Subordinados? Educadores? Indíos? Negros? Brancos?
É direito lutar por seus direitos.
Os índios e os negros lutaram por seus ideais de
liberdade, de respeito, mantiveram sua cultura e seus costumes através das
gerações, até o momento de serem livres e poderem exercer seu papel de cidadão participante
de uma republica. Hoje continuamos a luta contra a desigualdade, e a “ tarefa
mais difícil e necessária é aprender a lutar conjunta e politicamente para
passar da condição de dirigidos à de “dirigentes”, de modo a construir
historicamente uma “hegemonia” democrático-popular, realizada e conduzida pelas
classes subalternas que “querem educar a si mesmas para a arte do governo e têm
interesse em conhecer todas as verdades, inclusive as desagradáveis e evitar os
enganos (impossíveis) da classe superior e ainda mais de si mesmos”(2012, p.65)
antes o caráter preconceituoso que existia era sobre a raça, a cor da pele . Hoje a
desigualdade e o preconceito e do que você não tem.
Observei neste inicio do
ano de 2015, professores fazendo greve, reivindicando seus direitos e foram
tratados principalmente pela mídia como errados. Ouviu-se : Eles estão
retirando os direitos dos alunos começando uma greve no inicio do ano. Será que
os educadores de hoje estavam ensinando seus alunos a lutarem por seus
direitos, a demonstrarem cidadania? Acredito que sim, mas diante de uma classe
profissional desvalorizada e desrespeitada, demoraram por se fazer entender,
assim como os índios e os negros que não eram diferentes das outras raças,
somos todos brasileiros e merecemos respeito.
“Na educação, as ações afirmativas dizem respeito à
garantia do acesso, da permanência e do direito à aprendizagem nos diferentes
níveis, etapas e modalidades da educação aos grupos historicamente excluídos.
Isto requer o pleno reconhecimento do direito à diferença e o posicionamento
radical na luta pela superação das desigualdades socioeconômicas, raciais, de
gênero, orientação sexual, regionais, de acesso à terra, à moradia, e oriunda
da condição de deficiência, para o exercício dos direitos humanos.(2014, p.31). Reforça-se que as politicas públicas
voltadas a educação devem utiliza-se de parâmetros para tornar a sociedade
igualitária, a titulo de oferta e oportunidades de preparo institucional para o
mercado de trabalho e não permanecer no assistencialismo mantendo o povo como
subalternos sociais. Educar para a consciência dos direitos humanos, tornando
os alunos conscientes de que assim como os negros a cor do seu sangue é a mesma de todos
aqueles que se julgam melhores, e que seu suor tem um preço. O preço do seu
respeito e dignidade de ser cidadão.
Bibliografia:
SEMERARO,
Giovanni. Subalternos e Periferias: uma leitura a partir de Gramsci. In Germinal: Marxismo e Educação em
debate, local, v.4, n°1, p.58-69, jun. 2012.
FERNANDES, Francisco das
Chagas(Coord.). Documento Final da CONA. Brasília, 2014
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