terça-feira, 16 de junho de 2015

Monografia: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental.

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Literatura Infantil: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental.





Monografia aprovada como requisito parcial para a conclusão do curso de pedagogia da faculdade projeção de XXXXXXX-XX, pela seguinte banca examinadora:



Presidente da Banca: Professor M. SC. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx








Professor Convidado: Professor M. SC.



sacolinha da leitura
uma boa forma da família participar do processo para que o aluno tenha gosto, apreço por ler.


 





Cada sacolinha vai com um personagem que lê a estoria no imaginário ou no real.

















































Dedico este trabalho a minha mãe XXXX, meu XXXX, MINHA FILHA xXXXX




 






AGRADECIMENTOS





Agradeço primeiramente a Deus por te me proporcionado sabedoria e paciência,   minha mãeXXX, a meu esposo XXXXX , que me motivou a não desistir, minha filho Artur,. As minhas queridas amigas xxxxxxxxx. Agradeço, em especial, o Professor Me. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, por ter tido paciência e, sobretudo sabedoria e poder ter acrescentado nessa etapa mais importante da minha vida.



 













































"É necessário ter uma sociedade leitora, para que a criança seja leitora". (Campos de Queirós)
 





RESUMO


O tema do trabalho de pesquisa em questão é: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo : Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança. Especificando: O histórico da infância. A compreensão de como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.  E propõe –se também :Analisar como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem. E por fim de Analisar se é possível desenvolver o gosto pela leitura, por meio da literatura infantil. Adquirir o prazer em ler, desenvolvendo assim diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo que for aprender na escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura infantil é de muito cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, é uma ferramenta facilitadora para a aprendizagem; desenvolve a coordenação motora e o cognitivo; facilita a aquisição de habilidades e, além de tudo, ajuda no processo de ensino e aprendizagem.


Palavras- chaves: Literatura. Leitura. Desenvolvimento Cognitivo.


ABSTRACT


The theme of the research in question is: The importance of children's literature for the cognitive development of children from 2nd year of teaching elementary school. Aims to: Understand how children's literature can help in the cognitive process of the child. Specifying: The history of childhood. The understanding of how the cognitive development of children through children's literature. And it is also proposed: Analyze how children's literature contributes to the development of the learning process. And finally to analyze whether it is possible to develop a love of reading through children's literature. Acquire pleasure in reading, developing various skills that facilitate learning in all that is learning in school. The moment you will work with children's literature is very careful in the choice of the material offered to these children, is an enabling tool for learning; develops motor coordination and cognitive; facilitates the acquisition of skills and, above all, help in the teaching and learning process.


Keywords: Literature. Reading. Cognitive Development.





 


SUMÁRIO

1. Introdução...............................................................................................  09
1.1. A importância da literatura  para o desenvolvimento cognitivo de crianças
 no segundo ano do Ensino Fundamental....................................................  09
1.2. Questão problema.................................................................................  10
1.3. Justificativa...........................................................................................  10
1.4. Objetivos...............................................................................................  11
1.4.1. Objetivo geral.....................................................................................  11
1.4.2. Objetivo específicos...........................................................................  11

2. Referencial Teórico................................................................................  12
2.1 O Histórico da infância...................................................................12
2.2 O Surgimento da literatura infantil................................................19
2.3 A importância da literatura infantil para o aprendizado................24
2.4. A contribuição da literatura infantil para o desenvolvimento
Cognitivo............................................................................................27
2.5 Despertando o gosto pela leitura por meio da literatura infantil..31

3. Metodologia.............................................................................................  35
3.1. Sobre a pesquisa..................................................................................... 35
3.2  Análise de dados.................................................................................... 35
4. Considerações Finais...............................................................................  42
5. Referências Bibliográficas......................................................................  43







 


1     INTRODUÇÃO

1.1 A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental.

A literatura infantil  “é uma comunicação histórica(localizada no empo e no espaço) entre um locutor ou um escritor-adulto(emissor)e um destinatário criança”(COELHO, 2000,p.30) ela ensina aos alunos a viajar em aventuras e lugares desconhecidos por elas, agrega uma aprendizagem cognitiva, desenvolve a criatividade, imaginação, comportamento ético e a sociabilidade.
 O tema do trabalho de pesquisa em questão é: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo : Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança. Especificando:O histórico da infância. A compreensão de como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.  E propõe –se também :Analisar como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem. E por fim:Analisar se é possível desenvolver o gosto pela leitura, por meio da literatura infantil.
Adquirir o prazer em ler, desenvolvendo assim diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo que for aprender na escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura infantil é de muito cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, a metodologia empregada e  deve-se preocupar em como avaliar se realmente a leitura esta sendo desenvolvida, como escreve Cagliari (2007,p.169): “Além de ter um valor técnico para a alfabetização, a leitura é ainda uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização, que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e de estudar”.
 Mas a aprendizagem tem seus dois lados a de dentro para fora e a aprendizagem que é proporcionado pelo meio externo, dessa maneira, a ênfase dada ao processo de aprendizagem e à construção do pensamento através das relações que o aluno mantém com as outras pessoas é que remete a uma aprendizagem significativa da leitura para o próprio aluno. A aprendizagem de dentro para fora é quando o aluno tem s sede do conhecimento que observa tudo e conversa com todos sobre suas dúvidas e assim vão construindo um vocabulário, adquirindo um rol de informações que serão utilizadas conforme forem lendo textos para ela e a aprendizagem de fora onde é construída formalmente dentro da escola por meio de um trabalho árduo do professor diariamente. Antunes (2003, p.70),escreve sobre a leitura e suas atividades:
A atividade da leitura favorece, num primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Na verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas idéias, novos conceitos, novos dados, novas e deferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos acontecimentos, do mundo em geral.
 É importante que a escola considere que como seres sociais seus alunos só aprendem em comunhão por meio da troca de dados, e devem deixar assim de desejar alunos com uma aprendizagem igualitária e parar de propor sempre processos de aquisição do conhecimento individualistas, afinal o estimulo para a leitura  da literatura ocorre através da motivação de compreender como os outros pensam, e por meio das informações do que é lido colocar o imaginário para funcionar, este aluno vai aprender naturalmente primeiramente aprende a falar a linguagem do grupo em que vive depois pro intermédio da troca de experiências percebe-se que o sucesso da criança na aprendizagem da leitura e da escrita depende do seu amadurecimento fisiológico, emocional, neurológico, intelectual e social que só é adquirido por causa do momento de leituras coletivas em grupos menores.
São os professores que devem se preocupar em como ocorre o processo de construção da leitura e determinar o que a literatura vai proporcionar a seus alunos. Desenvolver com eles atividades que desenvolvam seu repertório assim terá um desenvolvimento na capacidade de comunicação, está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida, para desenvolver a criatividade, criticidade e imaginação.

1.2       Questão Problema
De que forma a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança do 2° ano do ensino fundamental?


1.3       Justificativa

 Escolha deste tema se surgiu diante da necessidade da acadêmica formanda em pedagogia de estudar e pesquisar se o uso de textos literários e livros traduzidos da literatura realmente contribuem para o desenvolvimento de alunos do segundo ano do Ensino Fundamental. Diante desta necessidade de compreender me propôs a verificar como era esta contribuição e como ela se realiza atualmente nas salas de aula, pois acredita-se que todos os pontos de vista devem ser ouvidos ate chegar a um senso comum entre todas as partes que compõe este trabalho de educar utilizando a literatura como ferramenta.
 



1.4         Objetivos

1.4.1        Objetivo Geral:
Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança.

1.4.2        Objetivos específicos:
Conhecer o histórico da infância.

Compreender como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.

Analisar como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem.   
         
Analisar se é possível desenvolver o gosto pela leitura, por meio da literatura infantil.






2.0 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1  O HISTÓRICO DA INFÂNCIA
O conceito de infância pode ser dito como uma questão de tamanho, idade, comportamento, aqueles que são pequenos, que ainda vão crescer, que tem uma comunicação primitiva a ser construída.  De acordo com Oliveira (2002 p. 44) infância significa:
O termo infância (in-fans) tem o sentido de não fala . Pode-se, com base nisso, perguntar: a que período da vida humana ele se referia? Caso seja aos primeiros meses de vida, quando a criança ainda não adquiriu a língua de seu grupo cultural, é preciso lembrar que, desde o nascimento, já começam a ser construídos sistemas de comunicação entre o bebê e seu entorno social por meio de choros, sorrisos, gestos, etc. Vale dizer que a tentativa de comunicar-se, ou seja, de falar, é muito precoce. Infância refere-se, então, aos primeiros anos de vida.
A história da infância segundo Philippe Aries(1981) “e através de pesquisas no campo da história, filosofia, psicologia, sociologia, biologia, antropologia, arqueologia, entre outros” (ROCHA,2002, p.54) surgiu a discussão de como uma criança era vista e tratada na infância, foi tornou possível a mistura de diferentes olhares de vários autores, que contribuíram para compreender o que é infância e como trabalhar e educar uma criança.
Philippe Aries foi um pai dos estudos por a ter interesse em pesquisar sobre a história da infância, a partir de estudos realizados por ele. “Por meio de varias fontes, como a iconografia religiosa e leiga, cartas, diários de família, dossiês familiares, registros de batismos e inscrições em túmulos”(ROCHA,2002,p.53)
Por meio de estudos realizados por Aries(1981), até por volta do século XII a arte medieval desconhecia a infância e não tentava representá-la. Não havia lugar neste mundo para a infância, talvez por se tratar de um período de transição, que era rapidamente ultrapassado, cujas lembranças também não duravam a serem perdidas, caso superasse a fase da grande mortalidade. Segundo o autor os familiares não tinham ressentimento quando uma criança vinha a óbito, pois ainda não havia o sentimento de amor materno, sendo que as famílias eram apenas social e não exerciam seu lado sentimental. Como relata Motta&Da Silva(2011,p.38) sobre A infância do ponto de vista de Ariés:
Durante o século XVII houve uma mudança do pensamento, um novo hábito surgia entre a burguesia, em que o termo infância se aproxima ao sentido moderno. “A ideia de infância estava ligada a ideia de dependência” (ARIÈS, 1981, p. 42). Isso significava que a criança deixava de sê-la quando esta dispensava cuidados de sobrevida.
A história da criança, contada por Aries(1981 IN:SILVA,2011), destaca que as crianças foram tratadas como miniatura de adultos: na sua maneira de vestir-se, na participação em festas e danças. Os adultos tratavam as crianças sem discriminações do que ela podia ou não ouvir ou saber, o vocabulário adulto era utilizado, não havendo distinção. Realizavam brincadeiras grosseiras sem preocupar-se com a fragilidade do corpo infantil ainda em desenvolvimento. Todos os tipos de assuntos eram discutidos na sua frente do pequeno adulto até mesmo os de cunho sexual, os mini-adultos também tinham a participação em jogos sexuais. Isto acontecia porque os adultos não conseguiam visualizar a criança como um ser de existência inocente, frágil e com pureza, não conseguiam perceber as crianças como seres em desenvolvimento psicológico e moral
Desde muito cedo a criança já fazia parte do mundo adulto. Após supridas as necessidades físicas como: andar, ter nascido os dentes, comunicar-se a criança era inserida na sociedade de adultos juntamente com os adolescente. Apenas o seu tamanho os distinguia dos adultos. As obras de artes que os retratavam não expressavam nenhuma diferença facial e corporal mostrava a criança semelhante ao adulto. A história da infância nos mostra a possibilidade para refletir sobre a maneira em que entendemos e lidamos com a criança atualmente. De acordo com Rocha (2002; p. 52)a infância deve ser:
Nessa expectativa, a fase da infância seria marcada pela ausência da fala e de um conjunto de ações esperadas, considerados como manifestações irracionais. Deste modo a infância se contrapõe à vida adulta. Os comportamentos racionais eram considerados apenas dos seres adultos. Apenas o adulto era quem pensava, raciocinava, agia e tinha capacidade para alterar o mundo não sendo possível tal capacidade destinada às crianças, além do que a transição da vida infantil para a vida adulta era tida com uma fase de superação.
A pesquisa de Aries(1981) aponta que a idade da vida humana[AC1] ,  foi representada por várias formas cronológicas que eram baseadas por muitas mudanças sociais, econômicas e politicas durante cada período. Utilizados várias representações temporais que levavam em conta: elementos da natureza, estudos dos astros, crenças populares, fenômenos naturais e sobrenaturais. Como cita Leontiev (1978,p.272. In : MELLO(2007,p.87-88))sobre como a criança aprende:
As aquisições do desenvolvimento histórico das aptidões humanas não são simplesmente dadas aos homens nos fenômenos objetivos da cultura material e espiritual que os encarnam, mas estão aí apenas postas. Destes resultados, para fazer deles as suas aptidões “os órgãos da sua individualidade”, a criança, o ser humano, deve entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante através doutros homens, isto é, num processo de comunicação com eles. Assim a criança aprende a atividade adequada. Pela sua função, este processo é, portanto, um processo de educação.
Por volta do século XIII exibiu-se um sentimento maior em relação à criança, mas ainda assim não eram representadas por uma característica ou expressão particular.
No período de grandes transformações históricas, especificamente, do século XII ao XVII, a infância tomou diferentes conotações dentro do imaginário do homem em todos os aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos, de acordo com cada período histórico. A criança nesta época era vista como substituível, caso morresse teriam outros filhos, como se aquele não fizesse falta por não ser forte o suficiente para sobreviver era tratado como: ser produtivo, mão de obra barata, que tinha uma função utilitária para a sociedade, pois a partir dos sete anos de idade era inserida na vida adulta e tornava-se útil na economia familiar, realizando tarefas, imitando seus pais e suas mães, acompanhando-os em seus ofícios, cumprindo, assim, seu papel de provedor da família como todos os outros membros da família.
Naquela época, as criança eram educadas por pessoas que não faziam parte da família como: as parteiras, babás, amas de leite, entre outros. Tudo era natural até que os pequenos fossem cuidados por outras famílias que os iriam educar, quando faziam sete anos retornavam a sua família de origem para ser inserida na vida familiar e no trabalho. Como relata Rocha(2002, p.55):
Dessa forma, as crianças eram submetidas e preparadas para suas funções dentro da organização social. O desenvolvimento das suas capacidades se dá a partir das relações que mantêm com os mais velhos. Portanto, percebe-se uma distância da idade adulta e da infância em perspectiva cronológica e de desenvolvimento biológico, pois a infância é retratada pelas afinidades que o adulto estabelece com a criança, ou seja, tudo era permitido, realizado e discutido na sua presença.

Diante desta nova perspectiva evolutiva cronológica as mudanças de tratamento, ideais e vislumbramento dos cuidados com a criança só ocorreram mais tarde, “no século XVII, com a interferência dos poderes públicos e com a preocupação da Igreja em não aceitar passivamente o infanticídio, antes secretamente tolerado.”(ROCHA, 2002, p.55) Preservar e cuidar das crianças seria um trabalho realizado exclusivamente pelas mulheres, no caso, as amas e parteiras, que agiriam como protetoras das pequenas crianças incapazes de comunicar-se e alimentar-se sozinhas, criando uma nova concepção sobre a manutenção da vida infantil, afim de evitar a morte de um agora considerado membro da família.
Assim começam a surgir medidas para salvar as crianças. As condições de higiene tratamento foram melhoradas passou a existir uma preocupação preocupação com a saúde das crianças, e depois de ter tanto trabalho com a criação, fez com que os pais não aceitassem perdê-las com naturalidade mesmo se possuíssem outros filhos.
No século XIV, devido ao grande movimento religioso cristã, surge a criança mística ou criança anjo. A comparação dos traços infantis com de representantes de Deus, fez com que houvesse uma valorização da figura infantil.
Um novo estereotipo de criança surgem entre os séculos XIII e XIV  com a aparência nas obras literárias e de arte mais semelhante as retratadas pelo sentimento moderno. “Surge então o anjo representado sobre a aparência de um rapaz muito jovem, adolescente”(ARIES, 1981, p.41). Diante deste novo olhar crianças que eram educadas para ajudar nas missas. Os auxiliares ‘coroinhas’ eram  os meninos que possuíam características físicas com formas e traços mais redondos e graciosos, como de anjos e querubins.
Surgiu ainda um segundo estereotipo de criança que seria o modelo representativo de todas as crianças pequenas da história da arte: o “Menino Jesus ou Nossa Senhora menina. Representação de Jesus em pé co;m uma camisa quase transparente com os braços em torno do pescoço aninhado ao colo com o rosto colado ao dela.” (ARIES, 1981, p.42) A imagem da virgem Maria com seu filho representando uma figura materna de amor, cuidado e zelo por seu fruto foi outra idéia que idealizou várias outras obras, como cita Aries(1981,p.41):
No século XIII, a virgem Maria inspirou outras cenas familiares. Havia cenas de família em que os pais estão cercados por seus filhos. Por exemplo: num retrato da família de Moisés, o marido e a mulher dão as mãos enquanto as crianças que os cercam estendem a mão para a mãe. Esses casos, porém, eram raros. O sentimento encantador da tenra infância permaneceu limitado ao menino Jesus ate o século XIV, quando a arte italiana contribuiu para desenvolvê-lo e expandi-lo.  Um terceiro tipo de criança apareceu na fase gótica. O menino Jesus quase nunca era representado despido. O menino Jesus aparecia como as outras crianças de sua idade, ou seja, enrolado em cueiros ou vestido com uma camisa ou uma camisola. Ele só se desnudaria no final da Idade Média. As crianças que representavam personagens bíblicos estavam sempre vestidas.
Ainda segundo Aries(1981), os tipos medievais de crianças evoluíram durante os séculos XIV e XV. O anjo-adolescente, indicado no século XIII influencia ainda a pintura religiosa do século XV, mas o tema da infância sagrada continua se diversificando e se ampliando. Àquele grupo formado por Jesus e Maria o artista daria importância maior aos aspectos graciosos, ternos e ingênuos da primeira infância (a criança procurando o seio da mãe ou preparando-se para beijá-la ou acaricia-la, por exemplo).
Com o passar do tempo e devido aos novos ideais políticos e sociais, a infância religiosa deixou de se limitar  a seguir a mesma infância que a de Jesus, já que os tempos e as situação. Com o passar dos tempos vão surgindo novos exemplos, como escreve Aries(1981,p.41):
Surge, então, em primeiro lugar a infância da Virgem, que inspirou ao menos dois temas novos e frequentes: o tema do nascimento da Virgem e o tema da educação da Virgem. Depois, surgiram as outras infâncias santas: a de São João, o companheiro de jogos do menino Jesus, a de São Tiago, e a dos filhos das mulheres santas. Ainda nos assuntos representados nas obras de arte, multiplicam-se cenas de crianças onde se procura reunir os mesmos conjuntos o grupo dessas crianças santas, com ou sem suas mães.
 Surge na literatura uma representação do que viria a ser as estórias infantis, ocorre no século XIV um florescimento de histórias de crianças nas lendas e contos pios. Essas características se mantiveram até o século XVII, que todos podem acompanhar: na pintura, na tapeçaria e na escultura, com traços de representação religiosa da infância e dos traços maternais da mãe de Jesus idolatrados pela igreja vigente.
 finalmente destacar-se numa representação leiga nos séculos XV e XVI. Não era ainda a representação da criança sozinha.
A representação da criança mística, aos poucos, vai se transformando, assim como as relações familiares. A mudança cultural, influenciada por todas as transformações sociais, políticas e econômicas que a sociedade vem sofrendo, aponta para mudanças no interior da família e das relações estabelecidas entre pais e filhos.
A criança passou a ser educada pela própria família o que gerou nos pais um sentimento de apego onde a criança era tratado com mais cuidado, preocupação como um ser mais limitado que não deve ser exposto a tudo. Esse momento foi marcado por estes  dois sentimentos: paparicação e apego, como cita Rocha(2002, p.56):
A paparicação seria um sentimento despertado pela beleza, ingenuidade e graciosidade da criança. E isto fez com que os adultos se aproximassem cada vez mais dos filhos. Assim, os gracejos das crianças eram mostrados a outros adultos, fazendo da criança uma espécie de distração, tornando-se, bichinhos de estimação.,

A paparicação é um sentimento despertado pelo filho nos pais fazendo com que ele tenha prazer em realizar atividades que contribuem para a criação do seu filho assim como som seu bem estar, o pequeno passa a ser visto como um bibelô, bonito e gracioso. Sugere também a preocupação de como cuidar deste presente frágil e delicado que exige tanta atenção. Como cita ARIÈS (1981, p. 68):
Por essa necessidade de manter uma pessoa provida de tanta beleza e graça, surgem medidas para salvá-la e garantir sua sobrevivência. As condições de higiene foram melhoradas e a preocupação com a saúde das crianças fez com os pais não aceitassem perder seus filhos com naturalidade e, os que perdiam, aceitavam como sendo a vontade de Deus, segundo a orientação religiosa da época.
Este sentimento de apego e proteção primeiramente internalizado nas mulheres, não era compartilhado por todas as pessoas, algumas ficavam irritadas com a nova forma de tratar as crianças. Principalmente aqueles que julgavam que crianças eram mão de obra barata e não questionadora, que as utilizavam como mucamas e serviçais.
Atualmente a infância é vista como uma fase de aprendizagem de transformação e amadurecimento advindos das experiências. Tem –se um momento de desenvolvimento cognitivo, intelectual, de sua coordenação motora ampla e fina, do desenvolvimento da memória auditiva e visual e do raciocínio lógico.




2.2. O SURGIMENTO DA LITERATURA INFANTIL

A literatura é considerada uma arte que usa as palavras para que o artista expresse sua arte, é capaz de mudar o modo de ver o mundo de viver neste mundo por meio da literatura unem –se pessoas em épocas, décadas diferentes, das mais diversas culturas e idiomas. Como De Menezes & Ramos(2009,p.18) escreve:
Na literatura, que é arte pelas palavras, a criação não vem do nada, mas, no que quer que ela se apóie, será original no modo novo, no arranjo diferente das palavras, na invenção, na transgressão, na quebra de clichês, no ponto de vista exclusivo que determinará um efeito único, especial, um estilo próprio e inconfundível. Uma obra de arte literária tem como objetivo o belo e como objeto a ficção, o fantástico, num outro universo modificado, imaginário, feito de conotações, de elementos de sugestão, de recriação, de plurissignificações, de estímulos à fantasia, ao lúdico, ao jogo transformador da co-autoria de múltiplas leituras divergentes e maravilhosas
Conceituar literatura se faz necessário para que seja internalizado que a literatura tem um forte poder social, político e econômico. Onde pessoas que são detentoras do conhecimento são capazes de emitir opinião, criticar e racionalizar soluções dos problemas vivenciados por ela e pela sociedade em que vive. O escritor literário e o leitor sofre um processo de mutação na sua capacidade de dialogar, de rever situações e agir de forma diferente e analítica.
“Entre 1660 e 1880 houve mudanças significativas na prática de criação das crianças. Tudo acontece entre a alta burguesia e os profissionais liberais. Desenvolve-se um modelo familiar voltado para os filhos;” (SCHARF, 2000, p.22) Onde a mãe passa a ter um novo papel o de dominante  do lar e de suas proles, passando a acolher, zelar, cuidar, ensinar as tarefas do lar/domésticas. A partir deste momento a mulher tinha que saber ler e escrever, para anotar receitas e ensinar as suas filhas. Um outro fator é a educação religiosa que deveria obrigatoriamente ser ensinada independente do gênero neste caso.
  A literatura infantil surgiu inicialmente em meados  do século XVIII, quando a burguesia teve sua ascensão. “O compromisso da literatura infantil com o ensinamento caracterizou o gênero desde o seu surgimento na Europa no século XVIII, quando o texto era usado como pretexto, recurso didático e veículo de propaganda das idéias das classes burguesas.”(ALBINO,2012,p.12). E surge assim uma educação popular é claro que era diferente: a educação de um burguês, para a de um nobre os livros que eram apresentados para uma classe popular eram lendas, contos folclóricos, histórias que iriam transmitir a eles a condição de dominação, de serem submissos e conformados com esta condição. Que de acordo com Paço(2009,p.12) até mesmo o que se lia era de acordo  com a classe social:
Existiam no século XVIII, duas realidades. A criança da nobreza, orientada por preceptores, lia geralmente os grandes clássicos, enquanto a criança das classes desprivilegiadas lia ou ouvia as histórias de cavalaria, de aventuras. As lendas e contos folclóricos formavam uma literatura de cordel de grande interesse das classes populares.
Outro fator importante neste momento é a mudança de visão do educando adulto, da criança e do jovem, Como escreve De Menezes &Ramos(2006, p.19):
Até o século XVIII, não se falava em literatura infantil, livros escritos para crianças, dedicados ao público infantil. As crianças liam o mesmo livro que os adultos, na medida em que o conseguiam. As das classes privilegiadas liam especialmente os clássicos, e as outras mais ouviam do que liam os livros de cavalaria, de aventuras, lendas e contos folclóricos.
 Os primeiros autores foram “Perrault” e depois os “irmão Grimm”, “ Anderson, Mark Twain, Charles Dickens  que foram transcritos e adaptados várias vezes para uma linguagem mais pueril e infantilizada. Com inicio da popularização dos livros que descreviam aventuras a família foi adquirindo uma relação de afetividade e proteção com os pequenos o que fez surgir os serões onde pessoas se reuniam em volta de fogueiras para ler as estórias e dialogar reflexivamente sobre as aventuras que haviam lido. Muitos autores não queriam escrever para crianças por acharem que seriam considerados inferiores ou bobos por utilizarem uma linguagem mais simples e escreverem contos ou fábulas para expressarem e educarem por meio da moral e da criticidade como cita De Menezes; Ramos(2006,p.26):
O próprio Perrault, que recolheu e deu forma literária a 11 contos, entre eles, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, As duas fadas, Joãozinho e Maria, Pele de Asno, Riquete de Crista, Gata Borralheira, Os desejos de Griselda, achou que para um membro da Academia, não ficaria bem escrever histórias folclóricas. Assim, usou um nome falso para assinar o livro que o tornou mundialmente famoso e que se chamou Contos da Mamãe Gansa.
 A literatura infantil no Brasil surgiu primeiramente como traduções de obras portuguesas, que foram trazidas pelos colonizadores do Brasil onde acabou-se herdando estes conteúdos literários. A literatura infantil brasileira tem um grande pai que é Monteiro Lobato, com personagens fictícios que comprovam uma grande imaginação e valorização da cultura folclórica brasileira. Tem caráter de questionamento de problemas nacionais e mundiais.
 O “livro de Lobato, A menina do narizinho arrebitado, é considerado o primeiro livro de literatura infantil brasileira. Foi publicado em 1921”(De Menezes; Ramos,2006,p.22) onde escreve  com uma linguagem que atrai a criança por ser simples e pura como uma criança e ser atrativa por representar algo possível de acontecer, uma aventura que quem ler imagina e se identifica com a personagem e local da estória .
   Muitos Escritores e escritos da literatura infantil antigos são lidos e relidos por várias gerações. Os livros e personagens presentes na literatura infantil são inesquecíveis principalmente por trazerem lembranças, sonhos, desejos é isto que um livro literário pode desperta em uma criança a criatividade. Ler é uma forma de viajar, de ir a lugares que você não conhece e viver aventuras sem sair do sofá.
     Autores europeus como Júlio Verne, Jonathan Sufeft, Daniel Defoe, contribuíram maciçamente para a construção do literário infantil e para formar grandes escritores brasileiros como: Erico Veríssimo, Jorge Amado, Carlos Drumond de Andrade e lendo a  essa declaração deles que podemos perceber o quanto a literatura na infância faz diferença quando o homem de torna o adulto, o escritor.
   Deve-se observar quais textos são mais adequados para crianças, assim como o tipo de educação que aquele ser vai receber  a metodologia para um adulto não é a mesma para uma criança pois cada um tem sua vivencia, há influencia de outros meios de comunicação como a televisão , as musicas,  a cultura teatral, as festas de comemorações, vídeos games que retiram a vontade de ler já que existe um brinquedo , um lazer que não exige muito de sua capacidade intelectual. Como relata DE Menezes e Ramos(2006,p.30):
O professor uruguaio Jesualdo, em seu “A literatura infantil” faz, de início, a advertência: “Todas as recomendações que se possam fazer aos escritores sobre como escrever para as crianças serão sempre poucas”. E Leni Werneck Dornelles, uma especialista no assunto, mostra que, ao contrário do que muita gente pensa, escrever para o leitor infantil é tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil escrever para a criança. Ela é muito exigente, muito mais do que se possa imaginar. Gosta de encontrar nos livros situações de suspense, conflitos, emoções fortes, mas detesta a pieguice e rejeita os livros em que o autor se dirige ao leitor como se este fosse uma criança idiota esquecendo-se de sua dignidade”.
   A literatura infantil tem personagens que servem de exemplos, são diversos heroínas e heróis que estão na luta em defesa dos fracos e oprimidos. A maioria dos leitores de literatura infantil esta atrás de histórias que os levem a mundos que eles desconhecem, mas são capazes de imaginar, quando leem a descrição do autor. A literatura para crianças pode não ser das mais fáceis de criar mas, com certeza é a mais gratificante.
“No final do século XIX, vários elementos convergem para formar a imagem do Brasil como um país em processo de modernização”(ALBINO,2012,p.4) os textos e livros começavam a informar, a ter mais liberdade conforme os novos ideais de abolição da escravatura , e mudança de paisagem rural em urbana e principalmente a de valorização da instituição escolar e consequentemente a dos livros como ferramenta educacional. Como escreve Albino(2012, p.):

