terça-feira, 9 de junho de 2015

 Pedagogia do Oprimido e EJA.


A parte que mais me chama a atenção é  que “NINGUÉM LIBERTA NINGUÉM, NINGUÉM SE LIBERTA SOZINHO: OS HOMENS SE LIBERTAM EM COMUNHÃO”(FREIRE, p.29) onde para que ocorra essa libertação o oprimido deve reconhecer-se como gente, cidadão capaz de modificar o que lhe aflige.
As reflexões sobre o que esta acontecendo com você e com o seu próximo é real, mas não se deve fica somente no pensar. Deve-se agir e até rebelar-se contra si e contra tudo que há de errado. Observa-se que o oprimido se sentiu grato, sente amor por seu opressor por não reconhecer que: ser preso a algo ruim, é o que acontece com ele.
Como educadores podemos propor sempre uma troca de experiências para que os referenciais do que é bom e do que é ruim surjam e se modifiquem.  Propor a valorização destes alunos que muitas vezes apresentam sentimentos de estarem atrasados, excluídos, que são menos inteligentes (o que não existe), o de conformados, com baixa estima. Confiar em si é o primeiro passo neste momento, o trabalho com dinâmicas de reconhecimento de si, de suas qualidades, auxilia muito o processo de ensino e aprendizagem.
Como escreveu Freire (p.40) “Quanto mais se problematizam os educandos, como seres no mundo
e com o mundo, tanto mais se sentirão desafiados. Tão mais desafiados, quanto mais obrigados 
responder ao desafio. Desafiados, compreendem o desafio na própria ação de captá-lo.”
 Freire neste momento conta o pulo do gato para os educadores, que os adultos do EJA, são pessoas com
vivencias que querem colocar para fora, socializar suas vitorias e perdas, buscando mostrar como venceu o desafio ou se alguém pode ajuda-lo a resolver. Dentro deste contexto todos se veem como seres humanos capazes de lutas, de modificar sua realidade.
O educador neste momento como adulto que ensina e aprende, como todos ali presentes; propõe desafios, que irão gerar o conflito e a solução, despertando a criatividade, a credibilidade e 
a confiança do educando.

Bibliografia

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, escrito em outono de 1968 em Santiago-Chile (1ª edição em inglês, espanhol, italiano, francês e alemão e, somente em 1975, publicado em português no Brasil)Disponível em: http://forumeja.org.br/files/PedagogiadoOprimido.pdf

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