ESCOLA CLASSE NO PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
Das professoras consultadas 25%(2) responderam
que Quase sempre a literatura contribui para o desenvolvimento cognitivo de uma
criança, mas em sua maioria 75%(6) dizem que Sempre acreditam que é possível desenvolver uma aprendizagem
cognitiva de uma criança. Cada criança tem seu tempo para conseguir aprender, identificar
e decodificar os símbolos e letras, elas vão formando conceitos, sobre o que é
cada nome que ela decodifica e associa aos objetos conhecidos do seu
vocabulário vivencial. Como esta escrito no REFERENCIAL
CURRICULAR NACIONAL(1998, p. 128):
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças
em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma
faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou
seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas
sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar
A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de
estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha
curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo,
procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e
seguir o exemplo. A criança só ira desenvolver-se emocionalmente,
intelectualmente se houver prazer e familiarização dos objetos que oportunizam
essa internalização de conhecimentos e no caso o objeto são os livros e textos
literários.
Na segunda pergunta se o
professor concorda que a literatura infantil contribui para o processo de
aprendizagem, 25% (2) responderam Quase sempre, e 75% (6) responderam que Sempre,
e compreende a importância da literatura no ato de ensinar. “A escola que não lê muito para seus alunos e não
lhes dá chance de ler muito está fadada ao insucesso, e não sabe aproveitar o
melhor que tem para oferecer a seus alunos.”¹(CAGLIARI,2007, p.150) a leitura é
uma ferramenta muito forte para que qualquer aluno se desenvolva o aluno que é
capaz de traduzir as palavras, frases e textos interpretando-os e dando vida a
essas palavras, vivenciando a cultura de um povo.Toda escola deve dar ênfase a
leitura de livros aos alunos para que estes se encantam e descubram o que mais
lhe interessa e assim começar a formar seu senso critico tendo capacidade de
opinar e defender sua opinião.
Na
terceira pergunta se realmente acreditam ser possível desenvolver o gosto pela
leitura por meio da literatura infantil, 25%(2) responderam que Quase sempre a
literatura é uma grande aliada e 75%(6) responderam que Sempre a literatura
desenvolve o gosto pela leitura. A leitura é um processo de tradução do signo para o significado
das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos
mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem
e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco
mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras
como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida
das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido
através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada
um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas
experiências de vida anteriores e do rol
vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu
nascimento até a idade atual.
Na
coleta de dados realizada com os 18 alunos foi realizada para compreender qual
o efeito e que tipo de estórias e estilos literários eles mais apreciam e
buscam com prazer, assim como possibilitar novas formas de trabalhar os textos
que não os atraem.
Quando
questionados sobre o fato de ao ler uma história ele consegue se imaginar nela, já que a literatura retrata um pouco do real e um pouco do imaginário
dos que escrevem e dos que leem como escreve Coutinho (1978, p. 9, IN: SILVA,
2009, p.140) sobre concepção de literatura e sua criação:
A Literatura, como toda arte, é uma
transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e
retransmitida através da língua para as fôrmas que são os gêneros e com os
quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida,
autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio.
Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e
adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra
natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela
história ou pelo social.
FONTE: ISLÂNDIA EM ESCOLA CLASSE NO PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
“A
literatura infantil leva a criança à descoberta do mundo, onde sonhos e
realidade se incorporam, onde a realidade e a fantasia estão intimamente
ligadas, fazendo a criança viajar, descobrir e atuar num mundo mágico; podendo
modificar a realidade seja ela boa ou ruim”.(PAÇO, 2009,p.12). Dos
alunos pesquisados 44,5%(8) As vezes conseguem ler e concentrar-se a ponto de
sentir-se integrado ao texto; somente 5,5% (1) Quase sempre conseguem, a melhor
parte é que a escola esta fazendo um bom trabalho com os textos literários pois
50%( 9) Sempre conseguem adentrar no mundo da fantasia e como escreve Coutinho(1978) conseguem vivenciar uma ficção
e analisar qual a moral desta estória e utiliza-la na vida real.