[...] começam a configurar a existência de um virtual público consumidor de produtos culturais, o saber obtido por meio da leitura passa a deter grande importância no emergente modelo social que se impõe, fazendo com que a escola exerça um papel fundamental para a transformação de uma sociedade rural em urbana. Como elementos auxiliares nesse processo, os livros infantis e escolares são dois gêneros que saem fortalecidos das várias campanhas de alfabetização deflagradas e lideradas, nessa época, por intelectuais, políticos e educadores, abrindo espaço, nas letras brasileiras, para um tipo de produção didática e literária
dirigida especificamente ao público infantil. heroinas em personagens que servem de exemplos, slto na

Dentro deste contexto emergencial de valorização da cultura brasileira e da valorização do pensamento pedagógico de educação que passou a ser alfabetizar, surge a necessidade de produção de um maior quantitativo de livros literários principalmente para crianças. Realizaram adaptações de textos europeus, criaram e reescreveram contos e fábulas com uma linguagem brasileira e com cenários e personagens com perfil nacional.
“O período que corresponde às décadas de 40 a 60, denominado terceira fase de evolução da literatura infantil no Brasil, é marcado pela fertilidade literária, representada principalmente pela profissionalização dos autores”,[...] (ALBINO,2012, p.8)as editoras também focaram na captação e venda de livros literários voltados para o público infantil.
Nas décadas de 60 a 80 a literatura infantil popular, que estava com um caráter negativo e repetitivo não presando pela qualidade, herança das décadas anteriores, assume uma nova roupagem que propõe a qualificação dos textos literários  para as crianças, conforme Albino(2012,p.10) escreve:
Entre os aspectos que caracterizam essa produção estão: uma nova maneira de compor personagens; enredos que incorporam a temática urbana, propondo uma fusão entre o social e o individual; a valorização da linguagem oral, fazendo com que o discurso deixe de ser modelar; e o espessamento do texto infantil enquanto discurso literário, abrindo-lhe a possibilidade de auto-referenciar-
se ao incluir procedimentos metalingüísticos e intertextuais como a fragmentação da narrativa, a participação do leitor e o rompimento da linearidade por meio da utilização do fluxo da consciência.
Os novos livros para a crianças possuíam personagens, que são compostos e que são parecidos com as imagens que eles imaginam, executam ações, transmitem valores que possibilitam a criança ser modelada dentro de uma consciência patriota e coletiva. Apresentam uma narrativa em que o leitor possa fazer um relato depois do que leu.
A partir do ano de 2000 algumas autoras destacaram-se mais como: “Ana Maria Machado que começou a escrever para o público infantil quase por acaso, Ruth Rocha sempre esteve com o olhar voltado para esse gênero literário, fez da criança e seus desejos a razão da sua escrita.”(PAÇO,2009,p.15). Outros autores se destacam como Ziraldo com o Menino Maluquinho e os quadrinhos de Mauricio de Sousa, que buscam trabalhar e construir estórias que o professor , os pais possam utiliza-los como ferramenta lúdica, capaz de desenvolver a criatividade, a percepção e o discernimento moral.


2.3 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA O APRENDIZADO
A literatura infantil como o próprio nome diz são textos, estórias criadas para o publico infantil. São estórias que influenciam no processo de ensino aprendizagem ou que simplesmente há a leitura por lazer, mas ambas devem ser realizadas por prazer. A leitura para aprender é :
Uma leitura fantástica e poética é antes de tudo e indissociavelmente fonte de maravilhamento e de reflexão pessoal, fonte de espírito crítico, porque toda descoberta de beleza nos faz exigentes e, pois, mais críticos diante do mundo.(HELD,1980,p.207)
Utiliza-se musicalidade em alguns textos, personagens coloridos, com características peculiares que fazem com que a criança reflita sobre a problemática apresentada. Cada texto, cada estória é elaborada para que a imaginação da criança flua, crie asas, “porque quebra clichês e estereótipos, porque é essa recriação que desbloqueia e fertiliza o imaginário pessoal do leitor, é que é indispensável para a construção de uma criança que, amanhã, saiba inventar o homem” (.HELD, 1980,p.207)
Um livro de literatura infantil deve ter uma linguagem simples, sem termos chulos, palavrões, sem beneficiar valores negativos e antissociais.
A obra literária recorta o real, sintetiza-o e interpreta-o através do ponto de vista do narrador ou do poeta. Sendo assim, manifesta, através do fictício e da fantasia, um saber sobre o mundo e oferece ao leitor um padrão para interpretá-lo. Veículo do patrimônio cultural da humanidade, a literatura se caracteriza, a cada obra, pela proposição de novos conceitos que provocam uma subversão do já estabelecido.( CADEMARTORI, 1985, p. 23)
Neste século, a Literatura Infantil em alguns lugares e geralmente é considerada pelo adulto um gênero secundário não como prioridade e auxiliador no processo de aquisição da leitura e de aculturação de um povo é nivelada a um brinquedo  um objeto de lazer utilizada para entretenimento). A valorização e a mudança do ponto de vista de que pode e deve ser utilizada como uma ferramenta formadora de consciência no universo cultural das sociedades e como recurso para o crescimento emocional é bem recente. Os primeiros textos para crianças foram escritos por pedagogos e professoras com o desejo de educar, como escreve Zilberman(1998, p.13):
E até hoje, a literatura infantil permanece como uma colônia da pedagogia, o que lhe causa grandes prejuízos: não é aceita como arte por ter uma finalidade pragmática e a presença deste objetivo didáticofaz com que ela participe de uma atividade comprometida com a dominação da criança.

As situações dramáticas e de perigo, tão comuns na Literatura Infantil, proporciona que se trabalhe o aspecto psicológico da criança, mostrando que  existe soluções de pelo menos amenizar  ou de solucionar as situações apresentadas na literatura possibilitando a formação de cidadãos capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente, critica e democrática.
 A criança aprende a ler com livros de literatura, aprende a escrever e torna-se criativa na construção da representação daquela estória e do que ela representa para o leitor.
Para escrever para crianças há diversas observações que devem ser respeitadas. Escrever para elas é complexo, pois deve colocar nos textos aventura, suspense e tudo que retenha a sua atenção, como escreve De Menezes & Ramos(2006, p.30):
escrever para o leitor infantil é tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil escrever para a criança. Ela é muito exigente, muito mais do que se possa imaginar. Gosta de encontrar nos livros situações de suspense, conflitos, emoções fortes, mas detesta a pieguice e rejeita os livros em que o autor se dirige ao leitor como se este fosse uma criança idiota esquecendo-se de sua dignidade”.
Quando se vai ler para uma criança que ainda não realiza a tradução dos símbolos linguísticos deve-se usar várias entonações na voz para que elas identifiquem as mudanças de personagens, inclusive percebam que há um narrador e os outros participantes-personagens da estória. Quando estória só possui imagens deve instigar que ela imagine o que o personagem esta falando, qual a lógica da estória, em que tempo ela ocorre, faz uso da memória visual e auditiva, respeito a opinião do próximo.
“A produção literária para os já alfabetizados, com certo domínio da leitura, é muito ampla e diversificada. Nela podemos citar autores como Sylvia Orthof, com suas obras A limpeza de Teresa, Uxa, ora fada, ora bruxa, Maria vai às compras”(RODRIGUES et.Al, 2013,p.8) existe em maior quantidade poisos educadores podem utilizar tanto a com símbolos gráficos onde ele mesmo lê, faz suas indagações e  propõe diversas formas de interpretar a estória.
Diferentes habilidades são desenvolvidas e aperfeiçoadas por meio da literatura, como a linguagem, oralidade, a ampliação do vocabulário e incentivando a criatividade e a vivência do mundo da fantasia.
A linguagem é a habilidade que a crianças mais desenvolve por meio dos textos literários, ela consegue fazer uma interlocução com o adulto, proporciona também um contato com a linguagem escrita, apresentando diariamente à norma-padrão da língua portuguesa.
No ato de ler, contar, recontar e ouvir histórias proporcionam a criança diferentes formas de falar, viver, pensar e agir, além de uma gama de valores, costumes e comportamentos das diversas culturas existente no Brasil e no mundo. Estas produções literárias muitas vezes trazem ao leitor hábitos transmitidos de geração para geração, como mitos, lendas, cordéis e crônicas  do passado e do presente.



2.4. A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO.
Para melhor compreender qual a contribuição que a literatura propicia ao desenvolvimento cognitivo faz-se necessário compreender o que é o aspecto cognitivo de um ser humano, no caso de uma criança. O desenvolvimento cognitivo ocorre pela aprendizagem que é representada pela mudança de comportamento, ideias e valores onde cada ser muda suas relações com aquilo que antes era desconhecido e agora tornar- se um objeto conhecido, as vezes necessários ou até de prazer como a aprendizagem da leitura e escrita. Como cita Gomes &Ghedin(2010, p.2):
Piaget preocupou-se em saber como nasce a inteligência da criança, afirmando que a inteligência é algo que se modifica, ou seja, gradativamente a criança vai utilizando sua inteligência, mesmo que seja sensório-motora, para adaptar-se ao meio e chegar então num momento em que passa da inteligência prática para uma inteligência propriamente dita quando já consegue elaborar hipóteses e resolver situações problemas sem a necessária presença de objetos concretos.
Piaget foi um grande estudioso e pesquisador que proporcionou que os seres compreendessem melhor como cada ser humano aprende e se desenvolve em todos os aspectos cognitivo, psicológico, emocional e social. Como escreve Santana (2006,p3) sobre o ponto de vista de Piaget sobre desenvolvimento de estruturas cognitivas:
Em seu desenvolvimento, a criança constrói vários e diferenciados
esquemas que tendem a formar combinações, dando origem às estruturas cognitivas, que traduzem uma forma particular de equilíbrio na interação do indivíduo com o ambiente. Na perspectiva piagetiana, a linguagem apenas favorece a interiorização das ações quando as estruturas já estão elaboradas, possibilitando a assimilação de informações verbais que estejam consoantes com o nível de elaboração das mesmas.
A mudança de referencial gerada pelas atividades, livros e pessoas do convívio da criança, possibilitam que ela desenvolva uma adaptação do que já sabe e do desconhecido um saber lidar com a situação, como o ato de aprender a falar se comunicar e ser capaz de expressar o que sente e o diferente falar que é reproduzir informações que o meio ambiente em que vive fornce.
O “conhecimento não é algo acabado e estável, mas está em constante transformação pelo sujeito por meio da sua ação constrói conhecimentos indispensáveis na sua adaptação ao meio.” (GOMES &GHEDIN,2010, p.2)neste momento encontra-se o desenvolvimento cognitivo, que é proporcionado pela literatura que desenvolve na criança diversos aspectos como a aprendizagem linguística, a formação do caráter, a inteligência intelectual, o discernimento, a moral e a cultura de um povo.  Quando se lê que a literatura “tornou-se um dos campos em que estão sendo semeados valores, que sem dúvida, integrarão a nova mentalidade futura”(COELHO,2000,p.19), refere-se ao desenvolvimento cognitivo de cada criança que lê e aprende a ler em livros e textos com personagens coloridos e narrativas diversificadas.
A literatura infantil é vista como uma mensagem emitida por um adulto e recebida por uma criança, buscando uma linguagem que ambos possam expressar o que sente diante das aventuras situacionais apresentadas nos textos e imagens que compõe  o livro infantil como aborda Coelho(2000,p.31):
[...] o livro infantil é entendido como uma “mensagem” (comunicação) entre um autor adulto (o que possui experiência do real) e um leitor-criança (o que deve adquirir tal experiência), o ato de ler(ou de ouvir), pelo qual se completa o fenômeno literário, se transforma em um ato de aprendizagem.
Percebe-se que Coelho(2000) vislumbra, nesta escrita, a literatura como um ato de aprendizagem cultural onde os conhecimentos adquiridos, são os transmitidos de gerações anteriores. Enquanto a literatura também trabalha outros aspectos do desenvolvimento infantil com a consciência fonológica, a memória visual e auditiva e acima de tudo o imaginário, a capacidade criativa de cada individuo enquanto leitor ou ouvinte.
Coelho(2000) escreve também que para que exista uma relação efetiva de aprendizagem por meio da literatura é necessário que o texto ofertado para a criança respeite a idade cronológica da dela possibilitando uma leitura que conduza ao universo cheio de aventuras e fantasias que são os textos literários. Por isso escreve Coelho (2000,p.32):
Embora a evolução biopsíquica das crianças, pré-adolescentes e adolescentes divirja de uns para outros(dependendo dos muitos fatores que se conjulgam no processo de desenvolvimento individual), a natureza e a sequencia de cada estágio são iguais para todos conforme o prova a psicologia experimental. Assim, a inclusão do leitor em determinada “categoria” depende não apenas de sua faixa etária mas principalmente da inter-relação entre sua idade cronológica, nível de amadurecimento biopsíquico-afetivo-intelectual e grau ou nível de conhecimento/domínio do mecanismo da leitura.
 A faixa etária da criança é um fator primordial para desenvolver o cognitivo de uma criança pois os textos ofertados devem atrair e só desencadeia curiosidade textos com imagens de preferencia bem coloridas, personagens alegres e malvados, um enredo que tenha suspense, ficção, aventura, e ate uma pitadinha de romance, próprios para a idade tipo a expressão ‘E eles viveram felizes para sempre’.
Cada idade requer uma atenção especial na escolha do livro e como o leitor vai lê-lo. Na primeira infância dos 15 meses aos 3 anos, é uma fase que buscam conhecer como falar, construindo o conceito de nome e objeto. “O importante, nessa fase, é essencial a atuação do adulto, manipulando e nomeando os brinquedos ou desenhos; inventando situações bem simples que os relacionem afetivamente com a criança, etc.”(COELHO,2000, p.33).
 Na segunda infância fase em que se inicia a percepção do próprio ser, apresenta um comportamento egocêntrico com aguçada utilização dos sentidos, crescente interesse pela comunicação verbal e aquela fase que fala muito como se tivesse descobrindo que pode falar sendo que tudo que será apresentado para ela deve ser significativo. “Os livros adequados a essa fase devem propor vivências radicadas no cotidiano familiar à criança e apresentar determinadas características estilísticas” (COELHO,2000, p.33).
Na terceira fase tem-se o leitor iniciante, a partir dos 6 anos onde passa a ser um aluno que esta aprendendo a ler e escrever, já reconhece, símbolos linguísticos,  e esta no inicio do processo de socialização, o adulto é o agente estímulos que vai levar o pequeno leitor a decodificar os sinais gráficos da escrita, “a imagens ainda predominam sobre o texto” (COELHO,2000, p.35).
Na quarta fase que mais interessa a esta pesquisa é a do leitor em processo a partir dos 8 anos de idade, fase em que a criança já domina a leitura, amplia-se seu interesse pelas coisas a sua volta, desenvolvendo o pensamento lógico com o auxilio de objetos concretos e possibilitando já realizar operações mentais simples. O adulo agora  tem outro papel o de motivar, “como aplainador de possíveis dificuldades e, evidentemente, como provocador de atividades pós-leitura” (COELHO,2000, p.36).Utilização de imagens misturadas aos textos ainda são importantes e aguçam o interessa como as estórias em quadrinhos
Na quinta fase tem –se o leitor fluente a partir dos dez anos onde já domina a leitura e compreende o mundo do livro, onde este deve propor reflexão, confronto de ideias  e pensamento hipotético e dedutivo. “ As potencialidades afetivas se mesclam com uma nova sensação de poder interior; a da inteligência, do pensamento formal, reflexivo. É a fase da pré-adolescência” (COELHO,2000, p.37)
O último leitor é o critico que apresenta normalmente a idade de 12 e 13 anos e mais idade onde já possui uma maturação na capacidade de refletir e emitir uma opinião utilizando a agilização da escrita para produzir outros textos.  Proporcionar aos adolescentes um convívio com os textos literários para que percebam outras realidades, possui também um caráter informativo para que eles busquem a melhor parte da vida a da comunicação, socialização, solidariedade e sustentabilidades nos dias atuais.












2.5. DESPERTANDO O GOSTO PELA LEITURA POR MEIO DA LITERATURA INFANTIL.
A leitura é uma atividade que o sujeito começa a desenvolver desde criança, quando entra em contato com o meio e com as pessoas que convive. A primeira leitura que um bebezinho faz é a do sorriso de todos que vão visitá-lo, depois vem a da mamadeira quando a vê já diz : ‘dedera’ ou mamadeira, mais tarde ao ver certas embalagens de refrigerante, de Nescau ele já o chama pelo nome é a chamada leitura incidental, então neste momento acende a reflexão por que essas crianças estão com tanta dificuldade em aprender a ler se já fazem a leitura do mundo, a única coisa que a escola faz é apresentar a eles símbolos que são utilizados por todos para se comunicar a distancia, para deixar guardado ideias dos nossos antepassados.
O processo de leitura se desenvolve a partir da construção intelectual, ou seja, a criança vai construindo a sua leitura de símbolos e significados e como vai representá-los que é de acordo com as hipóteses formuladas a partir de sua leitura, como escreve CAGLIARI, (1995, p.149): Ler é uma atividade extremamente complexa e envolve problemas não só semânticos, culturais, ideológicos, filosóficos, mas até fonéticos”. O ato de desenvolver a leitura e a escrita no segundo ano do ensino fundamental implica em pensar como essas crianças vieram para a escola, qual bagagem cultural, vocabular e de linguagem este aluno possui, muitos que estão entrando no Ensino Fundamental com o é o caso dos meninos e meninas do 2º ano, que já frequentavam a escola passando pela educação infantil e de crianças que nunca entraram em uma sala de aula.
A leitura é um processo de tradução do signo para o significado das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas experiências  de vida anteriores e do rol vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu nascimento até a idade atual.
A aquisição da capacidade de ler exige da criança uma maturação da capacidade de se comunicar, de expressar com palavras o que sente, de conhecer o nome dos objetos e solicita-los pelo nome depende intimamente do vocabular vivencial daquela criança. Como escreve Cagliari (2007,p.158):
A leitura oral, falada ou ouvida, processa-se foneticamente  de maneira semelhante à percepção auditiva da fala. A leitura visual, falada ou silenciosa, além de pôr em funcionamento o mesmo mecanismo de percepção auditiva da fala para a decodificação de texto, precisa por em ação os mecanismos de decifração da escrita
No momento de decifrar a escrita a criança deve estar preparada para que sua memória acuse o som de cada sílaba que ele visualizar. No caso das imagens ele deve primeiro reconhecer, dentro de sua linguagem vocabular cultural o que é o objeto, o nome e depois falar e assim traduzir os fonemas em letras.
Para desenvolver o gosto por ler o professor deve levar em conta o ritmo de aprendizagem de cada aluno, uns aprendem mais devagar outros aprendem mais rápido, mas por ser uma série dedicada a aprendizagem tanto da leitura e da escrita as atividades realizadas pelo professor devem tornar possível essa aprendizagem. Antunes (2003, p.70),escreve sobre a leitura e suas atividades:
A atividade da leitura favorece, num primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Na verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas ideias, novos conceitos, novos dados, novas e diferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos acontecimentos, do mundo em geral.
Quando se apresenta um livro a uma criança com imagens coloridas, elas ficam surpresas com as imagens com esta novidade, perguntam, querem desenhar igual e percebe-se que há uma sequência dos fatos da estória, isto possibilita ao aluno uma reflexão do comportamento dos personagens, o que eles fariam se fosse com eles, como resolveriam a situação, trabalha com o emocional pois as crianças se colocam no lugar dos personagens e as vezes até estão passando pela mesma situação do personagem da estória.
É no saber o significado da palavra é que se consuma o ato de ler, é na interpretação do mundo e na capacidade de comunicação que a leitura se contempla, como escreve Silva4 (2010, p.01):

 Num sentido amplo, o ato de ler corresponde ao processo de apreensão da realidade, que cerca o indivíduo, através da interpretação das variadas linguagens, tais como uma charge ou os sinais empregados na comunicação com surdo-mudo. Portanto, o ato de ler não diz respeito à apreensão da realidade somente através da leitura de um texto.

Ler significa consumar o ato de se comunicar, de informar ao outro algo, de expressar sentimentos, como a linguagem de libras, as placas de trânsito que em sua maioria não tem palavras, mas sim imagens, que são significativas para aquele individuo.
Existe a leitura de imagens e a leitura de letras, a leitura das imagens tem apresentado uma valorização em maior no que diz ao interesse de uma criança, pois assistir um vídeo é uma forma mais atraente, pois são cheios de cores, sons que despertam no individuo mais interesse de para e prestar atenção e ainda aprender com este tipo de leitura. Já a leitura de letras em livros e textos permite que o leitor imagine o que os livros estão descrevendo onde tudo é criando pela sua mente. “O ideal seria poder manter a experiência da leitura dos textos escritos e a experiência da leitura das imagens dos filmes e da televisão.”(CAGLIARI, 2007,p.149)
Como a criança vai ler e sua afinidade com o lápis e o papel no processo de registrar depende do meio social em que vive, e de como as pessoas que ela convive apresentam interesse por ler e escrever. Cada criança tem seu tempo para conseguir aprender, identificar e decodificar os símbolos e letras, elas vão formando conceitos, sobre o que é cada nome que ela decodifica e associa aos objetos conhecidos do seu vocabulário vivencial. Como esta escrito no REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL, (1998, p. 128).
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar

A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo, procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e seguir o exemplo.
Sabe-se que a leitura é uma forma de lazer mental. “Ocorre com formas passivas de lazer, a leitura exige um grau maior de consciência e atenção, uma participação efetiva do recebedor leitor”(CUNHA, 2003,p.47), A escola deve assumir o papel de incentivadora da criatividade, criticidade, consciente e produtivo por meio  da literatura. Sobretudo para professores o livro tem uma relevância enorme pois ele faz parte do instrumentário do profissional que vai ensinar a ler e fazer com que seu aluno evolua no processo de produção textual.
Outro fator importante para que o aluno aprecie a leitura da literatura é que nunca seu professor deve tratar o momento como uma obrigação ou chateação fazendo caretas, alterando a voz e não utilizando os textos lidos com alguma dinâmica ou jogo, essa é uma forma de dar valor ao que foi lido.
Permitir que os alunos escolhessem o que vão ler é outra forma de fazer com que o pequeno leitor deseje ler. Quando o livro escolhido torna-se detestável deve oportunizar a criança que ela escolha outro, ressalta-se que esta é a última opção depois das que eles devem sempre concluir o que começaram, faze-lo perceber que deve haver algo de bom na estória que esta lendo. Questiona-los sobre como ele acha que vai ser o final, fazer um jogo que para joga-lo ele precisar ler o livro todo. Trabalhar com atividades lúdicas. Como escreve Cunha(2003, p.77):
Isto, do ponto de vista da literatura infantil, quer dizer que as mensagens por ela veiculadas devem ser instigantes a ponto de desafiar o leitor, propor –lhe problemas cujas soluções dependeriam de sua habilidade em jogar, de sua capacidade criativa para dar respostas a situações novas, de suas idiossincrasias.
O prazer de ler e envolver-se neste processo de imaginação, solução, e realidade é proporcional ao desafio que o jogo lhe proponha. Os livros infantis auxiliam as crianças na compreensão de valores éticos, sociais e morais, pode-se observar que nos contos há uma separação de bem e mal, feia e bonita, fada e bruxa, tudo isso auxilia os alunos na construção do seu referencial de valores do que é certo ou errado.


3.0  METODOLOGIA

3.1 Sobre a Pesquisa
O presente trabalho desenvolveu-se por meio da pesquisa descritiva que se “observam, registram, analisam classificam e interpretam os fatos, sem que o pesquisador lhes faça qualquer interferência. Assim o pesquisador estuda os fenômenos do mundo físico e humano, mas não os manipula” Prestes (2007, p.26). Por outro lado existiu o caráter de pesquisa de campo no momento da aplicação dos questionários e  a observação no momento de coleta de dados.
Coletou-se informações sobre o assunto. Os questionários aplicados aos objetos da pesquisa que são os docentes, foram adequados a proposta do que é um questionário como escreve Gil(2006), define questionário como “um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisado”(p.114). A acadêmica optou por utilizar o questionário por ser um instrumento de coleta de dados mais rápido, que garante o anonimato  e por ser menos oneroso.
3.2 Análise e Coleta De Dados
No primeiro momento, o estudo se desenvolveu a partir de técnica de observação, onde recorrer a conhecimentos e experiências de amigos e isto auxiliaram no processo de compreensão e interpretação do que se está estudando.
Assim as vantagens oferecidas pela pesquisa qualitativa oferecem no âmbito da educação permite conhecer a realidade numa dimensão que o fator humano se apresenta na escola. A coleta de dados foi significativa para o desenvolvimento deste trabalho, quando através desta obtivemos respostas para nossas dúvidas e questionamentos acerca da importância dos livros literários presentes na escola, dentro da sala de aula.
A escola em questão é uma instituição Pública, localizada em Brasília-DF constituída por uma direção, dois coordenadores e 10 professores com 220 alunos nos dois turnos. A amostragem pesquisada consiste de 8 professores e 18 alunos ;que compõe a turma de 2º ano da referente escola.
No questionário aplicado com o professor foram feitas perguntas que possibilitasse uma análise da contribuição da literatura na aprendizagem e como ela é articulada dentro deste contexto didático pedagógico.
A primeira pergunta foi questionado se o professor concorda que a literatura infantil contribui para o desenvolvimento cognitivo da criança? 
Das professoras consultadas 25%(2) responderam que Quase sempre a literatura contribui para o desenvolvimento cognitivo de uma criança, mas em sua maioria 75%(6) dizem que Sempre  acreditam que é possível desenvolver uma aprendizagem cognitiva de uma criança. Cada criança tem seu tempo para conseguir aprender, identificar e decodificar os símbolos e letras, elas vão formando conceitos, sobre o que é cada nome que ela decodifica e associa aos objetos conhecidos do seu vocabulário vivencial. Como esta escrito no REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL(1998, p. 128):
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar
A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo, procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e seguir o exemplo. A criança só ira desenvolver-se emocionalmente, intelectualmente se houver prazer e familiarização dos objetos que oportunizam essa internalização de conhecimentos e no caso o objeto são os livros e textos literários.
Na segunda pergunta se o professor concorda que a literatura infantil contribui para o processo de aprendizagem, 25% (2) responderam Quase sempre, e 75% (6) responderam que Sempre, e compreende a importância da literatura no ato de ensinar. “A escola que não lê muito para seus alunos e não lhes dá chance de ler muito está fadada ao insucesso, e não sabe aproveitar o melhor que tem para oferecer a seus alunos.”¹(CAGLIARI,2007, p.150) a leitura é uma ferramenta muito forte para que qualquer aluno se desenvolva o aluno que é capaz de traduzir as palavras, frases e textos interpretando-os e dando vida a essas palavras, vivenciando a cultura de um povo.Toda escola deve dar ênfase a leitura de livros aos alunos para que estes se encantam e descubram o que mais lhe interessa e assim começar a formar seu senso critico tendo capacidade de opinar e defender sua opinião.
Na terceira pergunta se realmente acreditam ser possível desenvolver o gosto pela leitura por meio da literatura infantil, 25%(2) responderam que Quase sempre a literatura é uma grande aliada e 75%(6) responderam que Sempre a literatura desenvolve o gosto pela leitura. A leitura é um processo de tradução do signo para o significado das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas experiências  de vida anteriores e do rol vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu nascimento até a idade atual.
Na coleta de dados realizada com os 18 alunos foi realizada para compreender qual o efeito e que tipo de estórias e estilos literários eles mais apreciam e buscam com prazer, assim como possibilitar novas formas de trabalhar os textos que não os atraem.
Quando questionados sobre o fato de ao ler uma história ele consegue se imaginar nela, já que a literatura retrata um pouco do real e um pouco do imaginário dos que escrevem e dos que leem como escreve Coutinho (1978, p. 9, IN: SILVA, 2009, p.140) sobre concepção de literatura e sua criação:
A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as fôrmas que são os gêneros e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social.


“A literatura infantil leva a criança à descoberta do mundo, onde sonhos e realidade se incorporam, onde a realidade e a fantasia estão intimamente ligadas, fazendo a criança viajar, descobrir e atuar num mundo mágico; podendo modificar a realidade seja ela boa ou ruim”.(PAÇO, 2009,p.12). Dos alunos pesquisados 44,5%(8) As vezes conseguem ler e concentrar-se a ponto de sentir-se integrado ao texto; somente 5,5% (1) Quase sempre conseguem, a melhor parte é que a escola esta fazendo um bom trabalho com os textos literários pois 50%( 9) Sempre conseguem adentrar no mundo da fantasia e como escreve  Coutinho(1978) conseguem vivenciar uma ficção e analisar qual a moral desta estória e utiliza-la na vida real.
Nas perguntas 2- Que tipo de história você mais gosta de ler? E na pergunta 3 Você gosta de ler gibi? Dos alunos entrevistados 50%(9) gostam de Histórias em quadrinhos e os outros 50% ( 9 ) preferem outros estilos literários. Em relação a gostar de gibi 94,44%(17) dizem que Sim e 5,56%(1) Não apreciam optando por outros estilos.
 É importante que o aluno saiba que os diversos estilos literários são bons e agradáveis e que eles mesmo podem converter o que ele não gosta de ler no que ele gosta de ler como contar uma fábula em quadrinhos, o melhor é conhecer o que lhe atrai para ler com escreve Paço (2009,p.10):
O trabalho com literatura infantil tem como possibilidade de resultado a formação de leitores/escritores competente. Tem como objetivo formar alguém que compreenda aquilo que lê; que consiga transmitir aos outros os elementos de uma história através das ilustrações; que possa transformar um texto numa narrativa prazerosa a quem ouve; que possa aprender a ler o que não está escrito; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que possa imaginar e criar.

Na quarta questão questiona-se o ponto de vista do aluno em relação a leitura da professora  nas aulas e se ele vê a professora como uma pessoa que gosta de ler histórias na hora da aula. E vezes elas ela costumam ler para eles durante a semana.
  Dos alunos questionados 5.55%(1  ) dizem que a professora Nunca ler ou 5,55%(1  )As vezes lê , e  5,55% (  1) dizem que ela Quase sempre lê mas a maioria 83,33 (15  )afirma que a educadora Sempre lê, o que comprova o gostar e a valorização da literatura infantil. Em relação a quantidade de vezes que lê durante a semana. Se o professor é leitor ele ensina seus alunos a terem amor pelo ato de ler como escreva Silva(1988, p. 13):
 o que o professor lê? Que acesso tem o professor aos livros de sua área de conhecimento? Quantas visitas faz o professor às bibliotecas, às livrarias? Quantos livros o professor tem condições de adquirir, visando o incremento do ensino e o seu crescimento como pessoa? Que tempo sobra afinal, para a busca e a leitura de textos? E a biblioteca escolar-existe e está funcionando realmente?
 Dos questionados 11,11% (2  ) dizem que a professora lê quase todos os dias, enquanto 88,88%(16) dos alunos afirmam que a professora lê na sala todos os dias da semana. Além de criar o habito da leitura, ler diariamente é um fator diferencial a leitura diária para os alunos como Silva(1998, p. 30).  diz que,
ensinar a ler criticamente significa, antes de mais nada, dinamizar situações em que o aluno perceba, com objetividade, os dois lados de uma mesma moeda ou, se quiser, os múltiplos lugares ideológico-discursivos que orientam as vozes dos escritores nos seus textos.
Os textos e livros literários a serem lidos devem ser analisados para que possam desenvolver nos alunos a capacidade de discernir entre o bom e o ruim e do que é certo e errado. É necessário ter exemplos também em casa, com escreve Paço(2009,p.17):
 Com a criança não é diferente, alguma delas ouvem histórias desde o ventre materno, quando suas mães falam para elas ou com elas, fazer histórias, ouvir histórias ou escrevê-las humaniza a criança e nos humaniza também. Vai nos tornando cidadãos modificadores ou autores da cultura e mergulhados nesta cultura, surgem transformações cada dia mais rápido numa velocidade imensurável.
Os alunos foram questionados se costumam ler e ouvir historias em casa, para verificar se o processo de incentivo da leitura esta indo além dos muros da escola. Das respostas 11,11%(2) responderam As vezes, e 27,77%( 5 ) disseram Quase sempre e sua grande maioria 61,11%( 11) responderam que Sempre.
Por meio da pesquisa realizada pode-se verificar que os professores compreendem a importância da literatura dentro do ambiente escolar e fora dele. Utilizam diversas estratégias para que seja desenvolvido aspectos intelectuais, cognitivos, de aprendizagem e incentivo da leitura para compreensão e propagação das culturas existentes no mundo. A maioria das crianças conseguem ler e viajar dentro do livro infantil a ponto de sentir-se um personagem e visualizar todo o enredo do livro e mais reconhecem os estilos literários que apreciam e gostam, e aprendendo com  prazer sobre seu povo e sobre si, com conhecimentos éticos, morais e democráticos da vida cotidiana e da historia do povo brasileiro.








4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Pesquisar sobre a literatura foi muito importante por permitir perceber a importância da literatura no processo de leitura e escrita dos alunos, onde quem não lê pouco escreve, ou não sabe fazer textos claros, objetivos e mais importante com amor e criatividade.
Por meio da pesquisa na escola pode-se perceber que tanto professores quanto alunos reconhecem que a leitura de textos literários é importante. Que possibilita ao aluno ter uma aprendizagem com o desenvolvimento cognitivo, intelectual, emocional e psicológico.
As professoras conseguem incentivar seus alunos a ler, a buscar os diversos gêneros literários existentes, elaboram atividades para que possa haver um feeldback do conteúdo ensinado e conseguem perceber o desenvolvimento da oralidade e da socialização por meio da literatura, onde há heróis e malfeitores a serem combatidos e o maior deles é a ignorância do consumismo, que pode ser lido, apesar de não mencionado no trabalho em questão. Pode-se perceber que os livros literários atualmente são lidos por influencia da mídia de comunicação.
Ficou evidente que professores e pais que leem conseguem incentivar a criança a leitura, onde o habito e o exemplo é visto no cotidiano influencia positivamente os pequenos leitores. Afirmo que há uma necessidade de adaptação dos livros a nova realidade, pois muitos livros que os órgão competentes enviam e compram para as escolas não atraem e nem se adequam as séries indicadas e a grade curricular de ensino. Deixo ainda uma nova questão para a próxima pesquisa: Que livros literários são interessantes para todas as idades e por quê?





5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.          ALBINO, Lia C. P. A literatura infantil no Brasil: origem, tendências e ensino. 2012. DISPONIVEL EM: Iesp rn.com.br/ftpiesp/Disciplinas%20PROISEP/M%F3dulo%205/LITERATURA%20INFANTO-JUVENIL/Texto%202%20-%20literatura_infantil
2.          Antunes, Irandé. Aula De Português Encontro & Interação.São Paulo:Parábola Editorial, 2003 (Série Aula).
3.          ARIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Flasksman de Dora (Trad.). Segunda edição. Copyright –by :LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, RJ.1981. Disponivem em: http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdf acessado em 23/5/2014 as 23:00
4.          BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
5.          BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
6.          CADEMARTORI Lígia. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 23.
7.          CAGLIARI, L. C. Alfabetização & Lingüística. 14ª Reimp. Ed. São Paulo: Scipione, 2007.
8.          CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria e prática.18 ed.São Paulo: Ática,1999
9.          DE MELO SANTANA, Suely; ROAZZI, Antonio; MARIA DAS GRAÇAS, B. B. Paradigmas do desenvolvimento cognitivo: uma breve retrospectiva. Estudos de psicologia, v. 11, n. 1, p. 71-78, 2006.
10.       DE MENEZES, Mindé Badauy e RAMOS, Wilsa Maria.(Org.) versão original do Proformação. – Brasília: MEC. Secretariade Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, Livro de estudo: Módulo IV 2006.116p. (Coleção PROINFANTIL;Unidade 5)
11.       GOMES, Ruth Cristina Soares; GHEDIN, Evandro. O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA VISÃO DE JEAN PIAGET E SUAS IMPLICAÇÕES A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA.2010. Disponivel em http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1092-2.pdf acessado em:3/6/2014.
12.       HELD, Jacqueline. O imaginário no poder. As crianças e a literatura fantástica. São Paulo: Summus, 1980.
13.       MOTTA, Xênia Fróes da. DA SILVA, Renato. Um olhar possível sobre a infância. Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades ISSN-1678-3182 Número XXXV 2011 -ww.unigranrio.br
14.       OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos (Org.). Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
15.       PIAGET, Jean. Desenvolvimento e aprendizagem. Studying teaching, 1971.
16.       RICARDI, Geise Cristina Lubas. O contexto pedagógico de CEINFS de campo grande/ms: um olha
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Literatura Infantil: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental.





Monografia aprovada como requisito parcial para a conclusão do curso de pedagogia da faculdade projeção de XXXXXXX-XX, pela seguinte banca examinadora:



Presidente da Banca: Professor M. SC. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx








Professor Convidado: Professor M. SC.




Sobradinho-DF, ___ de _______2014.


 












































Dedico este trabalho a minha mãe Dalva, meu esposo Fernando, ma  petit enfant Sophia.





 





AGRADECIMENTOS





Agradeço primeiramente a Deus por te me proporcionado sabedoria e paciência,   minha mãe Dalva a meu esposo Fernando , que me motivou a não desistir, minha filha Sophia,. As minhas queridas amigas Valéria Lucia, Marcia. Agradeço, em especial, o Professor Me. Antonio Cezar Brito, por ter tido paciência e, sobretudo sabedoria e poder ter acrescentado nessa etapa mais importante da minha vida.



 












































"É necessário ter uma sociedade leitora, para que a criança seja leitora". (Campos de Queirós)
 




RESUMO


O tema do trabalho de pesquisa em questão é: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo : Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança. Especificando: O histórico da infância. A compreensão de como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.  E propõe –se também :Analisar como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem. E por fim de Analisar se é possível desenvolver o gosto pela leitura, por meio da literatura infantil. Adquirir o prazer em ler, desenvolvendo assim diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo que for aprender na escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura infantil é de muito cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, é uma ferramenta facilitadora para a aprendizagem; desenvolve a coordenação motora e o cognitivo; facilita a aquisição de habilidades e, além de tudo, ajuda no processo de ensino e aprendizagem.


Palavras- chaves: Literatura. Leitura. Desenvolvimento Cognitivo.


ABSTRACT


The theme of the research in question is: The importance of children's literature for the cognitive development of children from 2nd year of teaching elementary school. Aims to: Understand how children's literature can help in the cognitive process of the child. Specifying: The history of childhood. The understanding of how the cognitive development of children through children's literature. And it is also proposed: Analyze how children's literature contributes to the development of the learning process. And finally to analyze whether it is possible to develop a love of reading through children's literature. Acquire pleasure in reading, developing various skills that facilitate learning in all that is learning in school. The moment you will work with children's literature is very careful in the choice of the material offered to these children, is an enabling tool for learning; develops motor coordination and cognitive; facilitates the acquisition of skills and, above all, help in the teaching and learning process.


Keywords: Literature. Reading. Cognitive Development.





 

SUMÁRIO

1. Introdução...............................................................................................  09
1.1. A importância da literatura  para o desenvolvimento cognitivo de crianças
 no segundo ano do Ensino Fundamental....................................................  09
1.2. Questão problema.................................................................................  10
1.3. Justificativa...........................................................................................  10
1.4. Objetivos...............................................................................................  11
1.4.1. Objetivo geral.....................................................................................  11
1.4.2. Objetivo específicos...........................................................................  11

2. Referencial Teórico................................................................................  12
2.1 O Histórico da infância...................................................................12
2.2 O Surgimento da literatura infantil................................................19
2.3 A importância da literatura infantil para o aprendizado................24
2.4. A contribuição da literatura infantil para o desenvolvimento
Cognitivo............................................................................................27
2.5 Despertando o gosto pela leitura por meio da literatura infantil..31

3. Metodologia.............................................................................................  35
3.1. Sobre a pesquisa..................................................................................... 35
3.2  Análise de dados.................................................................................... 35
4. Considerações Finais...............................................................................  42
5. Referências Bibliográficas......................................................................  43







 

1     INTRODUÇÃO

1.1 A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental.

A literatura infantil  “é uma comunicação histórica(localizada no empo e no espaço) entre um locutor ou um escritor-adulto(emissor)e um destinatário criança”(COELHO, 2000,p.30) ela ensina aos alunos a viajar em aventuras e lugares desconhecidos por elas, agrega uma aprendizagem cognitiva, desenvolve a criatividade, imaginação, comportamento ético e a sociabilidade.
 O tema do trabalho de pesquisa em questão é: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo : Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança. Especificando:O histórico da infância. A compresnsão de como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.  E propõe –se também :Analisar como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem. E por fim:Analisar se é possível desenvolver o gosto pela leitura, por meio da literatura infantil.
Adquirir o prazer em ler, desenvolvendo assim diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo que for aprender na escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura infantil é de muito cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, a metodologia empregada e  deve-se preocupar em como avaliar se realmente a leitura esta sendo desenvolvida, como escreve Cagliari (2007,p.169): “Além de ter um valor técnico para a alfabetização, a leitura é ainda uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização, que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e de estudar”.
 Mas a aprendizagem tem seus dois lados a de dentro para fora e a aprendizagem que é proporcionado pelo meio externo, dessa maneira, a ênfase dada ao processo de aprendizagem e à construção do pensamento através das relações que o aluno mantém com as outras pessoas é que remete a uma aprendizagem significativa da leitura para o próprio aluno. A aprendizagem de dentro para fora é quando o aluno tem s sede do conhecimento que observa tudo e conversa com todos sobre suas dúvidas e assim vão construindo um vocabulário, adquirindo um rol de informações que serão utilizadas conforme forem lendo textos para ela e a aprendizagem de fora onde é construída formalmente dentro da escola por meio de um trabalho árduo do professor diariamente. Antunes (2003, p.70),escreve sobre a leitura e suas atividades:
A atividade da leitura favorece, num primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Na verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas idéias, novos conceitos, novos dados, novas e deferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos acontecimentos, do mundo em geral.
 É importante que a escola considere que como seres sociais seus alunos só aprendem em comunhão por meio da troca de dados, e devem deixar assim de desejar alunos com uma aprendizagem igualitária e parar de propor sempre processos de aquisição do conhecimento individualistas, afinal o estimulo para a leitura  da literatura ocorre através da motivação de compreender como os outros pensam, e por meio das informações do que é lido colocar o imaginário para funcionar, este aluno vai aprender naturalmente primeiramente aprende a falar a linguagem do grupo em que vive depois pro intermédio da troca de experiências percebe-se que o sucesso da criança na aprendizagem da leitura e da escrita depende do seu amadurecimento fisiológico, emocional, neurológico, intelectual e social que só é adquirido por causa do momento de leituras coletivas em grupos menores.
São os professores que devem se preocupar em como ocorre o processo de construção da leitura e determinar o que a literatura vai proporcionar a seus alunos. Desenvolver com eles atividades que desenvolvam seu repertório assim terá um desenvolvimento na capacidade de comunicação, está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida, para desenvolver a criatividade, criticidade e imaginação.

1.2       Questão Problema
De que forma a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança do 2° ano do ensino fundamental?


1.3       Justificativa

 Escolha deste tema se surgiu diante da necessidade da acadêmica formanda em pedagogia de estudar e pesquisar se o uso de textos literários e livros traduzidos da literatura realmente contribuem para o desenvolvimento de alunos do segundo ano do Ensino Fundamental. Diante desta necessidade de compreender me propôs a verificar como era esta contribuição e como ela se realiza atualmente nas salas de aula, pois acredita-se que todos os pontos de vista devem ser ouvidos ate chegar a um senso comum entre todas as partes que compõe este trabalho de educar utilizando a literatura como ferramenta.
 


1.4         Objetivos

1.4.1        Objetivo Geral:
Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança.

1.4.2        Objetivos específicos:
Conhecer o histórico da infância.

Compreender como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.

Analisar como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem.   
         
Analisar se é possível desenvolver o gosto pela leitura, por meio da literatura infantil.






2.0 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1  O HISTÓRICO DA INFÂNCIA
O conceito de infância pode ser dito como uma questão de tamanho, idade, comportamento, aqueles que são pequenos, que ainda vão crescer, que tem uma comunicação primitiva a ser construída.  De acordo com Oliveira (2002 p. 44) infância significa:
O termo infância (in-fans) tem o sentido de não fala . Pode-se, com base nisso, perguntar: a que período da vida humana ele se referia? Caso seja aos primeiros meses de vida, quando a criança ainda não adquiriu a língua de seu grupo cultural, é preciso lembrar que, desde o nascimento, já começam a ser construídos sistemas de comunicação entre o bebê e seu entorno social por meio de choros, sorrisos, gestos, etc. Vale dizer que a tentativa de comunicar-se, ou seja, de falar, é muito precoce. Infância refere-se, então, aos primeiros anos de vida.
A história da infância segundo Philippe Aries(1981) “e através de pesquisas no campo da história, filosofia, psicologia, sociologia, biologia, antropologia, arqueologia, entre outros” (ROCHA,2002, p.54) surgiu a discussão de como uma criança era vista e tratada na infância, foi tornou possível a mistura de diferentes olhares de vários autores, que contribuíram para compreender o que é infância e como trabalhar e educar uma criança.
Philippe Aries foi um pai dos estudos por a ter interesse em pesquisar sobre a história da infância, a partir de estudos realizados por ele. “Por meio de varias fontes, como a iconografia religiosa e leiga, cartas, diários de família, dossiês familiares, registros de batismos e inscrições em túmulos”(ROCHA,2002,p.53)
Por meio de estudos realizados por Aries(1981), até por volta do século XII a arte medieval desconhecia a infância e não tentava representá-la. Não havia lugar neste mundo para a infância, talvez por se tratar de um período de transição, que era rapidamente ultrapassado, cujas lembranças também não duravam a serem perdidas, caso superasse a fase da grande mortalidade. Segundo o autor os familiares não tinham ressentimento quando uma criança vinha a óbito, pois ainda não havia o sentimento de amor materno, sendo que as famílias eram apenas social e não exerciam seu lado sentimental. Como relata Motta&Da Silva(2011,p.38) sobre A infância do ponto de vista de Ariés:
Durante o século XVII houve uma mudança do pensamento, um novo hábito surgia entre a burguesia, em que o termo infância se aproxima ao sentido moderno. “A ideia de infância estava ligada a ideia de dependência” (ARIÈS, 1981, p. 42). Isso significava que a criança deixava de sê-la quando esta dispensava cuidados de sobrevida.
A história da criança, contada por Aries(1981 IN:SILVA,2011), destaca que as crianças foram tratadas como miniatura de adultos: na sua maneira de vestir-se, na participação em festas e danças. Os adultos tratavam as crianças sem discriminações do que ela podia ou não ouvir ou saber, o vocabulário adulto era utilizado, não havendo distinção. Realizavam brincadeiras grosseiras sem preocupar-se com a fragilidade do corpo infantil ainda em desenvolvimento. Todos os tipos de assuntos eram discutidos na sua frente do pequeno adulto até mesmo os de cunho sexual, os mini-adultos também tinham a participação em jogos sexuais. Isto acontecia porque os adultos não conseguiam visualizar a criança como um ser de existência inocente, frágil e com pureza, não conseguiam perceber as crianças como seres em desenvolvimento psicológico e moral
Desde muito cedo a criança já fazia parte do mundo adulto. Após supridas as necessidades físicas como: andar, ter nascido os dentes, comunicar-se a criança era inserida na sociedade de adultos juntamente com os adolescente. Apenas o seu tamanho os distinguia dos adultos. As obras de artes que os retratavam não expressavam nenhuma diferença facial e corporal mostrava a criança semelhante ao adulto. A história da infância nos mostra a possibilidade para refletir sobre a maneira em que entendemos e lidamos com a criança atualmente. De acordo com Rocha (2002; p. 52)a infância deve ser:
Nessa expectativa, a fase da infância seria marcada pela ausência da fala e de um conjunto de ações esperadas, considerados como manifestações irracionais. Deste modo a infância se contrapõe à vida adulta. Os comportamentos racionais eram considerados apenas dos seres adultos. Apenas o adulto era quem pensava, raciocinava, agia e tinha capacidade para alterar o mundo não sendo possível tal capacidade destinada às crianças, além do que a transição da vida infantil para a vida adulta era tida com uma fase de superação.
A pesquisa de Aries(1981) aponta que a idade da vida humana[AC1] ,  foi representada por várias formas cronológicas que eram baseadas por muitas mudanças sociais, econômicas e politicas durante cada período. Utilizados várias representações temporais que levavam em conta: elementos da natureza, estudos dos astros, crenças populares, fenômenos naturais e sobrenaturais. Como cita Leontiev (1978,p.272. In : MELLO(2007,p.87-88))sobre como a criança aprende:
As aquisições do desenvolvimento histórico das aptidões humanas não são simplesmente dadas aos homens nos fenômenos objetivos da cultura material e espiritual que os encarnam, mas estão aí apenas postas. Destes resultados, para fazer deles as suas aptidões “os órgãos da sua individualidade”, a criança, o ser humano, deve entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante através doutros homens, isto é, num processo de comunicação com eles. Assim a criança aprende a atividade adequada. Pela sua função, este processo é, portanto, um processo de educação.
Por volta do século XIII exibiu-se um sentimento maior em relação à criança, mas ainda assim não eram representadas por uma característica ou expressão particular.
No período de grandes transformações históricas, especificamente, do século XII ao XVII, a infância tomou diferentes conotações dentro do imaginário do homem em todos os aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos, de acordo com cada período histórico. A criança nesta época era vista como substituível, caso morresse teriam outros filhos, como se aquele não fizesse falta por não ser forte o suficiente para sobreviver era tratado como: ser produtivo, mão de obra barata, que tinha uma função utilitária para a sociedade, pois a partir dos sete anos de idade era inserida na vida adulta e tornava-se útil na economia familiar, realizando tarefas, imitando seus pais e suas mães, acompanhando-os em seus ofícios, cumprindo, assim, seu papel de provedor da família como todos os outros membros da família.
Naquela época, as criança eram educadas por pessoas que não faziam parte da família como: as parteiras, babás, amas de leite, entre outros. Tudo era natural até que os pequenos fossem cuidados por outras famílias que os iriam educar, quando faziam sete anos retornavam a sua família de origem para ser inserida na vida familiar e no trabalho. Como relata Rocha(2002, p.55):
Dessa forma, as crianças eram submetidas e preparadas para suas funções dentro da organização social. O desenvolvimento das suas capacidades se dá a partir das relações que mantêm com os mais velhos. Portanto, percebe-se uma distância da idade adulta e da infância em perspectiva cronológica e de desenvolvimento biológico, pois a infância é retratada pelas afinidades que o adulto estabelece com a criança, ou seja, tudo era permitido, realizado e discutido na sua presença.