Nas perguntas 2- Que tipo de história você mais gosta de
ler? E na pergunta 3 Você gosta de ler gibi? GRÁFICO 03(abaixo)
FONTE: ISLÂNDIA EM ESCOLA CLASSE NO
PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
Dos
alunos entrevistados 50%(9) gostam de Histórias em quadrinhos e os outros 50% (
9 ) preferem outros estilos literários. Em relação a gostar de gibi 94,44%(17)
dizem que Sim e 5,56%(1) Não apreciam optando por outros estilos.
É importante que o aluno saiba que os diversos
estilos literários são bons e agradáveis e que eles mesmo podem converter o que
ele não gosta de ler no que ele gosta de ler como contar uma fábula em
quadrinhos, o melhor é conhecer o que lhe atrai para ler com escreve Paço
(2009,p.10):
O
trabalho com literatura infantil tem como possibilidade de resultado a formação
de leitores/escritores competente. Tem como objetivo formar alguém que
compreenda aquilo que lê; que consiga transmitir aos outros os elementos de uma
história através das ilustrações; que possa transformar um texto numa narrativa
prazerosa a quem ouve; que possa aprender a ler o que não está escrito; que
saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que possa imaginar e
criar.
Na
quarta questão questiona-se o ponto de vista do aluno em relação a leitura da
professora nas aulas e se ele vê a
professora como uma pessoa que gosta de ler histórias na hora da aula. E vezes
elas ela costumam ler para eles durante a semana.
FONTE: ISLÂNDIA EM ESCOLA CLASSE NO
PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
Dos alunos questionados 5.55%(1 ) dizem que a professora Nunca ler ou 5,55%(1 )As vezes lê , e 5,55% (
1) dizem que ela Quase sempre lê mas a maioria 83,33 (15 )afirma que a educadora Sempre lê, o que
comprova o gostar e a valorização da literatura infantil. Em relação a
quantidade de vezes que lê durante a semana. Se o professor é leitor ele ensina
seus alunos a terem amor pelo ato de ler como escreva Silva(1988, p. 13):
o que o professor lê? Que acesso tem o
professor aos livros de sua área de conhecimento? Quantas visitas faz o
professor às bibliotecas, às livrarias? Quantos livros o professor tem
condições de adquirir, visando o incremento do ensino e o seu crescimento como
pessoa? Que tempo sobra afinal, para a busca e a leitura de textos? E a
biblioteca escolar-existe e está funcionando realmente?
Dos questionados 11,11% (2 ) dizem que a professora lê quase todos os
dias, enquanto 88,88%(16) dos alunos afirmam que a professora lê na sala todos
os dias da semana. Além de criar o habito da leitura, ler diariamente é um
fator diferencial a leitura diária para os alunos como Silva(1998, p. 30). diz que,
ensinar
a ler criticamente significa, antes de mais nada, dinamizar situações em que o
aluno perceba, com objetividade, os dois lados de uma mesma moeda ou, se
quiser, os múltiplos lugares ideológico-discursivos que orientam as vozes dos
escritores nos seus textos.
Os
textos e livros literários a serem lidos devem ser analisados para que possam
desenvolver nos alunos a capacidade de discernir entre o bom e o ruim e do que
é certo e errado. É necessário ter exemplos também em casa, com escreve
Paço(2009,p.17):
Com a criança não é diferente, alguma delas
ouvem histórias desde o ventre materno, quando suas mães falam para elas ou com
elas, fazer histórias, ouvir histórias ou escrevê-las humaniza a criança e nos
humaniza também. Vai nos tornando cidadãos modificadores ou autores da cultura
e mergulhados nesta cultura, surgem transformações cada dia mais rápido numa
velocidade imensurável.
Os
alunos foram questionados se costumam ler e ouvir historias em casa, para
verificar se o processo de incentivo da leitura esta indo além dos muros da
escola. Das respostas 11,11%(2) responderam As vezes, e 27,77%( 5 ) disseram Quase
sempre e sua grande maioria 61,11%( 11) responderam que Sempre.