Diante desta nova perspectiva evolutiva cronológica as mudanças de tratamento, ideais e vislumbramento dos cuidados com a criança só ocorreram mais tarde, “no século XVII, com a interferência dos poderes públicos e com a preocupação da Igreja em não aceitar passivamente o infanticídio, antes secretamente tolerado.”(ROCHA, 2002, p.55) Preservar e cuidar das crianças seria um trabalho realizado exclusivamente pelas mulheres, no caso, as amas e parteiras, que agiriam como protetoras das pequenas crianças incapazes de comunicar-se e alimentar-se sozinhas, criando uma nova concepção sobre a manutenção da vida infantil, afim de evitar a morte de um agora considerado membro da família.
Assim começam a surgir medidas para salvar as crianças. As condições de higiene tratamento foram melhoradas passou a existir uma preocupação preocupação com a saúde das crianças, e depois de ter tanto trabalho com a criação, fez com que os pais não aceitassem perdê-las com naturalidade mesmo se possuíssem outros filhos.
No século XIV, devido ao grande movimento religioso cristã, surge a criança mística ou criança anjo. A comparação dos traços infantis com de representantes de Deus, fez com que houvesse uma valorização da figura infantil.
Um novo estereotipo de criança surgem entre os séculos XIII e XIV  com a aparência nas obras literárias e de arte mais semelhante as retratadas pelo sentimento moderno. “Surge então o anjo representado sobre a aparência de um rapaz muito jovem, adolescente”(ARIES, 1981, p.41). Diante deste novo olhar crianças que eram educadas para ajudar nas missas. Os auxiliares ‘coroinhas’ eram  os meninos que possuíam características físicas com formas e traços mais redondos e graciosos, como de anjos e querubins.
Surgiu ainda um segundo estereotipo de criança que seria o modelo representativo de todas as crianças pequenas da história da arte: o “Menino Jesus ou Nossa Senhora menina. Representação de Jesus em pé co;m uma camisa quase transparente com os braços em torno do pescoço aninhado ao colo com o rosto colado ao dela.” (ARIES, 1981, p.42) A imagem da virgem Maria com seu filho representando uma figura materna de amor, cuidado e zelo por seu fruto foi outra idéia que idealizou várias outras obras, como cita Aries(1981,p.41):
No século XIII, a virgem Maria inspirou outras cenas familiares. Havia cenas de família em que os pais estão cercados por seus filhos. Por exemplo: num retrato da família de Moisés, o marido e a mulher dão as mãos enquanto as crianças que os cercam estendem a mão para a mãe. Esses casos, porém, eram raros. O sentimento encantador da tenra infância permaneceu limitado ao menino Jesus ate o século XIV, quando a arte italiana contribuiu para desenvolvê-lo e expandi-lo.  Um terceiro tipo de criança apareceu na fase gótica. O menino Jesus quase nunca era representado despido. O menino Jesus aparecia como as outras crianças de sua idade, ou seja, enrolado em cueiros ou vestido com uma camisa ou uma camisola. Ele só se desnudaria no final da Idade Média. As crianças que representavam personagens bíblicos estavam sempre vestidas.
Ainda segundo Aries(1981), os tipos medievais de crianças evoluíram durante os séculos XIV e XV. O anjo-adolescente, indicado no século XIII influencia ainda a pintura religiosa do século XV, mas o tema da infância sagrada continua se diversificando e se ampliando. Àquele grupo formado por Jesus e Maria o artista daria importância maior aos aspectos graciosos, ternos e ingênuos da primeira infância (a criança procurando o seio da mãe ou preparando-se para beijá-la ou acaricia-la, por exemplo).
Com o passar do tempo e devido aos novos ideais políticos e sociais, a infância religiosa deixou de se limitar  a seguir a mesma infância que a de Jesus, já que os tempos e as situação. Com o passar dos tempos vão surgindo novos exemplos, como escreve Aries(1981,p.41):
Surge, então, em primeiro lugar a infância da Virgem, que inspirou ao menos dois temas novos e frequentes: o tema do nascimento da Virgem e o tema da educação da Virgem. Depois, surgiram as outras infâncias santas: a de São João, o companheiro de jogos do menino Jesus, a de São Tiago, e a dos filhos das mulheres santas. Ainda nos assuntos representados nas obras de arte, multiplicam-se cenas de crianças onde se procura reunir os mesmos conjuntos o grupo dessas crianças santas, com ou sem suas mães.
 Surge na literatura uma representação do que viria a ser as estórias infantis, ocorre no século XIV um florescimento de histórias de crianças nas lendas e contos pios. Essas características se mantiveram até o século XVII, que todos podem acompanhar: na pintura, na tapeçaria e na escultura, com traços de representação religiosa da infância e dos traços maternais da mãe de Jesus idolatrados pela igreja vigente.
 finalmente destacar-se numa representação leiga nos séculos XV e XVI. Não era ainda a representação da criança sozinha.
A representação da criança mística, aos poucos, vai se transformando, assim como as relações familiares. A mudança cultural, influenciada por todas as transformações sociais, políticas e econômicas que a sociedade vem sofrendo, aponta para mudanças no interior da família e das relações estabelecidas entre pais e filhos.
A criança passou a ser educada pela própria família o que gerou nos pais um sentimento de apego onde a criança era tratado com mais cuidado, preocupação como um ser mais limitado que não deve ser exposto a tudo. Esse momento foi marcado por estes  dois sentimentos: paparicação e apego, como cita Rocha(2002, p.56):
A paparicação seria um sentimento despertado pela beleza, ingenuidade e graciosidade da criança. E isto fez com que os adultos se aproximassem cada vez mais dos filhos. Assim, os gracejos das crianças eram mostrados a outros adultos, fazendo da criança uma espécie de distração, tornando-se, bichinhos de estimação.,

A paparicação é um sentimento despertado pelo filho nos pais fazendo com que ele tenha prazer em realizar atividades que contribuem para a criação do seu filho assim como som seu bem estar, o pequeno passa a ser visto como um bibelô, bonito e gracioso. Sugere também a preocupação de como cuidar deste presente frágil e delicado que exige tanta atenção. Como cita ARIÈS (1981, p. 68):
Por essa necessidade de manter uma pessoa provida de tanta beleza e graça, surgem medidas para salvá-la e garantir sua sobrevivência. As condições de higiene foram melhoradas e a preocupação com a saúde das crianças fez com os pais não aceitassem perder seus filhos com naturalidade e, os que perdiam, aceitavam como sendo a vontade de Deus, segundo a orientação religiosa da época.
Este sentimento de apego e proteção primeiramente internalizado nas mulheres, não era compartilhado por todas as pessoas, algumas ficavam irritadas com a nova forma de tratar as crianças. Principalmente aqueles que julgavam que crianças eram mão de obra barata e não questionadora, que as utilizavam como mucamas e serviçais.
Atualmente a infância é vista como uma fase de aprendizagem de transformação e amadurecimento advindos das experiências. Tem –se um momento de desenvolvimento cognitivo, intelectual, de sua coordenação motora ampla e fina, do desenvolvimento da memória auditiva e visual e do raciocínio lógico.



























2.2. O SURGIMENTO DA LITERATURA INFANTIL

A literatura é considerada uma arte que usa as palavras para que o artista expresse sua arte, é capaz de mudar o modo de ver o mundo de viver neste mundo por meio da literatura unem –se pessoas em épocas, décadas diferentes, das mais diversas culturas e idiomas. Como De Menezes & Ramos(2009,p.18) escreve:
Na literatura, que é arte pelas palavras, a criação não vem do nada, mas, no que quer que ela se apóie, será original no modo novo, no arranjo diferente das palavras, na invenção, na transgressão, na quebra de clichês, no ponto de vista exclusivo que determinará um efeito único, especial, um estilo próprio e inconfundível. Uma obra de arte literária tem como objetivo o belo e como objeto a ficção, o fantástico, num outro universo modificado, imaginário, feito de conotações, de elementos de sugestão, de recriação, de plurissignificações, de estímulos à fantasia, ao lúdico, ao jogo transformador da co-autoria de múltiplas leituras divergentes e maravilhosas
Conceituar literatura se faz necessário para que seja internalizado que a literatura tem um forte poder social, político e econômico. Onde pessoas que são detentoras do conhecimento são capazes de emitir opinião, criticar e racionalizar soluções dos problemas vivenciados por ela e pela sociedade em que vive. O escritor literário e o leitor sofre um processo de mutação na sua capacidade de dialogar, de rever situações e agir de forma diferente e analítica.
“Entre 1660 e 1880 houve mudanças significativas na prática de criação das crianças. Tudo acontece entre a alta burguesia e os profissionais liberais. Desenvolve-se um modelo familiar voltado para os filhos;” (SCHARF, 2000, p.22) Onde a mãe passa a ter um novo papel o de dominante  do lar e de suas proles, passando a acolher, zelar, cuidar, ensinar as tarefas do lar/domésticas. A partir deste momento a mulher tinha que saber ler e escrever, para anotar receitas e ensinar as suas filhas. Um outro fator é a educação religiosa que deveria obrigatoriamente ser ensinada independente do gênero neste caso.
  A literatura infantil surgiu inicialmente em meados  do século XVIII, quando a burguesia teve sua ascensão. “O compromisso da literatura infantil com o ensinamento caracterizou o gênero desde o seu surgimento na Europa no século XVIII, quando o texto era usado como pretexto, recurso didático e veículo de propaganda das idéias das classes burguesas.”(ALBINO,2012,p.12). E surge assim uma educação popular é claro que era diferente: a educação de um burguês, para a de um nobre os livros que eram apresentados para uma classe popular eram lendas, contos folclóricos, histórias que iriam transmitir a eles a condição de dominação, de serem submissos e conformados com esta condição. Que de acordo com Paço(2009,p.12) até mesmo o que se lia era de acordo  com a classe social:
Existiam no século XVIII, duas realidades. A criança da nobreza, orientada por preceptores, lia geralmente os grandes clássicos, enquanto a criança das classes desprivilegiadas lia ou ouvia as histórias de cavalaria, de aventuras. As lendas e contos folclóricos formavam uma literatura de cordel de grande interesse das classes populares.
Outro fator importante neste momento é a mudança de visão do educando adulto, da criança e do jovem, Como escreve De Menezes &Ramos(2006, p.19):
Até o século XVIII, não se falava em literatura infantil, livros escritos para crianças, dedicados ao público infantil. As crianças liam o mesmo livro que os adultos, na medida em que o conseguiam. As das classes privilegiadas liam especialmente os clássicos, e as outras mais ouviam do que liam os livros de cavalaria, de aventuras, lendas e contos folclóricos.
 Os primeiros autores foram “Perrault” e depois os “irmão Grimm”, “ Anderson, Mark Twain, Charles Dickens  que foram transcritos e adaptados várias vezes para uma linguagem mais pueril e infantilizada. Com inicio da popularização dos livros que descreviam aventuras a família foi adquirindo uma relação de afetividade e proteção com os pequenos o que fez surgir os serões onde pessoas se reuniam em volta de fogueiras para ler as estórias e dialogar reflexivamente sobre as aventuras que haviam lido. Muitos autores não queriam escrever para crianças por acharem que seriam considerados inferiores ou bobos por utilizarem uma linguagem mais simples e escreverem contos ou fábulas para expressarem e educarem por meio da moral e da criticidade como cita De Menezes; Ramos(2006,p.26):
O próprio Perrault, que recolheu e deu forma literária a 11 contos, entre eles, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, As duas fadas, Joãozinho e Maria, Pele de Asno, Riquete de Crista, Gata Borralheira, Os desejos de Griselda, achou que para um membro da Academia, não ficaria bem escrever histórias folclóricas. Assim, usou um nome falso para assinar o livro que o tornou mundialmente famoso e que se chamou Contos da Mamãe Gansa.
 A literatura infantil no Brasil surgiu primeiramente como traduções de obras portuguesas, que foram trazidas pelos colonizadores do Brasil onde acabou-se herdando estes conteúdos literários. A literatura infantil brasileira tem um grande pai que é Monteiro Lobato, com personagens fictícios que comprovam uma grande imaginação e valorização da cultura folclórica brasileira. Tem caráter de questionamento de problemas nacionais e mundiais.
 O “livro de Lobato, A menina do narizinho arrebitado, é considerado o primeiro livro de literatura infantil brasileira. Foi publicado em 1921”(De Menezes; Ramos,2006,p.22) onde escreve  com uma linguagem que atrai a criança por ser simples e pura como uma criança e ser atrativa por representar algo possível de acontecer, uma aventura que quem ler imagina e se identifica com a personagem e local da estória .
   Muitos Escritores e escritos da literatura infantil antigos são lidos e relidos por várias gerações. Os livros e personagens presentes na literatura infantil são inesquecíveis principalmente por trazerem lembranças, sonhos, desejos é isto que um livro literário pode desperta em uma criança a criatividade. Ler é uma forma de viajar, de ir a lugares que você não conhece e viver aventuras sem sair do sofá.
     Autores europeus como Júlio Verne, Jonathan Sufeft, Daniel Defoe, contribuíram maciçamente para a construção do literário infantil e para formar grandes escritores brasileiros como: Erico Veríssimo, Jorge Amado, Carlos Drumond de Andrade e lendo a  essa declaração deles que podemos perceber o quanto a literatura na infância faz diferença quando o homem de torna o adulto, o escritor.
   Deve-se observar quais textos são mais adequados para crianças, assim como o tipo de educação que aquele ser vai receber  a metodologia para um adulto não é a mesma para uma criança pois cada um tem sua vivencia, há influencia de outros meios de comunicação como a televisão , as musicas,  a cultura teatral, as festas de comemorações, vídeos games que retiram a vontade de ler já que existe um brinquedo , um lazer que não exige muito de sua capacidade intelectual. Como relata DE Menezes e Ramos(2006,p.30):
O professor uruguaio Jesualdo, em seu “A literatura infantil” faz, de início, a advertência: “Todas as recomendações que se possam fazer aos escritores sobre como escrever para as crianças serão sempre poucas”. E Leni Werneck Dornelles, uma especialista no assunto, mostra que, ao contrário do que muita gente pensa, escrever para o leitor infantil é tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil escrever para a criança. Ela é muito exigente, muito mais do que se possa imaginar. Gosta de encontrar nos livros situações de suspense, conflitos, emoções fortes, mas detesta a pieguice e rejeita os livros em que o autor se dirige ao leitor como se este fosse uma criança idiota esquecendo-se de sua dignidade”.
   A literatura infantil tem personagens que servem de exemplos, são diversos heroínas e heróis que estão na luta em defesa dos fracos e oprimidos. A maioria dos leitores de literatura infantil esta atrás de histórias que os levem a mundos que eles desconhecem, mas são capazes de imaginar, quando leem a descrição do autor. A literatura para crianças pode não ser das mais fáceis de criar mas, com certeza é a mais gratificante.
“No final do século XIX, vários elementos convergem para formar a imagem do Brasil como um país em processo de modernização”(ALBINO,2012,p.4) os textos e livros começavam a informar, a ter mais liberdade conforme os novos ideais de abolição da escravatura , e mudança de paisagem rural em urbana e principalmente a de valorização da instituição escolar e consequentemente a dos livros como ferramenta educacional. Como escreve Albino(2012, p.):

[...] começam a configurar a existência de um virtual público consumidor de produtos culturais, o saber obtido por meio da leitura passa a deter grande importância no emergente modelo social que se impõe, fazendo com que a escola exerça um papel fundamental para a transformação de uma sociedade rural em urbana. Como elementos auxiliares nesse processo, os livros infantis e escolares são dois gêneros que saem fortalecidos das várias campanhas de alfabetização deflagradas e lideradas, nessa época, por intelectuais, políticos e educadores, abrindo espaço, nas letras brasileiras, para um tipo de produção didática e literária
dirigida especificamente ao público infantil. heroinas em personagens que servem de exemplos, slto na

Dentro deste contexto emergencial de valorização da cultura brasileira e da valorização do pensamento pedagógico de educação que passou a ser alfabetizar, surge a necessidade de produção de um maior quantitativo de livros literários principalmente para crianças. Realizaram adaptações de textos europeus, criaram e reescreveram contos e fábulas com uma linguagem brasileira e com cenários e personagens com perfil nacional.
“O período que corresponde às décadas de 40 a 60, denominado terceira fase de evolução da literatura infantil no Brasil, é marcado pela fertilidade literária, representada principalmente pela profissionalização dos autores”,[...] (ALBINO,2012, p.8)as editoras também focaram na captação e venda de livros literários voltados para o público infantil.
Nas décadas de 60 a 80 a literatura infantil popular, que estava com um caráter negativo e repetitivo não presando pela qualidade, herança das décadas anteriores, assume uma nova roupagem que propõe a qualificação dos textos literários  para as crianças, conforme Albino(2012,p.10) escreve:
Entre os aspectos que caracterizam essa produção estão: uma nova maneira de compor personagens; enredos que incorporam a temática urbana, propondo uma fusão entre o social e o individual; a valorização da linguagem oral, fazendo com que o discurso deixe de ser modelar; e o espessamento do texto infantil enquanto discurso literário, abrindo-lhe a possibilidade de auto-referenciar-
se ao incluir procedimentos metalingüísticos e intertextuais como a fragmentação da narrativa, a participação do leitor e o rompimento da linearidade por meio da utilização do fluxo da consciência.
Os novos livros para a crianças possuíam personagens, que são compostos e que são parecidos com as imagens que eles imaginam, executam ações, transmitem valores que possibilitam a criança ser modelada dentro de uma consciência patriota e coletiva. Apresentam uma narrativa em que o leitor possa fazer um relato depois do que leu.
A partir do ano de 2000 algumas autoras destacaram-se mais como: “Ana Maria Machado que começou a escrever para o público infantil quase por acaso, Ruth Rocha sempre esteve com o olhar voltado para esse gênero literário, fez da criança e seus desejos a razão da sua escrita.”(PAÇO,2009,p.15). Outros autores se destacam como Ziraldo com o Menino Maluquinho e os quadrinhos de Mauricio de Sousa, que buscam trabalhar e construir estórias que o professor , os pais possam utiliza-los como ferramenta lúdica, capaz de desenvolver a criatividade, a percepção e o discernimento moral.


2.3 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA O APRENDIZADO
A literatura infantil como o próprio nome diz são textos, estórias criadas para o publico infantil. São estórias que influenciam no processo de ensino aprendizagem ou que simplesmente há a leitura por lazer, mas ambas devem ser realizadas por prazer. A leitura para aprender é :
Uma leitura fantástica e poética é antes de tudo e indissociavelmente fonte de maravilhamento e de reflexão pessoal, fonte de espírito crítico, porque toda descoberta de beleza nos faz exigentes e, pois, mais críticos diante do mundo.(HELD,1980,p.207)
Utiliza-se musicalidade em alguns textos, personagens coloridos, com características peculiares que fazem com que a criança reflita sobre a problemática apresentada. Cada texto, cada estória é elaborada para que a imaginação da criança flua, crie asas, “porque quebra clichês e estereótipos, porque é essa recriação que desbloqueia e fertiliza o imaginário pessoal do leitor, é que é indispensável para a construção de uma criança que, amanhã, saiba inventar o homem” (.HELD, 1980,p.207)
Um livro de literatura infantil deve ter uma linguagem simples, sem termos chulos, palavrões, sem beneficiar valores negativos e antissociais.
A obra literária recorta o real, sintetiza-o e interpreta-o através do ponto de vista do narrador ou do poeta. Sendo assim, manifesta, através do fictício e da fantasia, um saber sobre o mundo e oferece ao leitor um padrão para interpretá-lo. Veículo do patrimônio cultural da humanidade, a literatura se caracteriza, a cada obra, pela proposição de novos conceitos que provocam uma subversão do já estabelecido.( CADEMARTORI, 1985, p. 23)
Neste século, a Literatura Infantil em alguns lugares e geralmente é considerada pelo adulto um gênero secundário não como prioridade e auxiliador no processo de aquisição da leitura e de aculturação de um povo é nivelada a um brinquedo  um objeto de lazer utilizada para entretenimento). A valorização e a mudança do ponto de vista de que pode e deve ser utilizada como uma ferramenta formadora de consciência no universo cultural das sociedades e como recurso para o crescimento emocional é bem recente. Os primeiros textos para crianças foram escritos por pedagogos e professoras com o desejo de educar, como escreve Zilberman(1998, p.13):
E até hoje, a literatura infantil permanece como uma colônia da pedagogia, o que lhe causa grandes prejuízos: não é aceita como arte por ter uma finalidade pragmática e a presença deste objetivo didáticofaz com que ela participe de uma atividade comprometida com a dominação da criança.

As situações dramáticas e de perigo, tão comuns na Literatura Infantil, proporciona que se trabalhe o aspecto psicológico da criança, mostrando que  existe soluções de pelo menos amenizar  ou de solucionar as situações apresentadas na literatura possibilitando a formação de cidadãos capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente, critica e democrática.
 A criança aprende a ler com livros de literatura, aprende a escrever e torna-se criativa na construção da representação daquela estória e do que ela representa para o leitor.
Para escrever para crianças há diversas observações que devem ser respeitadas. Escrever para elas é complexo, pois deve colocar nos textos aventura, suspense e tudo que retenha a sua atenção, como escreve De Menezes & Ramos(2006, p.30):
escrever para o leitor infantil é tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil escrever para a criança. Ela é muito exigente, muito mais do que se possa imaginar. Gosta de encontrar nos livros situações de suspense, conflitos, emoções fortes, mas detesta a pieguice e rejeita os livros em que o autor se dirige ao leitor como se este fosse uma criança idiota esquecendo-se de sua dignidade”.
Quando se vai ler para uma criança que ainda não realiza a tradução dos símbolos linguísticos deve-se usar várias entonações na voz para que elas identifiquem as mudanças de personagens, inclusive percebam que há um narrador e os outros participantes-personagens da estória. Quando estória só possui imagens deve instigar que ela imagine o que o personagem esta falando, qual a lógica da estória, em que tempo ela ocorre, faz uso da memória visual e auditiva, respeito a opinião do próximo.
“A produção literária para os já alfabetizados, com certo domínio da leitura, é muito ampla e diversificada. Nela podemos citar autores como Sylvia Orthof, com suas obras A limpeza de Teresa, Uxa, ora fada, ora bruxa, Maria vai às compras”(RODRIGUES et.Al, 2013,p.8) existe em maior quantidade poisos educadores podem utilizar tanto a com símbolos gráficos onde ele mesmo lê, faz suas indagações e  propõe diversas formas de interpretar a estória.
Diferentes habilidades são desenvolvidas e aperfeiçoadas por meio da literatura, como a linguagem, oralidade, a ampliação do vocabulário e incentivando a criatividade e a vivência do mundo da fantasia.
A linguagem é a habilidade que a crianças mais desenvolve por meio dos textos literários, ela consegue fazer uma interlocução com o adulto, proporciona também um contato com a linguagem escrita, apresentando diariamente à norma-padrão da língua portuguesa.
No ato de ler, contar, recontar e ouvir histórias proporcionam a criança diferentes formas de falar, viver, pensar e agir, além de uma gama de valores, costumes e comportamentos das diversas culturas existente no Brasil e no mundo. Estas produções literárias muitas vezes trazem ao leitor hábitos transmitidos de geração para geração, como mitos, lendas, cordéis e crônicas  do passado e do presente.