Por
meio da pesquisa realizada pode-se verificar que os professores compreendem a
importância da literatura dentro do ambiente escolar e fora dele. Utilizam
diversas estratégias para que seja desenvolvido aspectos intelectuais,
cognitivos, de aprendizagem e incentivo da leitura para compreensão e
propagação das culturas existentes no mundo. A maioria das crianças conseguem
ler e viajar dentro do livro infantil a ponto de sentir-se um personagem e
visualizar todo o enredo do livro e mais reconhecem os estilos literários que
apreciam e gostam, e aprendendo com
prazer sobre seu povo e sobre si, com conhecimentos éticos, morais e
democráticos da vida cotidiana e da historia do povo brasileiro.
4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pesquisar sobre a literatura
foi muito importante por permitir perceber a importância da literatura no
processo de leitura e escrita dos alunos, onde quem não lê pouco escreve, ou
não sabe fazer textos claros, objetivos e mais importante com amor e criatividade.
Por meio da pesquisa na escola pode-se
perceber que tanto professores quanto alunos reconhecem que a leitura de textos
literários é importante. Que possibilita ao aluno ter uma aprendizagem com o
desenvolvimento cognitivo, intelectual, emocional e psicológico.
As professoras conseguem incentivar seus
alunos a ler, a buscar os diversos gêneros literários existentes, elaboram
atividades para que possa haver um feeldback do conteúdo ensinado e conseguem
perceber o desenvolvimento da oralidade e da socialização por meio da
literatura, onde há heróis e malfeitores a serem combatidos e o maior deles é a
ignorância do consumismo, que pode ser lido, apesar de não mencionado no
trabalho em questão. Pode-se perceber que os livros literários atualmente são
lidos por influencia da mídia de comunicação.
Ficou evidente que professores e pais que
leem conseguem incentivar a criança a leitura, onde o habito e o exemplo é
visto no cotidiano influencia positivamente os pequenos leitores. Afirmo que há
uma necessidade de adaptação dos livros a nova realidade, pois muitos livros
que os órgão competentes enviam e compram para as escolas não atraem e nem se
adequam as séries indicadas e a grade curricular de ensino. Deixo ainda uma
nova questão para a próxima pesquisa: Que livros literários são interessantes
para todas as idades e por quê?
5.0 REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1.
ALBINO, Lia C.
P. A literatura infantil no Brasil:
origem, tendências e ensino. 2012. DISPONIVEL EM: Iesp rn.com.br/ftpiesp/Disciplinas%20PROISEP/M%F3dulo%205/LITERATURA%20INFANTO-JUVENIL/Texto%202%20-%20literatura_infantil
2.
Antunes, Irandé. Aula De Português
Encontro & Interação.São Paulo:Parábola Editorial, 2003 (Série Aula).
3.
ARIES,
Philippe. História Social da Criança e da Família. Flasksman de Dora (Trad.). Segunda edição. Copyright –by
:LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, RJ.1981.
Disponivem em: http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdf
acessado em 23/5/2014 as 23:00
4.
BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial
curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
5.
BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial
curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
6.
CADEMARTORI Lígia. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 23.
7.
CAGLIARI, L. C. Alfabetização & Lingüística.
14ª Reimp. Ed. São Paulo: Scipione, 2007.
8.
CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria e prática.18
ed.São Paulo: Ática,1999
9.
DE MELO
SANTANA, Suely; ROAZZI, Antonio; MARIA DAS GRAÇAS, B. B. Paradigmas do
desenvolvimento cognitivo: uma breve retrospectiva. Estudos de psicologia, v. 11,
n. 1, p. 71-78, 2006.
10. DE
MENEZES, Mindé Badauy e RAMOS, Wilsa Maria.(Org.) versão original do
Proformação. – Brasília: MEC. Secretariade Educação Básica. Secretaria de
Educação a Distância, Livro de estudo: Módulo IV 2006.116p. (Coleção
PROINFANTIL;Unidade 5)
11. GOMES, Ruth Cristina Soares; GHEDIN, Evandro. O
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA VISÃO DE JEAN PIAGET E SUAS IMPLICAÇÕES A EDUCAÇÃO
CIENTÍFICA.2010. Disponivel em http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1092-2.pdf acessado em:3/6/2014.
12. HELD,
Jacqueline. O imaginário no poder.
As crianças e a literatura fantástica. São Paulo: Summus, 1980.
13. MOTTA,
Xênia Fróes da. DA SILVA, Renato. Um
olhar possível sobre a infância. Revista Eletrônica do Instituto de
Humanidades ISSN-1678-3182 Número XXXV 2011 -ww.unigranrio.br
14. OLIVEIRA,
Zilma de Moraes Ramos (Org.). Educação
infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
15. PIAGET, Jean. Desenvolvimento e aprendizagem. Studying teaching, 1971.
16. RICARDI,
Geise Cristina Lubas. O contexto
pedagógico de CEINFS de campo grande/ms: um olhar sobre a atuação das
profissionais de educação infantil [Dissertação-Mestrado]UCDB:2008.DISPONÍVEL
EM: http://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/8068-o-contexto-pedagogico-de-ceinfs-de-campo-grande-ms-um-olhar-sobre-a-atuacao-das-profissionais-de-educacao-infantil.pdf
ACESSADO EM 12/05/2014 AS 00:03
17. ROCHA,
Rita de Cássia Luiz da. História da
infância: reflexões acerca de algumas concepções correntes UNICENTRO,
Guarapuava-Paraná v. 3 no 2 p. 51-63 jul/dez. 2002
18. SCHARF,
Rosetenair Feijá. A ESCOLA E A LEITURA:
Prática Pedagógica da Leitura e Produção Textual [dissertação- mestrado]
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Tubarão – SC, 31/08/2000
19. SILVA,
Ezequiel Theodoro da Silva. Criticidade e Leitura: ensaios. São Paulo: Mercado
de Letras, 1998.
20. ________.
Elementos da pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
21. ZILBERMAN,
Regina. A literatura infantl na escola.
10ªed.São Paulo: Global 1998
[AC1]“Com
relação às idades da vida humana, a pesquisa de ARIÈS aponta que a
forma de representar a cronologia humana passou por
várias mudanças, indicando diferentes
formas de representar esses períodos” http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdfda Silva. Criticidade e Leitura: ensaios. São Paulo: Mercado
de Letras, 1998.
20. ________.
Elementos da pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
21. ZILBERMAN,
Regina. A literatura infantl na escola.
10ªed.São Paulo: Global 1998
[AC1]“Com
relação às idades da vida humana, a pesquisa de ARIÈS aponta que a
forma de representar a cronologia humana passou por
várias mudanças, indicando diferentes
formas de representar esses períodos” http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdfr sobre a atuação das
profissionais de educação infantil [Dissertação-Mestrado]UCDB:2008.DISPONÍVEL
EM: http://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/8068-o-contexto-pedagogico-de-ceinfs-de-campo-grande-ms-um-olhar-sobre-a-atuacao-das-profissionais-de-educacao-infantil.pdf
ACESSADO EM 12/05/2014 AS 00:03
17. ROCHA,
Rita de Cássia Luiz da. História da
infância: reflexões acerca de algumas concepções correntes UNICENTRO,
Guarapuava-Paraná v. 3 no 2 p. 51-63 jul/dez. 2002
18. SCHARF,
Rosetenair Feijá. A ESCOLA E A LEITURA:
Prática Pedagógica da Leitura e Produção Textual [dissertação- mestrado]
Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Tubarão – SC, 31/08/2000
19. SILVA,
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20. ________.
Elementos da pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
21. ZILBERMAN,
Regina. A literatura infantl na escola.
10ªed.São Paulo: Global 1998
[AC1]“Com
relação às idades da vida humana, a pesquisa de ARIÈS aponta que a
forma de representar a cronologia humana passou por
várias mudanças, indicando diferentes
formas de representar esses períodos” http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdf
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