2.4. A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO.
Para melhor compreender qual a contribuição que a literatura propicia ao desenvolvimento cognitivo faz-se necessário compreender o que é o aspecto cognitivo de um ser humano, no caso de uma criança. O desenvolvimento cognitivo se da pela aprendizagem que é representada pela mudança de comportamento, ideias e valores onde cada ser muda suas relações com aquilo que antes era desconhecido e agora tornar- se um objeto conhecido, as vezes necessários ou até de prazer como a aprendizagem da leitura e escrita. Como cita Gomes &Ghedin(2010, p.2):
Piaget preocupou-se em saber como nasce a inteligência da criança, afirmando que a inteligência é algo que se modifica, ou seja, gradativamente a criança vai utilizando sua inteligência, mesmo que seja sensório-motora, para adaptar-se ao meio e chegar então num momento em que passa da inteligência prática para uma inteligência propriamente dita quando já consegue elaborar hipóteses e resolver situações problemas sem a necessária presença de objetos concretos.
Piaget foi um grande estudioso e pesquisador que proporcionou que os seres compreendessem melhor como cada ser humano aprende e se desenvolve em todos os aspectos cognitivo, psicológico, emocional e social. Como escreve Santana (2006,p3) sobre o ponto de vista de Piaget sobre desenvolvimento de estruturas cognitivas:
Em seu desenvolvimento, a criança constrói vários e diferenciados
esquemas que tendem a formar combinações, dando origem às estruturas cognitivas, que traduzem uma forma particular de equilíbrio na interação do indivíduo com o ambiente. Na perspectiva piagetiana, a linguagem apenas favorece a interiorização das ações quando as estruturas já estão elaboradas, possibilitando a assimilação de informações verbais que estejam consoantes com o nível de elaboração das mesmas.
A mudança de referencial gerada pelas atividades, livros e pessoas do convívio da criança, possibilitam que ela desenvolva uma adaptação do que já sabe e do desconhecido um saber lidar com a situação, como o ato de aprender a falar se comunicar e ser capaz de expressar o que sente e o diferente falar que é reproduzir informações que o meio ambiente em que vive fornce.
O “conhecimento não é algo acabado e estável, mas está em constante transformação pelo sujeito por meio da sua ação constrói conhecimentos indispensáveis na sua adaptação ao meio.” (GOMES &GHEDIN,2010, p.2)neste momento encontra-se o desenvolvimento cognitivo, que é proporcionado pela literatura que desenvolve na criança diversos aspectos como a aprendizagem linguística, a formação do caráter, a inteligência intelectual, o discernimento, a moral e a cultura de um povo.  Quando se lê que a literatura “tornou-se um dos campos em que estão sendo semeados valores, que sem dúvida, integrarão a nova mentalidade futura”(COELHO,2000,p.19), refere-se ao desenvolvimento cognitivo de cada criança que lê e aprende a ler em livros e textos com personagens coloridos e narrativas diversificadas.
A literatura infantil é vista como uma mensagem emitida por um adulto e recebida por uma criança, buscando uma linguagem que ambos possam expressar o que sente diante das aventuras situacionais apresentadas nos textos e imagens que compõe  o livro infantil como aborda Coelho(2000,p.31):
[...] o livro infantil é entendido como uma “mensagem” (comunicação) entre um autor adulto (o que possui experiência do real) e um leitor-criança (o que deve adquirir tal experiência), o ato de ler(ou de ouvir), pelo qual se completa o fenômeno literário, se transforma em um ato de aprendizagem.
Percebe-se que Coelho(2000) vislumbra, nesta escrita, a literatura como um ato de aprendizagem cultural onde os conhecimentos adquiridos, são os transmitidos de gerações anteriores. Enquanto a literatura também trabalha outros aspectos do desenvolvimento infantil com a consciência fonológica, a memória visual e auditiva e acima de tudo o imaginário, a capacidade criativa de cada individuo enquanto leitor ou ouvinte.
Coelho(2000) escreve também que para que exista uma relação efetiva de aprendizagem por meio da literatura é necessário que o texto ofertado para a criança respeite a idade cronológica da dela possibilitando uma leitura que conduza ao universo cheio de aventuras e fantasias que são os textos literários. Por isso escreve Coelho (2000,p.32):
Embora a evolução biopsíquica das crianças, pré-adolescentes e adolescentes divirja de uns para outros(dependendo dos muitos fatores que se conjulgam no processo de desenvolvimento individual), a natureza e a sequencia de cada estágio são iguais para todos conforme o prova a psicologia experimental. Assim, a inclusão do leitor em determinada “categoria” depende não apenas de sua faixa etária mas principalmente da inter-relação entre sua idade cronológica, nível de amadurecimento biopsíquico-afetivo-intelectual e grau ou nível de conhecimento/domínio do mecanismo da leitura.
 A faixa etária da criança é um fator primordial para desenvolver o cognitivo de uma criança pois os textos ofertados devem atrair e só desencadeia curiosidade textos com imagens de preferencia bem coloridas, personagens alegres e malvados, um enredo que tenha suspense, ficção, aventura, e ate uma pitadinha de romance, próprios para a idade tipo a expressão ‘E eles viveram felizes para sempre’.
Cada idade requer uma atenção especial na escolha do livro e como o leitor vai lê-lo. Na primeira infância dos 15 meses aos 3 anos, é uma fase que buscam conhecer como falar, construindo o conceito de nome e objeto. “O importante, nessa fase, é essencial a atuação do adulto, manipulando e nomeando os brinquedos ou desenhos; inventando situações bem simples que os relacionem afetivamente com a criança, etc.”(COELHO,2000, p.33).
 Na segunda infância fase em que se inicia a percepção do próprio ser, apresenta um comportamento egocêntrico com aguçada utilização dos sentidos, crescente interesse pela comunicação verbal e aquela fase que fala muito como se tivesse descobrindo que pode falar sendo que tudo que será apresentado para ela deve ser significativo. “Os livros adequados a essa fase devem propor vivências radicadas no cotidiano familiar à criança e apresentar determinadas características estilísticas” (COELHO,2000, p.33).
Na terceira fase tem-se o leitor iniciante, a partir dos 6 anos onde passa a ser um aluno que esta aprendendo a ler e escrever, já reconhece, símbolos linguísticos,  e esta no inicio do processo de socialização, o adulto é o agente estímulos que vai levar o pequeno leitor a decodificar os sinais gráficos da escrita, “a imagens ainda predominam sobre o texto” (COELHO,2000, p.35).
Na quarta fase que mais interessa a esta pesquisa é a do leitor em processo a partir dos 8 anos de idade, fase em que a criança já domina a leitura, amplia-se seu interesse pelas coisas a sua volta, desenvolvendo o pensamento lógico com o auxilio de objetos concretos e possibilitando já realizar operações mentais simples. O adulo agora  tem outro papel o de motivar, “como aplainador de possíveis dificuldades e, evidentemente, como provocador de atividades pós-leitura” (COELHO,2000, p.36).Utilização de imagens misturadas aos textos ainda são importantes e aguçam o interessa como as estórias em quadrinhos
Na quinta fase tem –se o leitor fluente a partir dos dez anos onde já domina a leitura e compreende o mundo do livro, onde este deve propor reflexão, confronto de ideias  e pensamento hipotético e dedutivo. “ As potencialidades afetivas se mesclam com uma nova sensação de poder interior; a da inteligência, do pensamento formal, reflexivo. É a fase da pré-adolescência” (COELHO,2000, p.37)
O último leitor é o critico que apresenta normalmente a idade de 12 e 13 anos e mais idade onde já possui uma maturação na capacidade de refletir e emitir uma opinião utilizando a agilização da escrita para produzir outros textos.  Proporcionar aos adolescentes um convívio com os textos literários para que percebam outras realidades, possui também um caráter informativo para que eles busquem a melhor parte da vida a da comunicação, socialização, solidariedade e sustentabilidades nos dias atuais.












2.5. DESPERTANDO O GOSTO PELA LEITURA POR MEIO DA LITERATURA INFANTIL.
A leitura é uma atividade que o sujeito começa a desenvolver desde criança, quando entra em contato com o meio e com as pessoas que convive. A primeira leitura que um bebezinho faz é a do sorriso de todos que vão visitá-lo, depois vem a da mamadeira quando a vê já diz : ‘dedera’ ou mamadeira, mais tarde ao ver certas embalagens de refrigerante, de Nescau ele já o chama pelo nome é a chamada leitura incidental, então neste momento acende a reflexão por que essas crianças estão com tanta dificuldade em aprender a ler se já fazem a leitura do mundo, a única coisa que a escola faz é apresentar a eles símbolos que são utilizados por todos para se comunicar a distancia, para deixar guardado ideias dos nossos antepassados.
O processo de leitura se desenvolve a partir da construção intelectual, ou seja, a criança vai construindo a sua leitura de símbolos e significados e como vai representá-los que é de acordo com as hipóteses formuladas a partir de sua leitura, como escreve CAGLIARI, (1995, p.149): Ler é uma atividade extremamente complexa e envolve problemas não só semânticos, culturais, ideológicos, filosóficos, mas até fonéticos”. O ato de desenvolver a leitura e a escrita no segundo ano do ensino fundamental implica em pensar como essas crianças vieram para a escola, qual bagagem cultural, vocabular e de linguagem este aluno possui, muitos que estão entrando no Ensino Fundamental com o é o caso dos meninos e meninas do 2º ano, que já frequentavam a escola passando pela educação infantil e de crianças que nunca entraram em uma sala de aula.
A leitura é um processo de tradução do signo para o significado das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas experiências  de vida anteriores e do rol vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu nascimento até a idade atual.
A aquisição da capacidade de ler exige da criança uma maturação da capacidade de se comunicar, de expressar com palavras o que sente, de conhecer o nome dos objetos e solicita-los pelo nome depende intimamente do vocabular vivencial daquela criança. Como escreve Cagliari (2007,p.158):
A leitura oral, falada ou ouvida, processa-se foneticamente  de maneira semelhante à percepção auditiva da fala. A leitura visual, falada ou silenciosa, além de pôr em funcionamento o mesmo mecanismo de percepção auditiva da fala para a decodificação de texto, precisa por em ação os mecanismos de decifração da escrita
No momento de decifrar a escrita a criança deve estar preparada para que sua memória acuse o som de cada sílaba que ele visualizar. No caso das imagens ele deve primeiro reconhecer, dentro de sua linguagem vocabular cultural o que é o objeto, o nome e depois falar e assim traduzir os fonemas em letras.
Para desenvolver o gosto por ler o professor deve levar em conta o ritmo de aprendizagem de cada aluno, uns aprendem mais devagar outros aprendem mais rápido, mas por ser uma série dedicada a aprendizagem tanto da leitura e da escrita as atividades realizadas pelo professor devem tornar possível essa aprendizagem. Antunes (2003, p.70),escreve sobre a leitura e suas atividades:
A atividade da leitura favorece, num primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Na verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas ideias, novos conceitos, novos dados, novas e diferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos acontecimentos, do mundo em geral.
Quando se apresenta um livro a uma criança com imagens coloridas, elas ficam surpresas com as imagens com esta novidade, perguntam, querem desenhar igual e percebe-se que há uma sequência dos fatos da estória, isto possibilita ao aluno uma reflexão do comportamento dos personagens, o que eles fariam se fosse com eles, como resolveriam a situação, trabalha com o emocional pois as crianças se colocam no lugar dos personagens e as vezes até estão passando pela mesma situação do personagem da estória.
É no saber o significado da palavra é que se consuma o ato de ler, é na interpretação do mundo e na capacidade de comunicação que a leitura se contempla, como escreve Silva4 (2010, p.01):

 Num sentido amplo, o ato de ler corresponde ao processo de apreensão da realidade, que cerca o indivíduo, através da interpretação das variadas linguagens, tais como uma charge ou os sinais empregados na comunicação com surdo-mudo. Portanto, o ato de ler não diz respeito à apreensão da realidade somente através da leitura de um texto.

Ler significa consumar o ato de se comunicar, de informar ao outro algo, de expressar sentimentos, como a linguagem de libras, as placas de trânsito que em sua maioria não tem palavras, mas sim imagens, que são significativas para aquele individuo.
Existe a leitura de imagens e a leitura de letras, a leitura das imagens tem apresentado uma valorização em maior no que diz ao interesse de uma criança, pois assistir um vídeo é uma forma mais atraente, pois são cheios de cores, sons que despertam no individuo mais interesse de para e prestar atenção e ainda aprender com este tipo de leitura. Já a leitura de letras em livros e textos permite que o leitor imagine o que os livros estão descrevendo onde tudo é criando pela sua mente. “O ideal seria poder manter a experiência da leitura dos textos escritos e a experiência da leitura das imagens dos filmes e da televisão.”(CAGLIARI, 2007,p.149)
Como a criança vai ler e sua afinidade com o lápis e o papel no processo de registrar depende do meio social em que vive, e de como as pessoas que ela convive apresentam interesse por ler e escrever. Cada criança tem seu tempo para conseguir aprender, identificar e decodificar os símbolos e letras, elas vão formando conceitos, sobre o que é cada nome que ela decodifica e associa aos objetos conhecidos do seu vocabulário vivencial. Como esta escrito no REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL, (1998, p. 128).
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar

A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo, procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e seguir o exemplo.
Sabe-se que a leitura é uma forma de lazer mental. “Ocorre com formas passivas de lazer, a leitura exige um grau maior de consciência e atenção, uma participação efetiva do recebedor leitor”(CUNHA, 2003,p.47), A escola deve assumir o papel de incentivadora da criatividade, criticidade, consciente e produtivo por meio  da literatura. Sobretudo para professores o livro tem uma relevância enorme pois ele faz parte do instrumentário do profissional que vai ensinar a ler e fazer com que seu aluno evolua no processo de produção textual.
Outro fator importante para que o aluno aprecie a leitura da literatura é que nunca seu professor deve tratar o momento como uma obrigação ou chateação fazendo caretas, alterando a voz e não utilizando os textos lidos com alguma dinâmica ou jogo, essa é uma forma de dar valor ao que foi lido.
Permitir que os alunos escolhessem o que vão ler é outra forma de fazer com que o pequeno leitor deseje ler. Quando o livro escolhido torna-se detestável deve oportunizar a criança que ela escolha outro, ressalta-se que esta é a última opção depois das que eles devem sempre concluir o que começaram, faze-lo perceber que deve haver algo de bom na estória que esta lendo. Questiona-los sobre como ele acha que vai ser o final, fazer um jogo que para joga-lo ele precisar ler o livro todo. Trabalhar com atividades lúdicas. Como escreve Cunha(2003, p.77):
Isto, do ponto de vista da literatura infantil, quer dizer que as mensagens por ela veiculadas devem ser instigantes a ponto de desafiar o leitor, propor –lhe problemas cujas soluções dependeriam de sua habilidade em jogar, de sua capacidade criativa para dar respostas a situações novas, de suas idiossincrasias.
O prazer de ler e envolver-se neste processo de imaginação, solução, e realidade é proporcional ao desafio que o jogo lhe proponha. Os livros infantis auxiliam as crianças na compreensão de valores éticos, sociais e morais, pode-se observar que nos contos há uma separação de bem e mal, feia e bonita, fada e bruxa, tudo isso auxilia os alunos na construção do seu referencial de valores do que é certo ou errado.
3.0  METODOLOGIA
3.1 Sobre a Pesquisa
O presente trabalho desenvolveu-se por meio da pesquisa descritiva que se “observam, registram, analisam classificam e interpretam os fatos, sem que o pesquisador lhes faça qualquer interferência. Assim o pesquisador estuda os fenômenos do mundo físico e humano, mas não os manipula” Prestes (2007, p.26). Por outro lado existiu o caráter de pesquisa de campo no momento da aplicação dos questionários e  a observação no momento de coleta de dados.
Coletou-se informações sobre o assunto. Os questionários aplicados aos objetos da pesquisa que são os docentes, foram adequados a proposta do que é um questionário como escreve Gil(2006), define questionário como “um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisado”(p.114). A acadêmica optou por utilizar o questionário por ser um instrumento de coleta de dados mais rápido, que garante o anonimato  e por ser menos oneroso.
3.2 Análise e Coleta De Dados
No primeiro momento, o estudo se desenvolveu a partir de técnica de observação, onde recorrer a conhecimentos e experiências de amigos e isto auxiliaram no processo de compreensão e interpretação do que se está estudando.
Assim as vantagens oferecidas pela pesquisa qualitativa oferecem no âmbito da educação permite conhecer a realidade numa dimensão que o fator humano se apresenta na escola. A coleta de dados foi significativa para o desenvolvimento deste trabalho, quando através desta obtivemos respostas para nossas dúvidas e questionamentos acerca da importância dos livros literários presentes na escola, dentro da sala de aula.
A escola em questão é uma instituição Pública, localizada em Brasília-DF constituída por uma direção, dois coordenadores e 10 professores com 220 alunos nos dois turnos. A amostragem pesquisada consiste de 8 professores e 18 alunos ;que compõe a turma de 2º ano da referente escola.
No questionário aplicado com o professor foram feitas perguntas que possibilitasse uma análise da contribuição da literatura na aprendizagem e como ela é articulada dentro deste contexto didático pedagógico.
A primeira pergunta foi questionado se o professor concorda que a literatura infantil contribui para o desenvolvimento cognitivo da criança? Conforme GRÁFICO A (abaixo)
FONTE: ISLÂNDIA  EM ESCOLA CLASSE    NO PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
Das professoras consultadas 25%(2) responderam que Quase sempre a literatura contribui para o desenvolvimento cognitivo de uma criança, mas em sua maioria 75%(6) dizem que Sempre  acreditam que é possível desenvolver uma aprendizagem cognitiva de uma criança. Cada criança tem seu tempo para conseguir aprender, identificar e decodificar os símbolos e letras, elas vão formando conceitos, sobre o que é cada nome que ela decodifica e associa aos objetos conhecidos do seu vocabulário vivencial. Como esta escrito no REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL(1998, p. 128):
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar
A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo, procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e seguir o exemplo. A criança só ira desenvolver-se emocionalmente, intelectualmente se houver prazer e familiarização dos objetos que oportunizam essa internalização de conhecimentos e no caso o objeto são os livros e textos literários.
Na segunda pergunta se o professor concorda que a literatura infantil contribui para o processo de aprendizagem, 25% (2) responderam Quase sempre, e 75% (6) responderam que Sempre, e compreende a importância da literatura no ato de ensinar. “A escola que não lê muito para seus alunos e não lhes dá chance de ler muito está fadada ao insucesso, e não sabe aproveitar o melhor que tem para oferecer a seus alunos.”¹(CAGLIARI,2007, p.150) a leitura é uma ferramenta muito forte para que qualquer aluno se desenvolva o aluno que é capaz de traduzir as palavras, frases e textos interpretando-os e dando vida a essas palavras, vivenciando a cultura de um povo.Toda escola deve dar ênfase a leitura de livros aos alunos para que estes se encantam e descubram o que mais lhe interessa e assim começar a formar seu senso critico tendo capacidade de opinar e defender sua opinião.
Na terceira pergunta se realmente acreditam ser possível desenvolver o gosto pela leitura por meio da literatura infantil, 25%(2) responderam que Quase sempre a literatura é uma grande aliada e 75%(6) responderam que Sempre a literatura desenvolve o gosto pela leitura. A leitura é um processo de tradução do signo para o significado das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas experiências  de vida anteriores e do rol vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu nascimento até a idade atual.
Na coleta de dados realizada com os 18 alunos foi realizada para compreender qual o efeito e que tipo de estórias e estilos literários eles mais apreciam e buscam com prazer, assim como possibilitar novas formas de trabalhar os textos que não os atraem.
Quando questionados sobre o fato de ao ler uma história ele consegue se imaginar nela, já que a literatura retrata um pouco do real e um pouco do imaginário dos que escrevem e dos que leem como escreve Coutinho (1978, p. 9, IN: SILVA, 2009, p.140) sobre concepção de literatura e sua criação:
A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as fôrmas que são os gêneros e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social.
 
FONTE: ISLÂNDIA  EM ESCOLA CLASSE    NO  PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
“A literatura infantil leva a criança à descoberta do mundo, onde sonhos e realidade se incorporam, onde a realidade e a fantasia estão intimamente ligadas, fazendo a criança viajar, descobrir e atuar num mundo mágico; podendo modificar a realidade seja ela boa ou ruim”.(PAÇO, 2009,p.12). Dos alunos pesquisados 44,5%(8) As vezes conseguem ler e concentrar-se a ponto de sentir-se integrado ao texto; somente 5,5% (1) Quase sempre conseguem, a melhor parte é que a escola esta fazendo um bom trabalho com os textos literários pois 50%( 9) Sempre conseguem adentrar no mundo da fantasia e como escreve  Coutinho(1978) conseguem vivenciar uma ficção e analisar qual a moral desta estória e utiliza-la na vida real.
Nas perguntas 2- Que tipo de história você mais gosta de ler? E na pergunta 3 Você gosta de ler gibi? GRÁFICO 03(abaixo)
FONTE: ISLÂNDIA  EM ESCOLA CLASSE    NO  PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
Dos alunos entrevistados 50%(9) gostam de Histórias em quadrinhos e os outros 50% ( 9 ) preferem outros estilos literários. Em relação a gostar de gibi 94,44%(17) dizem que Sim e 5,56%(1) Não apreciam optando por outros estilos.
 É importante que o aluno saiba que os diversos estilos literários são bons e agradáveis e que eles mesmo podem converter o que ele não gosta de ler no que ele gosta de ler como contar uma fábula em quadrinhos, o melhor é conhecer o que lhe atrai para ler com escreve Paço (2009,p.10):
O trabalho com literatura infantil tem como possibilidade de resultado a formação de leitores/escritores competente. Tem como objetivo formar alguém que compreenda aquilo que lê; que consiga transmitir aos outros os elementos de uma história através das ilustrações; que possa transformar um texto numa narrativa prazerosa a quem ouve; que possa aprender a ler o que não está escrito; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que possa imaginar e criar.

Na quarta questão questiona-se o ponto de vista do aluno em relação a leitura da professora  nas aulas e se ele vê a professora como uma pessoa que gosta de ler histórias na hora da aula. E vezes elas ela costumam ler para eles durante a semana.
FONTE: ISLÂNDIA  EM ESCOLA CLASSE    NO  PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
  Dos alunos questionados 5.55%(1  ) dizem que a professora Nunca ler ou 5,55%(1  )As vezes lê , e  5,55% (  1) dizem que ela Quase sempre lê mas a maioria 83,33 (15  )afirma que a educadora Sempre lê, o que comprova o gostar e a valorização da literatura infantil. Em relação a quantidade de vezes que lê durante a semana. Se o professor é leitor ele ensina seus alunos a terem amor pelo ato de ler como escreva Silva(1988, p. 13):
 o que o professor lê? Que acesso tem o professor aos livros de sua área de conhecimento? Quantas visitas faz o professor às bibliotecas, às livrarias? Quantos livros o professor tem condições de adquirir, visando o incremento do ensino e o seu crescimento como pessoa? Que tempo sobra afinal, para a busca e a leitura de textos? E a biblioteca escolar-existe e está funcionando realmente?
 Dos questionados 11,11% (2  ) dizem que a professora lê quase todos os dias, enquanto 88,88%(16) dos alunos afirmam que a professora lê na sala todos os dias da semana. Além de criar o habito da leitura, ler diariamente é um fator diferencial a leitura diária para os alunos como Silva(1998, p. 30).  diz que,
ensinar a ler criticamente significa, antes de mais nada, dinamizar situações em que o aluno perceba, com objetividade, os dois lados de uma mesma moeda ou, se quiser, os múltiplos lugares ideológico-discursivos que orientam as vozes dos escritores nos seus textos.
Os textos e livros literários a serem lidos devem ser analisados para que possam desenvolver nos alunos a capacidade de discernir entre o bom e o ruim e do que é certo e errado. É necessário ter exemplos também em casa, com escreve Paço(2009,p.17):
 Com a criança não é diferente, alguma delas ouvem histórias desde o ventre materno, quando suas mães falam para elas ou com elas, fazer histórias, ouvir histórias ou escrevê-las humaniza a criança e nos humaniza também. Vai nos tornando cidadãos modificadores ou autores da cultura e mergulhados nesta cultura, surgem transformações cada dia mais rápido numa velocidade imensurável.
Os alunos foram questionados se costumam ler e ouvir historias em casa, para verificar se o processo de incentivo da leitura esta indo além dos muros da escola. Das respostas 11,11%(2) responderam As vezes, e 27,77%( 5 ) disseram Quase sempre e sua grande maioria 61,11%( 11) responderam que Sempre.
Por meio da pesquisa realizada pode-se verificar que os professores compreendem a importância da literatura dentro do ambiente escolar e fora dele. Utilizam diversas estratégias para que seja desenvolvido aspectos intelectuais, cognitivos, de aprendizagem e incentivo da leitura para compreensão e propagação das culturas existentes no mundo. A maioria das crianças conseguem ler e viajar dentro do livro infantil a ponto de sentir-se um personagem e visualizar todo o enredo do livro e mais reconhecem os estilos literários que apreciam e gostam, e aprendendo com  prazer sobre seu povo e sobre si, com conhecimentos éticos, morais e democráticos da vida cotidiana e da historia do povo brasileiro.








4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Pesquisar sobre a literatura foi muito importante por permitir perceber a importância da literatura no processo de leitura e escrita dos alunos, onde quem não lê pouco escreve, ou não sabe fazer textos claros, objetivos e mais importante com amor e criatividade.
Por meio da pesquisa na escola pode-se perceber que tanto professores quanto alunos reconhecem que a leitura de textos literários é importante. Que possibilita ao aluno ter uma aprendizagem com o desenvolvimento cognitivo, intelectual, emocional e psicológico.
As professoras conseguem incentivar seus alunos a ler, a buscar os diversos gêneros literários existentes, elaboram atividades para que possa haver um feeldback do conteúdo ensinado e conseguem perceber o desenvolvimento da oralidade e da socialização por meio da literatura, onde há heróis e malfeitores a serem combatidos e o maior deles é a ignorância do consumismo, que pode ser lido, apesar de não mencionado no trabalho em questão. Pode-se perceber que os livros literários atualmente são lidos por influencia da mídia de comunicação.
Ficou evidente que professores e pais que leem conseguem incentivar a criança a leitura, onde o habito e o exemplo é visto no cotidiano influencia positivamente os pequenos leitores. Afirmo que há uma necessidade de adaptação dos livros a nova realidade, pois muitos livros que os órgão competentes enviam e compram para as escolas não atraem e nem se adequam as séries indicadas e a grade curricular de ensino. Deixo ainda uma nova questão para a próxima pesquisa: Que livros literários são interessantes para todas as idades e por quê?





5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.          ALBINO, Lia C. P. A literatura infantil no Brasil: origem, tendências e ensino. 2012. DISPONIVEL EM: Iesp rn.com.br/ftpiesp/Disciplinas%20PROISEP/M%F3dulo%205/LITERATURA%20INFANTO-JUVENIL/Texto%202%20-%20literatura_infantil
2.          Antunes, Irandé. Aula De Português Encontro & Interação.São Paulo:Parábola Editorial, 2003 (Série Aula).
3.          ARIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Flasksman de Dora (Trad.). Segunda edição. Copyright –by :LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, RJ.1981. Disponivem em: http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdf acessado em 23/5/2014 as 23:00
4.          BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
5.          BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
6.          CADEMARTORI Lígia. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 23.
7.          CAGLIARI, L. C. Alfabetização & Lingüística. 14ª Reimp. Ed. São Paulo: Scipione, 2007.
8.          CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria e prática.18 ed.São Paulo: Ática,1999
9.          DE MELO SANTANA, Suely; ROAZZI, Antonio; MARIA DAS GRAÇAS, B. B. Paradigmas do desenvolvimento cognitivo: uma breve retrospectiva. Estudos de psicologia, v. 11, n. 1, p. 71-78, 2006.
10.       DE MENEZES, Mindé Badauy e RAMOS, Wilsa Maria.(Org.) versão original do Proformação. – Brasília: MEC. Secretariade Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, Livro de estudo: Módulo IV 2006.116p. (Coleção PROINFANTIL;Unidade 5)
11.       GOMES, Ruth Cristina Soares; GHEDIN, Evandro. O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA VISÃO DE JEAN PIAGET E SUAS IMPLICAÇÕES A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA.2010. Disponivel em http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1092-2.pdf acessado em:3/6/2014.
12.       HELD, Jacqueline. O imaginário no poder. As crianças e a literatura fantástica. São Paulo: Summus, 1980.
13.       MOTTA, Xênia Fróes da. DA SILVA, Renato. Um olhar possível sobre a infância. Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades ISSN-1678-3182 Número XXXV 2011 -ww.unigranrio.br
14.       OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos (Org.). Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
15.       PIAGET, Jean. Desenvolvimento e aprendizagem. Studying teaching, 1971.
16.       RICARDI, Geise Cristina Lubas. O contexto pedagógico de CEINFS de campo grande/ms: um olhar sobre a atuação das profissionais de educação infantil [Dissertação-Mestrado]UCDB:2008.DISPONÍVEL EM: http://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/8068-o-contexto-pedagogico-de-ceinfs-de-campo-grande-ms-um-olhar-sobre-a-atuacao-das-profissionais-de-educacao-infantil.pdf ACESSADO EM 12/05/2014 AS 00:03
17.       ROCHA, Rita de Cássia Luiz da. História da infância: reflexões acerca de algumas concepções correntes UNICENTRO, Guarapuava-Paraná v. 3 no 2 p. 51-63 jul/dez. 2002
18.       SCHARF, Rosetenair Feijá. A ESCOLA E A LEITURA: Prática Pedagógica da Leitura e Produção Textual [dissertação- mestrado] Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Tubarão – SC, 31/08/2000
19.       SILVA, Ezequiel Theodoro 
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

Literatura Infantil: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental.





Monografia aprovada como requisito parcial para a conclusão do curso de pedagogia da faculdade projeção de XXXXXXX-XX, pela seguinte banca examinadora:



Presidente da Banca: Professor M. SC. xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx








Professor Convidado: Professor M. SC.




Sobradinho-DF, ___ de _______2014.


 












































Dedico este trabalho a minha mãe Dalva, meu esposo Fernando, ma  petit enfant Sophia.





 





AGRADECIMENTOS





Agradeço primeiramente a Deus por te me proporcionado sabedoria e paciência,   minha mãe Dalva a meu esposo Fernando , que me motivou a não desistir, minha filha Sophia,. As minhas queridas amigas Valéria Lucia, Marcia. Agradeço, em especial, o Professor Me. Antonio Cezar Brito, por ter tido paciência e, sobretudo sabedoria e poder ter acrescentado nessa etapa mais importante da minha vida.



 












































"É necessário ter uma sociedade leitora, para que a criança seja leitora". (Campos de Queirós)
 




RESUMO


O tema do trabalho de pesquisa em questão é: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo : Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança. Especificando: O histórico da infância. A compreensão de como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.  E propõe –se também :Analisar como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem. E por fim de Analisar se é possível desenvolver o gosto pela leitura, por meio da literatura infantil. Adquirir o prazer em ler, desenvolvendo assim diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo que for aprender na escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura infantil é de muito cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, é uma ferramenta facilitadora para a aprendizagem; desenvolve a coordenação motora e o cognitivo; facilita a aquisição de habilidades e, além de tudo, ajuda no processo de ensino e aprendizagem.


Palavras- chaves: Literatura. Leitura. Desenvolvimento Cognitivo.


ABSTRACT


The theme of the research in question is: The importance of children's literature for the cognitive development of children from 2nd year of teaching elementary school. Aims to: Understand how children's literature can help in the cognitive process of the child. Specifying: The history of childhood. The understanding of how the cognitive development of children through children's literature. And it is also proposed: Analyze how children's literature contributes to the development of the learning process. And finally to analyze whether it is possible to develop a love of reading through children's literature. Acquire pleasure in reading, developing various skills that facilitate learning in all that is learning in school. The moment you will work with children's literature is very careful in the choice of the material offered to these children, is an enabling tool for learning; develops motor coordination and cognitive; facilitates the acquisition of skills and, above all, help in the teaching and learning process.


Keywords: Literature. Reading. Cognitive Development.





 

SUMÁRIO

1. Introdução...............................................................................................  09
1.1. A importância da literatura  para o desenvolvimento cognitivo de crianças
 no segundo ano do Ensino Fundamental....................................................  09
1.2. Questão problema.................................................................................  10
1.3. Justificativa...........................................................................................  10
1.4. Objetivos...............................................................................................  11
1.4.1. Objetivo geral.....................................................................................  11
1.4.2. Objetivo específicos...........................................................................  11

2. Referencial Teórico................................................................................  12
2.1 O Histórico da infância...................................................................12
2.2 O Surgimento da literatura infantil................................................19
2.3 A importância da literatura infantil para o aprendizado................24
2.4. A contribuição da literatura infantil para o desenvolvimento
Cognitivo............................................................................................27
2.5 Despertando o gosto pela leitura por meio da literatura infantil..31

3. Metodologia.............................................................................................  35
3.1. Sobre a pesquisa..................................................................................... 35
3.2  Análise de dados.................................................................................... 35
4. Considerações Finais...............................................................................  42
5. Referências Bibliográficas......................................................................  43







 

1     INTRODUÇÃO

1.1 A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental.

A literatura infantil  “é uma comunicação histórica(localizada no empo e no espaço) entre um locutor ou um escritor-adulto(emissor)e um destinatário criança”(COELHO, 2000,p.30) ela ensina aos alunos a viajar em aventuras e lugares desconhecidos por elas, agrega uma aprendizagem cognitiva, desenvolve a criatividade, imaginação, comportamento ético e a sociabilidade.
 O tema do trabalho de pesquisa em questão é: A importância da literatura infantil para o desenvolvimento cognitivo de crianças do 2° ano do ensino do ensino fundamental. Tem como objetivo : Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança. Especificando:O histórico da infância. A compresnsão de como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.  E propõe –se também :Analisar como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem. E por fim:Analisar se é possível desenvolver o gosto pela leitura, por meio da literatura infantil.
Adquirir o prazer em ler, desenvolvendo assim diversas habilidades que facilitarão a aprendizagem em tudo que for aprender na escola. O momento em que se vai trabalhar com a literatura infantil é de muito cuidado nas escolhas do material ofertado a essas crianças, a metodologia empregada e  deve-se preocupar em como avaliar se realmente a leitura esta sendo desenvolvida, como escreve Cagliari (2007,p.169): “Além de ter um valor técnico para a alfabetização, a leitura é ainda uma fonte de prazer, de satisfação pessoal, de conquista, de realização, que serve de grande estímulo e motivação para que a criança goste da escola e de estudar”.
 Mas a aprendizagem tem seus dois lados a de dentro para fora e a aprendizagem que é proporcionado pelo meio externo, dessa maneira, a ênfase dada ao processo de aprendizagem e à construção do pensamento através das relações que o aluno mantém com as outras pessoas é que remete a uma aprendizagem significativa da leitura para o próprio aluno. A aprendizagem de dentro para fora é quando o aluno tem s sede do conhecimento que observa tudo e conversa com todos sobre suas dúvidas e assim vão construindo um vocabulário, adquirindo um rol de informações que serão utilizadas conforme forem lendo textos para ela e a aprendizagem de fora onde é construída formalmente dentro da escola por meio de um trabalho árduo do professor diariamente. Antunes (2003, p.70),escreve sobre a leitura e suas atividades:
A atividade da leitura favorece, num primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Na verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas idéias, novos conceitos, novos dados, novas e deferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos acontecimentos, do mundo em geral.
 É importante que a escola considere que como seres sociais seus alunos só aprendem em comunhão por meio da troca de dados, e devem deixar assim de desejar alunos com uma aprendizagem igualitária e parar de propor sempre processos de aquisição do conhecimento individualistas, afinal o estimulo para a leitura  da literatura ocorre através da motivação de compreender como os outros pensam, e por meio das informações do que é lido colocar o imaginário para funcionar, este aluno vai aprender naturalmente primeiramente aprende a falar a linguagem do grupo em que vive depois pro intermédio da troca de experiências percebe-se que o sucesso da criança na aprendizagem da leitura e da escrita depende do seu amadurecimento fisiológico, emocional, neurológico, intelectual e social que só é adquirido por causa do momento de leituras coletivas em grupos menores.
São os professores que devem se preocupar em como ocorre o processo de construção da leitura e determinar o que a literatura vai proporcionar a seus alunos. Desenvolver com eles atividades que desenvolvam seu repertório assim terá um desenvolvimento na capacidade de comunicação, está muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida, para desenvolver a criatividade, criticidade e imaginação.

1.2       Questão Problema
De que forma a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança do 2° ano do ensino fundamental?


1.3       Justificativa

 Escolha deste tema se surgiu diante da necessidade da acadêmica formanda em pedagogia de estudar e pesquisar se o uso de textos literários e livros traduzidos da literatura realmente contribuem para o desenvolvimento de alunos do segundo ano do Ensino Fundamental. Diante desta necessidade de compreender me propôs a verificar como era esta contribuição e como ela se realiza atualmente nas salas de aula, pois acredita-se que todos os pontos de vista devem ser ouvidos ate chegar a um senso comum entre todas as partes que compõe este trabalho de educar utilizando a literatura como ferramenta.
 


1.4         Objetivos

1.4.1        Objetivo Geral:
Compreender de que maneira a literatura infantil pode contribuir no processo cognitivo da criança.

1.4.2        Objetivos específicos:
Conhecer o histórico da infância.

Compreender como se da o desenvolvimento cognitivo da criança através da literatura infantil.

Analisar como a literatura infantil contribui para o desenvolvimento no processo de aprendizagem.   
         
Analisar se é possível desenvolver o gosto pela leitura, por meio da literatura infantil.






2.0 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1  O HISTÓRICO DA INFÂNCIA
O conceito de infância pode ser dito como uma questão de tamanho, idade, comportamento, aqueles que são pequenos, que ainda vão crescer, que tem uma comunicação primitiva a ser construída.  De acordo com Oliveira (2002 p. 44) infância significa:
O termo infância (in-fans) tem o sentido de não fala . Pode-se, com base nisso, perguntar: a que período da vida humana ele se referia? Caso seja aos primeiros meses de vida, quando a criança ainda não adquiriu a língua de seu grupo cultural, é preciso lembrar que, desde o nascimento, já começam a ser construídos sistemas de comunicação entre o bebê e seu entorno social por meio de choros, sorrisos, gestos, etc. Vale dizer que a tentativa de comunicar-se, ou seja, de falar, é muito precoce. Infância refere-se, então, aos primeiros anos de vida.
A história da infância segundo Philippe Aries(1981) “e através de pesquisas no campo da história, filosofia, psicologia, sociologia, biologia, antropologia, arqueologia, entre outros” (ROCHA,2002, p.54) surgiu a discussão de como uma criança era vista e tratada na infância, foi tornou possível a mistura de diferentes olhares de vários autores, que contribuíram para compreender o que é infância e como trabalhar e educar uma criança.
Philippe Aries foi um pai dos estudos por a ter interesse em pesquisar sobre a história da infância, a partir de estudos realizados por ele. “Por meio de varias fontes, como a iconografia religiosa e leiga, cartas, diários de família, dossiês familiares, registros de batismos e inscrições em túmulos”(ROCHA,2002,p.53)
Por meio de estudos realizados por Aries(1981), até por volta do século XII a arte medieval desconhecia a infância e não tentava representá-la. Não havia lugar neste mundo para a infância, talvez por se tratar de um período de transição, que era rapidamente ultrapassado, cujas lembranças também não duravam a serem perdidas, caso superasse a fase da grande mortalidade. Segundo o autor os familiares não tinham ressentimento quando uma criança vinha a óbito, pois ainda não havia o sentimento de amor materno, sendo que as famílias eram apenas social e não exerciam seu lado sentimental. Como relata Motta&Da Silva(2011,p.38) sobre A infância do ponto de vista de Ariés:
Durante o século XVII houve uma mudança do pensamento, um novo hábito surgia entre a burguesia, em que o termo infância se aproxima ao sentido moderno. “A ideia de infância estava ligada a ideia de dependência” (ARIÈS, 1981, p. 42). Isso significava que a criança deixava de sê-la quando esta dispensava cuidados de sobrevida.
A história da criança, contada por Aries(1981 IN:SILVA,2011), destaca que as crianças foram tratadas como miniatura de adultos: na sua maneira de vestir-se, na participação em festas e danças. Os adultos tratavam as crianças sem discriminações do que ela podia ou não ouvir ou saber, o vocabulário adulto era utilizado, não havendo distinção. Realizavam brincadeiras grosseiras sem preocupar-se com a fragilidade do corpo infantil ainda em desenvolvimento. Todos os tipos de assuntos eram discutidos na sua frente do pequeno adulto até mesmo os de cunho sexual, os mini-adultos também tinham a participação em jogos sexuais. Isto acontecia porque os adultos não conseguiam visualizar a criança como um ser de existência inocente, frágil e com pureza, não conseguiam perceber as crianças como seres em desenvolvimento psicológico e moral
Desde muito cedo a criança já fazia parte do mundo adulto. Após supridas as necessidades físicas como: andar, ter nascido os dentes, comunicar-se a criança era inserida na sociedade de adultos juntamente com os adolescente. Apenas o seu tamanho os distinguia dos adultos. As obras de artes que os retratavam não expressavam nenhuma diferença facial e corporal mostrava a criança semelhante ao adulto. A história da infância nos mostra a possibilidade para refletir sobre a maneira em que entendemos e lidamos com a criança atualmente. De acordo com Rocha (2002; p. 52)a infância deve ser:
Nessa expectativa, a fase da infância seria marcada pela ausência da fala e de um conjunto de ações esperadas, considerados como manifestações irracionais. Deste modo a infância se contrapõe à vida adulta. Os comportamentos racionais eram considerados apenas dos seres adultos. Apenas o adulto era quem pensava, raciocinava, agia e tinha capacidade para alterar o mundo não sendo possível tal capacidade destinada às crianças, além do que a transição da vida infantil para a vida adulta era tida com uma fase de superação.
A pesquisa de Aries(1981) aponta que a idade da vida humana[AC1] ,  foi representada por várias formas cronológicas que eram baseadas por muitas mudanças sociais, econômicas e politicas durante cada período. Utilizados várias representações temporais que levavam em conta: elementos da natureza, estudos dos astros, crenças populares, fenômenos naturais e sobrenaturais. Como cita Leontiev (1978,p.272. In : MELLO(2007,p.87-88))sobre como a criança aprende:
As aquisições do desenvolvimento histórico das aptidões humanas não são simplesmente dadas aos homens nos fenômenos objetivos da cultura material e espiritual que os encarnam, mas estão aí apenas postas. Destes resultados, para fazer deles as suas aptidões “os órgãos da sua individualidade”, a criança, o ser humano, deve entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante através doutros homens, isto é, num processo de comunicação com eles. Assim a criança aprende a atividade adequada. Pela sua função, este processo é, portanto, um processo de educação.
Por volta do século XIII exibiu-se um sentimento maior em relação à criança, mas ainda assim não eram representadas por uma característica ou expressão particular.
No período de grandes transformações históricas, especificamente, do século XII ao XVII, a infância tomou diferentes conotações dentro do imaginário do homem em todos os aspectos sociais, culturais, políticos e econômicos, de acordo com cada período histórico. A criança nesta época era vista como substituível, caso morresse teriam outros filhos, como se aquele não fizesse falta por não ser forte o suficiente para sobreviver era tratado como: ser produtivo, mão de obra barata, que tinha uma função utilitária para a sociedade, pois a partir dos sete anos de idade era inserida na vida adulta e tornava-se útil na economia familiar, realizando tarefas, imitando seus pais e suas mães, acompanhando-os em seus ofícios, cumprindo, assim, seu papel de provedor da família como todos os outros membros da família.
Naquela época, as criança eram educadas por pessoas que não faziam parte da família como: as parteiras, babás, amas de leite, entre outros. Tudo era natural até que os pequenos fossem cuidados por outras famílias que os iriam educar, quando faziam sete anos retornavam a sua família de origem para ser inserida na vida familiar e no trabalho. Como relata Rocha(2002, p.55):
Dessa forma, as crianças eram submetidas e preparadas para suas funções dentro da organização social. O desenvolvimento das suas capacidades se dá a partir das relações que mantêm com os mais velhos. Portanto, percebe-se uma distância da idade adulta e da infância em perspectiva cronológica e de desenvolvimento biológico, pois a infância é retratada pelas afinidades que o adulto estabelece com a criança, ou seja, tudo era permitido, realizado e discutido na sua presença.

Diante desta nova perspectiva evolutiva cronológica as mudanças de tratamento, ideais e vislumbramento dos cuidados com a criança só ocorreram mais tarde, “no século XVII, com a interferência dos poderes públicos e com a preocupação da Igreja em não aceitar passivamente o infanticídio, antes secretamente tolerado.”(ROCHA, 2002, p.55) Preservar e cuidar das crianças seria um trabalho realizado exclusivamente pelas mulheres, no caso, as amas e parteiras, que agiriam como protetoras das pequenas crianças incapazes de comunicar-se e alimentar-se sozinhas, criando uma nova concepção sobre a manutenção da vida infantil, afim de evitar a morte de um agora considerado membro da família.
Assim começam a surgir medidas para salvar as crianças. As condições de higiene tratamento foram melhoradas passou a existir uma preocupação preocupação com a saúde das crianças, e depois de ter tanto trabalho com a criação, fez com que os pais não aceitassem perdê-las com naturalidade mesmo se possuíssem outros filhos.
No século XIV, devido ao grande movimento religioso cristã, surge a criança mística ou criança anjo. A comparação dos traços infantis com de representantes de Deus, fez com que houvesse uma valorização da figura infantil.
Um novo estereotipo de criança surgem entre os séculos XIII e XIV  com a aparência nas obras literárias e de arte mais semelhante as retratadas pelo sentimento moderno. “Surge então o anjo representado sobre a aparência de um rapaz muito jovem, adolescente”(ARIES, 1981, p.41). Diante deste novo olhar crianças que eram educadas para ajudar nas missas. Os auxiliares ‘coroinhas’ eram  os meninos que possuíam características físicas com formas e traços mais redondos e graciosos, como de anjos e querubins.
Surgiu ainda um segundo estereotipo de criança que seria o modelo representativo de todas as crianças pequenas da história da arte: o “Menino Jesus ou Nossa Senhora menina. Representação de Jesus em pé co;m uma camisa quase transparente com os braços em torno do pescoço aninhado ao colo com o rosto colado ao dela.” (ARIES, 1981, p.42) A imagem da virgem Maria com seu filho representando uma figura materna de amor, cuidado e zelo por seu fruto foi outra idéia que idealizou várias outras obras, como cita Aries(1981,p.41):
No século XIII, a virgem Maria inspirou outras cenas familiares. Havia cenas de família em que os pais estão cercados por seus filhos. Por exemplo: num retrato da família de Moisés, o marido e a mulher dão as mãos enquanto as crianças que os cercam estendem a mão para a mãe. Esses casos, porém, eram raros. O sentimento encantador da tenra infância permaneceu limitado ao menino Jesus ate o século XIV, quando a arte italiana contribuiu para desenvolvê-lo e expandi-lo.  Um terceiro tipo de criança apareceu na fase gótica. O menino Jesus quase nunca era representado despido. O menino Jesus aparecia como as outras crianças de sua idade, ou seja, enrolado em cueiros ou vestido com uma camisa ou uma camisola. Ele só se desnudaria no final da Idade Média. As crianças que representavam personagens bíblicos estavam sempre vestidas.
Ainda segundo Aries(1981), os tipos medievais de crianças evoluíram durante os séculos XIV e XV. O anjo-adolescente, indicado no século XIII influencia ainda a pintura religiosa do século XV, mas o tema da infância sagrada continua se diversificando e se ampliando. Àquele grupo formado por Jesus e Maria o artista daria importância maior aos aspectos graciosos, ternos e ingênuos da primeira infância (a criança procurando o seio da mãe ou preparando-se para beijá-la ou acaricia-la, por exemplo).
Com o passar do tempo e devido aos novos ideais políticos e sociais, a infância religiosa deixou de se limitar  a seguir a mesma infância que a de Jesus, já que os tempos e as situação. Com o passar dos tempos vão surgindo novos exemplos, como escreve Aries(1981,p.41):
Surge, então, em primeiro lugar a infância da Virgem, que inspirou ao menos dois temas novos e frequentes: o tema do nascimento da Virgem e o tema da educação da Virgem. Depois, surgiram as outras infâncias santas: a de São João, o companheiro de jogos do menino Jesus, a de São Tiago, e a dos filhos das mulheres santas. Ainda nos assuntos representados nas obras de arte, multiplicam-se cenas de crianças onde se procura reunir os mesmos conjuntos o grupo dessas crianças santas, com ou sem suas mães.
 Surge na literatura uma representação do que viria a ser as estórias infantis, ocorre no século XIV um florescimento de histórias de crianças nas lendas e contos pios. Essas características se mantiveram até o século XVII, que todos podem acompanhar: na pintura, na tapeçaria e na escultura, com traços de representação religiosa da infância e dos traços maternais da mãe de Jesus idolatrados pela igreja vigente.
 finalmente destacar-se numa representação leiga nos séculos XV e XVI. Não era ainda a representação da criança sozinha.
A representação da criança mística, aos poucos, vai se transformando, assim como as relações familiares. A mudança cultural, influenciada por todas as transformações sociais, políticas e econômicas que a sociedade vem sofrendo, aponta para mudanças no interior da família e das relações estabelecidas entre pais e filhos.
A criança passou a ser educada pela própria família o que gerou nos pais um sentimento de apego onde a criança era tratado com mais cuidado, preocupação como um ser mais limitado que não deve ser exposto a tudo. Esse momento foi marcado por estes  dois sentimentos: paparicação e apego, como cita Rocha(2002, p.56):
A paparicação seria um sentimento despertado pela beleza, ingenuidade e graciosidade da criança. E isto fez com que os adultos se aproximassem cada vez mais dos filhos. Assim, os gracejos das crianças eram mostrados a outros adultos, fazendo da criança uma espécie de distração, tornando-se, bichinhos de estimação.,

A paparicação é um sentimento despertado pelo filho nos pais fazendo com que ele tenha prazer em realizar atividades que contribuem para a criação do seu filho assim como som seu bem estar, o pequeno passa a ser visto como um bibelô, bonito e gracioso. Sugere também a preocupação de como cuidar deste presente frágil e delicado que exige tanta atenção. Como cita ARIÈS (1981, p. 68):
Por essa necessidade de manter uma pessoa provida de tanta beleza e graça, surgem medidas para salvá-la e garantir sua sobrevivência. As condições de higiene foram melhoradas e a preocupação com a saúde das crianças fez com os pais não aceitassem perder seus filhos com naturalidade e, os que perdiam, aceitavam como sendo a vontade de Deus, segundo a orientação religiosa da época.
Este sentimento de apego e proteção primeiramente internalizado nas mulheres, não era compartilhado por todas as pessoas, algumas ficavam irritadas com a nova forma de tratar as crianças. Principalmente aqueles que julgavam que crianças eram mão de obra barata e não questionadora, que as utilizavam como mucamas e serviçais.
Atualmente a infância é vista como uma fase de aprendizagem de transformação e amadurecimento advindos das experiências. Tem –se um momento de desenvolvimento cognitivo, intelectual, de sua coordenação motora ampla e fina, do desenvolvimento da memória auditiva e visual e do raciocínio lógico.



























2.2. O SURGIMENTO DA LITERATURA INFANTIL

A literatura é considerada uma arte que usa as palavras para que o artista expresse sua arte, é capaz de mudar o modo de ver o mundo de viver neste mundo por meio da literatura unem –se pessoas em épocas, décadas diferentes, das mais diversas culturas e idiomas. Como De Menezes & Ramos(2009,p.18) escreve:
Na literatura, que é arte pelas palavras, a criação não vem do nada, mas, no que quer que ela se apóie, será original no modo novo, no arranjo diferente das palavras, na invenção, na transgressão, na quebra de clichês, no ponto de vista exclusivo que determinará um efeito único, especial, um estilo próprio e inconfundível. Uma obra de arte literária tem como objetivo o belo e como objeto a ficção, o fantástico, num outro universo modificado, imaginário, feito de conotações, de elementos de sugestão, de recriação, de plurissignificações, de estímulos à fantasia, ao lúdico, ao jogo transformador da co-autoria de múltiplas leituras divergentes e maravilhosas
Conceituar literatura se faz necessário para que seja internalizado que a literatura tem um forte poder social, político e econômico. Onde pessoas que são detentoras do conhecimento são capazes de emitir opinião, criticar e racionalizar soluções dos problemas vivenciados por ela e pela sociedade em que vive. O escritor literário e o leitor sofre um processo de mutação na sua capacidade de dialogar, de rever situações e agir de forma diferente e analítica.
“Entre 1660 e 1880 houve mudanças significativas na prática de criação das crianças. Tudo acontece entre a alta burguesia e os profissionais liberais. Desenvolve-se um modelo familiar voltado para os filhos;” (SCHARF, 2000, p.22) Onde a mãe passa a ter um novo papel o de dominante  do lar e de suas proles, passando a acolher, zelar, cuidar, ensinar as tarefas do lar/domésticas. A partir deste momento a mulher tinha que saber ler e escrever, para anotar receitas e ensinar as suas filhas. Um outro fator é a educação religiosa que deveria obrigatoriamente ser ensinada independente do gênero neste caso.
  A literatura infantil surgiu inicialmente em meados  do século XVIII, quando a burguesia teve sua ascensão. “O compromisso da literatura infantil com o ensinamento caracterizou o gênero desde o seu surgimento na Europa no século XVIII, quando o texto era usado como pretexto, recurso didático e veículo de propaganda das idéias das classes burguesas.”(ALBINO,2012,p.12). E surge assim uma educação popular é claro que era diferente: a educação de um burguês, para a de um nobre os livros que eram apresentados para uma classe popular eram lendas, contos folclóricos, histórias que iriam transmitir a eles a condição de dominação, de serem submissos e conformados com esta condição. Que de acordo com Paço(2009,p.12) até mesmo o que se lia era de acordo  com a classe social:
Existiam no século XVIII, duas realidades. A criança da nobreza, orientada por preceptores, lia geralmente os grandes clássicos, enquanto a criança das classes desprivilegiadas lia ou ouvia as histórias de cavalaria, de aventuras. As lendas e contos folclóricos formavam uma literatura de cordel de grande interesse das classes populares.
Outro fator importante neste momento é a mudança de visão do educando adulto, da criança e do jovem, Como escreve De Menezes &Ramos(2006, p.19):
Até o século XVIII, não se falava em literatura infantil, livros escritos para crianças, dedicados ao público infantil. As crianças liam o mesmo livro que os adultos, na medida em que o conseguiam. As das classes privilegiadas liam especialmente os clássicos, e as outras mais ouviam do que liam os livros de cavalaria, de aventuras, lendas e contos folclóricos.
 Os primeiros autores foram “Perrault” e depois os “irmão Grimm”, “ Anderson, Mark Twain, Charles Dickens  que foram transcritos e adaptados várias vezes para uma linguagem mais pueril e infantilizada. Com inicio da popularização dos livros que descreviam aventuras a família foi adquirindo uma relação de afetividade e proteção com os pequenos o que fez surgir os serões onde pessoas se reuniam em volta de fogueiras para ler as estórias e dialogar reflexivamente sobre as aventuras que haviam lido. Muitos autores não queriam escrever para crianças por acharem que seriam considerados inferiores ou bobos por utilizarem uma linguagem mais simples e escreverem contos ou fábulas para expressarem e educarem por meio da moral e da criticidade como cita De Menezes; Ramos(2006,p.26):
O próprio Perrault, que recolheu e deu forma literária a 11 contos, entre eles, Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, As duas fadas, Joãozinho e Maria, Pele de Asno, Riquete de Crista, Gata Borralheira, Os desejos de Griselda, achou que para um membro da Academia, não ficaria bem escrever histórias folclóricas. Assim, usou um nome falso para assinar o livro que o tornou mundialmente famoso e que se chamou Contos da Mamãe Gansa.
 A literatura infantil no Brasil surgiu primeiramente como traduções de obras portuguesas, que foram trazidas pelos colonizadores do Brasil onde acabou-se herdando estes conteúdos literários. A literatura infantil brasileira tem um grande pai que é Monteiro Lobato, com personagens fictícios que comprovam uma grande imaginação e valorização da cultura folclórica brasileira. Tem caráter de questionamento de problemas nacionais e mundiais.
 O “livro de Lobato, A menina do narizinho arrebitado, é considerado o primeiro livro de literatura infantil brasileira. Foi publicado em 1921”(De Menezes; Ramos,2006,p.22) onde escreve  com uma linguagem que atrai a criança por ser simples e pura como uma criança e ser atrativa por representar algo possível de acontecer, uma aventura que quem ler imagina e se identifica com a personagem e local da estória .
   Muitos Escritores e escritos da literatura infantil antigos são lidos e relidos por várias gerações. Os livros e personagens presentes na literatura infantil são inesquecíveis principalmente por trazerem lembranças, sonhos, desejos é isto que um livro literário pode desperta em uma criança a criatividade. Ler é uma forma de viajar, de ir a lugares que você não conhece e viver aventuras sem sair do sofá.
     Autores europeus como Júlio Verne, Jonathan Sufeft, Daniel Defoe, contribuíram maciçamente para a construção do literário infantil e para formar grandes escritores brasileiros como: Erico Veríssimo, Jorge Amado, Carlos Drumond de Andrade e lendo a  essa declaração deles que podemos perceber o quanto a literatura na infância faz diferença quando o homem de torna o adulto, o escritor.
   Deve-se observar quais textos são mais adequados para crianças, assim como o tipo de educação que aquele ser vai receber  a metodologia para um adulto não é a mesma para uma criança pois cada um tem sua vivencia, há influencia de outros meios de comunicação como a televisão , as musicas,  a cultura teatral, as festas de comemorações, vídeos games que retiram a vontade de ler já que existe um brinquedo , um lazer que não exige muito de sua capacidade intelectual. Como relata DE Menezes e Ramos(2006,p.30):
O professor uruguaio Jesualdo, em seu “A literatura infantil” faz, de início, a advertência: “Todas as recomendações que se possam fazer aos escritores sobre como escrever para as crianças serão sempre poucas”. E Leni Werneck Dornelles, uma especialista no assunto, mostra que, ao contrário do que muita gente pensa, escrever para o leitor infantil é tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil escrever para a criança. Ela é muito exigente, muito mais do que se possa imaginar. Gosta de encontrar nos livros situações de suspense, conflitos, emoções fortes, mas detesta a pieguice e rejeita os livros em que o autor se dirige ao leitor como se este fosse uma criança idiota esquecendo-se de sua dignidade”.
   A literatura infantil tem personagens que servem de exemplos, são diversos heroínas e heróis que estão na luta em defesa dos fracos e oprimidos. A maioria dos leitores de literatura infantil esta atrás de histórias que os levem a mundos que eles desconhecem, mas são capazes de imaginar, quando leem a descrição do autor. A literatura para crianças pode não ser das mais fáceis de criar mas, com certeza é a mais gratificante.
“No final do século XIX, vários elementos convergem para formar a imagem do Brasil como um país em processo de modernização”(ALBINO,2012,p.4) os textos e livros começavam a informar, a ter mais liberdade conforme os novos ideais de abolição da escravatura , e mudança de paisagem rural em urbana e principalmente a de valorização da instituição escolar e consequentemente a dos livros como ferramenta educacional. Como escreve Albino(2012, p.):

[...] começam a configurar a existência de um virtual público consumidor de produtos culturais, o saber obtido por meio da leitura passa a deter grande importância no emergente modelo social que se impõe, fazendo com que a escola exerça um papel fundamental para a transformação de uma sociedade rural em urbana. Como elementos auxiliares nesse processo, os livros infantis e escolares são dois gêneros que saem fortalecidos das várias campanhas de alfabetização deflagradas e lideradas, nessa época, por intelectuais, políticos e educadores, abrindo espaço, nas letras brasileiras, para um tipo de produção didática e literária
dirigida especificamente ao público infantil. heroinas em personagens que servem de exemplos, slto na

Dentro deste contexto emergencial de valorização da cultura brasileira e da valorização do pensamento pedagógico de educação que passou a ser alfabetizar, surge a necessidade de produção de um maior quantitativo de livros literários principalmente para crianças. Realizaram adaptações de textos europeus, criaram e reescreveram contos e fábulas com uma linguagem brasileira e com cenários e personagens com perfil nacional.
“O período que corresponde às décadas de 40 a 60, denominado terceira fase de evolução da literatura infantil no Brasil, é marcado pela fertilidade literária, representada principalmente pela profissionalização dos autores”,[...] (ALBINO,2012, p.8)as editoras também focaram na captação e venda de livros literários voltados para o público infantil.
Nas décadas de 60 a 80 a literatura infantil popular, que estava com um caráter negativo e repetitivo não presando pela qualidade, herança das décadas anteriores, assume uma nova roupagem que propõe a qualificação dos textos literários  para as crianças, conforme Albino(2012,p.10) escreve:
Entre os aspectos que caracterizam essa produção estão: uma nova maneira de compor personagens; enredos que incorporam a temática urbana, propondo uma fusão entre o social e o individual; a valorização da linguagem oral, fazendo com que o discurso deixe de ser modelar; e o espessamento do texto infantil enquanto discurso literário, abrindo-lhe a possibilidade de auto-referenciar-
se ao incluir procedimentos metalingüísticos e intertextuais como a fragmentação da narrativa, a participação do leitor e o rompimento da linearidade por meio da utilização do fluxo da consciência.
Os novos livros para a crianças possuíam personagens, que são compostos e que são parecidos com as imagens que eles imaginam, executam ações, transmitem valores que possibilitam a criança ser modelada dentro de uma consciência patriota e coletiva. Apresentam uma narrativa em que o leitor possa fazer um relato depois do que leu.
A partir do ano de 2000 algumas autoras destacaram-se mais como: “Ana Maria Machado que começou a escrever para o público infantil quase por acaso, Ruth Rocha sempre esteve com o olhar voltado para esse gênero literário, fez da criança e seus desejos a razão da sua escrita.”(PAÇO,2009,p.15). Outros autores se destacam como Ziraldo com o Menino Maluquinho e os quadrinhos de Mauricio de Sousa, que buscam trabalhar e construir estórias que o professor , os pais possam utiliza-los como ferramenta lúdica, capaz de desenvolver a criatividade, a percepção e o discernimento moral.


2.3 A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA INFANTIL PARA O APRENDIZADO
A literatura infantil como o próprio nome diz são textos, estórias criadas para o publico infantil. São estórias que influenciam no processo de ensino aprendizagem ou que simplesmente há a leitura por lazer, mas ambas devem ser realizadas por prazer. A leitura para aprender é :
Uma leitura fantástica e poética é antes de tudo e indissociavelmente fonte de maravilhamento e de reflexão pessoal, fonte de espírito crítico, porque toda descoberta de beleza nos faz exigentes e, pois, mais críticos diante do mundo.(HELD,1980,p.207)
Utiliza-se musicalidade em alguns textos, personagens coloridos, com características peculiares que fazem com que a criança reflita sobre a problemática apresentada. Cada texto, cada estória é elaborada para que a imaginação da criança flua, crie asas, “porque quebra clichês e estereótipos, porque é essa recriação que desbloqueia e fertiliza o imaginário pessoal do leitor, é que é indispensável para a construção de uma criança que, amanhã, saiba inventar o homem” (.HELD, 1980,p.207)
Um livro de literatura infantil deve ter uma linguagem simples, sem termos chulos, palavrões, sem beneficiar valores negativos e antissociais.
A obra literária recorta o real, sintetiza-o e interpreta-o através do ponto de vista do narrador ou do poeta. Sendo assim, manifesta, através do fictício e da fantasia, um saber sobre o mundo e oferece ao leitor um padrão para interpretá-lo. Veículo do patrimônio cultural da humanidade, a literatura se caracteriza, a cada obra, pela proposição de novos conceitos que provocam uma subversão do já estabelecido.( CADEMARTORI, 1985, p. 23)
Neste século, a Literatura Infantil em alguns lugares e geralmente é considerada pelo adulto um gênero secundário não como prioridade e auxiliador no processo de aquisição da leitura e de aculturação de um povo é nivelada a um brinquedo  um objeto de lazer utilizada para entretenimento). A valorização e a mudança do ponto de vista de que pode e deve ser utilizada como uma ferramenta formadora de consciência no universo cultural das sociedades e como recurso para o crescimento emocional é bem recente. Os primeiros textos para crianças foram escritos por pedagogos e professoras com o desejo de educar, como escreve Zilberman(1998, p.13):
E até hoje, a literatura infantil permanece como uma colônia da pedagogia, o que lhe causa grandes prejuízos: não é aceita como arte por ter uma finalidade pragmática e a presença deste objetivo didáticofaz com que ela participe de uma atividade comprometida com a dominação da criança.

As situações dramáticas e de perigo, tão comuns na Literatura Infantil, proporciona que se trabalhe o aspecto psicológico da criança, mostrando que  existe soluções de pelo menos amenizar  ou de solucionar as situações apresentadas na literatura possibilitando a formação de cidadãos capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente, critica e democrática.
 A criança aprende a ler com livros de literatura, aprende a escrever e torna-se criativa na construção da representação daquela estória e do que ela representa para o leitor.
Para escrever para crianças há diversas observações que devem ser respeitadas. Escrever para elas é complexo, pois deve colocar nos textos aventura, suspense e tudo que retenha a sua atenção, como escreve De Menezes & Ramos(2006, p.30):
escrever para o leitor infantil é tarefa das mais difíceis: “Não pensem que é fácil escrever para a criança. Ela é muito exigente, muito mais do que se possa imaginar. Gosta de encontrar nos livros situações de suspense, conflitos, emoções fortes, mas detesta a pieguice e rejeita os livros em que o autor se dirige ao leitor como se este fosse uma criança idiota esquecendo-se de sua dignidade”.
Quando se vai ler para uma criança que ainda não realiza a tradução dos símbolos linguísticos deve-se usar várias entonações na voz para que elas identifiquem as mudanças de personagens, inclusive percebam que há um narrador e os outros participantes-personagens da estória. Quando estória só possui imagens deve instigar que ela imagine o que o personagem esta falando, qual a lógica da estória, em que tempo ela ocorre, faz uso da memória visual e auditiva, respeito a opinião do próximo.
“A produção literária para os já alfabetizados, com certo domínio da leitura, é muito ampla e diversificada. Nela podemos citar autores como Sylvia Orthof, com suas obras A limpeza de Teresa, Uxa, ora fada, ora bruxa, Maria vai às compras”(RODRIGUES et.Al, 2013,p.8) existe em maior quantidade poisos educadores podem utilizar tanto a com símbolos gráficos onde ele mesmo lê, faz suas indagações e  propõe diversas formas de interpretar a estória.
Diferentes habilidades são desenvolvidas e aperfeiçoadas por meio da literatura, como a linguagem, oralidade, a ampliação do vocabulário e incentivando a criatividade e a vivência do mundo da fantasia.
A linguagem é a habilidade que a crianças mais desenvolve por meio dos textos literários, ela consegue fazer uma interlocução com o adulto, proporciona também um contato com a linguagem escrita, apresentando diariamente à norma-padrão da língua portuguesa.
No ato de ler, contar, recontar e ouvir histórias proporcionam a criança diferentes formas de falar, viver, pensar e agir, além de uma gama de valores, costumes e comportamentos das diversas culturas existente no Brasil e no mundo. Estas produções literárias muitas vezes trazem ao leitor hábitos transmitidos de geração para geração, como mitos, lendas, cordéis e crônicas  do passado e do presente.














2.4. A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO.
Para melhor compreender qual a contribuição que a literatura propicia ao desenvolvimento cognitivo faz-se necessário compreender o que é o aspecto cognitivo de um ser humano, no caso de uma criança. O desenvolvimento cognitivo se da pela aprendizagem que é representada pela mudança de comportamento, ideias e valores onde cada ser muda suas relações com aquilo que antes era desconhecido e agora tornar- se um objeto conhecido, as vezes necessários ou até de prazer como a aprendizagem da leitura e escrita. Como cita Gomes &Ghedin(2010, p.2):
Piaget preocupou-se em saber como nasce a inteligência da criança, afirmando que a inteligência é algo que se modifica, ou seja, gradativamente a criança vai utilizando sua inteligência, mesmo que seja sensório-motora, para adaptar-se ao meio e chegar então num momento em que passa da inteligência prática para uma inteligência propriamente dita quando já consegue elaborar hipóteses e resolver situações problemas sem a necessária presença de objetos concretos.
Piaget foi um grande estudioso e pesquisador que proporcionou que os seres compreendessem melhor como cada ser humano aprende e se desenvolve em todos os aspectos cognitivo, psicológico, emocional e social. Como escreve Santana (2006,p3) sobre o ponto de vista de Piaget sobre desenvolvimento de estruturas cognitivas:
Em seu desenvolvimento, a criança constrói vários e diferenciados
esquemas que tendem a formar combinações, dando origem às estruturas cognitivas, que traduzem uma forma particular de equilíbrio na interação do indivíduo com o ambiente. Na perspectiva piagetiana, a linguagem apenas favorece a interiorização das ações quando as estruturas já estão elaboradas, possibilitando a assimilação de informações verbais que estejam consoantes com o nível de elaboração das mesmas.
A mudança de referencial gerada pelas atividades, livros e pessoas do convívio da criança, possibilitam que ela desenvolva uma adaptação do que já sabe e do desconhecido um saber lidar com a situação, como o ato de aprender a falar se comunicar e ser capaz de expressar o que sente e o diferente falar que é reproduzir informações que o meio ambiente em que vive fornce.
O “conhecimento não é algo acabado e estável, mas está em constante transformação pelo sujeito por meio da sua ação constrói conhecimentos indispensáveis na sua adaptação ao meio.” (GOMES &GHEDIN,2010, p.2)neste momento encontra-se o desenvolvimento cognitivo, que é proporcionado pela literatura que desenvolve na criança diversos aspectos como a aprendizagem linguística, a formação do caráter, a inteligência intelectual, o discernimento, a moral e a cultura de um povo.  Quando se lê que a literatura “tornou-se um dos campos em que estão sendo semeados valores, que sem dúvida, integrarão a nova mentalidade futura”(COELHO,2000,p.19), refere-se ao desenvolvimento cognitivo de cada criança que lê e aprende a ler em livros e textos com personagens coloridos e narrativas diversificadas.
A literatura infantil é vista como uma mensagem emitida por um adulto e recebida por uma criança, buscando uma linguagem que ambos possam expressar o que sente diante das aventuras situacionais apresentadas nos textos e imagens que compõe  o livro infantil como aborda Coelho(2000,p.31):
[...] o livro infantil é entendido como uma “mensagem” (comunicação) entre um autor adulto (o que possui experiência do real) e um leitor-criança (o que deve adquirir tal experiência), o ato de ler(ou de ouvir), pelo qual se completa o fenômeno literário, se transforma em um ato de aprendizagem.
Percebe-se que Coelho(2000) vislumbra, nesta escrita, a literatura como um ato de aprendizagem cultural onde os conhecimentos adquiridos, são os transmitidos de gerações anteriores. Enquanto a literatura também trabalha outros aspectos do desenvolvimento infantil com a consciência fonológica, a memória visual e auditiva e acima de tudo o imaginário, a capacidade criativa de cada individuo enquanto leitor ou ouvinte.
Coelho(2000) escreve também que para que exista uma relação efetiva de aprendizagem por meio da literatura é necessário que o texto ofertado para a criança respeite a idade cronológica da dela possibilitando uma leitura que conduza ao universo cheio de aventuras e fantasias que são os textos literários. Por isso escreve Coelho (2000,p.32):
Embora a evolução biopsíquica das crianças, pré-adolescentes e adolescentes divirja de uns para outros(dependendo dos muitos fatores que se conjulgam no processo de desenvolvimento individual), a natureza e a sequencia de cada estágio são iguais para todos conforme o prova a psicologia experimental. Assim, a inclusão do leitor em determinada “categoria” depende não apenas de sua faixa etária mas principalmente da inter-relação entre sua idade cronológica, nível de amadurecimento biopsíquico-afetivo-intelectual e grau ou nível de conhecimento/domínio do mecanismo da leitura.
 A faixa etária da criança é um fator primordial para desenvolver o cognitivo de uma criança pois os textos ofertados devem atrair e só desencadeia curiosidade textos com imagens de preferencia bem coloridas, personagens alegres e malvados, um enredo que tenha suspense, ficção, aventura, e ate uma pitadinha de romance, próprios para a idade tipo a expressão ‘E eles viveram felizes para sempre’.
Cada idade requer uma atenção especial na escolha do livro e como o leitor vai lê-lo. Na primeira infância dos 15 meses aos 3 anos, é uma fase que buscam conhecer como falar, construindo o conceito de nome e objeto. “O importante, nessa fase, é essencial a atuação do adulto, manipulando e nomeando os brinquedos ou desenhos; inventando situações bem simples que os relacionem afetivamente com a criança, etc.”(COELHO,2000, p.33).
 Na segunda infância fase em que se inicia a percepção do próprio ser, apresenta um comportamento egocêntrico com aguçada utilização dos sentidos, crescente interesse pela comunicação verbal e aquela fase que fala muito como se tivesse descobrindo que pode falar sendo que tudo que será apresentado para ela deve ser significativo. “Os livros adequados a essa fase devem propor vivências radicadas no cotidiano familiar à criança e apresentar determinadas características estilísticas” (COELHO,2000, p.33).
Na terceira fase tem-se o leitor iniciante, a partir dos 6 anos onde passa a ser um aluno que esta aprendendo a ler e escrever, já reconhece, símbolos linguísticos,  e esta no inicio do processo de socialização, o adulto é o agente estímulos que vai levar o pequeno leitor a decodificar os sinais gráficos da escrita, “a imagens ainda predominam sobre o texto” (COELHO,2000, p.35).
Na quarta fase que mais interessa a esta pesquisa é a do leitor em processo a partir dos 8 anos de idade, fase em que a criança já domina a leitura, amplia-se seu interesse pelas coisas a sua volta, desenvolvendo o pensamento lógico com o auxilio de objetos concretos e possibilitando já realizar operações mentais simples. O adulo agora  tem outro papel o de motivar, “como aplainador de possíveis dificuldades e, evidentemente, como provocador de atividades pós-leitura” (COELHO,2000, p.36).Utilização de imagens misturadas aos textos ainda são importantes e aguçam o interessa como as estórias em quadrinhos
Na quinta fase tem –se o leitor fluente a partir dos dez anos onde já domina a leitura e compreende o mundo do livro, onde este deve propor reflexão, confronto de ideias  e pensamento hipotético e dedutivo. “ As potencialidades afetivas se mesclam com uma nova sensação de poder interior; a da inteligência, do pensamento formal, reflexivo. É a fase da pré-adolescência” (COELHO,2000, p.37)
O último leitor é o critico que apresenta normalmente a idade de 12 e 13 anos e mais idade onde já possui uma maturação na capacidade de refletir e emitir uma opinião utilizando a agilização da escrita para produzir outros textos.  Proporcionar aos adolescentes um convívio com os textos literários para que percebam outras realidades, possui também um caráter informativo para que eles busquem a melhor parte da vida a da comunicação, socialização, solidariedade e sustentabilidades nos dias atuais.












2.5. DESPERTANDO O GOSTO PELA LEITURA POR MEIO DA LITERATURA INFANTIL.
A leitura é uma atividade que o sujeito começa a desenvolver desde criança, quando entra em contato com o meio e com as pessoas que convive. A primeira leitura que um bebezinho faz é a do sorriso de todos que vão visitá-lo, depois vem a da mamadeira quando a vê já diz : ‘dedera’ ou mamadeira, mais tarde ao ver certas embalagens de refrigerante, de Nescau ele já o chama pelo nome é a chamada leitura incidental, então neste momento acende a reflexão por que essas crianças estão com tanta dificuldade em aprender a ler se já fazem a leitura do mundo, a única coisa que a escola faz é apresentar a eles símbolos que são utilizados por todos para se comunicar a distancia, para deixar guardado ideias dos nossos antepassados.
O processo de leitura se desenvolve a partir da construção intelectual, ou seja, a criança vai construindo a sua leitura de símbolos e significados e como vai representá-los que é de acordo com as hipóteses formuladas a partir de sua leitura, como escreve CAGLIARI, (1995, p.149): Ler é uma atividade extremamente complexa e envolve problemas não só semânticos, culturais, ideológicos, filosóficos, mas até fonéticos”. O ato de desenvolver a leitura e a escrita no segundo ano do ensino fundamental implica em pensar como essas crianças vieram para a escola, qual bagagem cultural, vocabular e de linguagem este aluno possui, muitos que estão entrando no Ensino Fundamental com o é o caso dos meninos e meninas do 2º ano, que já frequentavam a escola passando pela educação infantil e de crianças que nunca entraram em uma sala de aula.
A leitura é um processo de tradução do signo para o significado das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas experiências  de vida anteriores e do rol vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu nascimento até a idade atual.
A aquisição da capacidade de ler exige da criança uma maturação da capacidade de se comunicar, de expressar com palavras o que sente, de conhecer o nome dos objetos e solicita-los pelo nome depende intimamente do vocabular vivencial daquela criança. Como escreve Cagliari (2007,p.158):
A leitura oral, falada ou ouvida, processa-se foneticamente  de maneira semelhante à percepção auditiva da fala. A leitura visual, falada ou silenciosa, além de pôr em funcionamento o mesmo mecanismo de percepção auditiva da fala para a decodificação de texto, precisa por em ação os mecanismos de decifração da escrita
No momento de decifrar a escrita a criança deve estar preparada para que sua memória acuse o som de cada sílaba que ele visualizar. No caso das imagens ele deve primeiro reconhecer, dentro de sua linguagem vocabular cultural o que é o objeto, o nome e depois falar e assim traduzir os fonemas em letras.
Para desenvolver o gosto por ler o professor deve levar em conta o ritmo de aprendizagem de cada aluno, uns aprendem mais devagar outros aprendem mais rápido, mas por ser uma série dedicada a aprendizagem tanto da leitura e da escrita as atividades realizadas pelo professor devem tornar possível essa aprendizagem. Antunes (2003, p.70),escreve sobre a leitura e suas atividades:
A atividade da leitura favorece, num primeiro plano, a ampliação dos repertórios de informação do leitor. Na verdade, por ela, o leitor pode incorporar novas ideias, novos conceitos, novos dados, novas e diferentes informações acerca das coisas, das pessoas, dos acontecimentos, do mundo em geral.
Quando se apresenta um livro a uma criança com imagens coloridas, elas ficam surpresas com as imagens com esta novidade, perguntam, querem desenhar igual e percebe-se que há uma sequência dos fatos da estória, isto possibilita ao aluno uma reflexão do comportamento dos personagens, o que eles fariam se fosse com eles, como resolveriam a situação, trabalha com o emocional pois as crianças se colocam no lugar dos personagens e as vezes até estão passando pela mesma situação do personagem da estória.
É no saber o significado da palavra é que se consuma o ato de ler, é na interpretação do mundo e na capacidade de comunicação que a leitura se contempla, como escreve Silva4 (2010, p.01):

 Num sentido amplo, o ato de ler corresponde ao processo de apreensão da realidade, que cerca o indivíduo, através da interpretação das variadas linguagens, tais como uma charge ou os sinais empregados na comunicação com surdo-mudo. Portanto, o ato de ler não diz respeito à apreensão da realidade somente através da leitura de um texto.

Ler significa consumar o ato de se comunicar, de informar ao outro algo, de expressar sentimentos, como a linguagem de libras, as placas de trânsito que em sua maioria não tem palavras, mas sim imagens, que são significativas para aquele individuo.
Existe a leitura de imagens e a leitura de letras, a leitura das imagens tem apresentado uma valorização em maior no que diz ao interesse de uma criança, pois assistir um vídeo é uma forma mais atraente, pois são cheios de cores, sons que despertam no individuo mais interesse de para e prestar atenção e ainda aprender com este tipo de leitura. Já a leitura de letras em livros e textos permite que o leitor imagine o que os livros estão descrevendo onde tudo é criando pela sua mente. “O ideal seria poder manter a experiência da leitura dos textos escritos e a experiência da leitura das imagens dos filmes e da televisão.”(CAGLIARI, 2007,p.149)
Como a criança vai ler e sua afinidade com o lápis e o papel no processo de registrar depende do meio social em que vive, e de como as pessoas que ela convive apresentam interesse por ler e escrever. Cada criança tem seu tempo para conseguir aprender, identificar e decodificar os símbolos e letras, elas vão formando conceitos, sobre o que é cada nome que ela decodifica e associa aos objetos conhecidos do seu vocabulário vivencial. Como esta escrito no REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL, (1998, p. 128).
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar

A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo, procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e seguir o exemplo.
Sabe-se que a leitura é uma forma de lazer mental. “Ocorre com formas passivas de lazer, a leitura exige um grau maior de consciência e atenção, uma participação efetiva do recebedor leitor”(CUNHA, 2003,p.47), A escola deve assumir o papel de incentivadora da criatividade, criticidade, consciente e produtivo por meio  da literatura. Sobretudo para professores o livro tem uma relevância enorme pois ele faz parte do instrumentário do profissional que vai ensinar a ler e fazer com que seu aluno evolua no processo de produção textual.
Outro fator importante para que o aluno aprecie a leitura da literatura é que nunca seu professor deve tratar o momento como uma obrigação ou chateação fazendo caretas, alterando a voz e não utilizando os textos lidos com alguma dinâmica ou jogo, essa é uma forma de dar valor ao que foi lido.
Permitir que os alunos escolhessem o que vão ler é outra forma de fazer com que o pequeno leitor deseje ler. Quando o livro escolhido torna-se detestável deve oportunizar a criança que ela escolha outro, ressalta-se que esta é a última opção depois das que eles devem sempre concluir o que começaram, faze-lo perceber que deve haver algo de bom na estória que esta lendo. Questiona-los sobre como ele acha que vai ser o final, fazer um jogo que para joga-lo ele precisar ler o livro todo. Trabalhar com atividades lúdicas. Como escreve Cunha(2003, p.77):
Isto, do ponto de vista da literatura infantil, quer dizer que as mensagens por ela veiculadas devem ser instigantes a ponto de desafiar o leitor, propor –lhe problemas cujas soluções dependeriam de sua habilidade em jogar, de sua capacidade criativa para dar respostas a situações novas, de suas idiossincrasias.
O prazer de ler e envolver-se neste processo de imaginação, solução, e realidade é proporcional ao desafio que o jogo lhe proponha. Os livros infantis auxiliam as crianças na compreensão de valores éticos, sociais e morais, pode-se observar que nos contos há uma separação de bem e mal, feia e bonita, fada e bruxa, tudo isso auxilia os alunos na construção do seu referencial de valores do que é certo ou errado.
3.0  METODOLOGIA
3.1 Sobre a Pesquisa
O presente trabalho desenvolveu-se por meio da pesquisa descritiva que se “observam, registram, analisam classificam e interpretam os fatos, sem que o pesquisador lhes faça qualquer interferência. Assim o pesquisador estuda os fenômenos do mundo físico e humano, mas não os manipula” Prestes (2007, p.26). Por outro lado existiu o caráter de pesquisa de campo no momento da aplicação dos questionários e  a observação no momento de coleta de dados.
Coletou-se informações sobre o assunto. Os questionários aplicados aos objetos da pesquisa que são os docentes, foram adequados a proposta do que é um questionário como escreve Gil(2006), define questionário como “um conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisado”(p.114). A acadêmica optou por utilizar o questionário por ser um instrumento de coleta de dados mais rápido, que garante o anonimato  e por ser menos oneroso.
3.2 Análise e Coleta De Dados
No primeiro momento, o estudo se desenvolveu a partir de técnica de observação, onde recorrer a conhecimentos e experiências de amigos e isto auxiliaram no processo de compreensão e interpretação do que se está estudando.
Assim as vantagens oferecidas pela pesquisa qualitativa oferecem no âmbito da educação permite conhecer a realidade numa dimensão que o fator humano se apresenta na escola. A coleta de dados foi significativa para o desenvolvimento deste trabalho, quando através desta obtivemos respostas para nossas dúvidas e questionamentos acerca da importância dos livros literários presentes na escola, dentro da sala de aula.
A escola em questão é uma instituição Pública, localizada em Brasília-DF constituída por uma direção, dois coordenadores e 10 professores com 220 alunos nos dois turnos. A amostragem pesquisada consiste de 8 professores e 18 alunos ;que compõe a turma de 2º ano da referente escola.
No questionário aplicado com o professor foram feitas perguntas que possibilitasse uma análise da contribuição da literatura na aprendizagem e como ela é articulada dentro deste contexto didático pedagógico.
A primeira pergunta foi questionado se o professor concorda que a literatura infantil contribui para o desenvolvimento cognitivo da criança? Conforme GRÁFICO A (abaixo)
FONTE: ISLÂNDIA  EM ESCOLA CLASSE    NO PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
Das professoras consultadas 25%(2) responderam que Quase sempre a literatura contribui para o desenvolvimento cognitivo de uma criança, mas em sua maioria 75%(6) dizem que Sempre  acreditam que é possível desenvolver uma aprendizagem cognitiva de uma criança. Cada criança tem seu tempo para conseguir aprender, identificar e decodificar os símbolos e letras, elas vão formando conceitos, sobre o que é cada nome que ela decodifica e associa aos objetos conhecidos do seu vocabulário vivencial. Como esta escrito no REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL(1998, p. 128):
[...] as hipóteses elaboradas pelas crianças em seu processo de construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma faixa etária, porque dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou seja, da importância que tem a escrita no meio em que vivem e das práticas sociais de leitura e escrita que podem presenciar e participar
A presença de livros, jornais, revistas, gibis, livros de estórias é um facilitador e um fator motivador para que uma criança leia, tenha curiosidade, quando os filhos veem seus pais, aqueles que ela convive lendo, procurando se informar, a buscar conhecimento ela tende a apreciar o gesto e seguir o exemplo. A criança só ira desenvolver-se emocionalmente, intelectualmente se houver prazer e familiarização dos objetos que oportunizam essa internalização de conhecimentos e no caso o objeto são os livros e textos literários.
Na segunda pergunta se o professor concorda que a literatura infantil contribui para o processo de aprendizagem, 25% (2) responderam Quase sempre, e 75% (6) responderam que Sempre, e compreende a importância da literatura no ato de ensinar. “A escola que não lê muito para seus alunos e não lhes dá chance de ler muito está fadada ao insucesso, e não sabe aproveitar o melhor que tem para oferecer a seus alunos.”¹(CAGLIARI,2007, p.150) a leitura é uma ferramenta muito forte para que qualquer aluno se desenvolva o aluno que é capaz de traduzir as palavras, frases e textos interpretando-os e dando vida a essas palavras, vivenciando a cultura de um povo.Toda escola deve dar ênfase a leitura de livros aos alunos para que estes se encantam e descubram o que mais lhe interessa e assim começar a formar seu senso critico tendo capacidade de opinar e defender sua opinião.
Na terceira pergunta se realmente acreditam ser possível desenvolver o gosto pela leitura por meio da literatura infantil, 25%(2) responderam que Quase sempre a literatura é uma grande aliada e 75%(6) responderam que Sempre a literatura desenvolve o gosto pela leitura. A leitura é um processo de tradução do signo para o significado das letras escritas para o som que elas possuem, parece simples para adultos mas é muito difícil para uma criança, falar é difícil ler o que outros escrevem e perceber o que eles querem dizer com estas palavras, interpretar é um pouco mais complicado. É o fazer uma leitura de mundo por meio das letras como escreve Cagliari (2007,p.148): “A leitura é a extensão da escola na vida das pessoas. A maioria do que vai se aprender na vida terá de ser conseguido através da leitura fora da escola”, é a chamada compreensão do texto que cada um acaba por interpretar o texto lido de forma diferenciada por vincular a suas experiências  de vida anteriores e do rol vocabular advindos do processo de comunicação que existe com este ser desde seu nascimento até a idade atual.
Na coleta de dados realizada com os 18 alunos foi realizada para compreender qual o efeito e que tipo de estórias e estilos literários eles mais apreciam e buscam com prazer, assim como possibilitar novas formas de trabalhar os textos que não os atraem.
Quando questionados sobre o fato de ao ler uma história ele consegue se imaginar nela, já que a literatura retrata um pouco do real e um pouco do imaginário dos que escrevem e dos que leem como escreve Coutinho (1978, p. 9, IN: SILVA, 2009, p.140) sobre concepção de literatura e sua criação:
A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as fôrmas que são os gêneros e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio. Os fatos que lhe deram às vezes origem perderam a realidade primitiva e adquiriram outra, graças à imaginação do artista. São agora fatos de outra natureza, diferentes dos fatos naturais objetivados pela ciência ou pela história ou pelo social.
 
FONTE: ISLÂNDIA  EM ESCOLA CLASSE    NO  PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
“A literatura infantil leva a criança à descoberta do mundo, onde sonhos e realidade se incorporam, onde a realidade e a fantasia estão intimamente ligadas, fazendo a criança viajar, descobrir e atuar num mundo mágico; podendo modificar a realidade seja ela boa ou ruim”.(PAÇO, 2009,p.12). Dos alunos pesquisados 44,5%(8) As vezes conseguem ler e concentrar-se a ponto de sentir-se integrado ao texto; somente 5,5% (1) Quase sempre conseguem, a melhor parte é que a escola esta fazendo um bom trabalho com os textos literários pois 50%( 9) Sempre conseguem adentrar no mundo da fantasia e como escreve  Coutinho(1978) conseguem vivenciar uma ficção e analisar qual a moral desta estória e utiliza-la na vida real.
Nas perguntas 2- Que tipo de história você mais gosta de ler? E na pergunta 3 Você gosta de ler gibi? GRÁFICO 03(abaixo)
FONTE: ISLÂNDIA  EM ESCOLA CLASSE    NO  PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
Dos alunos entrevistados 50%(9) gostam de Histórias em quadrinhos e os outros 50% ( 9 ) preferem outros estilos literários. Em relação a gostar de gibi 94,44%(17) dizem que Sim e 5,56%(1) Não apreciam optando por outros estilos.
 É importante que o aluno saiba que os diversos estilos literários são bons e agradáveis e que eles mesmo podem converter o que ele não gosta de ler no que ele gosta de ler como contar uma fábula em quadrinhos, o melhor é conhecer o que lhe atrai para ler com escreve Paço (2009,p.10):
O trabalho com literatura infantil tem como possibilidade de resultado a formação de leitores/escritores competente. Tem como objetivo formar alguém que compreenda aquilo que lê; que consiga transmitir aos outros os elementos de uma história através das ilustrações; que possa transformar um texto numa narrativa prazerosa a quem ouve; que possa aprender a ler o que não está escrito; que saiba que vários sentidos podem ser atribuídos a um texto; que possa imaginar e criar.

Na quarta questão questiona-se o ponto de vista do aluno em relação a leitura da professora  nas aulas e se ele vê a professora como uma pessoa que gosta de ler histórias na hora da aula. E vezes elas ela costumam ler para eles durante a semana.
FONTE: ISLÂNDIA  EM ESCOLA CLASSE    NO  PERIODO DE 20/5/2014 A 23/5/2014
  Dos alunos questionados 5.55%(1  ) dizem que a professora Nunca ler ou 5,55%(1  )As vezes lê , e  5,55% (  1) dizem que ela Quase sempre lê mas a maioria 83,33 (15  )afirma que a educadora Sempre lê, o que comprova o gostar e a valorização da literatura infantil. Em relação a quantidade de vezes que lê durante a semana. Se o professor é leitor ele ensina seus alunos a terem amor pelo ato de ler como escreva Silva(1988, p. 13):
 o que o professor lê? Que acesso tem o professor aos livros de sua área de conhecimento? Quantas visitas faz o professor às bibliotecas, às livrarias? Quantos livros o professor tem condições de adquirir, visando o incremento do ensino e o seu crescimento como pessoa? Que tempo sobra afinal, para a busca e a leitura de textos? E a biblioteca escolar-existe e está funcionando realmente?
 Dos questionados 11,11% (2  ) dizem que a professora lê quase todos os dias, enquanto 88,88%(16) dos alunos afirmam que a professora lê na sala todos os dias da semana. Além de criar o habito da leitura, ler diariamente é um fator diferencial a leitura diária para os alunos como Silva(1998, p. 30).  diz que,
ensinar a ler criticamente significa, antes de mais nada, dinamizar situações em que o aluno perceba, com objetividade, os dois lados de uma mesma moeda ou, se quiser, os múltiplos lugares ideológico-discursivos que orientam as vozes dos escritores nos seus textos.
Os textos e livros literários a serem lidos devem ser analisados para que possam desenvolver nos alunos a capacidade de discernir entre o bom e o ruim e do que é certo e errado. É necessário ter exemplos também em casa, com escreve Paço(2009,p.17):
 Com a criança não é diferente, alguma delas ouvem histórias desde o ventre materno, quando suas mães falam para elas ou com elas, fazer histórias, ouvir histórias ou escrevê-las humaniza a criança e nos humaniza também. Vai nos tornando cidadãos modificadores ou autores da cultura e mergulhados nesta cultura, surgem transformações cada dia mais rápido numa velocidade imensurável.
Os alunos foram questionados se costumam ler e ouvir historias em casa, para verificar se o processo de incentivo da leitura esta indo além dos muros da escola. Das respostas 11,11%(2) responderam As vezes, e 27,77%( 5 ) disseram Quase sempre e sua grande maioria 61,11%( 11) responderam que Sempre.
Por meio da pesquisa realizada pode-se verificar que os professores compreendem a importância da literatura dentro do ambiente escolar e fora dele. Utilizam diversas estratégias para que seja desenvolvido aspectos intelectuais, cognitivos, de aprendizagem e incentivo da leitura para compreensão e propagação das culturas existentes no mundo. A maioria das crianças conseguem ler e viajar dentro do livro infantil a ponto de sentir-se um personagem e visualizar todo o enredo do livro e mais reconhecem os estilos literários que apreciam e gostam, e aprendendo com  prazer sobre seu povo e sobre si, com conhecimentos éticos, morais e democráticos da vida cotidiana e da historia do povo brasileiro.








4.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Pesquisar sobre a literatura foi muito importante por permitir perceber a importância da literatura no processo de leitura e escrita dos alunos, onde quem não lê pouco escreve, ou não sabe fazer textos claros, objetivos e mais importante com amor e criatividade.
Por meio da pesquisa na escola pode-se perceber que tanto professores quanto alunos reconhecem que a leitura de textos literários é importante. Que possibilita ao aluno ter uma aprendizagem com o desenvolvimento cognitivo, intelectual, emocional e psicológico.
As professoras conseguem incentivar seus alunos a ler, a buscar os diversos gêneros literários existentes, elaboram atividades para que possa haver um feeldback do conteúdo ensinado e conseguem perceber o desenvolvimento da oralidade e da socialização por meio da literatura, onde há heróis e malfeitores a serem combatidos e o maior deles é a ignorância do consumismo, que pode ser lido, apesar de não mencionado no trabalho em questão. Pode-se perceber que os livros literários atualmente são lidos por influencia da mídia de comunicação.
Ficou evidente que professores e pais que leem conseguem incentivar a criança a leitura, onde o habito e o exemplo é visto no cotidiano influencia positivamente os pequenos leitores. Afirmo que há uma necessidade de adaptação dos livros a nova realidade, pois muitos livros que os órgão competentes enviam e compram para as escolas não atraem e nem se adequam as séries indicadas e a grade curricular de ensino. Deixo ainda uma nova questão para a próxima pesquisa: Que livros literários são interessantes para todas as idades e por quê?





5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1.          ALBINO, Lia C. P. A literatura infantil no Brasil: origem, tendências e ensino. 2012. DISPONIVEL EM: Iesp rn.com.br/ftpiesp/Disciplinas%20PROISEP/M%F3dulo%205/LITERATURA%20INFANTO-JUVENIL/Texto%202%20-%20literatura_infantil
2.          Antunes, Irandé. Aula De Português Encontro & Interação.São Paulo:Parábola Editorial, 2003 (Série Aula).
3.          ARIES, Philippe. História Social da Criança e da Família. Flasksman de Dora (Trad.). Segunda edição. Copyright –by :LTC- Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Rio de Janeiro, RJ.1981. Disponivem em: http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdf acessado em 23/5/2014 as 23:00
4.          BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
5.          BRASIL, Ministério de Educação e Desporto. Referencial curriculares nacional para educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998.
6.          CADEMARTORI Lígia. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1985, p. 23.
7.          CAGLIARI, L. C. Alfabetização & Lingüística. 14ª Reimp. Ed. São Paulo: Scipione, 2007.
8.          CUNHA, Maria Antonieta Antunes. Literatura Infantil: Teoria e prática.18 ed.São Paulo: Ática,1999
9.          DE MELO SANTANA, Suely; ROAZZI, Antonio; MARIA DAS GRAÇAS, B. B. Paradigmas do desenvolvimento cognitivo: uma breve retrospectiva. Estudos de psicologia, v. 11, n. 1, p. 71-78, 2006.
10.       DE MENEZES, Mindé Badauy e RAMOS, Wilsa Maria.(Org.) versão original do Proformação. – Brasília: MEC. Secretariade Educação Básica. Secretaria de Educação a Distância, Livro de estudo: Módulo IV 2006.116p. (Coleção PROINFANTIL;Unidade 5)
11.       GOMES, Ruth Cristina Soares; GHEDIN, Evandro. O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO NA VISÃO DE JEAN PIAGET E SUAS IMPLICAÇÕES A EDUCAÇÃO CIENTÍFICA.2010. Disponivel em http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1092-2.pdf acessado em:3/6/2014.
12.       HELD, Jacqueline. O imaginário no poder. As crianças e a literatura fantástica. São Paulo: Summus, 1980.
13.       MOTTA, Xênia Fróes da. DA SILVA, Renato. Um olhar possível sobre a infância. Revista Eletrônica do Instituto de Humanidades ISSN-1678-3182 Número XXXV 2011 -ww.unigranrio.br
14.       OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos (Org.). Educação infantil: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.
15.       PIAGET, Jean. Desenvolvimento e aprendizagem. Studying teaching, 1971.
16.       RICARDI, Geise Cristina Lubas. O contexto pedagógico de CEINFS de campo grande/ms: um olhar sobre a atuação das profissionais de educação infantil [Dissertação-Mestrado]UCDB:2008.DISPONÍVEL EM: http://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/8068-o-contexto-pedagogico-de-ceinfs-de-campo-grande-ms-um-olhar-sobre-a-atuacao-das-profissionais-de-educacao-infantil.pdf ACESSADO EM 12/05/2014 AS 00:03
17.       ROCHA, Rita de Cássia Luiz da. História da infância: reflexões acerca de algumas concepções correntes UNICENTRO, Guarapuava-Paraná v. 3 no 2 p. 51-63 jul/dez. 2002
18.       SCHARF, Rosetenair Feijá. A ESCOLA E A LEITURA: Prática Pedagógica da Leitura e Produção Textual [dissertação- mestrado] Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Tubarão – SC, 31/08/2000
19.       SILVA, Ezequiel Theodoro da Silva. Criticidade e Leitura: ensaios. São Paulo: Mercado de Letras, 1998.
20.       ________. Elementos da pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
21.       ZILBERMAN, Regina. A literatura infantl na escola. 10ªed.São Paulo: Global 1998





 [AC1]“Com relação às idades da vida humana, a pesquisa de ARIÈS aponta que a
forma de representar a cronologia humana passou por várias mudanças, indicando diferentes
formas de representar esses períodos” http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdfda Silva. Criticidade e Leitura: ensaios. São Paulo: Mercado de Letras, 1998.
20.       ________. Elementos da pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
21.       ZILBERMAN, Regina. A literatura infantl na escola. 10ªed.São Paulo: Global 1998





 [AC1]“Com relação às idades da vida humana, a pesquisa de ARIÈS aponta que a
forma de representar a cronologia humana passou por várias mudanças, indicando diferentes
formas de representar esses períodos” http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdfr sobre a atuação das profissionais de educação infantil [Dissertação-Mestrado]UCDB:2008.DISPONÍVEL EM: http://site.ucdb.br/public/md-dissertacoes/8068-o-contexto-pedagogico-de-ceinfs-de-campo-grande-ms-um-olhar-sobre-a-atuacao-das-profissionais-de-educacao-infantil.pdf ACESSADO EM 12/05/2014 AS 00:03
17.       ROCHA, Rita de Cássia Luiz da. História da infância: reflexões acerca de algumas concepções correntes UNICENTRO, Guarapuava-Paraná v. 3 no 2 p. 51-63 jul/dez. 2002
18.       SCHARF, Rosetenair Feijá. A ESCOLA E A LEITURA: Prática Pedagógica da Leitura e Produção Textual [dissertação- mestrado] Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL. Tubarão – SC, 31/08/2000
19.       SILVA, Ezequiel Theodoro da Silva. Criticidade e Leitura: ensaios. São Paulo: Mercado de Letras, 1998.
20.       ________. Elementos da pedagogia da leitura. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
21.       ZILBERMAN, Regina. A literatura infantl na escola. 10ªed.São Paulo: Global 1998






 [AC1]“Com relação às idades da vida humana, a pesquisa de ARIÈS aponta que a
forma de representar a cronologia humana passou por várias mudanças, indicando diferentes
formas de representar esses períodos” http://cepetin.com.br/pdf/a_historia_da_infancia.pdf

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